Abel foi denunciado no artigo 258, § 2º, II, do CBJD (desrespeitar os membros da arbitragem) e também no artigo 171, que pede para que a pena seja cumprida na partida seguinte do clube em situações em que não é possível ser cumprida na mesma competição em que o profissional foi expulso, o que é o caso já que o Verdão foi eliminado da Copa do Brasil. Assim, o treinador será desfalque contra Atlético-MG e Red Bull Bragantino.
Durante o julgamento, os membros do STJD divergiram sobre a punição de Abel Ferreira. Sem um acordo, Salvio Dino Junior, presidente da Comissão, formou a maioria em dois jogos – houve um empate, dois auditores pediram um jogo e outros dois acenaram com a punição em duas partidas.
Defesa do Palmeiras e de Abel Ferreira
No discurso de defesa, o Palmeiras apresentou imagens que mostraram a demora no tempo entre o gesto de Abel e a avaliação de Anderson Daronco no VAR. Além disso, questionaram os motivos de se ter uma câmera da transmissão da partida direcionada ao treinador.
Por fim, o clube usou a entrevista de Abel ao jornalista André Hernan, logo após o duelo contra o Flamengo, em que o treinador explica a ação.
“Já tive a oportunidade de mostrar as nossas imagens, que o Palmeiras tem vista de cima. Há uma falta do meu lado direito, e as imagens são claras, que não concordo. E como foi uma arbitragem sobretudo na segunda parte em que parou muito. E é preciso coragem para arbitrar um jogo deste nível. E quando acontece a falta, viro na direção da minha comissão técnica e faço o gesto, de que o árbitro não teve coragem. Não teve coragem”, disse.
“Estou falando com a minha comissão técnica, através da minha voz e gesto corporal. O árbitro não tem coragem, aqui vocês dizem outra coisa, mas eu disse que não tem coragem. Não vou negar o gesto, fiz o gesto, mas em momento algum a intenção de ofender alguém. Era preciso coragem para apitar. Já pedi desculpa aos jogadores e vou fazer à minha mãe, às minhas filhas e à minha esposa. Não ofendi ninguém, em momento nenhum”, concluiu à época.