Abel pontua o que faltou ao Palmeiras contra o Internacional e lamenta jogar em Barueri: “Não é igual”

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Internacional, durante partida válida pela segunda rodada do Brasileirão 2024, na Arena Barueri.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Para Abel, faltaram efetividade e a energia da torcida para o Palmeiras evitar o revés

O Palmeiras foi superado pelo Internacional e conheceu seu primeiro revés no Campeonato Brasileiro. Jogando em Barueri, o Verdão viu o adversário fazer o 1 a 0 e não conseguiu reverter o resultado.

Após a partida, o técnico Abel Ferreira analisou o confronto e viu o placar final como injusto. O treinador pontuou que o time teve um desempenho abaixo no primeiro tempo, mas ressaltou o crescimento na segunda etapa e lamentou a falta de efetividade.

“Jogamos contra um adversário forte, que não disputou a final do Estadual. Estava mais fresco e se preparou muito bem com menos jogos que o Palmeiras. Resumindo, diria que na primeira parte o Internacional aproveitou nossos erros. No segundo tempo não fomos efetivos. Foram 18 chutes contra cinco, mais posse de bola, acho que merecíamos mais”, disse.

“Tivemos nossas oportunidades, tivemos duas na cara do goleiro adversário. Uma o Veiga e outra o Endrick, além dos arremates de longe. No futebol há três resultados e temos que lidar bem com eles. É pedreira para nós e para eles. Se eu acho o resultado justo hoje? Não. Mas isso pouco importa. Agora é seguir, vamos jogo a jogo. É uma competição de regularidade, não estamos acostumados a perder, mas faz parte”, complementou.

O comandante palmeirense também lamentou não poder jogar no Allianz Parque e sentiu falta da energia da torcida. Por conta de shows na arena, o Verdão precisou, outra vez, atuar em Barueri e contou com o apoio de pouco mais de 13 mil torcedores.

“Precisávamos da energia dos nossos torcedores, não jogamos na nossa casa, não é esse o motivo [do revés], mas precisamos da energia. Não é igual jogar aqui, não é igual jogar para 40 ou 15 mil. Jogar no nosso estádio é diferente, a energia é diferente, o adversário sente o barulho diferente. A gente já sabia e isso não dá para alterar”, disse.

O Palmeiras volta a campo no domingo para enfrentar o Flamengo. O duelo acontecerá no Allianz Parque, porém o setor Gol Norte estará indisponível – haverá um palco montado no local.

Confira na íntegra a coletiva de Abel Ferreira:

Abel elogia esforço do Palmeiras e reclama de gramado do Barradão: “Prefiro o sintético”

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Vitória, durante partida válida pela primeira rodada do Brasileirão 2024, no Barradão.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Abel avisou que o gramado poderá deixar “marcas” nos jogadores, visando sequência da temporada

O Palmeiras superou o Vitória, a festa da torcida mandante e o gramado do Barradão para largar com três pontos o Campeonato Brasileiro. Com gol de Richard Ríos, no primeiro tempo, o Verdão, que entrou em campo com uma equipe mesclada, venceu o duelo por 1 a 0.

Em coletiva após a partida, o técnico Abel Ferreira elogiou o esforço dos jogadores e reclamou do gramado do Barradão. O treinador mostrou preocupação quanto a sequência da equipe devido ao desgaste físico.

“Gramado duro, difícil, alto. Entre um desse e o sintético, prefiro o sintético. É um gramado que vai nos deixar marcas, vocês viram as dificuldades. Os jogadores chegaram ao vestiário e nem força tinham para tirar a roupa. Parabéns aos nossos jogadores pelo esforço, um campo difícil e um adversário que não perdia aqui há 23 jogos. Eles são organizados, nos obrigou a defender mais baixo no final. Claro que poderíamos ter resolvido antes, mas não conseguimos. Acima de tudo, parabéns pelo esforço extra. Só temo que a gente pague caro com aquilo que se passou, gramado muito alto”, disse.

“Os jogadores cumpriram o plano de jogo. Jogamos com dois centroavantes, três meio-campistas, tinha uma dupla missão ao Vanderlan e ao Murilo. Eles fizeram isso muito bem. Na segunda parte estivemos bem, seja na construção ou na transição. Tivemos mais próximo de conseguir o segundo gol do que sofrer”, complementou.

Questionado também sobre a irritação que apresentou à beira do gramado nos minutos finais da partida, por conta de erros técnicos da equipe, Abel relevou e colocou a culpa das más decisões dos atletas no cansaço.

“É preciso lembrar que jogamos há três dias, da viagem. Daqui a dois dias temos outro jogo. Por muito que eu queira que os jogadores sejam perfeitos, eles vão falhar, não há como. Os erros que cometemos nos minutos finais, vale destacar que eles também erraram, tem muito a ver com a qualidade do gramado. O desgaste foi tremendo e quando se está assim, é difícil tomar boas decisões. Entendo isso perfeitamente”, disse.

O próximo desafio do Verdão será contra o Internacional, em Barueri, na quarta-feira. E o comandante avisou: irá continuar com as alterações na equipe inicial para gerir as energias.

“A ideia é fazer o que fizemos hoje. Gerir a energia para jogar na máxima força. Já cansei de falar do calendário, e não sou o único a falar. É difícil, mas temos que acreditar nos jogadores e que eles possam estar preparados para jogar, como foi hoje. É seguir nessa toada, de proporcionar bom espetáculo e ganhar”, avisou.

Confira outras respostas de Abel Ferreira

– Quebrar a invencibilidade do Vitória como mandante

“Vir aqui, jogar contra um time que não perdia em casa há 23 jogos, que estavam muito empolgados de enfrentar o Palmeiras na primeira rodada, não é fácil. Avisei aos jogadores, se não tivermos no máximo esforço e concentração, era impossível ganhar o jogo”.

– Torcida do Palmeiras em Salvador

“Agradeço a eles, dá-lhe um carinho especial. Sei que é preciso de dinheiro para nos ver, mas da minha parte fica um abraço caloroso aos torcedores que estiveram aqui e também aos que foram ao aeroporto nos receber. Agradeço o apoio incondicional. Não é só no Chiqueiro que os torcedores nos apoiam, têm palmeirenses em qualquer lado do país. Isso é muito gratificante”.

“Foi um jogo em um ambiente espetacular. Parabéns à nossa torcida que compareceu e a deles também. Gosto de estádios cheios”.

Abel revela o que pediu aos jogadores no intervalo para alcançar a virada sobre o Liverpool-URU

Abel Ferreira em jogo pelo Palmeiras contra o Liverpool, durante partida válida pela fase de grupos da Libertadores 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Ao analisar a partida, Abel viu um Palmeiras ansioso no primeiro tempo e fez as correções para a segunda etapa

O Palmeiras sofreu um susto e, logo com três minutos de jogo, saiu atrás do placar contra o Liverpool-URU, pela Libertadores, no Allianz Parque. O Verdão chegou ao empate no fim da etapa inicial e alcançou a virada no segundo tempo, vencendo por 3 a 1.

Após a partida, o técnico Abel Ferreira analisou o duelo e pontuou os problemas da equipe no primeiro tempo.

“Foi bom a gente novamente saber lidar com esses momentos de adversidades. Sofremos o gol logo no início, ficamos muito nervosos e com pressa para resolver as jogadas, sem construir com critério. Os jogadores sabem que, quando ligam o modo competitivo, podem ganhar de qualquer equipe. Mas também sabem que, quando não ligamos, podemos perder para qualquer um time. Sinceramente, nós entramos um pouco desligados”, disse Abel.

“Se eu pudesse pedir um tempo na primeira etapa, eu teria feito, para passar as instruções que passei no intervalo. Tenho uma equipe técnica muito competente, ficam dois comigo no banco e mais dois assistindo ao jogo de cima”, complementou.

De acordo com o treinador, as instruções no intervalo não foram muitas.

“O que eu pedi a eles no intervalo foi ter mais bola, ligar mais o jogo, construir de forma apoiada e colocar menos a bola no ar. Eles estavam defendendo com uma linha de cinco, mais três jogadores à frente. E para furarmos essa muralha, temos que jogar por fora, com ajuda. Não tirei o Luis Fuilherme porque ele estava mal, mas precisávamos de mais um centroavante na partida, por isso coloquei o Rony. O Piquerez deu a largura na esquerda e mudamos o Veiga do centro para a meia-esquerda. Isso nos deu mais dinâmicas”, revelou.

Tivemos muitos erros técnicos no primeiro tempo e deixamos o jogo do jeito que o adversário queria, com muitas transições. Na segunda parte fizemos bem o nosso trabalho e nossa atitude competitiva foi melhor também. Em resumo, nós corremos menos no segundo tempo para jogar mais. Estávamos precipitados no primeiro. Fica aqui uma boa lição”, complementou.

Além do jogo, Abel também comentou sobre a partida e o primeiro gol de Estêvão como profissional. O treinador pediu calma.

“O Luis [Guilherme] e o Estêvão estiveram muito bem. Acredito que o contexto favoreceu para que eles jogassem. Fomos atrás da vitória, tiveram jogadores experientes para ajudá-los. Só precisam tomar cuidado com a imprensa, os muitos elogios. Precisam de equilíbrio e acreditar no trabalho do Palmeiras”, concluiu.

Abel alcança Felipão

Campeão no último domingo do Campeonato Paulista, Abel Ferreira alcançou mais um feito pelo Palmeiras, no duelo contra o Liverpool. Ele empatou com o Felipão na primeira posição da lista dos treinadores que mais vezes dirigiram o Verdão na Libertadores, ambos com 43 jogos.

Na coluna das vitórias, Abel era o líder antes mesmo da partida desta quinta começar e só aumentou sua vantagem para Felipão. São 28 para o atual treinador contra 23 do técnico campeão em 1999.

Mosaico, ambição e mais: o que disse Abel Ferreira após mais um título pelo Palmeiras

Abel Ferreira durante comemorações do título após partida pelo Palmeiras contra o Santos, válida pela segunda final do Paulistão 2024, no Allianz Parque, em São Paulo-SP.
Reprodução

Treinador não escondeu a emoção ao falar sobre o mosaico feito pela torcida palmeirense antes do jogo

Pela décima vez no comando do Palmeiras, Abel Ferreira concedeu uma coletiva de imprensa após mais um título conquistado. Desta vez, o treinador levou o Verdão à terceira conquista seguida do campeonato estadual.

Abel falou sobre o mosaico feito pela torcida, antes da partida começar; destacou a ambição dos jogadores de ir em busca de mais uma conquista; e a pressão de disputar mais um título.

Mosaico

Mosaico, ambição e mais: o que disse Abel Ferreira após mais um título pelo Palmeiras.
Marcos Ribolli

“Acho que fiquei mais emocionado com o que o torcedor nos fez, a mim, minha comissão e nossos jogadores, do que com o título. Nem nos meus sonhos poderia imaginar. Naquele momento, meu coração transbordou da palavra amor. Eles dizem que eu sou um deles, sou mesmo. Me dizem que me amam, também os amo. Foi muito lindo. Muito obrigado, de coração”.

Legado

“Nem eu tenho noção do que estamos fazendo. Em 15 ou 20 anos, o que esses rapazes estão fazendo, vai perdurar para a história. Sabíamos que vínhamos para um grande clube, mas encaixou muita coisa, a competência dos diretores para nos deixar em paz para fazermos nosso trabalho, continuar inovando no que precisa inovar”.  

“O clube aceita as inovações que a gente propõe. Isso não garante vitória e nem títulos. Acreditamos no que fazemos dentro da Academia. Se não ganhássemos hoje, fecharíamos a porta e iríamos para outra. Um dia vamos ganhar uma grande competição nos pênaltis, queria isso hoje. Meus jogadores queriam resolver no tempo normal, eles não quiseram. O que tiver que ser”.

Ambição

“Paixão e amor por competir e continuar ganhando, é difícil manter esse sarrafo e de forma consistente. O grande mérito da equipe é não se deslumbrar quando ganha e nem deixar ir abaixo quando perde, como foi na derrota para o SPFC. Fomos melhores nos 90 minutos na minha opinião, mas nosso adversário foi melhor nos pênaltis. Ficamos de pé vendo nossos adversários festejarem.

“A ambição que essa equipe tem e fome para ganhar títulos, em respeito que tem às decisões do treinador e entre eles. O bom ambiente no nosso clube e no nosso elenco. Quem não gosta de estar, tem a porta aberta. Quem está aqui, quer estar aqui. Não vamos obrigar ninguém a estar no Palmeiras, e é por isso que conseguimos criar isso”.

Pressão

“É difícil lidar com todas as expectativas. Nossos jogadores são equilibrados, sabem lidar com momentos de pressão. E hoje o que eu pedi para eles é que fizessem um jogo nota 7 o tempo inteiro, porque na Vila Belmiro fomos abaixo”.

“O grande mérito dessa equipe é nem se deslumbrar quando ganha e não se deixar ir abaixo quando perde. Foi o caso da derrota para o SPFC. Ficamos de pé vendo o adversário festejando. Sofrendo por dentro”.

Confira outras respostas de Abel Ferreira:

Merece mais chances? Luis Guilherme vibra com oportunidade na Argentina: “Pude fazer a diferença”

Luis Guilherme em partida pelo Palmeiras contra o San Lorenzo, válida pela fase de grupo da Libertadores 2024, no Nuevo Gasometro, em Buenos Aires-ARG.
Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Acionado no segundo tempo, Luis Guilherme sofreu a falta que resultou no gol do Verdão

Luis Guilherme voltou a ganhar oportunidades com Abel Ferreira, no duelo do Palmeiras contra o San Lorenzo na Argentina, e correspondeu. O meia entrou no segundo tempo e participou do lance do gol de empate, de Piquerez, sofrendo a falta que foi cobrada pelo uruguaio.

Aos 18 anos, Luis Guilherme vive sua segunda temporada na equipe profissional. Ele foi promovido ao time em maio de 2023 e, até o momento, soma 34 jogos. Após o treino de quinta-feira, o camisa 31 celebrou a chance recebida.

“Feliz por ter feito mais um jogo bom. Temos de estar sempre preparados para quando a oportunidade aparecer, agarrar com todas as forças. Graças a Deus, pude entrar e fazer a diferença, sofrendo a falta que resultou no gol do Piquerez. Só tenho a agradecer a Deus, agradecer à comissão, à torcida, que sempre me apoiou, e, se Deus quiser, vai ser um ano vitorioso para a gente”, disse o meia.

O jogador atua ao lado de Endrick desde o Sub-11 e é considerado um dos grandes nomes da geração de 2006. Ele busca ainda se firmar no time profissional. Nos últimos oito jogos, foi a campo apenas duas vezes. Contra o San Lorenzo, jogou por 30 minutos e terminou o duelo com 77% dos passes certos, 100% dos lançamentos certos, três duelos ganhos no chão e três faltas sofridas.

Luis Guilherme: entre elogios e ‘puxão’ de orelha de Abel

A atuação de Luis Guilherme foi assunto na coletiva de Abel Ferreira. O meia foi elogiado e também levou uma ‘bronca’ por não ter ajudado defensivamente a equipe no último lance da partida.

“Quem entrou foi muito bem. Estamos sempre na espera de que o Luis nos dê o que deu hoje [quarta]. Mas naquele último lance eu vou puxar suas orelhas, ele tem que ajudar o Garcia a defender para o Ríos não sair do corredor central para ajudar o lateral. Senão falta no meio. Felizmente, o Rony fez a compensação. Por isso todos somos um”, disse o treinador.

Luis Guilherme deve ser opção no banco de reservas na final de domingo contra o Santos. A bola rola a partir das 18h, no Allianz Parque.