Abel fala firme sobre gols perdidos, abre o jogo sobre Rômulo e discorda de decisão de Raphael Veiga

Abel Ferreira durante jogo pelo Palmeiras contra o SPFC, durante partida válida pela quarta rodada do Brasileirão 2024, no Morumbis.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

“Há gols que não se pode perder”, disse Abel após empate em 0 a 0 com o SPFC

O técnico Abel Ferreira, mais uma vez, lamentou a falta de eficiência do Palmeiras. Após o empate em 0 a 0 com o SPFC, no Morumbi, o treinador citou duas chances claras que a equipe teve e foi direto na resposta:

“O que nos faltou hoje foi fazer o gol, seja na oportunidade do Endrick ou na do Lázaro [ambas no segundo tempo]”, começou Abel. “A única coisa que faltou foi isso. Neste tipo de jogos, contra equipes do teu nível, é natural não termos tantas oportunidades flagrantes. E nós não tivemos uma, tivemos duas. Claro que ninguém mais que o Lázaro queria fazer o gol, mas há gols que não se pode perder e este é um deles. Mesma coisa com o Endrick. Foi um jogo de equilíbrio”, complementou.

Ainda sobre o assunto, Abel falou o quanto exige dos atletas:

“Temos que ser mais efetivos. Nas oportunidades que criamos, e hoje tivemos mais flagrantes do que eles, temos que converter. Não me preocupa a forma que criamos, temos que ser efetivos e já falei isso várias vezes. Sou bastante exigente com os jogadores e nós, nos últimos anos, temos terminado as competições entre os melhores ataques e as melhores defesas, vamos fazer isso”, acrescentou.

Abel responde sobre Rômulo e Zé Rafael

A coletiva reservou também algumas respostas de Abel sobre alguns jogadores individualmente. Perguntado sobre a falta de sequência de Rômulo, reforço do Palmeiras após se destacar no Paulistão, o treinador pediu calma.

“O Rômulo está no Palmeiras por mérito dele. É muito bom jogador, é muito bom finalizador. Mas, tem que subir a montanha. Na altura certa, vai jogar. As minhas decisões são feitas pensando sempre no que é melhor para o time. E, agora, a melhor decisão é ele ter tempo para trabalhar e aproveitar. O que eu peço a todos é que tenham calma e confiem no trabalho”, disse.

Já sobre Zé Rafael, que não vem jogando por conta de uma lombalgia, Abel destacou que não sabe quando voltará a contar com o camisa 8 e explicou os motivos.

“Comigo, os jogadores precisam estar bem para jogar. O Zé sabe disso. E quando ele me disser que está pronto e que posso contar com ele, estará pronto para voltar. Gostamos e precisamos muito dele. Temos grandes jogadores no meio-campo, estou contente com as opções. Agora é esperar para ver quando ele vai poder nos ajudar. É uma lesão que não há prazo, tem a ver com o nível que ele suporta a dor. Queremos ele bem fisicamente e mentalmente”, revelou.

Raphael Veiga

Raphael Veiga foi outra vez assunto na coletiva, por conta do momento que vem atravessando. Abel o elogiou, mas também criticou a decisão do meia de ir às redes sociais se explicar aos torcedores – o camisa 23 fez um post assumindo o mau momento.

“O Veiga é um ser humano, não é uma máquina. Procura sempre estar na melhor forma, é um grande profissional. As expectativas em cima dele são tantas. Respeitamos muito ele e ele sabe disso. Quando tiver que não jogar, não vai jogar. Mas, se eu entender que ele só vai recuperar a confiança jogando, vai jogar, porque sou que defino as coisas. Recebo as análises do Núcleo de Saúde e Performance, mas quem decide sou eu. Se eu quiser esticar a corda, vou esticar. Ele não tinha que ter ido às redes sociais se desculpar, porque quando decide jogos não vai às redes se vangloriar. Essa é a minha opinião”, disse.

Com Zé Rafael em campo, Palmeiras treina de olho no clássico; Abel comandará treino específico na segunda-feira

Zé Rafael e Vitinho durante treinamento do Palmeiras, na Academia de Futebol.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Volante deu sequência ao cronograma de recuperação, mas ainda é dúvida para o Palmeiras no Choque-Rei

Sem descanso, o elenco do Palmeiras treinou na manhã deste domingo em preparação para o Choque-Rei, válido pela quarta rodada do Brasileirão, que acontece na noite desta segunda-feira, no Morumbi.

Depois da ativação muscular no Centro de Excelência, os jogadores realizaram um trabalho tático com dois times no campo sob a orientação da comissão técnica de Abel Ferreira. Foram aprimorados conceitos de jogo e ensaiados posicionamentos, jogadas e marcações. Na parte final, houve ainda um recreativo.

Fora dos últimos jogos por conta de uma lombalgia, Zé Rafael participou de parte da atividade com os companheiros e segue como dúvida para o clássico.

O Verdão encerrará a preparação para o confronto na manhã desta segunda-feira, quando Abel Ferreira reunirá os titulares da partida para um treino de bolas áreas e outros fundamentos de jogo.

Boletim médico do Palmeiras

Os atacantes Dudu e Bruno Rodrigues, que passaram por cirurgia no joelho, deram sequência ao cronograma junto aos profissionais do Núcleo de Saúde e Performance. Os dois estão na penúltima fase de recuperação, que consiste em alguns treinos com bola junto com os companheiros. Os dois, no entanto, ainda não têm data para voltar aos gramados.

Na História: Abel supera Felipão e lidera ranking pelo Palmeiras na Libertadores

Abel Ferreira em jogo pelo Palmeiras contra o Independiente Del Valle, durante partida válida pela fase de grupos da Libertadores 2024, no Estádio Banco Guayaquil.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Bicampeão, Abel é o treinador que mais vezes comandou o clube na competição continental

A épica virada do Palmeiras para cima do Independiente del Valle, na última quarta-feira, por 3 a 2, em Quito-EQU, teve um sabor especial em dobro para Abel Ferreira. Além da vitória na altitude, o atual comandante também se tornou o treinador com mais jogos pelo Verdão na competição em toda a História.

Com 44 jogos à frente do clube na maior competição do continente, Abel deixou para trás Felipão (43) e assumiu o topo da lista. Ele comandou o Verdão em 29 vitórias, 11 empates e apenas quatro reveses, além dos dois títulos em 2020 e 2021.

Completam o top-5: Vanderlei Luxemburgo (25 partidas), Oswaldo Brandão (13) e Celso Roth (12).

O recorde de mais jogos no torneio é só mais um na prateleira de Abel no comando do Palmeiras.

Confira outros feitos de Abel pelo Verdão:

  • Maior campeão em apenas uma passagem pelo Palmeiras: 10 títulos;
  • Maior campeão internacional pelo Palmeiras: 3 títulos;
  • Único a conquistar ao menos um título estadual, um nacional e um internacional na História do Palmeiras;
  • Único a conquistar ao menos um título em cinco temporadas seguidas na história do Palmeiras;
  • Treinador com mais finais pelo Palmeiras na História: 13;
  • Treinador com mais vitórias pelo Palmeiras em Libertadores: 29.

Palmeiras: time da virada, time do amor; veja a festa dos jogadores após vitória enorme no Equador

Elenco do Palmeiras comemora vitória contra o Independiente Del Valle, durante partida válida pela fase de grupo da Libertadores 2024, no estádio Banco Guayaquil.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Celebração do Palmeiras começou com Abel Ferreira à beira do gramado e terminou com muita vibração no vestiário

O Palmeiras alcançou uma virada épica sobre o Independiente del Valle, no Equador, e somou mais três pontos na Libertadores. O resultado fez jogadores, comissão técnica e os outros profissionais do clube explodirem de alegria.

A festa começou com o golaço de Luis Guilherme, que foi acompanhado de perto por Abel Ferreira. Agachado, como normalmente fica, o treinador ‘narrou’ a jogada e pediu para que a Cria da Academia finalizasse a gol; em seguida, explodiu de alegria abraçando Marcos Rocha, Gustavo Gómez e Piquerez. (Assista à filmagem abaixo).

Com o triunfo do Verdão confirmado, todos celebraram, seja no gramado, seja no vestiário, local em que foi ecoado o cântico: o Palmeiras é o time da virada, o Palmeiras é o time do amor.

Confira as imagens da festa do Palmeiras após o jogo:

Abel expressa emoção com virada do Palmeiras: “Dificilmente viverei isso em outro lugar”

Abel Ferreira em jogo pelo Palmeiras contra o Independiente Del Valle, durante partida válida pela fase de grupos da Libertadores 2024, no Estádio Banco Guayaquil.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Em coletiva após gigante resultado no Equador, Abel falou sobre orgulho e também revelou as dificuldades no pré-jogo

O Palmeiras, mais uma vez, mostrou o porquê é o ‘time da virada, o time do amor’. Depois de sair perdendo por 2 a 0 para o Independiente del Valle, no Equador, a equipe de Abel Ferreira buscou a virada com gol no último minuto, anotado por Luis Guilherme.

Ao final da partida, o técnico Abel Ferreira não escondeu a felicidade pelo resultado. Não é a primeira vez que viramos um jogo, só deixamos de lutar quando o jogo termina. Fico muito feliz porque foi uma vitória do ‘todos somos um’, desde os jogadores [da base] até os profissionais. O clube nos proporciona tudo, só temos que ir a campo e nos esforçar. Foi uma vitória do time da virada, do time do amor”, disse.

“Não é a primeira vez que vivo essas emoções, mas dificilmente viverei isso em algum outro lugar”, complementou o treinador, com um sorriso no rosto.

Abel Ferreira em jogo pelo Palmeiras contra o Independiente Del Valle, durante partida válida pela fase de grupos da Libertadores 2024, no Estádio Banco Guayaquil.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Apesar da grande vitória, o Palmeiras encontrou dificuldades na partida, principalmente no primeiro tempo. Abel analisou o confronto e revelou os pedidos aos jogadores no intervalo para mudar a partida.

“O primeiro tempo foi muito duro para nós, a capacidade de nós nos acostumarmos com a altitude foi muito difícil, foram 30 minutos muito duros. Houve um momento em que o Weverton caiu e fizemos um ajuste, mas o verdadeiro ajuste aconteceu no intervalo. O gol no final do primeiro tempo [marcado por Endrick] nos recolocou no jogo”, analisou.

“No intervalo, pedi calma e corrigimos alguns detalhes, principalmente do lado esquerdo da nossa defesa. O melhor jogador deles caiu muito por lá. A gente estava com três jogadores defendendo o corredor, mas não era o suficiente, então começamos a defender o corredor com quatro. Além disso, a gente tinha que se impor com bola, nós somos o Palmeiras”, complementou.

Dificuldade no pré-jogo

Abel revelou também que teve muitas dúvidas sobre qual seria os onze jogadores escalados inicialmente. O treinador viveu um dilema: confiar nos mais experientes ou apostar nos jovens. Ele escolheu a primeira opção de início e recorreu à segunda na etapa final.

“Foi muito difícil escolher os 11 que iriam iniciar o jogo hoje. Tive muitas dúvidas até ontem à noite, quando me reuni com a minha comissão técnica. Mas, também disse aos jogadores que, para ganhar, precisaríamos de todos eles”, disse.

“A minha dúvida era se começava com um time de moleques na frente, um jogo de Libertadores, fora de casa, contra o Independiente del Valle. Ou se ia com os mais experientes, para aguentar a primeira pancada, seja do ambiente, seja do adversário, e depois entrar com a irreverência. Também tive sorte, às vezes é difícil explicar. Ok, mudamos no segundo tempo, todos entraram bem, mas é preciso falar dos 11 iniciais, eles sofreram a primeira pancada. Fico feliz porque sacamos daqui três pontos e porque aqui dentro há amizade. Todos puxam um pelos outros”, acrescentou.

A missão de Abel

Endrick, Rony e Abel Ferreira em jogo pelo Palmeiras contra o Independiente Del Valle, durante partida válida pela fase de grupos da Libertadores 2024, no Estádio Banco Guayaquil.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Por fim, Abel descreveu a felicidade que foi ver Luis Guilherme, uma das Crias da Academia que compõe o elenco profissional, desencantando.

“Minha principal função é ajudar os jogadores. Eu venho da formação e sei o quanto eles têm de vontade de jogar. É tudo no tempo de Deus. Temos muitos jogadores da formação que vêm treinar conosco, e temos que fazer tudo na hora certa. E quando vejo o Estêvão ou Luis fazendo um gol, é como se fosse um filho tirando uma boa nota na escola. É um orgulho, sei o quanto eles trabalham, mas também sei que às vezes preciso travá-los, dizer algo que eles não querem ouvir”, finalizou.