Último jogo de Wilton Pereira Sampaio à frente do apito em um jogo do Palmeiras foi o duelo frente ao Flamengo, no Maracanã
Em jogo que vale a liderança do Campeonato Brasileiro, Palmeiras e Atlético-MG se enfrentam às 16h deste domingo, no Allianz Parque, pela 9ª rodada. As duas equipes contabilizam 15 pontos, mas o Verdão está em primeiro lugar por conta do saldo de gols.
O árbitro deste confronto foi definido na noite de ontem pela CBF. O escalado foi Wilton Pereira Sampaio, de 40 anos, que estará presente na Copa do Mundo do Catar no final do ano. O juiz já apitou sete partidas da atual edição do Brasileirão e aplicou um total de 38 cartões amarelos.
Bruno Raphael Pires e Bruno Boschilia serão seus assistentes, assim como Ilbert Estevam da Silva, o quarto árbitro. O comandante do VAR será Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro, que pertence ao quadro de arbitragem do Rio Grande do Norte.
Wilton Pereira Sampaio apitará seu 34º jogo do Palmeiras
Sampaio apitou uma partida do Verdão pela última vez no dia 20 de abril, no empate em 0 a 0 com o Flamengo, no Maracanã.
O aproveitamento do Palmeiras com Wilton Sampaio como árbitro principal, após 33 partidas, é de apenas 49,5% – são 13 vitórias, 10 empates e 10 derrotas.
Duelo entre Palmeiras x Atlético-MG acontece no próximo domingo, no Allianz Parque, às 16h
Após vencer o Santos por 1 a 0, na tarde de ontem, e alcançar a liderança do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras voltará a campo apenas no próximo domingo, às 16h, para enfrentar o Atlético-MG, segundo colocado na tabela de classificação, no Allianz Parque.
O confronto diante da equipe mineira marca a volta do Verdão à arena palmeirense, em jogos válidos pelo Brasileirão, após duas rodadas atuando como visitante, contra Juventude e Santos.
Os ingressos para a partida começaram a ser comercializados na manhã desta segunda-feira, através do site Ingressos Palmeiras. Sócios Avanti terão prioridade na compra dos bilhetes até às 10h de quarta-feira, quando as vendas se abrem para o público em geral. A comercialização dos ingressos para os associados será escalonada de acordo com a pontuação do rating de cada sócio.
Caso ainda haja disponibilidade, a venda física nas bilheterias do Allianz Parque acontecerá nos dias 03 e 04, das 12h às 19h. Já no dia 05, data da partida, a comercialização será feita a partir do meio-dia até o intervalo do jogo.
Valores dos ingressos para Palmeiras x Atlético-MG
Os valores dos ingressos para a partida entre os dois líderes do campeonato variam de R$110 a R$190; confira:
A venda das entradas para o setor Central Leste acontecerá simultaneamente ao início da comercialização para o público em geral pela internet e sem os benefícios do Avanti.
O mercado de treinadores ferve mais que o de jogadores nesta última semana do ano. As últimas notícias dão conta que Cuca pediu demissão do Atlético-MG e que o Flamengo, cujos diretores investiram as últimas semanas em tentativas tresloucadas (e fracassadas) de trazer de volta Dom Sebastião – ops, Jorge Jesus, estaria fechando com Paulo Sousa, treinador de trabalhos medianos.
Para bagunçar ainda mais o cenário, Jorge Jesus amanheceu por detalhes de ser oficialmente dispensado pelo Benfica, horas depois do vice-campeão da Libertadores desistir de sua contratação. Mas isso não quer dizer que o Flamengo não possa “desistir de desistir”, deixando Paulo Sousa na mão e recontratando seu amado “mister” – o que seria uma canalhice com o Sousa, que já se desgastou com a Federação Polonesa ao se demitir para assinar com os cariocas.
O Galo ganhou o Brasileirão e a Copa do Brasil, mas agora paga o preço de ter o instável Cuca como comandante. Sabemos, pelas duas passagens recentes pelo Palmeiras, que seu peculiar sistema de jogo traz resultados – mas o treinador não consegue fincar raízes, mesmo após trabalhos vencedores.
O comandante do ênea não consegue manter o vestiário em harmonia, além de ter questões pessoais – família e/ou saúde – sempre interferindo em sua carreira. Isso acaba por caracterizá-lo como um técnico-bombeiro, para projetos de curto prazo – o que é péssimo para sua imagem num mercado que finalmente começa a compreender que a longevidade do treinador é um fator determinante para o protagonismo.
Além de Atlético e Flamengo
O Palmeiras passou por cima de Atlético e Flamengo na Libertadores e os dois rivais parecem ser os principais adversários também para a próxima temporada. Mas existem ainda os coadjuvantes que têm potencial para incomodar.
Inter, SPFC e SCCP parecem ter projetos mais modestos para 2022. Os gaúchos estavam próximos de acertar com Paulo Sousa quando tomaram um passa-moleque do Flamengo e tiveram que recorrer ao plano B, o uruguaio Alex Medina. Nossos rivais paulistas insistem em técnicos de segundo escalão, com elencos duvidosos.
Já clubes como Athletico-PR, Bragantino e Fortaleza podem repetir ou até melhorar o bom desempenho de 2021, mas ainda não parecem ter peso na camisa para bater de frente em busca de títulos de primeira grandeza. Se tanto, podem almejar uma Copa do Brasil – o que não lhes cairia nada mal.
Alberto Valentim, Mauricio Barbieri e Juan Pablo Vojvoda tendem a seguir em seus promissores projetos, mas é inegável que vão, no mínimo, coçar a cabeça se Flamengo ou Atlético acenarem – e quaisquer eventuais saídas desmontariam os planejamentos de seus atuais clubes.
Por aqui, tudo bem
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Enquanto as vagas de treinadores nos dois principais adversários do Palmeiras seguem indefinidas, Abel Ferreira segue descansando em Portugal, certamente pensando em como pode aproveitar os reforços já anunciados pelo Verdão e os que, esperamos, estão em negociação.
Iniciar a temporada com o técnico definido tem muitas vantagens. O ciclo de reformulações no elenco obedece ao planejamento do comandante; assim, o Palmeiras tem condições de montar um elenco à feição das lacunas identificadas depois de pouco mais de um ano de trabalho.
Quem troca de treinador em plena janela de contratações perde oportunidades importantes de dar tiros certeiros e obriga o novo chefe a adaptar totalmente seu estilo a um elenco que ele ainda está por conhecer. Não é impossível fazer uma temporada vitoriosa desta forma, mas é bem mais difícil.
É dever da diretoria da Sociedade Esportiva Palmeiras proporcionar a Abel Ferreira, um treinador que tinha a opção de voltar para a Europa mas que escolheu seguir no Palmeiras, um elenco à altura do bicampeão da Libertadores.
Resta saber se a nova diretoria vai, desta vez, deixar o elenco como Abel deseja e não obrigá-lo a tirar leite de pedra, como em 2021. E não podemos nos esquecer que o preço desses milagres foi fraquejar no Brasileiro e na Copa. Se queremos ser de fato dominantes, precisamos de um elenco mais equilibrado e encorpado.
Como diz o chavão, chegar no topo é complicado, mas se manter lá é mais difícil ainda. Então, é preciso investir – com sabedoria e equilíbrio.
Tudo bem mesmo?
É pouco provável, bem pouco provável mesmo. Praticamente impossível. Mas este artigo seria completamente virado pelo avesso se o Benfica seduzisse Abel Ferreira e o tirasse do Palmeiras.
Talvez a única chance disso acontecer é se ele sentir que a atual diretoria não vai atender a seus pedidos.
Isola! VAMOS PALMEIRAS!
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No último final de semana, o primeiro turno chegou ao fim para os três principais postulantes ao título do Brasileirão 2021. Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG chegam à primeira metade do campeonato como os clubes que mais reúnem condições de brigar pelo troféu.
Os conflitos de datas que historicamente bagunçam nosso futebol fazem com que Palmeiras e Galo ainda tenham um jogo por fazer e o Flamengo fique com nada menos que três jogos de atraso depois do “fim de turno”, que ocorre no próximo fim-de-semana. Assim, considerando os pontos perdidos, temos o Atlético na liderança, com 15, seguido pelo Flamengo, com 17, e o Palmeiras na sequência, com 19.
A despeito das excelentes campanhas, Bragantino e Fortaleza tendem a ficar pelo caminho no segundo turno. Num campeonato de pontos corridos, a camisa pesa. Apesar de estarem com equipes bem armadas e muito consistentes taticamente, seria necessário para as duas zebras um encaixe muito acima do normal para serem considerados reais candidatos ao título. Ainda não parece ser o caso.
De hoje até a data prevista para o fim do campeonato, serão 97 dias em que os três grandes candidatos disputarão o troféu ponto a ponto. 20 rodadas de um “trielo” que remete ao maravilhoso clímax do clássico “Il Buono, il brutto, il cattivo” – chamado de “The Good, The Bad and The Ugly” em Hollywood e aqui conhecido como “Três homens em conflito”.
Chances iguais
Os três clubes têm seus pontos fortes e fracos. O Galo está gastando o que tem e o que parece que não tem para conseguir ser bicampeão de alguma coisa. Lidera o campeonato mas já mostrou que está longe de ser imbatível, tropeçando nas duas últimas rodadas contra Bragantino e Fluminense.
O Flamengo segue enfileirando goleadas, mas também tem suas fraquezas, bem exploradas pelo Inter, que aplicou um sonoro 4 a 0 no Maracanã há poucas semanas. Ambos dividem suas atenções entre Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores. Além disso, o Flamengo ainda terá que acomodar dois jogos em atraso a mais em seu calendário. Este esforço descomunal deve mandar a conta em forma de seguidas lesões.
Cesar Greco
O Palmeiras já tirou a Copa do Brasil da frente. Por uma dessas coincidências da vida, mesmo num calendário brutal, ficará duas semanas sem jogar, apenas se preparando para a próxima partida – exatamente contra um dos contendores, o Flamengo. E o jogo será em nossa casa, a exemplo do duelo contra o Atlético, na rodada 35.
São vantagens que podem compensar a diferença de poder de ataque, deixando os três aspirantes ao título com chances praticamente iguais. O Palmeiras tem uma claríssima carência na camisa 9 – exatamente uma qualidade que os outros dois adversários podem se gabar de terem de sobra. Assim como no grande clássico de Sergio Leone, o Palmeiras precisará usar sua inteligência e esperteza para sair vencedor.
Libertadores também
Os três times brigarão taco a taco pelo título do Brasileirão e também estão nas semifinais da Libertadores, o que provavelmente fará a temporada de 2021 ser lembrada por três grandes torcidas de três estados diferentes como histórica, épica. Como se houvesse uma trilha de Ennio Morricone ao fundo.
Enquanto isso, o resto do país apenas assiste, intrigado. Três clubes começam a descolar claramente do resto. Alguns outrora grandes caminham na direção oposta e já estão na beira do penhasco, enquanto outros tentam fugir da condição de figurante.
Estamos testemunhando um momento de transição para uma nova ordem no futebol brasileiro, concentrada em poucos clubes. O Brasileirão, cada vez mais, tende a ser uma disputa de poucos, e sempre os mesmos – não mais de 12 clubes se revezando no topo a cada ano.
Esses poucos e bons (ou um bom, um mau e um feio) travarão neste 2021 uma bela temporada de largada desta nova ordem. E é com muito orgulho que vemos o Palmeiras seguir sendo protagonista, enquanto outros ficam para trás.
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