Coração quente e cabeça fria: os bastidores da vitória sobre o Santos

Bastidores da TV Palmerias/FAM: Rony comemora seu gol com Gustavo Scarpa, Zé Rafael e Piquerez, pelo Palmeiras contra o Santos, durante partida válida pela trigésima rodada do Brasileirão 2021, na Vila Belmiro.
Cesar Greco

Bastidores mostraram o último papo de Abel Ferreira com os atletas, além da comemoração de Rony e Raphael Veiga, os autores dos gols

A TV Palmeiras/FAM lançou na noite desta segunda-feira, em seus canais oficiais, os bastidores da vitória palmeirense por 2 a 0 sobre o Santos, no último domingo.

Como de costume, as filmagens mostraram toda a preparação dos atletas no pré-jogo, com foco nas últimas falas de Abel Ferreira antes dos jogadores subirem ao gramado da Vila Belmiro.

“Vou ter uma coisa pela primeira vez desde que estou aqui [no Brasil]. Uma das razões que eu vim para o futebol brasileiro é para jogar com o estádio cheio. Esta pressão que nos ajuda a melhorar e obriga a desafiarmos a nós próprios. É jogo de coração quente e cabeça fria”, discursou.

“Quanto mais nos xingam, quanto mais nos insultam, mais vamos jogar! Mais vamos impor nosso jogo e mais concentrados ficaremos”, finalizou.

A reação dos palmeirenses após a concretização da vitória também foi registrada, assim como os depoimentos de Rony e Raphael Veiga, que foram às redes pelo Palmeiras.

“Foi uma jogada muito rápida. Assim que o Dudu deu o passe pro Veiga eu pedi a bola entre a zaga e o goleiro. Fui feliz e pude fazer o gol. Muito contente pelo gol e mais ainda pela vitória”, disse o camisa 7, que voltou a marcar após um mês – seu último tento havia sido diante do América-MG.

“Acompanhei a jogada desde o começo e, quando a bola chegou no Rony, pedi o passe. Ele podia ter chutado, mas foi feliz no passe. A bola veio na velocidade certa e eu pude acertar um belo chute”, comentou Raphael Veiga, artilheiro do Palmeiras na temporada.

Confira os bastidores da vitória palmeirense sob a lente da TV Palmeiras/FAM

Em busca da sexta vitória consecutiva, o Palmeiras enfrentará nesta quarta-feira o Atlético-GO, no Allianz Parque. Com 55 pontos, o Verdão é o atual segundo-colocado do Brasileirão, 10 atrás do líder, Atlético-MG.

“Tem que respeitar!”: Palmeiras divulga os bastidores da classificação à final da Libertadores; confira

Foto: bastidores da comemoração do elenco do Palmeiras após classificação para final da Libertadores 2021.
Cesar Greco

Além das tradicionais filmagens no pré e pós jogo, bastidores contou com declarações de Felipe Melo e Gabriel Veron

Na última terça-feira, o Palmeiras se classificou pela segunda vez consecutiva à final da Libertadores ao empatar em 1 a 1 com o Atlético-MG. O time buscará o tricampeonato contra o Flamengo, no dia 27 de novembro, em Montevidéu.

Ainda em clima de celebração, o Verdão divulgou hoje de manhã, em seu perfil oficial no Facebook, os bastidores do duelo. As filmagens mostraram toda a preparação da delegação antes da partida e também o discurso final de Abel Ferreira na concentração.

“Vocês sabem quem são. Não chegamos aqui por acaso. Somos os donos do nosso futebol. Cada um de vocês sabe bem o que tem que fazer. Com fé, com sabedoria. Que Deus vos capacite. Aqui e agora!”, estava escrito no telão projetado pela comissão técnica.

Ao final do jogo, a frase “tem que respeitar!” foi repetida diversas vezes por quase todos os jogadores e também por alguns membros da comissão técnica.

“Nós somos o campeão da Libertadores. Tem que nos respeitar! Nós somos o campeão e vamos jogar como campeão”, enfatizou Rogério Godoy, o treinador de goleiros.

Bastidores contou com declarações de Felipe Melo e Gabriel Veron

Capitão da equipe no jogo e um dos jogadores mais experientes do Palmeiras, Felipe Melo falou sobre a classificação e também de jogar novamente em um estádio com torcida contra.

“Jogo importante contra um time muito bom, treinador muito bom, o Cuca. Não é à toa que poderia ter chegado na sua 3ª final de Libertadores. Jogadores bons tecnicamente, fisicamente. E mesmo assim soubemos jogar, tivemos a cabeça no lugar e buscamos as soluções”, contou Melo, e depois prosseguiu: “Estava desacostumado a jogar com torcida. Futebol é assim, é paixão. Quando você entra e é vaiado, é um combustível. Todos que vieram e gritaram, fizeram uma festa bonita para o Palmeiras”.

Gabriel Veron, autor da assistência para o gol de Dudu, falou sobre sua volta por cima.

“Nunca deixei de acreditar em mim e no meu trabalho. Hoje, graças a Deus, fui recompensado por isso e espero seguir dessa forma”, declarou Veron.

Confira os bastidores pelas lentes da TV Palmeiras/FAM:

Discussão sobre o gol anulado apenas encobre uma questão muito maior

Reprodução

O jornalista Paulo Vinicius Coelho, o PVC, postou em seu blog que a comissão de arbitragem da CBF, chefiada por Leonardo Gaciba, vai enviar o vídeo do gol anulado de Bruno Henrique contra o Internacional, no último final de semana, para ser analisado pela FIFA.

Obviamente, Gaciba segura a barra de Bráulio da Silva Machado e diz que a anulação foi correta, com a ressalva de que deveria ter sido anotada falta a favor do Palmeiras. Mas a atitude de consultar a FIFA contradiz seu discurso.

Os ex-árbitros que comentam nos canais de televisão se dividiram. Teve até um que viu, falou uma coisa, para depois olhar de novo e mudar de ideia. Diante de uma nova determinação da FIFA, ninguém sabe ao certo o que marcar num lance como aquele, embora o bom senso grite: gol legal.

Diante de tamanha confusão, a discussão sobre a legalidade ou não do lance, que nem deveria ter começado, precisa dar lugar a uma questão muito maior: por que os lances duvidosos são sempre decididos contra o Palmeiras? E por que o Flamengo e o SCCP são sempre favorecidos? O Internacional esteve, em menos de quatro dias, nas duas faces desta moeda e pode atestar essa regra não escrita.

Aquela fração de segundo

Nem cabe aqui fazer coro à compreensível teoria conspiratória de que o campeonato está comprado pelo Flamengo ou que a CBF, ou a RGT, ou o papa estão em conluio para dar o título aos cariocas. Não existe o batom na cueca.

Mas existe o medo.

Os árbitros em geral se borram de medo de prejudicar Flamengo e SCCP. Eles jamais admitirão em público, mas caso você tenha a chance de conversar sobre o tema com qualquer um deles, todos dirão o mesmo: não se pode errar contra os dois eleitos.

Há pouco mais de dois anos o árbitro Thiago Duarte Peixoto saiu chorando do Itaquerão, depois de errar a nosso favor num Derby. E tinha razão: pegou uma geladeira monstruosa.

O ex-presidente Paulo Nobre declarou há algumas semanas que vem notando que os árbitros se sentem muito à vontade errar contra o Palmeiras. Se o campeonato está polarizado entre Palmeiras e Flamengo, na dúvida, naquela fração de segundo, os lances serão decididos contra o time de verde. Foi isso que aconteceu no último domingo.

E o inverso é verdadeiro, como foi verificado na última quarta-feira, quando o mesmo Internacional foi assaltado no Maracanã. Cadê a coragem de decidir contra o Flamengo?

O Palmeiras precisa reverter essa tendência. Os juízes precisam ter medo de errar contra nós. Não existe geladeira para quem nos rouba pontos – mas precisa existir!

Seguimos reféns dos sopradores de apito. Enquanto isso, os torcedores dos dois clubes eleitos pela mídia zombam.

O que nossa diretoria fará a respeito nos bastidores para mudar esse panorama e, enfim, nos proteger?

FlaPress em polvorosa

A campanha frenética da imprensa flamenguista, a “FlaPress”, para justificar o ato de Bráulio da Silva Machado e para ridicularizar nossos protestos denota toda a preocupação com a reação do Palmeiras dentro de campo.

Os torcedores travestidos de profissionais se apegam a filigranas do texto – que, como vimos, nem os árbitros conseguem interpretar – para atestar que o Palmeiras clama por algo que não merece. Se ao menos assumissem a parcialidade, como faz a mídia palestrina, seria honesto.

O Verdazzo segue em sua trajetória de crescimento com princípios sólidos. Estamos há doze anos nesta atividade, e há três anos iniciamos a fase de crowdfunding, visando bater de frente com os grandes canais de mídia.

Ainda não temos a estrutura dos grandões, mas, com auxílio da tecnologia cada vez mais acessível, caminhamos na direção de poder competir de igual para igual com qualquer um deles – com a honestidade palmeirense que poucos podem ostentar.

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O caminho para o deca e os cuidados para que 2009 não se repita

Mauricio RamosEm 2009, o Palmeiras tinha o Brasileirão nas mãos, mas uma série de fatores convergiram para que nosso time naufragasse na reta final e ficasse fora até do G4 – e consequentemente sem a vaga para a Libertadores. O desastre começou na rodada 28, quando empatamos em casa contra o Avaí – mesmo assim, mantivemos a margem de cinco pontos para o vice-líder. Mas daí para a frente, uma sucessão de problemas nos tirou do prumo – um jogo desastroso no Recife, com mais de meio time lesionado ou suspenso, determinou uma derrota por 3 a 0 para o Náutico. Uma derrota dura para o Flamengo de Petkovic no Palestra aumentou o problema: a vantagem caiu para 4 pontos para o segundo colocado, e o próprio Flamengo se aproximou, ficando a seis pontos.

Na rodada 31, perdemos para o Santo André quando Cleiton Xavier sentiu lesão no primeiro tempo. O time já havia perdido Pierre cinco rodadas antes e o meio-campo sentiu muito mais essa perda. A margem de liderança caiu para apenas um ponto. A vitória sobre o Goiás no Palestra, na rodada 32, renovou os ânimos e subimos a diferença para dois pontos, mas em seguida veio um empate por 2 a 2 no Derby em Presidente Prudente. A esta altura, estávamos empatados na liderança com o SPFC, ganhando só nos critérios de desempate.

A partida seguinte, no entanto, foi quase uma pá de cal. A arbitragem criminosa de Carlos Simon na partida contra o Fluminense destruiu o moral do time, que perdeu a liderança após 15 rodadas na ponta. O trauma se refletiu na rodada seguinte, quando ficamos apenas no empate com o Sport em casa, 2 a 2, e vimos o SPFC abrir 3 de frente, com o Flamengo em segundo.

Na antepenúltima rodada, com os nervos em frangalhos, não conseguimos um bom resultado em Porto Alegre, perdendo para o Grêmio por 2 a 0 e vendo dois jogadores nossos sendo expulsos no intervalo por saírem na mão entre si. A vitória contra o Galo no Palestra, com um gol antológico de Diego Souza, foi capaz de nos recolocar em condições matemáticas de chegar ao título na rodada final, mas o Flamengo venceu o sub-13 do Grêmio na rodada derradeira e chegou ao título, enquanto perdíamos melancolicamente para o Botafogo e acabamos o campeonato em quinto lugar.

De volta ao presente: quatro vitórias e um empate

Palmeiras 3x2 SantosApós mais um bom resultado no Brasileirão, o Palmeiras ficou bem mais próximo da conquista do decacampeonato. A vitória sobre o Santos, num dos jogos mais memoráveis do ano, deixou o Verdão a quatro vitórias e um empate da conquista, com seis rodadas para o fim. É uma situação bem diferente, para melhor, da vivida em 2009 no mesmo ponto da disputa.

Com quatro vitórias e um empate, chegaremos a 79 pontos. O Flamengo, com seus atuais 60, mesmo que vença todos os seus jogos, só pode alcançar 78. O Inter pode chegar aos 79, mas teria que descontar nove gols no saldo.

Em nossa tradicional projeção de pontos, a conta para se chegar ao título com alguma margem de conforto é 77 pontos. Considerando que tanto Flamengo como Inter ainda podem tropeçar nesta reta final, a conta parece bastante plausível. Mas, para o momento, precisamos trabalhar apenas com a frieza dos números, para não corrermos riscos. Quatro vitórias e um empate, é o que nos separa da conquista.

Considerando que nosso time vem de uma sequência avassaladora de 13 vitórias e 4 empates, com uma tabela razoavelmente tranquila à frente, a meta parece perfeitamente alcançável. Mas não podemos nos esquecer de 2009 e do redemoinho que nos apanhou na reta final. Na rodada 29, tínhamos 5 pontos de frente e acabamos fora até da Libertadores. A atenção tem que ser total.

O que vem pela frente

Atlético-MGSem as disputas paralelas no calendário, a conquista do Brasileirão está de fato bastante próxima. A partida mais difícil, na teoria, é a próxima, diante do Atlético Mineiro, em Belo Horizonte. O time de Levir Culpi vive um péssimo momento, tendo conquistado apenas um ponto nos últimos cinco jogos – mas exatamente por isso pode se tornar um problema, já que tem sua vaga para a Libertadores, bastante tranquila até duas semanas atrás, bastante ameaçada pelo Santos. Temos plenas condições de vencer, mas um tropeço pode acontecer.

FluminenseEnfrentar o Fluminense no Allianz Parque sempre foi sinônimo de vitória: desde a inauguração, foram quatro confrontos com 100% de aproveitamento. Desta vez, o visitante virá sem maiores aspirações – já está a uma distância confortável da zona da confusão e pensa nas semifinais da Sul-Americana. Talvez  nem jogue com força máxima. A vitória é bastante provável.

Paraná ClubeA partida a seguir é contra o lanterna, o Paraná, no Durival de Britto – pelo menos até a presente data, embora haja rumores dando conta que o já rebaixado time de Curitiba quer levar a partida para Londrina, reduto palmeirense. Mas mesmo que o local seja mantido, uma vitória do Palmeiras neste jogo é praticamente uma obrigação.

América-MGO mesmo pode se dizer da partida seguinte, contra o América, no Allianz Parque. O time de Adilson Batista entrou numa espiral negativa e conseguiu apenas oito pontos nos últimos 30 disputados. O que pode complicar é o fato de estarem lutando desesperadamente contra mais um rebaixamento. Mesmo assim, jogando em casa, o Palmeiras deve se impor e vencer.

VascoO penúltimo passo é o Vasco, em São Januário. Até lá, seria ótimo que o time carioca já tenha se livrado do rebaixamento, para tirar da partida qualquer aspecto de decisão. Caso isso não aconteça, a partida se torna bem mais complicada, diante do peso da camisa vascaína. Um tropeço aqui não pode ser descartado.

VitóriaSe chegarmos à última rodada precisando de três pontos, eles devem vir. O adversário é o Vitória, no Allianz Parque. Neste momento é um time que está se salvando do rebaixamento pelos critérios de desempate; depois de mais cinco rodadas pode estar já rebaixado, livre, ou lutando com todas as suas forças. Seja qual for a situação, imaginem um Allianz Parque lotado, com o Palmeiras a um triunfo para ser campeão brasileiro, enfrentando o Vitória. Devem vir mais três pontos.

Teoria x prática

Como vimos, na teoria, temos pela frente quatro vitórias e dois possíveis tropeços – se um deles for um empate, chegamos à conta mágica. Mas podemos perder de Galo e Vasco. E também podemos, claro, tropeçar nos quatro jogos que contamos com a vitória certa.

Nestes casos, ainda temos que contar com a boa possibilidade de Flamengo e Inter não fazerem campanhas perfeitas. O Flamengo vem de dois empates e vive uma crise interna séria. O Inter tem uma tabela bastante tranquila e parece ter feito as pazes com as arbitragens – ganhou dois pontos de graça no fim-de-semana, graças a um pênalti inventado os 48 do segundo tempo contra o time reserva do Atlético-PR. Mas tem um elenco bastante limitado e o fim de temporada costuma ser cruel com as coxas e panturrilhas dos jogadores. Não podemos contar com tropeços dos adversários – mas que eles podem acontecer, podem.

Atenção total

Em 2009, perdemos para o limitado poder de reposição das peças principais. Duas baixas na reta final, Cleiton Xavier e Pierre, prejudicaram demais o rendimento do time. Além disso, Diego Souza teve uma queda brusca de rendimento após ter sido convocado para um jogo na Bolívia pelas Eliminatórias da Copa de 2010 – nosso camisa 10 voltou abalado pela má exibição.

A atuação grotesca de Carlos Simon no Maracanã, na operação que salvou o Fluminense do rebaixamento, foi um golpe duro no moral do time. Os jogadores passaram a se sentir desprotegidos e a confiança foi pelo ralo. A própria torcida sentiu o golpe – este site mesmo entrou em depressão e ficou até o ano seguinte fora de atividade.

Sem controle dos nervos, o time sucumbiu em Porto Alegre na antepenúltima rodada e ficou apenas com chances matemáticas de chegar ao título – algo que, sabemos, passou longe de acontecer no final.

Esse cenário tenebroso está bem longe do atual, a começar pelo fato de que estamos a apenas seis rodadas do fim – em 2009, o problema começou a dez rodadas do encerramento. A tabela de 2018 parece bem mais tranquila que a de nove anos atrás.

Felipão tem peças de reposição muito mais qualificadas que Muricy Ramalho; além de ter o time muito mais na mão – em conversas com jogadores de 2009, os relatos são de que havia insatisfação no elenco em relação à proposta tática de Muricy.

A única coisa que ainda pode ser igual é a ação da arbitragem. A ajuda que o Internacional, clube que assinou com o Grupo Turner a transmissão dos jogos para TV fechada, mas que lidera uma reviravolta em favor da Rede Globo, recebeu ontem no Beira-Rio contra o Atlético-PR foi escandalosa. E a arbitragem de Bráulio Machado no clássico contra o Santos, apesar de nossa vitória, se vista sob a lente adequada, foi escabrosa.

Se nos resguardarmos com relação às arbitragens, é bem pouco provável que 2009 se repita. E é bom que não se repita mesmo, porque os desdobramentos daquele fracasso refletiram no clube por mais três anos e culminaram com o rebaixamento em 2012, numa sequência mais triste até que a que nos levou ao primeiro rebaixamento, em 2002.

O final de 2018 tende a ser muito, muito mais feliz. Abre os olhos e VAMOS, PALMEIRAS!


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Suspensões marotas e lesões: o quebra-cabeças de Felipão

Antônio Carlos
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

A vitória contra o Ceará manteve as chances do Palmeiras conquistar o decacampeonato muito grandes e agora o time, mais uma vez, vira a chavinha para focar na Libertadores. O Verdão volta à Bombonera para enfrentar o Boca Juniors, desta vez pelas semifinais da competição sul-americana.

A sequência, no entanto, nos obriga a voltar as atenções para o Brasileirão no final de semana, para depois pensar no Boca novamente, no jogo de volta. Ensanduichado entre as duas partidas contra os argentinos, vem o jogo fundamental contra o Flamengo, pelo Brasileirão.

Para complicar ainda mais, a partida no Rio de Janeiro terá que ser disputada no sábado – apenas 3 dias depois da batalha em Buenos Aires. E o Palmeiras terá uma série de desfalques para este jogo.

Felipão tem decisões difíceis para tomar. Ao mesmo tempo em que precisa achar a melhor combinação para cada jogo, levando em consideração os desfalques, precisa também seguir administrando o físico dos atletas para que não estourem na parte mais importante da temporada.

O quebra-cabeças

Felipão
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

Para o jogo contra o Flamengo, Felipão não contará com os suspensos Deyverson, Mayke, Bruno Henrique e Lucas Lima. Possivelmente também não terá Marcos Rocha e Jean, baleados; e existe a grande chance de não poder contar também com Diogo Barbosa, que havia sido suspenso pela confusão no jogo do Mineirão e estava liberado para atuar sob efeito suspensivo – ele e Mayke provavelmente devem ter novo julgamento esta semana.

Para o jogo no Maracanã, a saída mais plausível para a lateral-direita é deslocar Thiago Santos, já que as três opções estão fora de combate. A dupla de volantes que restaria é Felipe Melo e Moisés. E com Lucas Lima suspenso, quem deve articular as jogadas por dentro é Guerra.

Hyoran e Scarpa, este sem ritmo algum, devem ser acionados pelas beiradas, para resguardar as condições físicas de Dudu e Willian. Isso porque os dois são considerados titulares e sabemos da predileção de Felipão pela Libertadores – ele não deve abrir mão da dupla nem na Argentina, nem no jogo da volta, na semana que vem.

Assim, o time-base para os dois jogos contra o Boca tende a ser Weverton; Mayke, Luan, Gómez e Diogo Barbosa; Felipe Melo e Bruno Henrique; Dudu, Lucas Lima e Willian; Borja.

Já o time para jogar contra o Flamengo a escalação deve ser Weverton; Thiago Santos, Antônio Carlos, Edu Dracena e Victor Luis; Felipe Melo e Moisés; Hyoran, Guerra e Gustavo Scarpa; Borja.

Notem que Borja e Felipe Melo, além de Weverton, serão bastante exigidos nessa sequência. Façam menções especiais a eles em suas preces.

O responsável

André Luiz de Freitas Castro
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

O Verdazzo deu a letra no pré-jogo da partida de ontem: o árbitro André Luiz de Freitas Castro é pródigo em cartões, e nada mais conveniente para a CBF do que escalar a metralhadora de amarelos para apitar uma partida do Palmeiras no jogo imediatamente anterior à partida contra o Flamengo, o queridão da entidade.

Alexandre Mattos e Felipão, macacos velhos, provavelmente já estavam atentos e reforçaram as suspeitas nas entrevistas após o jogo. O Palmeiras tinha oito pendurados; três foram atingidos – sendo que dois deles em cartões nitidamente forçados pelo juiz.

Mayke ia cobrar uma falta, no segundo tempo. O tempo que levou para recolocar a bola em jogo foi trivial. O árbitro justificou na súmula que ele demorou demais – para cobrar um lateral. Já a justificativa para o cartão de Lucas Lima foi pior ainda: por “cometer faltas persistentemente”. No lance, Lucas Lima nem fez falta – e teria sido sua primeira no jogo. A vontade acima do normal de mostrar os cartões nos dois casos é evidente.

Pela quinta vez seguida o Palmeiras foi prejudicado pela arbitragem no Brasileirão – e mesmo assim venceu os cinco jogos. O dano, desta vez, não foi apenas na dificuldade do próprio jogo, mas principalmente para escalar um time completo para a partida seguinte, que coincidentemente ou não, é contra o Flamengo.

Pelo que vemos, a tal reunião de cinco horas na sede da CBF entre o presidente Mauricio Galiotte e a comissão de arbitragem não está adiantando nada. O Palmeiras segue fraco nos bastidores e resta a Felipão e nosso bravo grupo de atletas segurar as pontas na sequência mais crítica da temporada. Se depender da torcida, eles sabem que podem contar com todo o suporte. VAMOS PALMEIRAS!


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