Abel vê injustiça no empate em Porto Alegre e lamenta falta de eficácia

Abel Ferreira em jogo pelo Palmeiras contra o Internacional, durante partida válida pela décima quinta rodada do Brasileirão 2023, no Beira-Rio.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Abel também comentou sobre a falta de vitórias do Palmeiras e assumiu a responsabilidade

O empate em 0 a 0 do Palmeiras com o Internacional, para o técnico Abel Ferreira, foi injusto. Na entrevista coletiva após o duelo, o treinador pontuou as chances criadas pelo time durante a partida e lamentou a falta de eficiência da equipe.

“Os cenários dos últimos empates têm sido assim. Fiz as análises do desempenho da equipe no Brasileiro, desde o Bahia quando perdemos o jogo e na minha opinião não deveríamos, mas o futebol é eficácia. Como hoje. Se tivesse que ter um vencedor, até pelas oportunidades mais flagrantes, éramos nós. O goleiro deles segurou um ponto”, iniciou.

“Foi uma primeira parte equilibrada e uma segunda em que fomos para cima. Teve a chance do Menino, do Murilo, em que o goleiro deles fez grandes defesas, além de um chute do Jhonatan. O futebol é assim, as equipes mais eficazes ganham e somam pontos”, complementou.

O treinador, que alcançou 200 jogos comandando o Palmeiras à beira do gramado, disse também o que o Palmeiras precisa fazer para espantar a fase sem vitórias – o último triunfo foi a goleada por 4 a 0 sobre o Bolívar, na última rodada da fase de grupos da Libertadores.

“Hoje nos faltou fazer o gol. Viemos num campo que é sempre muito difícil de jogar, mas merecíamos ganhar. Fizemos algumas alterações que tínhamos de fazer na equipe e nos faltou o gol. Agora é continuar a trabalhar, é isso que os campeões fazem. Temos que aguentar e nos dedicarmos ao trabalho. Se querem um treinador que só ganhe títulos, descubram, porque eu não conheço nenhum que só ganha. Eu também perco e já tinha avisado sobre isso”, complementou.

Abel também assumiu a responsabilidade pela fase atual do clube, mas, sem nenhum alarde, também cobrou os jogadores e a diretoria.

“Mais do que as pessoas falam, é aquilo que nós fazemos dentro do CT. Isso é o que tem que nos deixar com a consciência tranquila. Sim, o treinador tem que fazer mais esforço para que tenhamos mais resultados, o máximo responsável por tudo que está acontecendo sou eu; os jogadores mais experientes têm que recuperar rapidamente a melhor forma física para depois apresentar isso em campo através de rendimento; sim, a nossa direção tem que fazer mais esforço. Todos somos um em todos os momentos”, declarou.

“Somos um alvo e os adversários estão a se reforçar cada vez mais. Isso é um alerta pra nós. Temos que perceber. Há um adversário que gastou o triplo que nós em contratações. Internamente temos que fazer mais coisas. Não tenho que vir aqui e ficar cobrando a diretoria, tenho que falar olhos nos olhos”, concluiu.

Confira outros trechos da coletiva de Abel Ferreira

– Críticas da torcida

“Os torcedores que eu conheço e que vêm frente a frente falar comigo, até o momento, dizem tantas coisas que nem a minha mulher e nem minhas filhas falam pra mim. Estão sempre a dizer ‘eu amo você’. Os torcedores que falam comigo dizem mais vezes que me amam do que as minhas filhas. Faz parte [receber críticas]. Há tempos que eu digo que o Palmeiras é o time a ser batido e pronto, agora tem a oportunidade de criticar o treinador, as minhas opções. Mas o momento é de ter equilíbrio e calma”.

– Trabalho no clube

“O que temos de fazer é trabalho e é importante dizer que quando temos todos à disposição somos muito fortes […] Felizmente temos um grupo de trabalho que caminha para a mesma direção e é por isso que estou aqui, acredito naquilo que estou aqui a fazer. No dia em que eu não mais acreditar no que estamos fazendo dentro do clube, serei o primeiro a dizer que não dá pra ficar”.

“Peguem a minha primeira entrevista aqui, não altero nenhuma vírgula do que falei. Enquanto estiver aqui vou me dedicar ao Palmeiras de alma e coração. A única coisa que prometo é que irei fazer o máximo do que sei e posso para tirar o máximo dos meus jogadores visando a vitória no próximo jogo. É isso que eu prometo”.

– Ofertas de outros clubes

“Infelizmente, ou felizmente pelo sucesso que tivemos, na janela que abriu, não só o treinador [recebeu ofertas]. É normal que meus jogadores tenham recebido. E não foi um, foram vários. Isso mexe com a cabeça dos jogadores”.

– CBF

“Já dei aqui declarações fortes e não vou tirar uma vírgula. Quando você vê o máximo organismo, a CBF, se dar ao luxo de fazer um comunicado só para a comissão do Palmeiras quando outros treinadores, brasileiros, fizeram o mesmo… Dedicar um texto só para a comissão do Palmeiras me faz pensar profundamente o que eu quero para mim”.

Anderson Barros fala após eliminação, prega equilíbrio e comenta sobre reforços: “precisamos de novas peças”

Anderson Barros fala após eliminação, prega equilíbrio e comenta sobre reforços: “precisamos de novas peças”.
Reprodução

Anderson Barros quebrou a ‘lei do silêncio’ e concedeu entrevista depois do Choque-Rei

O Palmeiras não conseguiu superar o SPFC e acabou sendo desclassificado da Copa do Brasil, após o revés por 2 a 1 no Allianz Parque – o gol palmeirense foi anotado pelo lateral-esquerdo Piquerez.

Após o jogo, o diretor Anderson Barros quebrou a ‘lei do silêncio’ implementada pela diretoria depois do jogo contra o Athletico-PR, na semana passada pelo Brasileirão, e concedeu entrevista coletiva.

O dirigente começou se pronunciando sobre a decisão adotada pelo clube de não falar com a imprensa após as partidas. “Desde o jogo contra o Athletico-PR nós adotamos uma postura [de não conceder entrevista], mas entendemos que diante do resultado de hoje devíamos falar e assumir a responsabilidade. Se a vitória viesse, manteríamos o nosso posicionamento. O que nós queremos é um futebol melhor”, iniciou.

Em seguida, Barros falou sobre os protestos da torcida, sobre a falta de reforços e afirmou que o Palmeiras está em busca de novos jogadores.

“É muito dolorido pra todos nós [a eliminação] porque nós sabemos o que fazemos. Estamos há quatro temporadas na busca incessante pelo resultado. Entendemos também o quanto sofre o nosso torcedor, mas o importante é que ele tenha consciência do nosso caminho, da nossa estrutura de trabalho sólida. A gente sabe que precisamos corrigir, mas não podemos mudar tudo por completo. Definimos algo nessa temporada e vamos seguir. São cinco competições que tínhamos nessa temporada e vamos continuar as outras duas que nos falta”, disse.

“Temos a consciência daquilo que estamos desenvolvendo. Nós temos que ficar muito atentos para não precipitarmos, jogar pra baixo tudo que estamos construindo. O Palmeiras é um clube muito sólido, responsável e extremamente estruturado, com excepcionais atletas. Temos que ter agora a competência suficiente para encontrar o que está dando errado. Sabemos que precisamos de novas peças, não é novidade. Precisamos de um camisa 5, mas estamos tendo dificuldade de encontrar. Mas, precisamos ter a inteligência suficiente para não cometer erros que possam nos prejudicar futuramente”, complementou.

Confira outros trechos da coletiva de Anderson Barros

– Avaliação da diretoria sobre a lei do silêncio

“Não foi porque adotamos essa postura que não vencemos. Entendemos que, naquele momento, foi a melhor decisão para blindar os jogadores. O Palmeiras não deixa de comunicar o torcedor, apesar do nosso posicionamento de não falar. Quando decidimos não falar, não deixamos de nos comunicar com o nosso torcedor”.

– Cobrança de Abel

“Sim [pediu reforços], ele é extremamente competitivo e nos cobra o tempo inteiro. Mas ele tem consciência de tudo aquilo que fazemos no nosso dia a dia. Ele vem nos cobrando desde a temporada passada, mas tem momentos que temos que ter tranquilidade para não nos precipitar”.

– Como superar a crise

“Trabalhar mais e mais e procurar porque, após a Data Fifa, deixamos de trilhar o caminho que estávamos. Temos que aguentar, suportar e trabalhar duro para encontrarmos novamente o caminho”.

João Martins faz duras críticas à arbitragem: “É ruim para o sistema o Palmeiras ganhar 2 anos seguidos”

João Martins em jogo do Palmeiras contra o Athletico-PR, durante partida válida pela décima terceira rodada do Brasileirão 2023, na Ligga Arena.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Substituindo Abel Ferreira, João Martins fez um pronunciamento após o empate em 2 a 2 com o Athletico-PR

A não expulsão do zagueiro Zé Ivaldo, do Athletico-PR, causou revolta no Palmeiras. Logo no início do jogo, o defensor acertou uma cotovelada na cabeça de Endrick dentro da área. O juiz, após auxílio do VAR, anotou a penalidade, mas mostrou apenas o cartão amarelo ao jogador adversário.

Após a partida, João Martins, que substituiu Abel Ferreira à beira do gramado, foi à sala de entrevista coletiva e respondeu apenas uma pergunta. Num tom forte e fazendo duras críticas à arbitragem e à CBF, o auxiliar técnico realizou um pronunciamento depois do jogo.

Confira o que disse João Martins:

“Pela saúde mental da comissão técnica, ainda bem que sou quem estou hoje aqui [comandando o time]. Nós entendemos que o futebol brasileiro passa a imagem de ser o futebol mais competitivo do mundo porque ganham vários, mas ganham vários porque muitas vezes não deixam os melhores ganharem. Mais uma vez é o que se passou hoje. Percebemos que é ruim para o sistema o Palmeiras ganhar dois anos seguidos. Trabalhamos para sermos os melhores no dia a dia e fazemos isso. Não vale a pena amanhã vir o presidente [Wilson Seneme, da Comissão de Arbitragem] usar frames para justificar a incompetência e erros grosseiros”.

“Nós vamos lutar até o fim e vamos dar o nosso melhor porque é pra isso que somos pagos. Não vão nos calar. Podemos ser expulsos às vezes, mas o que aconteceu hoje foi uma vergonha. [A não expulsão de Zé Ivaldo] condicionou o jogo. Depois [o árbitro] começa a dar faltinhas e mais faltinhas. Inacreditável o número de lesões que estamos tendo por traumas, [os adversários] às vezes passam do limite da regra do jogo, sistematicamente em todas as partidas”.

“[O juiz] deu o primeiro amarelo ao Garcia por retardar um lateral, algo inacreditável. O Brasil é especialista em perder tempo, por isso na Europa ninguém assiste ao campeonato. Depois, num pênalti muito bem marcado em que ele não viu [precisou do VAR], deu o segundo amarelo, que desta vez estava certo, mas o primeiro foi ridículo. Só que tenho que parabenizar os jogadores pela excelente partida. No 11 x 11, mesmo o placar estando com um gol de diferença para nós, estaríamos equilibrados e até não precisaríamos fazer todas as substituições. O Rony acabou sentindo e não podíamos mexer porque tivemos que fazer todas as mudanças quando o Garcia foi expulso.”

“Vamos continuar a dizer as verdades, podem expulsar. Qualquer pessoa que estivesse no nosso lugar se sentiria revoltado. É revoltante! Mas temos uma vontade muito grande de ganhar e sermos os melhores. Contra esse sistema é muito difícil, mas vamos continuar dando o nosso melhor”.

“Nota artística”: Abel Ferreira elogia desempenho do Palmeiras em goleada

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Bolívar, durante partida válida pela fase de grupos da Libertadores 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Após vitória sobre o Bolívar, Abel Ferreira destacou a partida do time e também fez críticas a parte da imprensa

O técnico Abel Ferreira atribuiu aos jogadores do Palmeiras a goleada construída sobre o Bolívar, por 4 a 0. Em entrevista coletiva após o jogo, o treinador citou o estilo de marcação imposto pela equipe boliviana e como os atletas dentro de campo conseguiram superar os adversários.

“O treinador deles é espanhol e foi a primeira vez que vi um técnico espanhol fazer marcação individual no campo inteiro. Pra ser sincero, os jogadores hoje sozinhos encontraram o caminho para o gol. Não fui eu, minha responsabilidade é zero nisso. É isso que gosto nessa equipe, o caráter. Infelizmente não fomos eficazes no jogo passado, mas hoje sim e marcamos quatro gols. Orgulho ser treinador deles”, disse Abel, que em sequência elogiou o desempenho palmeirense.

“Agradeço aos torcedores que vieram e nos ajudaram. Foi uma noite mágica, muito bem jogada, com nota artística. 4 a 0 com nota artística”, complementou o comandante.

Abel também comentou sobre a volta do Verdão ao caminho das vitórias e criticou parte da imprensa. “O que peço aos jogadores é que em momentos de baixa, não deem ouvidos ao que a imprensa diz. Isso é fundamental dentro do nosso grupo. Blindar. Sabemos de onde a gente vem, o que fez a gente chegar até aqui. Temos um foco muito grande em ganhar o Brasileirão, a Libertadores e a Copa do Brasil. Por isso que os jogadores têm que ter calma, porque aqui é 8 ou 80. O Palmeiras incomoda muita gente, principalmente aqueles [jornalistas] que vestem a camisa”, declarou.

Com a vitória, o Palmeiras terminou a fase de grupos da Libertadores como líder do Grupo C e também na primeira colocação da classificação geral. O clube conhecerá o adversário das oitavas-de-final na próxima quarta-feira, quando acontecerá o sorteio que definirá os confrontos.

Confira outros trechos da coletiva de Abel Ferreira

Lesão de Zé Rafael

“A função do treinador é arranjar soluções. Olhar para os problemas e dar um jeito, que é o que a gente faz desde a nossa chegada ao clube. Não só arranjar soluções, mas também valorizar os jogadores que temos e apostar nos mais jovens. Sabemos as limitações que temos em determinados contextos e o mais importante é que quando um guerreiro cai, outro se levanta”.

Artur

“Gostaria de tê-lo à disposição [para a Copa do Brasil], mas infelizmente não podemos. Vamos arranjar soluções. Hoje não tivemos o Zé Rafael, infelizmente. Vou encontrar soluções e encontrar caminhos para que a equipe consiga render. O Artur tem muita qualidade e estou muito feliz que ele está aqui. É um jogador que dá tudo dentro de campo, corre pra trás e para a frente”.

“O que vale é a eficácia”, diz Abel Ferreira sobre revés do Palmeiras para o Botafogo

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Botafogo, durante partida válida pela décima segunda rodada do Brasileirão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Na coletiva pós-jogo, Abel Ferreira citou as oportunidades criadas e lamentou os gols perdidos

Assim como após o jogo da quarta-feira passada contra o Bahia, o técnico Abel Ferreira, depois de o Palmeiras ter sido superado pelo Botafogo, voltou a lamentar a falta de eficiência da equipe.

“Não fomos tão bem nos cruzamentos, mas não foi por isso que perdemos”, iniciou o treinador, que foi questionado sobre os 49 cruzamentos realizados pelo time durante a partida.

“O fator felicidade existe e não esteve ao nosso lado hoje. Tivemos um gol bem anulado. Criamos oportunidades claras, 16 arremates contra seis. Nos cruzamentos poderíamos ter sido mais precisos. Eles se defenderam bem, com linha de cinco em determinados momentos. O goleiro fez boas defesas”, complementou Abel.

Ainda sobre as chances desperdiçadas pelo Palmeiras, que poderia ter empatado em cobrança de pênalti de Raphael Veiga, Abel citou quantos gols o Verdão deveria ter feito levando em consideração a dificuldade dos lances e também parabenizou o adversário.

“Hoje tivemos uma expectativa de gols de 2.80 e nosso adversário 0.80. Precisamos manter o foco. Em casa, empurrarmos o adversário. Precisamos ser eficazes e hoje não fomos. Não vamos ganhar sempre, mas temos que buscar fazer o melhor que podemos. Temos que fazer gols nas oportunidades que criamos. O adversário criou menos e aproveitou melhor”, disse.

“As estatísticas valem, mas o que vale mais é a eficiência. O centroavante deles fez duas finalizações e acertou uma. O futebol é isso mesmo, parabéns ao nosso adversário que neste momento tem tudo para ser campeão”, acrescentou.

O Palmeiras volta as atenções para a Libertadores. Nesta quinta-feira, a equipe recebe o Bolívar e busca a vitória para confirmar a primeira colocação do grupo. Pelo Brasileirão, o Verdão volta a campo no próximo domingo para enfrentar o Athletico-PR, fora de casa.

Confira outros trechos da coletiva de Abel Ferreira

– Planejamento após a derrota

“Vamos manter nosso processo e nossos planos. Não mudamos por causa da vantagem de oito pontos aberta. Eles têm só esse campeonato para se preocupar. Nós vamos lutar até o final, temos aspirações na competição, queremos defender nosso título”.

– Libertadores

“A vitória no próximo jogo pode nos dar vantagem no grupo e na classificação geral. Nossa intenção é sempre vencer, mas nem sempre vamos conseguir. Passamos um ano sem perder em casa, mas isso ia acontecer em algum momento, nem achei que merecíamos perder hoje, mas acontece. No próximo jogo podemos voltar a encontrar as vitórias para ficar em primeiro no grupo”.

– Giovani

“Não sabemos como será o fim, mas o Giovani está sendo negociado” – para o Al Sadd, do Catar.

– Substituições de Dudu e Artur

“Todas as alterações que fizemos é pensando em melhorar a equipe. Não tenho mais nada a acrescentar. Nós queremos nossos jogadores inspirados, criativos e estar a fazer coisas no último terço”.