Abel elogia esforço do Palmeiras e reclama de gramado do Barradão: “Prefiro o sintético”

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Vitória, durante partida válida pela primeira rodada do Brasileirão 2024, no Barradão.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Abel avisou que o gramado poderá deixar “marcas” nos jogadores, visando sequência da temporada

O Palmeiras superou o Vitória, a festa da torcida mandante e o gramado do Barradão para largar com três pontos o Campeonato Brasileiro. Com gol de Richard Ríos, no primeiro tempo, o Verdão, que entrou em campo com uma equipe mesclada, venceu o duelo por 1 a 0.

Em coletiva após a partida, o técnico Abel Ferreira elogiou o esforço dos jogadores e reclamou do gramado do Barradão. O treinador mostrou preocupação quanto a sequência da equipe devido ao desgaste físico.

“Gramado duro, difícil, alto. Entre um desse e o sintético, prefiro o sintético. É um gramado que vai nos deixar marcas, vocês viram as dificuldades. Os jogadores chegaram ao vestiário e nem força tinham para tirar a roupa. Parabéns aos nossos jogadores pelo esforço, um campo difícil e um adversário que não perdia aqui há 23 jogos. Eles são organizados, nos obrigou a defender mais baixo no final. Claro que poderíamos ter resolvido antes, mas não conseguimos. Acima de tudo, parabéns pelo esforço extra. Só temo que a gente pague caro com aquilo que se passou, gramado muito alto”, disse.

“Os jogadores cumpriram o plano de jogo. Jogamos com dois centroavantes, três meio-campistas, tinha uma dupla missão ao Vanderlan e ao Murilo. Eles fizeram isso muito bem. Na segunda parte estivemos bem, seja na construção ou na transição. Tivemos mais próximo de conseguir o segundo gol do que sofrer”, complementou.

Questionado também sobre a irritação que apresentou à beira do gramado nos minutos finais da partida, por conta de erros técnicos da equipe, Abel relevou e colocou a culpa das más decisões dos atletas no cansaço.

“É preciso lembrar que jogamos há três dias, da viagem. Daqui a dois dias temos outro jogo. Por muito que eu queira que os jogadores sejam perfeitos, eles vão falhar, não há como. Os erros que cometemos nos minutos finais, vale destacar que eles também erraram, tem muito a ver com a qualidade do gramado. O desgaste foi tremendo e quando se está assim, é difícil tomar boas decisões. Entendo isso perfeitamente”, disse.

O próximo desafio do Verdão será contra o Internacional, em Barueri, na quarta-feira. E o comandante avisou: irá continuar com as alterações na equipe inicial para gerir as energias.

“A ideia é fazer o que fizemos hoje. Gerir a energia para jogar na máxima força. Já cansei de falar do calendário, e não sou o único a falar. É difícil, mas temos que acreditar nos jogadores e que eles possam estar preparados para jogar, como foi hoje. É seguir nessa toada, de proporcionar bom espetáculo e ganhar”, avisou.

Confira outras respostas de Abel Ferreira

– Quebrar a invencibilidade do Vitória como mandante

“Vir aqui, jogar contra um time que não perdia em casa há 23 jogos, que estavam muito empolgados de enfrentar o Palmeiras na primeira rodada, não é fácil. Avisei aos jogadores, se não tivermos no máximo esforço e concentração, era impossível ganhar o jogo”.

– Torcida do Palmeiras em Salvador

“Agradeço a eles, dá-lhe um carinho especial. Sei que é preciso de dinheiro para nos ver, mas da minha parte fica um abraço caloroso aos torcedores que estiveram aqui e também aos que foram ao aeroporto nos receber. Agradeço o apoio incondicional. Não é só no Chiqueiro que os torcedores nos apoiam, têm palmeirenses em qualquer lado do país. Isso é muito gratificante”.

“Foi um jogo em um ambiente espetacular. Parabéns à nossa torcida que compareceu e a deles também. Gosto de estádios cheios”.

Abel revela o que pediu aos jogadores no intervalo para alcançar a virada sobre o Liverpool-URU

Abel Ferreira em jogo pelo Palmeiras contra o Liverpool, durante partida válida pela fase de grupos da Libertadores 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Ao analisar a partida, Abel viu um Palmeiras ansioso no primeiro tempo e fez as correções para a segunda etapa

O Palmeiras sofreu um susto e, logo com três minutos de jogo, saiu atrás do placar contra o Liverpool-URU, pela Libertadores, no Allianz Parque. O Verdão chegou ao empate no fim da etapa inicial e alcançou a virada no segundo tempo, vencendo por 3 a 1.

Após a partida, o técnico Abel Ferreira analisou o duelo e pontuou os problemas da equipe no primeiro tempo.

“Foi bom a gente novamente saber lidar com esses momentos de adversidades. Sofremos o gol logo no início, ficamos muito nervosos e com pressa para resolver as jogadas, sem construir com critério. Os jogadores sabem que, quando ligam o modo competitivo, podem ganhar de qualquer equipe. Mas também sabem que, quando não ligamos, podemos perder para qualquer um time. Sinceramente, nós entramos um pouco desligados”, disse Abel.

“Se eu pudesse pedir um tempo na primeira etapa, eu teria feito, para passar as instruções que passei no intervalo. Tenho uma equipe técnica muito competente, ficam dois comigo no banco e mais dois assistindo ao jogo de cima”, complementou.

De acordo com o treinador, as instruções no intervalo não foram muitas.

“O que eu pedi a eles no intervalo foi ter mais bola, ligar mais o jogo, construir de forma apoiada e colocar menos a bola no ar. Eles estavam defendendo com uma linha de cinco, mais três jogadores à frente. E para furarmos essa muralha, temos que jogar por fora, com ajuda. Não tirei o Luis Fuilherme porque ele estava mal, mas precisávamos de mais um centroavante na partida, por isso coloquei o Rony. O Piquerez deu a largura na esquerda e mudamos o Veiga do centro para a meia-esquerda. Isso nos deu mais dinâmicas”, revelou.

Tivemos muitos erros técnicos no primeiro tempo e deixamos o jogo do jeito que o adversário queria, com muitas transições. Na segunda parte fizemos bem o nosso trabalho e nossa atitude competitiva foi melhor também. Em resumo, nós corremos menos no segundo tempo para jogar mais. Estávamos precipitados no primeiro. Fica aqui uma boa lição”, complementou.

Além do jogo, Abel também comentou sobre a partida e o primeiro gol de Estêvão como profissional. O treinador pediu calma.

“O Luis [Guilherme] e o Estêvão estiveram muito bem. Acredito que o contexto favoreceu para que eles jogassem. Fomos atrás da vitória, tiveram jogadores experientes para ajudá-los. Só precisam tomar cuidado com a imprensa, os muitos elogios. Precisam de equilíbrio e acreditar no trabalho do Palmeiras”, concluiu.

Abel alcança Felipão

Campeão no último domingo do Campeonato Paulista, Abel Ferreira alcançou mais um feito pelo Palmeiras, no duelo contra o Liverpool. Ele empatou com o Felipão na primeira posição da lista dos treinadores que mais vezes dirigiram o Verdão na Libertadores, ambos com 43 jogos.

Na coluna das vitórias, Abel era o líder antes mesmo da partida desta quinta começar e só aumentou sua vantagem para Felipão. São 28 para o atual treinador contra 23 do técnico campeão em 1999.

Mosaico, ambição e mais: o que disse Abel Ferreira após mais um título pelo Palmeiras

Abel Ferreira durante comemorações do título após partida pelo Palmeiras contra o Santos, válida pela segunda final do Paulistão 2024, no Allianz Parque, em São Paulo-SP.
Reprodução

Treinador não escondeu a emoção ao falar sobre o mosaico feito pela torcida palmeirense antes do jogo

Pela décima vez no comando do Palmeiras, Abel Ferreira concedeu uma coletiva de imprensa após mais um título conquistado. Desta vez, o treinador levou o Verdão à terceira conquista seguida do campeonato estadual.

Abel falou sobre o mosaico feito pela torcida, antes da partida começar; destacou a ambição dos jogadores de ir em busca de mais uma conquista; e a pressão de disputar mais um título.

Mosaico

Mosaico, ambição e mais: o que disse Abel Ferreira após mais um título pelo Palmeiras.
Marcos Ribolli

“Acho que fiquei mais emocionado com o que o torcedor nos fez, a mim, minha comissão e nossos jogadores, do que com o título. Nem nos meus sonhos poderia imaginar. Naquele momento, meu coração transbordou da palavra amor. Eles dizem que eu sou um deles, sou mesmo. Me dizem que me amam, também os amo. Foi muito lindo. Muito obrigado, de coração”.

Legado

“Nem eu tenho noção do que estamos fazendo. Em 15 ou 20 anos, o que esses rapazes estão fazendo, vai perdurar para a história. Sabíamos que vínhamos para um grande clube, mas encaixou muita coisa, a competência dos diretores para nos deixar em paz para fazermos nosso trabalho, continuar inovando no que precisa inovar”.  

“O clube aceita as inovações que a gente propõe. Isso não garante vitória e nem títulos. Acreditamos no que fazemos dentro da Academia. Se não ganhássemos hoje, fecharíamos a porta e iríamos para outra. Um dia vamos ganhar uma grande competição nos pênaltis, queria isso hoje. Meus jogadores queriam resolver no tempo normal, eles não quiseram. O que tiver que ser”.

Ambição

“Paixão e amor por competir e continuar ganhando, é difícil manter esse sarrafo e de forma consistente. O grande mérito da equipe é não se deslumbrar quando ganha e nem deixar ir abaixo quando perde, como foi na derrota para o SPFC. Fomos melhores nos 90 minutos na minha opinião, mas nosso adversário foi melhor nos pênaltis. Ficamos de pé vendo nossos adversários festejarem.

“A ambição que essa equipe tem e fome para ganhar títulos, em respeito que tem às decisões do treinador e entre eles. O bom ambiente no nosso clube e no nosso elenco. Quem não gosta de estar, tem a porta aberta. Quem está aqui, quer estar aqui. Não vamos obrigar ninguém a estar no Palmeiras, e é por isso que conseguimos criar isso”.

Pressão

“É difícil lidar com todas as expectativas. Nossos jogadores são equilibrados, sabem lidar com momentos de pressão. E hoje o que eu pedi para eles é que fizessem um jogo nota 7 o tempo inteiro, porque na Vila Belmiro fomos abaixo”.

“O grande mérito dessa equipe é nem se deslumbrar quando ganha e não se deixar ir abaixo quando perde. Foi o caso da derrota para o SPFC. Ficamos de pé vendo o adversário festejando. Sofrendo por dentro”.

Confira outras respostas de Abel Ferreira:

Abel explica qual foi a ideia por trás da escalação inicial e revela sentimento após empate com San Lorenzo

Abel Ferreira em partida pelo Palmeiras contra o San Lorenzo, válida pela fase de grupo da Libertadores 2024, no Nuevo Gasometro, em Buenos Aires-ARG.
Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Em coletiva após o 1 a 1, Abel analisou o desempenho do Palmeiras

O técnico Abel Ferreira deixou o estádio Nuevo Gasómetro satisfeito com o empate em 1 a 1 com o San Lorenzo, na estreia do Palmeiras na Libertadores. Em coletiva após o jogo, o treinador afirmou ter terminado o duelo com a “sensação positiva”.

“Era bom conseguirmos um bom resultado. Queríamos ganhar. No primeiro tempo, o adversário fez o gol na bola parada, mas no resto nós conseguimos controlar. Na segunda parte tivemos a grande primeira oportunidade, com o Rony; depois outra com o Gómez. Nestes tipos de jogos, não podemos perder esses gols. Eles tiveram boas oportunidades em transições. Mas, no fim, é bom sair daqui com a sensação de que a equipe lutou, jogou e criou”, disse.

“Somos um time que nunca desiste e busca sempre o melhor resultado. Queríamos a vitória, mas saímos com uma sensação positiva do jogo. Colocamos um time que não tem tanto ritmo de jogo, mas é para isso que os treino, para darem uma boa resposta. Começamos melhor do que o ano passado e tenho que dar os parabéns aos meus jogadores”, complementou.

Abel apostou em um time todo reserva e precisou acionar alguns titulares para chegar ao empate no segundo tempo.

“O Gabriel Menino e o Breno não entravam há um tempo, sei que é difícil. O Garcia também tinha jogado pela última vez em janeiro. O Lázaro é uma grata surpresa, entrou muito bem. O Vanderlan jogou numa posição que gosta menos, ele gosta de estar mais espetado. Quem entrou foi muito bem, o Luis, que estamos sempre esperando que ele nos dê o que nos deu hoje”, disse Abel, que também explicou os motivos da escalação inicial.

“A ideia inicial era criar um quadrado no meio, com Menino e Ríos, lado a lado, na primeira fase da construção e o Lázaro e o Breno circulando nas costas dos meio-campistas do adversário. Criar um quadrado para ganhar a bola por dentro. Em alguns determinados momentos [a estratégia] funcionou bem, em outros nem tanto. No segundo tempo, o que fizemos foi encostar o Breno mais na linha de defesa deles, subir mais o Vanderlan. Não é fácil fazer essas mudanças, é preciso coragem e também confiar nos jogadores, eu os confio. Os jogadores ganharam ritmo, ganhei opções”, explicou o comandante, que no segundo tempo colocou Piquerez, Flaco López, Aníbal Moreno, Luan e Luis Guilherme.

Passada a estreia na Libertadores, o Palmeiras volta todas as atenções na final do estadual. No domingo, o Verdão enfrenta o Santos, no Allianz Parque, precisando vencer por dois gols de diferença para conquistar o título Paulista nos 90 minutos.

Confira outras respostas de Abel Ferreira

– Gol sofrido de bola parada

“Não me incomoda sofrer gols, porque sei que não jogo sozinho. Sofremos um gol de um jogador muito forte e alto, é difícil ganhar o duelo, mas faz parte. Claro que não queremos sofrê-los, mas o importante é ter uma boa resposta, uma boa reação. É sempre difícil jogar fora de casa na Libertadores”.

– Piquerez

“Nós esperamos isso do Piquerez. Ele aumentou muito o sarrafo, pela forma com que ele joga. Então, é isso que nós esperamos dele. Não só gols de falta, que ele treina muito, mas tudo que ele faz: correr de trás pra frente, criar, chegar à área… é isso que esperamos”.

Abel aponta qual foi o problema do Palmeiras na Vila Belmiro e comenta estratégia para Libertadores

Abel Ferreira em partida pelo Palmeiras contra o Santos, válida pela primeira final do Paulistão 2024, na Vila Belmiro, em Santos-SP.
Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Abel concedeu entrevista coletiva após a primeira final e citou as dificuldades da equipe

O técnico Abel Ferreira foi claro ao falar quais foram os problemas do Palmeiras no revés por 1 a 0 para o Santos, no primeiro jogo da decisão do Paulistão. O treinador citou a questão física, já que o Verdão teve um dia a menos para descansar do que o adversário, mas apontou principalmente a baixa produção técnica.

“Sinceramente, entre todos os aspectos que rodeiam um jogo, física, técnica, tática e mental, houve uma delas em que estivemos abaixo: a técnica. Não vou explorar isso individualmente, mas é fácil perceber que não estivemos no nosso nível técnico. Muitos passes errados, bolas paradas mal batidas, entre outras coisas”, disse.

“Em termos de oportunidades, não achei que o Santos teve muito mais que o Palmeiras, inclusive a primeira flagrante foi nossa. Porém, achei eles mais competitivos, embora na segunda parte, com as substituições, eles só se defenderam e bem. Ficou bem evidente alguns erros nossos, sem pressão [do adversário] temos que fazer melhor”, acrescentou.

“Claro que o adversário correu mais que nós, eles estavam mais frescos. Tivemos dois dias para se preparar, eles três, e agora teremos um jogo no meio antes da segunda partida. Isso não é uma desculpa, é um fato. Mas, está tudo aberto. O Santos é uma equipe experiente, ganharam hoje, parabéns. Agora é em nossa casa”, concluiu.

Estratégia para a Libertadores

O Palmeiras enfrenta o San Lorenzo na quarta-feira, na estreia da Libertadores. E Abel revelou que a decisão sobre se irá poupar os titulares ou não será tomada nesta segunda-feira, após analisar os jogadores.

“Vamos avaliar ainda a nossa preparação para o jogo seguinte. O nosso foco não pode ser na final, porque temos um jogo importantíssimo daqui a dois dias. É assim que é. Dentro dos recursos que temos, vamos nos preparar e utilizar os jogadores da melhor maneira. Vamos ver quem está mais ou menos cansado. Olhar, preparar, ver quais são os relatórios físicos e escolher os melhores jogadores”, disse.

“Nós da comissão técnica fizemos uma reunião e decidimos que só iríamos tomar a decisão [de poupar ou não] após o jogo de hoje. Vamos analisar e ver qual será a decisão. Só amanhã tomarei a decisão”, destacou.

Confira outras respostas de Abel Ferreira

– Força da torcida

“Eles ganharam a primeira parte da eliminatória e no próximo domingo vai ser no chiqueiro, contamos com o apoio e a vibração dos torcedores. Somos o time da virada e do amor, é isso que queremos ver domingo. Infelizmente temos um jogo no meio, não dá para focar só na final. Mas é como é. Vamos procurar gerir da melhor maneira para chegar em nossa casa e contar com os torcedores, precisamos deles”.

– Competitividade dentro do elenco

“Temos uma equipe competitiva, há posições em que temos mais disputas. O Estêvão e o Luis Guilherme são espetaculares, mas precisam crescer assim como o Endrick. Estamos sempre esperando que esses moleques façam os mesmos que os outros, mas temos que deixá-los crescer. Poderia ter colocado o Breno na direita, mas coloquei o Estêvão porque ele é um desequilibrador. Hoje, quem entrou foi bem, alguns foram melhores dos que iniciaram. Queremos rendimento, e quem não mostrar vamos trocar. Às vezes posso demorar um pouco, mas já dei provas que todos os jogadores contam”.