Dudu utilizou as redes sociais para retribuir o apoio dos torcedores
Dudu entrou em campo aos 22 minutos da segunda etapa, na vitória do Palmeiras por 3 a 1 sobre o Atlético-GO, nos braços da torcida mais uma vez. O camisa 7, que ainda busca a melhor forma física após passar 10 meses longe dos gramados, teve seu nome gritado por todo o Allianz Parque.
Nas redes sociais, o Baixola agradeceu ao carinho dos palmeirenses. “Amo vocês e tudo que faço dentro de campo é por essa torcida”, escreveu o jogador, que também parabenizou os companheiros pela vitória.
Além da torcida, quem também apoiou Dudu foi Raphael Veiga. Na zona mista do Allianz após a partida, o camisa 23 falou sobre a jogada em que poderia finalizar, mas preferiu dar o passe para o companheiro.
“Se eu cheguei aonde cheguei é porque muita gente me ajudou. O que eu puder fazer, seja para o Dudu ou qualquer um aqui do Palmeiras, para poder servir dentro e fora de campo e ver a pessoa feliz, melhor, vou fazer”, relatou Veiga. O meia também revelou que, caso um pênalti ao Verdão fosse marcado na partida, iria pedir para o camisa 7 bater.
Falei para o Dudu: se tivesse pênalti, ia dar para ele bater. Eu quero que o Dudu faça um gol, porque sei que o Dudu com confiança é um cara que vai nos ajudar muito”, complementou.
Desde que voltou de lesão, Dudu atuou em quatro partidas, saindo todas do banco de reserva.
Em coletiva após mais uma vitória no Brasileirão, Abel Ferreira também comentou sobre Dudu, Aníbal Moreno e Felipe Anderson
O Palmeiras venceu mais uma no Brasileirão e segue firme na parte de cima da tabela. Na noite desta quinta-feira, o Verdão fez 3 a 1 no Atlético-GO, no Allianz Parque.
Ao final do duelo, o técnico Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva. O treinador comentou sobre diversos assuntos, dentre eles o fator que fez o Palmeiras vencer o confronto, a partida contra o Botafogo e sobre alguns jogadores individualmente.
Confira as respostas de Abel Ferreira após Palmeiras 3 x 1 Atlético-GO:
– A partida
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon
“Entramos bem no jogo, intensos e dinâmicos. Levar um gol daqueles coloca à prova a nossa calma. Esse gol afetou um pouco nossa calma e confiança; tirou um pouco do nosso foco nas tarefas que eram precisas serem feitas. Eles mudaram o esquema para jogar contra nós, ficou difícil ultrapassar as linhas deles. No intervalo, fizemos poucas correções, abrimos dois jogadores à direita e à esquerda para espaçar a linha de defesa. Mas, mais do que tudo, pedi calma e foco nas tarefas. Se entramos em desesperos, os torcedores ficam ansiosos e isso passa para a equipe. Mas, felizmente mantivemos a calma”.
– Confronto diante do Botafogo
“Essa rivalidade não partiu do Palmeiras. Fazemos o nosso trabalho como sempre fizemos. O maior mérito do Palmeiras é ser resiliente. Mas, quero relembrar para todos que, no ano passado, não tinha só a gente na briga pelo título. Parece que só tinha a gente e isso é mentira. A três/quatro rodadas do fim [do Brasileirão do ano passado], tanto o Palmeiras, como o Botafogo, o Grêmio, o Flamengo ou o Bragantino podiam ser campeão. Então, por que só implicam com o Palmeiras? Não tenho problema nenhum com ninguém. Eles são uma excelente equipe e estão gastando muito. O Botafogo, assim como nós e outros times, vão brigar até o fim. Da minha parte e dos jogadores, vamos fazer o que sempre fazemos, não mudaremos em nada nossa preparação”.
– Dudu
“O Dudu sabe de toda a verdade. Ele sabe quando eu acho que ele deve ou não jogar; aquilo que ele está bem ou o que precisa melhorar. Tudo eu digo para ele. Queria que hoje ele andasse pelas zonas interiores, fugisse da marcação apertada dos nossos adversários e não procurasse duelos. Fez o que era preciso, armou, finalizou e quase marcou um gol. Ele merecia. Depois de tantos meses parado, sei que não foi fácil. Ele aproveitou mais alguns minutos e está cada vez melhor. Vou continuar colocando-o em campo quando eu achar que ele deve entrar. Tudo que eu faço é pensando para o melhor do Palmeiras”.
– Aníbal Moreno
“Gosto da organização e os jogadores têm funções a fazer dentro dessa organização. A do Estêvão é desequilibrar, assim como os outros pontas. E o Aníbal é um jogador que, realmente, tem uma dinâmica muito boa. Ele é o equilíbrio da nossa equipe, dá-nos confiança para os outros atacarem e chegarem à área. Não tem apenas a tarefa de ser o primeiro da cobertura, mas de também fazer a equipe jogar”.
– Felipe Anderson
“Ele, assim como todos os outros jogadores, treina muito bem. Me dá gosto de ver os jogadores, principalmente os que não estão jogando, treinando. Não dá para facilitar. É um orgulho ver o treino e a vontade deles, principalmente as atividades após o jogo”.
“O Felipe está treinando muito bem. Ele pode jogar como um camisa 10, mais atrás como um ‘8’ ou aberto nas pontas. Jogador que vem de um campeonato de muito rigor tático. Vai nos ajudar. Estou contente com aquilo que nós temos e estou satisfeito com o trabalho deste grupo”.
Palmeiras venceu o Bahia por 2 a 0 e Abel Ferreira comentou sobre diversos assuntos no pós-jogo
O Palmeiras venceu o Bahia por 2 a 0 e encostou no Flamengo, atual líder do Brasileirão. O Verdão está a um ponto da equipe carioca, na segunda colocação.
Após a partida deste domingo, no Allianz Parque, Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva e comentou sobre diversos assuntos. O treinador elogiou a atuação palmeirense, fez uma análise sobre Rony, explicou os motivos de Dudu não ter saído banco de reservas e também falou de como pretende utilizar os três reforços que chegaram recentemente.
Por fim, o comandante revelou também que o Palmeiras emprestará o lateral-direito Garcia.
Confira as respostas de Abel Ferreira:
– Análise da partida
“Entramos muito bem no jogo, empurramos nosso adversário. Nossa produção ofensiva ficou evidente. Apesar disso, a primeira grande oportunidade de jogo é do Bahia, mesmo a gente produzindo bastante. Conseguimos um gol no final da primeira parte e acho que seria injusto se a gente fosse pro intervalo sem marcar. No segundo tempo entramos fortes também, procuramos fazer gol e conseguimos. Eles também tiveram oportunidades e é isso que temos de corrigir, o Weverton fez um excelente jogo. No fim, a vitória foi justa”.
– Nome de Dudu envolvido em troca por Gabriel Barbosa e motivos do camisa 7 não jogar
“Esse assunto, eu tive conhecimento antes do jogo. Mas eu vou ser coerente com o que tenho dito. Não vou falar de especulação, de novela. Eu já disse várias vezes que assunto de transferência é com a diretoria. Treinador treina, roupeiro, roupa, com todo respeito”.
“Eu conto com o Dudu. Vocês podem perguntar: por que o Dudu não entrou hoje? Porque não estava para ele entrar. Contra o Grêmio, naquele campo, se é que posso chamar de campo, ele jogou 20, 25 minutos, e aquele é um campo que gera cansaço. Eu conto com todos os jogadores do Palmeiras, e conto com Dudu”.
– Rony
“Há uma coisa que ele tem que eu peço para todos, que é a vontade que ele tem. Vocês veem como tá o Lopez, como evoluiu, e eu já disse. Se o Rony fosse nota 10 não estava aqui, estava no Barcelona, no Real Madrid. Ele corre para frente e empurra o adversário para trás”.
“Meu jogo tem que ter a ruptura, correr para frente. Às vezes com bola e outras sem bola. Não dá para pedir ao Rony que faça o que o Estevão faz. São características diferentes. Se as pessoas que criticam na rede social se sentem bem, força. Muita força. Nem sei se essas pessoas são palmeirenses, estão atrás de um celular. Falo para os jogadores sentirem o que vem da arquibancada. O Rony entrega tudo no campo. Eu fico puto quando ele fica em impedimento, falo na cabeça dele, digo que está distraído. Mas é assim. Às vezes faz gol, outras não”.
– Utilização de Felipe Anderson, Giay e Maurício
“Os três têm que se adaptar. Nossa equipe está bem. Não vou mexer na equipe que está bem. Quem chega tem que conquistar o lugar. Eu não dou camiseta a ninguém. Regalias que meus jogadores têm, eles conquistam. Temos um elenco curto e esses 3 reforços vem para nos ajudar”.
“Nós temos três laterais muito bons, vamos emprestar o Garcia e vamos ficar com o Rocha, com o Mayke e com o Giay. Tenho revesado entre Mayke e Rocha. Nós estamos no meio do ano e já temos 40 jogos. Se tudo ocorrer bem ainda temos mais uns 35 jogos. Temos que rodar a equipe. Me custa deixar Estevão e o Raphael Veiga de fora, por exemplo. Na lateral, estou contente com o Mayke, com o Rocha”.
“O Maurício chegou para ser o substituto do Luis Guilherme [vendido ao West Ham]. Ele joga tanto pela direita quanto por dentro. O Felipe joga aberto ou por dentro também, pode fazer o que o Gabriel Menino vinha fazendo, atuar aberto e ser opção no meio. É um jogador muito culto taticamente”.
Fomos todos pegos de surpresa na noite desta sexta-feira com a notícia da morte de Olegário Tolói de Oliveira, o Dudu, meio-campista do Palmeiras nas décadas de 60 e 70 e um dos pilares das duas primeiras Academias.
Dudu tinha 84 anos e vinha enfrentando nas últimas semanas problemas decorrentes de uma fissura na bacia, que evoluiu para uma infecção bacteriana na região abdominal.
Natural de Araraquara, Dudu foi contratado pelo Palmeiras em 1964, junto à Ferroviária, onde era o grande destaque do time que era sempre um dos melhores do interior no Campeonato Paulista. Jogava como meia ofensivo, onde exibia grande habilidade e liderança.
No Palmeiras, estava cercado de jogadores lendários como Zequinha, Ademir da Guia, Servílio, Tupãzinho e Vavá. Com sua imensa classe, acabou cavando uma vaga no meio-campo, posicionado um pouco mais atrás, onde eternizaria a camisa 5 formando uma dupla icônica com Ademir.
Além de ser um craque com a bola no pé, Dudu era admirado por sua postura como líder, dentro de fora de campo. Entre as várias histórias sobre si, destaca-se a da bolada de Rivelino, na final do Paulistão de 1974 – o camisa 10 do rival, conhecido como “a Patada Atômica”, cobrou uma falta com extrema violência, atingindo em cheio o rosto de Dudu, que caiu nocauteado. Retirado de campo, o camisa 5 do Palmeiras se recompôs e voltou ao gramado exatamente no momento em que Rivelino se preparava para cobrar outra falta. Dudu foi direto para a barreira.
Apenas 4 meses depois de pendurar as chuteiras, iniciou a carreira de técnico, assumindo a vaga deixada por Dino Sani e levando o Verdão à conquista do título paulista de 1976. Ele ainda teve mais duas passagens pelo Palmeiras durante a fila e, ao todo, comandou o time em 141 jogos, sendo o décimo entre os técnicos que mais comandaram o Verdão.
Homenageado pelo clube com um busto nas alamedas, Dudu é a essência do atleta palmeirense. Classudo, inteligente, respeitoso, forte e vencedor. Um exemplo como esportista e como homem, que deixa um vácuo que ninguém será capaz de preencher.
Foi-se um pedaço do Palmeiras. Dudu já está no céu, onde vai inaugurar seu lugar no camarote assistindo ao Derby na próxima segunda-feira ao lado de Bianco, Heitor, Junqueira, Fiúme, Lima, Oberdan, Valdir, Djalma Santos, Julinho, e tantos outros ídolos do Palestra/Palmeiras. Descanse em paz, e muito obrigado por tudo, Seo Dudu!
Após a partida no Allianz Parque, Abel Ferreira concedeu entrevista e aprovou o desempenho da equipe. Além de falar do jogo, o treinador também comentou sobre o momento de Raphael Veiga, mostrou confiança em Flaco López, ressaltou a volta de Dudu e pediu paciência com os reforços.
Confira as respostas de Abel Ferreira:
– Análise da partida vs o Juventude:
“Foi um jogo semelhante aos últimos quatro. Estamos com uma média de mais de 20 finalizações nos últimos jogos. Queríamos mostrar isso ao nosso público. Agradeço o apoio deles. Fizemos o 1 a 0, mas sofremos um gol bobo e eles continuaram a nos apoiar, nos deram muita força”.
“Fomos melhores, mostramos a nossa força. Jogamos novamente contra um adversário que teve mais tempo de descanso que nós e isso faz muita diferença. Hoje tivemos que mudar a escalação inicial porque era necessário. Enfim, mais um bom jogo nosso. Hoje era um jogo de insistência, sem pressa e eles [os jogadores] interpretaram bem isso. Fomos os justos vencedores”.
– Raphael Veiga
“Um jogador da qualidade dele ajuda qualquer equipe. Quando temos os nossos melhores, aumentamos a nossa produção. Os jogadores não são máquinas, já disse isso. Aqui é difícil um jogador manter a nota 10 em quatro anos seguidos. O problema dele era mental. Se eu pudesse, o daria 15 dias de férias. Ele precisava”.
“É claro que era difícil [escalar]. O Veiga, o Endrick, o Estêvão e o Luis Guilherme gostam de jogar ali, do lado direito. Era difícil. Mas, acertar o passe ou o cruzamento não tem a ver com posicionamento. O importante é que hoje ele está bem e com boa capacidade física, além de estar leve mentalmente. Isso impacta na equipe”.
– Flaco López
“Não pedi à diretoria um outro centroavante [após a saída de Endrick]. Falei ao Flaco que, se ele não mostrasse toda a qualidade que tem, aí sim íamos atrás de um atacante. Ele é um jogador que está crescendo. A adaptação ao Palmeiras não é fácil e ele ainda é jovem. Acredito nele e acho que mais cedo ou mais tarde chegará à seleção argentina. Não vejo nenhum atacante deles com a característica do López. Gostamos muito dele, seja como pessoa ou jogador. Hoje vimos como ele é fortíssimo em jogada aérea. Estamos contentes com o Flaco e com o Rony”.
– Reforços e elenco completo
“Gosto de sempre deixar as expectativas baixas. O Felipe ainda vai chegar, está de férias e precisa de adaptação. Vamos lhe dar este tempo. Não temos ainda mais reforços confirmados pela diretoria. Então, vamos esperar [pelos anúncios de Giay e Maurício]”.
“Pensei que a equipe ia sentir mais a falta dos jogadores que saíram [por venda ou Copa América], mas e se eu disser que a equipe melhorou. É o que é. Às vezes pensamos uma coisa e outra acontece. Os reforços que venham preparados, porque os que estão aqui, estão muito bem”.
– Dudu
“Foi importantíssimo o Dudu ter entrado, ter perdido o medo. Nós vamos, sempre que possível, dar a ele uma sequência de jogos com 15 ou 20 minutos por jogo, para que ele volte à melhor forma. Não damos privilégio para ninguém, todos os jogadores são tratados iguais. O Dudu pegou o bonde andando e precisa entrar nesse bonde. Vamos ajudá-lo”.