Nas redes sociais, Dudu postou um vídeo treinando na academia do CT
Em agosto deste ano, no duelo do Palmeiras contra o Vasco no Allianz Parque, Dudu rompeu o ligamento cruzado anterior e sofreu uma lesão no menisco do joelho direito. A contusão tirou o camisa 7 da temporada.
Mesmo em período de férias, Dudu segue se recuperando da lesão na Academia de Futebol – o jogador utiliza as dependências do clube para acelerar o retorno aos gramados. Nesta quarta-feira, o atacante postou em suas redes sociais um vídeo realizando exercícios físicos na academia do Centro de Excelência. Assista:
A previsão inicial divulgada pelo Palmeiras para a volta de Dudu é entre 10 e 12 meses. Entretanto, há esperança dentro do clube de que o jogador consiga ficar à disposição da comissão técnica no final de abril ou começo de maio do ano que vem.
O Palmeiras volta aos trabalhos no começo de janeiro e a estreia na temporada está prevista para o final de semana do dia 20, pelo Campeonato Paulista.
Na partida seguinte, frente ao Deportivo Pereira, o treinador e seus auxiliares optaram por uma formação com três zagueiros de origem e uma dupla de ataque (Flaco López e Rony), mas a formação não funcionou.
Nos dois confrontos que vieram na sequência (contra SCCP e Goiás), no papel, Abel Ferreira parece ter encontrado a solução, ainda que o desempenho coletivo tenha sido abaixo do esperado: no Derby, o comandante escalou Mayke na ponta direita e Artur jogando na esquerda – mais como um meia do que como um ponta. E após quase duas semanas de treinamentos por causa da data Fifa, a opção pela formação se manteve no jogo contra o Goiás.
Jogadores experientes e que contam com a confiança de Abel, Mayke e Artur trazem uma maior consistência defensiva ao time, porém a atuação ofensiva caiu de rendimento e o Verdão apostou muito nos cruzamentos: foram 33 no Derby e mais 42 diante do Goiás, contabilizando 18 acertos da totalidade (75) de chances criadas com esse tipo de jogada – de acordo com os números do Sofascore.
Conversão em gols do Palmeiras diminuiu desde lesão de Dudu
Como comparação, nas duas partidas antes de Dudu se machucar, o Palmeiras fez um total de 28 cruzamentos. O desempenho da equipe desde a lesão do camisa 7 resultou no baixo número de gols marcados: foram duas bolas na rede em quatro jogos – Raphael Veiga, de falta, contra o Vasco; e Breno Lopes, nos acréscimos, diante do Goiás; além das outras duas partidas com o placar em branco.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon
Se optar por voltar a usar Artur na direita, Abel tem como opções para jogar do lado esquerdo: Jhon Jhon, Breno Lopes, Luis Guilherme ou Kevin. Utilizar Endrick ao lado de Rony também é uma opção, mas para o treinador essa escolha serve apenas para jogos específicos.
“Se eu quiser ser mais audaz e criar mais riscos, como fiz contra o Água Santa em casa [sobre a formação combinando Endrick e Rony]. Como treinador tenho que ver como um todo. No futebol eu não consigo tapar os pés e a cabeça ao mesmo tempo. O Endrick gosta mais de jogar [na] centro esquerda, e o Rony [na] centro direita. Não vou desorganizar a equipe para encaixar um jogador”, disse o técnico, após o empate no Derby.
Visando a primeira partida contra o Boca pela Libertadores, Abel Ferreira e sua comissão técnica tem mais um jogo de ‘teste’. Nesta quinta-feira, o Verdão enfrenta o Grêmio em Porto Alegre, em duelo válido pela 24ª rodada do Brasileirão. Com exceção de Dudu e Atuesta, todo o elenco está à disposição.
Após lesionar o joelho, Dudu pode ficar até um ano longe dos gramados
O atacante Dudu iniciou os primeiros passos da recuperação da lesão no joelho nesta segunda-feira. O jogador, após passar por cirurgia na última semana, foi à Academia de Futebol e começou o trabalho de fisioterapia com os profissionais do Núcleo de Saúde e Performance Dr. Gustavo Magliocca.
Em bate-papo com a TV Palmeiras/FAM, o camisa 7 falou sobre a lesão e o início da recuperação.
“Sinceramente, nunca pensei que iria passar por isso: cirurgia no joelho, seis semanas sem colocar o pé no chão. É muito ruim, muito doído, mas acontece, é seguir em frente. Tive meu primeiro dia de fisioterapia, estou muito feliz de ter dado esse passo e por estar aqui na Academia de Futebol. Fiquei uma semana sem vir e já estava com saudade”, disse.
“A gente vê o carinho que a gente tem dos funcionários, dos jogadores. Eu já tinha um amor e um carinho grande pelo fisioterapeuta Marcelão (Gondo) e agora é maior ainda. É agradecer a ele por tudo o que ele está fazendo por mim, à torcida pelo carinho e, se Deus quiser, no ano que vem estaremos juntos de novo”, acrescentou.
O prazo estipulado pelo Palmeiras para o retorno de Dudu aos gramados é de nove a 12 meses – ele rompeu os ligamentos do joelho e também sofreu uma lesão no menisco.
“Recebi muitas mensagens de pessoas que também se machucaram deste jeito e que não têm a estrutura que eu tenho, todo esse respaldo para a cirurgia e para o pós-cirúrgico. Ter o Palmeiras e todas essas pessoas do meu lado me deixa muito mais confiante e feliz”, complementou.
“Fico feliz pelo apoio dos torcedores, dos jogadores e de todo mundo. Para o atleta, esse é um momento muito difícil, e saber que as pessoas têm um carinho e que todos estão torcendo para a minha recuperação me deixa mais forte. Espero voltar o mais rápido possível para poder dar continuidade à minha caminhada aqui no Palmeiras”, finalizou.
Dudu soma 443 partidas pelo Verdão, com 88 bolas na rede e 102 assistências. Na temporada, disputou 43 jogos e contribuiu com dez participações diretas em gols.
Em seu perfil oficial no Instagram, o atacante comemorou o sucesso do procedimento cirúrgico e agradeceu as mensagens que recebeu nos últimos dias. “Primeira etapa concluída e tudo deu certo”, escreveu.
Fora da temporada, Dudu deve voltar a jogar por volta de abril/maio do ano que vem. Aos 31 anos, o atacante sofreu a primeira contusão séria vestindo as cores do Palmeiras, em quase 450 jogos defendendo o clube.
Na atual temporada, o jogador foi a campo 42 vezes, sendo todas como titular. Ao todo, foram três gols marcados e sete assistências. Sem o camisa 7, Abel Ferreira busca alternativas dentro do elenco para o substituir. No último jogo, Mayke foi o ponta direita e Artur o ponta esquerda.
Abel concedeu entrevista coletiva após a classificação do Palmeiras na Libertadores
No primeiro jogo sem Dudu, que lesionou o joelho e só retorna aos gramados em 2024, o técnico Abel Ferreira optou por escalar o Palmeiras com três zagueiros (Luan, Gustavo Gómez e Murilo) e com Flaco López fazendo a dupla de ataque ao lado de Rony, deixando Artur no banco de reservas.
Após o empate em 0 a 0 com o Deportivo Pereira, que confirmou a classificação do Verdão para a semifinal da Libertadores, o treinador explicou a escolha pela escalação inicial.
“Nossa estratégia passava por fazer uma saída a três como normalmente fazemos, hoje optamos por colocar o Luan atrás e mais um centroavante na frente. Foi um jogo de muito duelo, truncado, nosso adversário veio para não nos deixar jogar e eles não tinham nada a perder. Acabou por ser um jogo não muito bem jogado. Depois, as substituições já estavam programadas. Felizmente ninguém se lesionou, que era minha preocupação, e o mais importante é que estamos na fase seguinte”, iniciou.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon
“Tudo que fiz hoje não é nada novo. [Escalar três zagueiros] não sei se vai ser uma tendência, depende. Temos essa variante e não é de hoje. Essa é minha função e foi por isso que eu estudei quase dez anos. É entender o que temos de fazer a cada jogo”, complementou.
O treinador comentou também as opções que têm no elenco sem Dudu e voltou a falar sobre o sistema tático.
“Ninguém substitui o Dudu. Posso jogar com o Jhon Jhon, que também vem por dentro. Ou escolher um ponta aberto. A minha escolha vai ser em função do que eu achar que será melhor para a equipe. Seja um jogador que vai vir para dentro ou outro que abre mais o jogo”, disse.
“Minha função desde que cheguei ao Palmeiras é arranjar soluções. Se for com três zagueiros vai ser com três zagueiros; se for com quatro zagueiros não há problema nenhum. Aqui a cultura esportiva não está habituada a esta plasticidade no sistema tático – se for um 4-3-3 já fica todo mundo contente, ninguém fala nada. O sistema tático é só o ponto de partida, todo o resto é dinâmica”, acrescentou.
O Palmeiras enfrentará o Boca Juniors na semifinal da Libertadores. Os jogos de ida e volta estão agendados para o final de setembro e começo de outubro. Até lá, o Verdão seguirá focado no Brasileirão. Neste domingo, a equipe enfrenta o SCCP, em Itaquera.
Confira mais trechos da coletiva de Abel:
– Endrick
“A nossa formação trabalha muito bem, mas jogar na equipe principal não é igual a jogar na base, em muitos aspectos. Não há tudo isso de jornalistas, não há toda essa cobrança e pressão, não tem toda essa torcida. Especificamente sobre o Endrick, têm coisas que não controlamos. Aconteceu tudo muito rápido, há um ano e meio ele estava sendo campeão do Sub-17. Criou-se um mundo de expectativa em cima de um menino. É normal em nossa vida termos momentos de muita inspiração e outros de aprendizagem ou frustações”.
“Há jogadores que sonham a vida inteira por uma oportunidade de jogar no Real Madrid e esse menino, de 17 anos, conseguiu. Como todos os jogadores do mundo, até entre os melhores, há momentos de altos e baixos. Ele vai ter que lidar com isso e estamos aqui para isso. Mas não é só ele, é o Vanderlan, o Kevin, o Garcia, o Jhon Jhon… há dores do crescimento que temos de passar.”
– Ansiedade até o confronto diante do Boca Juniors
“O trabalho até o [primeiro] jogo [contra o Boca] seguirá o mesmo. Seguirei vivendo a minha vida com intensidade, com a minha família, com os jogadores. Às vezes as pessoas esquecem que estamos aqui de passagem. Enquanto a viagem durar, temos que desfrutá-la.”