Patrocínio, Barros e torcida organizada: Leila Pereira concede entrevista na Academia de Futebol

Patrocínio, Barros e torcida organizada: Leila Pereira concede entrevista na Academia de Futebol.
Alexandre Guariglia/Lance!

Veja os principais pontos comentados por Leila Pereira separados pelo Verdazzo

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, concedeu entrevista coletiva na Academia de Futebol. A conversa aconteceu apenas com alguns jornalistas selecionados, na tarde de quarta-feira.

Em mais de uma hora de coletiva, Leila comentou sobre diversos assuntos: negou conflitos de interesses sobre ser patrocinadora e mandatária do clube, falou sobre abrir concorrência para outras marcas, defendeu Anderson Barros, criticou a Mancha Verde e os conselheiros que fazem oposição a ela no clube, além de também comentar sobre contratações.

Confira os principais trechos da entrevista de Leila Pereira separados pelo Verdazzo:

– Patrocínio

“Eu não uso nada do Palmeiras. O Palmeiras nunca pagou camarote para mim, nunca pagou nada para mim. É tudo às minhas custas. Não há questão de conflito de interesse. Elas (pessoas da oposição) querem destruir a nossa gestão e eu não vou deixar”.

“Quando a Crefisa e a FAM chegaram no Palmeiras, em 2015, no ano anterior o Palmeiras estava quase rebaixado. Ninguém nos procurou, nós espontaneamente viemos oferecer. A Crefisa e a FAM já colocaram no Palmeiras ao longo desse tempo cerca de R$ 1 bilhão e R$ 200 milhões”.

“Tem que ser responsável, tem que ter a certeza de que vale. Prove que (por) essa camisa do SCCP estão pagando R$ 123 milhões. Mostrem o papel, que eu pago R$ 123 milhões. Quero que comprove que essas empresas pagam R$ 123 milhões por ano”.

“Temos contrato e vamos honrar até o final. Vou ser candidata à reeleição no Palmeiras e se o associado tiver confiança no meu trabalho e eu for reeleita, terei o maior prazer de continuar patrocinando. Mas nós faremos uma BID, uma concorrência, porque se vier alguém com pagamento acima do valor que vou me propor a pagar, desde que seja uma empresa idônea…

…Até hoje não chegou nada. Estou sempre aberta a propostas, mas o que desejo é que finalize o nosso contrato de patrocínio em dezembro de 2024 e só então que vamos abrir para novas empresas que queiram patrocinar o Palmeiras”.

– Anderson Barros

“Ele no Palmeiras conquistou nove títulos, sendo duas Libertadores. É responsável direto pela contratação do maior técnico do Palmeiras. Não tenho dúvidas que é um profissional que qualquer clube gostaria de ter. É uma pessoa equilibrada, correta, respeitosa, que eu tenho profundo orgulho de ter ao meu lado. Enquanto eu estiver aqui, o Anderson Barros será meu grande parceiro”.

– Mancha Verde

“Não é tocando tambor e jogando bomba que vou contratar jogadores. […] Essas torcidas organizadas não construíram nada. Eles são caso de polícia. Essas pessoas são o grande câncer do futebol brasileiro”.

“Eu respeito profundamente nossos 20 milhões de torcedores que não são só da vitória. O Palmeiras hoje é um clube modelo de administração. Olha o que nós temos aqui, essa Academia de Futebol, vários clubes vêm conhecer, olha essas revelações na base, olha os últimos anos o que nós somos hoje. Acho que isso enche de orgulho a grande maioria dos torcedores. Pode ter certeza de que pressão externa de torcida organizada não vai mudar uma vírgula do que pensamos sobre o nosso Palmeiras”.

– Oposição

Não é oposição. Eles são da destruição. Não sou uma pessoa vingativa de forma nenhuma. Não sou palhaça. Esses ingressos para conselheiros são uma liberalidade para presidente, oferece para quem quer, e para essas pessoas que querem destruir nossa gestão, não é que não tem ingresso, é que eles não têm nada.

Nota da redação: No mês passado, Leila Pereira vetou ingressos para membros do Conselho Deliberativo que haviam pedido esclarecimentos sobre a gestão no Conselho de Orientação e Fiscalização. Um dos pontos questionados foi a relação da Placar Linhas Aéreas, de propriedade da presidente, com o Palmeiras.

– Contratações

“Eu tenho muita restrição para jogadores que estão se aposentando e querem se aposentar no Palmeiras. Não é nossa mentalidade, não quero. Não quero uma performance de um ano, eu quero continuidade. Tenho essa dificuldade de trazer atletas que joguem como quero. O Palmeiras não é lugar de aposentado. Não vou fazer isso. Contratação é caro, então quero contratar jogadores que podem resolver”.

“No meio do ano tentamos, sim, mas os atletas que foram escolhidos pela nossa comissão técnica não quiseram vir jogar no Brasil. É muito difícil morar aqui, a insegurança do nosso país, dos nossos clubes, causam verdadeira repulsa. O próprio Abel na última coletiva dele falou isso, que tivemos que liberar alguns atletas no meio do ano por causa disso”.

– Planejamento e austeridade financeira:

“Eu não vou sobrecarregar o Palmeiras financeiramente para dar satisfação a jornalistas e torcedores. Sei que o torcedor quer contratação, mas quem paga essa contratação é o clube e eu não posso sobrecarregar o clube acima do que é possível pagar. Não vou fazer isso. Eu penso o Palmeiras a longo prazo, não pro próximo campeonato. Quero que o Palmeiras ganhe sempre, não apenas um campeonato”.

“O Palmeiras tem planejamento sim, mas nosso planejamento é feito dentro da Academia de Futebol. Em hipótese nenhuma vamos planejar contratações ou saídas por pressão de torcida organizada”.

Membros do Conselho do Palmeiras fazem dura cobrança a Leila Pereira

Entre muitos tópicos, presidente é cobrada sobre valores do patrocínio, marketing e transparência junto ao Conselho.

Leila Pereira durante coletiva de imprensa do Palmeiras na Academia de Futebol.
Cesar Greco

Neste sábado, um grupo com 27 membros do Conselho Deliberativo do Palmeiras protocolou documento fazendo cobranças a Leila Pereira sobre o processo de concorrência para o patrocínio máster e também sobre a falta de transparência da atual gestão.

Com relação ao patrocínio, os conselheiros pedem que seja instaurado imediatamente o processo de concorrência, e não só em dezembro de 2024, data em que se encerra o contrato da Crefisa com o Palmeiras. Além disso, solicitam que o Conselho Deliberativo do clube tenha total acesso aos detalhes das negociações e que uma empresa independente conduza o processo.

Outro pedido é que, na próxima reunião ordinária do Conselho Deliberativo, marcada para outubro, sejam apresentadas com detalhes todas as dívidas do Palmeiras com empresas que tenham ligação com qualquer membro da diretoria; que um diagnóstico sobre o momento atual do patrocínio esportivo em outros times seja realizado; e também que o departamento de marketing apresente projetos para captação para novas receitas.

A falta de transparência e a defasagem tecnológica nos processos também são mencionadas no documento, que aponta conflito de interesses de Leila Pereira, por ser a mandatária do clube e também a presidente da Crefisa e da FAM. De acordo com os signatários, é preciso que haja “deliberação remota de assuntos de interesse coletivo e que a divulgação de informações financeiras e de governança seja feita de uma forma mais ampla e pública”.

Confira os membros do Conselho que protocolaram o documento:

  • Adriano Reale
  • Emerson da Rosa
  • Felipe Giocondo
  • Francisco Vituzzo Neto
  • Genaro Marino Neto
  • Gerson Guarino
  • Guilherme Gomes Pereira
  • Guilherme Romero
  • João Carlos Minello
  • José Apparecido Jr
  • José Carlos Tomaselli
  • José Corsini
  • Juan Manuel Carreno
  • Luís Fronterotta
  • Luciana Santilli
  • Luiz Fernando Marrey Moncau
  • Luiz Mousinho
  • Marcos Gama
  • Maurício Pegoraro
  • Maurício Vituzzo
  • Pedro Horta
  • Ricardo Galassi
  • Ricardo de Simone Neto
  • Ricardo Spinelli
  • Valdomiro Sordili
  • Victor Fruges
  • Vinicius Zucca

Baixe aqui o documento protocolado na Secretaria do clube.

O Verdazzo dará o mesmo espaço para a publicação de eventuais respostas da diretoria do Palmeiras.

Palmeiras caminha para interromper o ciclo virtuoso e voltar ao vicioso; correções na rota são urgentes

O Palmeiras vive um momento difícil na temporada. Os resultados recentes, bem como o desempenho do time em campo, são preocupantes; o plantel vai sofrendo baixas sem reposição e a base é cada vez mais vista como única solução.

A torcida vê os concorrentes reforçando seus elencos nesta janela de transferências que se encerra no dia 2 de agosto e a apreensão geral só cresce.

Por isso, fizemos um apanhado dos temas mais abordados por nossa torcida nas redes sociais para tentar provocar uma reflexão mais organizada de tantas ideias que se amontoam em nossos pensamentos palmeirenses.

Iniciamos com um formato de FAQs, para depois esboçar um plano de ações, que pode e deve ser complementado pelos leitores. Afinal, nosso papel é o de provocar reflexões e discussões que eventualmente cheguem à nossa diretoria, para avaliar as ideias como melhor entender.

Anderson Barros fala após eliminação, prega equilíbrio e comenta sobre reforços: “precisamos de novas peças”.

Por que a diretoria alardeia que “não vai fazer loucuras” nesta janela de transferências?
Porque o mercado sabe que o Palmeiras é um dos times com as finanças mais organizadas e, por isso, sempre pede mais. Nossa diretoria, sempre zelosa do ponto de vista financista, tenta, assim, evitar que abusos sejam cometidos contra nossos cofres.

E por que a diretoria mesmo assim faz algumas loucuras, como gastar mais de R$ 50 milhões no Flaco López?
Porque considerou, depois de uma análise criteriosa, que o retorno esportivo seria muito provável, e que consequentemente teria também o retorno financeiro.

E por que o Flamengo faz loucuras o tempo todo e não quebra?
Porque tem margem para isso; de cara, recebe de mão beijada mais de R$ 200 milhões a mais por ano da Globo. Mas também tem sido muito mais competente que o Palmeiras em buscar outras receitas – por exemplo, no patrocínio da camisa.

Mas por que o Flamengo tem todas essas outras receitas e o Palmeiras não?
Não é só o Flamengo. Até o Botafogo, que recentemente profissionalizou sua gestão, está lançando produtos e mais produtos aproveitando a boa fase do time e enchendo os cofres. Mas o diretor de marketing do Palmeiras não é do ramo – é um ex-funcionário de banco aposentado, leal à presidente, e que não ousa sequer mexer no contrato de patrocínio da camisa.

A diretoria do Palmeiras erra em não arrebentar com os cofres do clube?
Esta premissa é equivocada. Não ser irresponsável é obrigação. Da mesma forma que é obrigação de uma diretoria de um clube tão grande estabelecer uma política de gestão de elenco com mais margem para manobras e impor uma postura dominante, de maneira responsável.

Conclusão: afinal, onde está o erro da diretoria do Palmeiras?

Resumidamente, na visão estritamente financista, que não dá o devido peso ao componente esportivo do negócio e ao efeito que a paixão desperta no público.

O Palmeiras flerta neste momento com uma espiral negativa que pode o levar de volta aos tempos de mediocridade. Com exceção dos competentíssimos profissionais locados na Academia de Futebol, que sustentam o dia-a-dia da equipe, o Palmeiras é dirigido hoje por pessoas que apenas atendem a interesses políticos, com notória incapacidade em desempenhar suas funções em alto nível. Lembra demais o ambiente do clube nos anos 2000.

A competência do elenco e da comissão técnica, uma máquina de conquistar títulos, criou uma zona de conforto sobre a qual a diretoria se deitou. Mas a roda girou; peças importantes saíram e não foram repostas. A base, barata, virou a solução para tudo. O equilíbrio estabelecido no elenco se esvaiu e tudo dependeu de que os meninos fossem realmente fenômenos extraordinários.

Podem vir a ser, alguns deles provavelmente serão. Mas não se pode colocar tantas expectativas em cima do desempenho entre profissionais de jovens que sequer atingiram idade para dirigir os espetaculares carros que já têm em suas garagens. Nosso elenco hoje é curto e desequilibrado em vários aspectos. A maioria das peças de reposição baratas que o clube busca no mercado, como regra, fracassam. Artur, citado frequentemente como um bom acerto, é uma exceção. A premissa de uma boa gestão foi invertida.

Em seus discursos, a presidente do Palmeiras disse algumas vezes que não acreditava no “bom e barato”, em alusão ao período como ficou conhecida a gestão desastrosa de Mustafá Contursi após a saída da Parmalat. A frase de efeito, entretanto, foi apenas instrumento de retórica, já que sua autora vem repetindo exatamente o que o histórico cartola fez por tanto tempo nos bastidores do clube.

À sua maneira, Leila Pereira reproduz a trajetória mustafista ao manter o Conselho inerte, satisfazendo-os e calando-os com mimos triviais, sonhando e fracassando na tarefa de manter forte o elenco herdado simplesmente gastando pouco e com uma “postura assertiva” que, em sua visão, traduz-se em “acertar” nas parcas contratações.

A manutenção da força de um elenco depende de um profissional agressivo, com extensa rede de contatos e grande capacidade de negociação, e que tenha à disposição um orçamento compatível, sustentado por receitas que não fiquem restritas ao manjado tripé patrocínio da camisa + renda da TV + venda de jogadores.

Abel alogia a torcida do Palmeiras durante partida contra o Chelsea, válida pela final do Mundial de Clubes da FIFA 2021, no Mohammed Bin Zayed Stadium, em Abu Dhabi-EAU.

Nossa torcida é vista hoje pela diretoria apenas como os 70-80 mil que se revezam no Allianz Parque, é fonte de receitas apenas quando paga pelos ingressos e consome em dias de jogos. Os mais de 99% de palmeirenses espalhados pelo mundo têm seu potencial de consumo absolutamente desprezados. O Avanti é um mero plano de venda de ingressos.

Só com um melhor processo de prospecção de jogadores, com uma postura realmente assertiva no mercado, mostrando posicionamento, objetividade, clareza, transparência, decisão e firmeza, sustentada por um poder financeiro que se baseia na constante renovação das fontes de receitas – o que inclui defender os interesses do clube nas relações vigentes e em buscar novas fontes – o Palmeiras poderá se manter forte.

Se a rota perdida não for rapidamente corrigida, os excepcionais profissionais que hoje defendem nossas cores na Academia de Futebol naturalmente se transferirão para clubes compatíveis com seus potenciais.

E sem os sustentáculos de nosso sucesso recente, voltaremos para o status dos anos 2000; quem hoje apenas surfa em nosso sucesso sem ligação emocional com o uniforme verde e branco saltará do barco e só restará a torcida, novamente, para carregar a paixão nas costas, em mais um processo de reconstrução.

É um filme repetido, que por aqui sempre teve final feliz, mas que não convém passar muitas vezes, porque quando der errado de verdade, pode ser um caminho sem volta. Não podemos sair do ciclo virtuoso, atingido após uma construção tão difícil, para voltarmos ao vicioso.


O Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.

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Palmeiras não concede entrevistas no Morumbi, e Leila explica: “melhor blindar”

Palmeiras em jogo contra o SPFC, durante primeira partida válida pelas quartas de final da Copa do Brasil 2023, no Morumbi.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Jogadores e comissão técnica do Palmeiras não conversaram com a imprensa no Choque-Rei

O Palmeiras decidiu que jogadores e comissão técnica não dariam entrevistas no Choque-Rei desta quarta-feira, no Morumbi, pela Copa do Brasil. O duelo terminou com o Verdão sendo superado pelo rival por 1 a 0, precisando virar o placar no confronto de volta, quinta-feira que vem, no Allianz Parque.

Quem apenas falou foi a presidente Leila Pereira, antes do jogo. A mandatária palmeirense explicou os motivos e disse que objetivo era ‘blindar’ os profissionais do clube, devido aos últimos acontecimentos entre clube e federações.

“Nossos atletas não vão falar, o João não vai falar. Isto não é retaliação com a imprensa, de maneira alguma. Tenho profundo respeito pelo trabalho de cada um de vocês, sou jornalista como vocês, mas neste momento, em virtude da nota tão pesada que a CBF emitiu pelas declarações do João, achei melhor blindar nosso elenco e comissão técnica”, disse Leila.

“Boa parte da imprensa séria e outras também ficam cobrando que o Palmeiras não faz trabalho de bastidor, mas é um trabalho sigiloso. Quem diz que o Palmeiras não faz trabalho de bastidor? O Palmeiras faz, sim, trabalho de bastidor. A presidente do Palmeiras é recebida em todos os jogos, o Palmeiras é um clube que tem muita credibilidade, a presidente também e somos recebidos bem em todos os lugares. O Palmeiras tem um problema não com a CBF, mas com a comissão de arbitragem, que tem prejudicado demais nosso clube”, complementou.

No último sábado, João Martins fez um pronunciamento após o empate em 2 a 2 com o Athletico-PR, pelo Brasileirão, no qual o auxiliar técnico criticou duramente a arbitragem e também disse que é “ruim para o sistema que o Palmeiras vença duas vezes seguidas” o Campeonato Brasileiro. Após isso, a CBF e outras entidades divulgaram notas rebatendo o clube, que também respondeu por comunicados oficiais.

“Todas as vezes que o Palmeiras emite uma nota, é da presidente Leila Pereira. Nunca sai uma nota sem minha concordância. Quem transmite o que tem de ser dito na nota, sou eu. Falei pela nota, mas era importante a presidente falar ao vivo para vocês jornalistas”, declarou a presidente.

“Nesses momentos a presidente tem que se manifestar, tentei de outras formas resolver esse problema grave com a arbitragem, não é a primeira vez que o Palmeiras é prejudicado, ano passado nós fomos retirados da Copa do Brasil por um erro assumidamente da arbitragem contra o Palmeiras. Tivemos um prejuízo financeiro, esportivo e até psicológico porque a gente trabalha muito, eu trabalho muito e nossos atletas…”, seguiu.

“Tenho contato direto com o Ednaldo, o Palmeiras sempre foi bem atendido na CBF, mas não tenho visto resultados. Prometem melhorias, que erros bizarros não vão acontecer mais, recebemos membros da comissão no Palmeiras para uma palestra. Mas não estou em campo para orientar os árbitros, nem é meu papel. Eu luto pelo futebol, o Palmeiras não quer levar vantagem. Mas também não quero ser prejudicada, não precisamos de vantagem, isso fazemos no dia a dia. Que o jogo seja limpo, não estou vendo isso”, finalizou.

Confira a nota do Palmeiras antes do clássico

PALMEIRAS INFORMA!

A fim de blindar elenco e comissão técnica em meio a uma sequência de jogos decisivos, o clube não realizará entrevistas com atletas e treinador na partida de hoje.

A presidente Leila Pereira conversará com a imprensa na chegada da delegação, na zona mista do estádio.

Leila Pereira cita acordo verbal com Dudu e contratações para 2023: “Não quero que criem expectativas”

Leila Pereira durante coletiva de imprensa do Palmeiras na Academia de Futebol.
Cesar Greco

Em coletiva na Academia de Futebol, Leila Pereira falou também sobre a implementação do reconhecimento facial no Allianz Parque e renovações com outros jogadores do elenco

Na manhã desta segunda-feira, um dia após o Palmeiras encerrar a temporada de 2022, a presidente Leila Pereira concedeu entrevista na Academia de Futebol e falou sobre diversos assuntos. Entre os principais, a mandatária afirmou que a renovação de contrato com Dudu está verbalmente acertada, faltando apenas sua assinatura.

“O Dudu é um ídolo e nosso interesse é que ele fique, assim como ele quer ficar. Vai dar certo, falta apenas a minha assinatura. O contrato não chegou ainda pra eu assinar. Verbalmente está tudo acertado. Ele vai ficar o maior tempo possível no Palmeiras”, revelou a presidente.

Aos 30 anos e um dos principais jogadores do elenco, Dudu tem contrato válido com o Palmeiras até o final de 2023. Recentemente, ele completou 400 jogos pelo clube.

Outro ponto comentado por Leila foi o processo de reformulação do elenco para o ano que vem. A presidente reforçou que o Palmeiras fará aquisições pontuais e que o perfil de jogadores adquiridos será o mesmo das últimas temporadas.

“Manteremos o mesmo perfil [de jogadores] nas contratações, o que irá mudar será a quantidade. Serão poucas que faremos para a próxima temporada. Temos um planejamento e o cumprimos à risca. [Sobre valores] cada negociação é diferente, mas não faremos loucuras. É importante dizer isso porque não quero que os torcedores criem expectativas, como aconteceu no final do ano passado quando assumi o cargo”, declarou.

Nesta reta final de 2022, o Palmeiras estendeu os vínculos de Mayke e Jailson, além de estar próximo de acertar com Dudu. A única saída concretizada até agora é a de Gustavo Scarpa, que a partir do ano que vem atuará no Nottingham Forest, da Inglaterra.

Confira outros trechos da entrevista de Leila Pereira:

“Tiveram várias especulações e sondagens, mas proposta formal não ocorreu. Não há nada concreto. Se vier, conversaremos com a família do atleta e veremos o que é melhor para o jogador e para o Palmeiras. Ele vai ficar conosco até fazer 18 anos, isso me dá tranquilidade”.

“Sou a presidente do Palmeiras, quem define quem joga ou não é o Abel e sua comissão técnica. Ele irá fazer a melhor escolha”.

“Vamos conversar com os dois. Alguns já renovamos e outros nós apenas estávamos aguardando o término do Brasileirão” – os dois têm contrato até o fim do ano que vem.

  • Dívida com a Crefisa

“A dívida vem diminuindo com vendas de jogadores e também com os prêmios pelos títulos que a Crefisa pagaria ao clube. Os valores estão sendo abatidos. Isso foi acertado na gestão do Maurício Galiotte. [Sobre outras pendências] fazemos de tudo para honrar as anteriores, mas nossa prioridade é sempre pagar em dia os salários dos nossos profissionais. Vamos manter os pés no chão e acredito que estaremos mais confortáveis daqui uns 2 anos”.

  • Papel de Abel na saída e chegada de jogadores

“Só autorizo venda ou compra de jogadores quando a nossa comissão técnica ratificar. Se chegar algo concreto para os nossos atletas, sentarei com o Abel e definiremos juntos”.

  • Casos de cambismo

“Os únicos ingressos encontrados nas mãos dos cambistas foram de cadeira cativa do ex-presidente Mustafá Contursi. Não é verdade que tenha saído das mãos dos nossos diretores ou conselheiros. Todos nós estamos colaborando e vamos depor para ajudar na investigação”.

  • Implementação do reconhecimento facial

“Solucionaremos o problema do cambismo com a implementação do reconhecimento facial, do qual já assinei o contrato. A partir do final de janeiro já estará disponível no Allianz Parque essa tecnologia para todos os torcedores que forem aos jogos”.