Faça as contas: veja o que precisa acontecer para o Palmeiras se classificar no Paulistão

Os jogadores Mayke, Joaquín Piquerez e Richard Ríos (E/D), da SE Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Palmeiras e Botafogo-SP se enfrentam nesta quinta-feira, em confronto válido pela penúltima rodada do Campeonato Paulista. Vitória é obrigatória.

O Palmeiras está em apuros para conseguir se classificar para a próxima fase do Campeonato Paulista. O time não depende apenas de si para avançar e faz contas para o desfecho das próximas duas rodadas.

Confira a classificação atualizada, após o início da rodada, na noite de ontem:

Além de vencer seus dois jogos, contra Botafogo-SP em casa e Mirassol, fora, o Palmeiras, que chegaria a 23 pontos, precisa torcer para que uma das duas situações abaixo aconteça:

  • São Bernardo perder seus dois jogos, contra a Portuguesa, no Canindé; e contra o São Paulo, no ABC;
  • Ponte Preta não vencer o Bragantino, em Campinas.

Existe até a chance do Palmeiras terminar a fase como líder do grupo, mas precisaria que as duas situações acima aconteçam.

Vencer seus dois jogos, embora o time esteja mostrando irregularidades, não parece algo tão difícil, já que o Botafogo já não luta por mais nada no campeonato e o Mirassol já chegaria no confronto classificado e provavelmente não entraria com todos os titulares.

O São Bernardo não deve perder seus dois jogos; ao menos um ponto, deve conquistar. A torcida mais viável é para que a Ponte não ganhe do Bragantino, que tem ambições – o time de Bragança ainda luta por uma das vagas de seu grupo.

Caso o Palmeiras não se classifique, ficará cinco semanas sem jogos, já que a próxima partida da temporada acontecerá só na semana do dia 30 de março, quando começa o Campeonato Brasileiro. A Libertadores e a Copa do Brasil estão previstas para terem início em abril.

A última vez em que o Verdão não se classificou para a fase eliminatória do estadual foi em 2010.

Palmeiras volta a ter o artilheiro do Paulistão com Flaco López, que repete feito de outro ‘gringo’

Flaco López durante partida pelo Palmeiras contra o Santos, válida pela segunda final do Paulistão 2024, no Allianz Parque, em São Paulo-SP.
Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Além dos 10 gols, Flaco López também distribuiu duas assistências fundamentais para a campanha do título do Palmeiras

Com 10 gols marcados, Flaco López terminou o Campeonato Paulista como o principal artilheiro e ajudou o Palmeiras a quebrar uma marca de seis anos. Desde 2018 que o Verdão não tinha um jogador como maior goleador do estadual. O último foi Borja, que foi às redes sete vezes.

No século, além do argentino e do colombiano, outros três palmeirenses conseguiram o posto de artilheiro. Em 2004, Vágner Love foi o líder com 12 bolas na rede, enquanto que quatro anos depois, foi a vez de Alex Mineiro se destacar, com 15. Por fim, Alan Kardec, na edição de 2014, alcançou o feito ao anotar nove tentos.

Artilheiro do Paulistão, Flaco López vive sua redenção no Palmeiras. Contratado em maio de 2022, o argentino teve pela primeira vez, na atual temporada, confiança e sequência na equipe titular. Além dos 10 gols, o centroavante foi muito importante nas assistências. Ao todo, foram duas: uma para o gol de Endrick, que classificou o time à final; e a outra para o tento de Aníbal Moreno, que deu o título ao Palmeiras.

“Foi o primeiro campeonato que fui mais protagonista para o time. Feliz pelo trabalho de todos. Nesse ano estou tendo mais oportunidade e também estou mais tranquilo para aproveitar ao máximo as chances. Fico feliz por isso. Não penso no que passou. Desfruto de todos os momentos pensando no que posso melhorar pelas coisas que vem pela frente”, disse o camisa 42, durante a festa de premiação do Paulistão – além do troféu de artilheiro, Flaco entrou na seleção ideal da competição.

“O físico mudou também, estou ganhando mais massa muscular e deu essa confiança para brigar um pouco mais. Trabalho de todo mundo que está dando fruto”, complementou.

Relembre os gols de Flaco López pelo Palmeiras no Paulistão:

Weverton faz forte desabafo após título e vibra com ‘volta por cima’

Weverton durante comemorações do título após partida pelo Palmeiras contra o Santos, válida pela segunda final do Paulistão 2024, no Allianz Parque, em São Paulo-SP.
Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Depois de um início instável, Weverton foi importante para a conquista do título Paulista

Unanimidade embaixo das traves do Palmeiras, Weverton viveu o primeiro período de instabilidade pelo Verdão no início da temporada. Depois de algumas falhas em saídas de bola com o pé e, principalmente, do gol sofrido diante do SCCP, o goleiro conviveu com críticas de parte da torcida.

Entretanto, Weverton voltou a mostrar segurança e foi peça fundamental para o título Paulista, realizando defesas importantes e também participando do lance do primeiro gol contra o Santos. No gramado do Allianz Parque, após a conquista do título, o arqueiro falou sobre sua trajetória dentro do Paulistão.

“Eu sou ser humano e eu erro também, faz parte da vida. Mas, quando você tem convicção daquilo que você é, as críticas podem até doer, mas não te abalam, não te derrubam. O que eu fiz foi continuar trabalhando, porque o que eu mais sei fazer é trabalhar”, disse o goleiro, em entrevista à TNT Sports.

“Esse Campeonato Paulista foi, realmente, difícil pra mim, não vou mentir. Mas o fim das coisas é melhor que o princípio. O início não foi bom, mas o final foi excelente. Estou muito feliz por mais uma conquista”, complementou.

Weverton revelou como sua esposa foi importante para a volta à boa fase. “É até ruim dizer isso, mas o futebol na minha vida vem em primeiro lugar. A minha esposa sabe o quanto eu me dedico, quanto às vezes eu sou um pai ausente, estressado por tudo aquilo que acontece em campo, muitas vezes eu levo pra minha casa, mas ela tem me aguentado. E quando a gente conquista [o título], como estamos fazendo diversas vezes, é uma oportunidade de celebrar muito porque só a minha família e Deus sabe o quanto a minha vida, de goleiro, é difícil”, relatou.

“Ninguém quer errar, ninguém quer viver momentos de adversidades, mas quando isso acontece só há duas escolhas a se fazer: parar ou seguir. Não sou dos que retrocede, eu acredito e continuo. Óbvio que doeu [o gol sofrido no Derby]. Cheguei em casa e disse para a minha esposa: ‘que merda, é o pior momento da minha vida’. Ela foi direta e disse: ‘não, não é. O problema é que, com todo respeito aos outros clubes, você hoje é goleiro do Palmeiras e o Palmeiras te exige sempre o alto nível’. Ela me ajudou a ter paciência e dar a volta por cima. Com muita resiliência, consegui”, complementou.

Números de Weverton vs Santos (nos dois jogos da final):

  • 10 defesas (6 em chutes de dentro da área);
  • 5 socos na bola;
  • 1 bola aérea afastada;
  • 5 lançamentos certos;
  • 6 cortes;
  • 100% dos duelos aéreos ganhos (3).

Da preleção à festa: confira imagens da conquista do título Paulista do Palmeiras

Da preleção à festa: confira imagens da conquista do título Paulista do Palmeiras.
Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Líder do elenco, Weverton começou a preleção e Abel terminou; após o apito final, Endrick comandou a festa

O Palmeiras alcançou o título Paulista pelo terceiro ano seguido ao vencer o Santos por 2 a 0, no último domingo, no Allianz Parque. Raphael Veiga, de pênalti, e Aníbal Moreno, aproveitando passe de Flaco López, foram às redes para o Verdão.

No dia seguinte à conquista, a TV Palmeiras disponibilizou imagens da preleção antes da partida, que teve Weverton e Abel discursando, e também da festa dos jogadores após o apito final. Confira:

Preleção:

Festa pós-jogo:

Mosaico, ambição e mais: o que disse Abel Ferreira após mais um título pelo Palmeiras

Abel Ferreira durante comemorações do título após partida pelo Palmeiras contra o Santos, válida pela segunda final do Paulistão 2024, no Allianz Parque, em São Paulo-SP.
Reprodução

Treinador não escondeu a emoção ao falar sobre o mosaico feito pela torcida palmeirense antes do jogo

Pela décima vez no comando do Palmeiras, Abel Ferreira concedeu uma coletiva de imprensa após mais um título conquistado. Desta vez, o treinador levou o Verdão à terceira conquista seguida do campeonato estadual.

Abel falou sobre o mosaico feito pela torcida, antes da partida começar; destacou a ambição dos jogadores de ir em busca de mais uma conquista; e a pressão de disputar mais um título.

Mosaico

Mosaico, ambição e mais: o que disse Abel Ferreira após mais um título pelo Palmeiras.
Marcos Ribolli

“Acho que fiquei mais emocionado com o que o torcedor nos fez, a mim, minha comissão e nossos jogadores, do que com o título. Nem nos meus sonhos poderia imaginar. Naquele momento, meu coração transbordou da palavra amor. Eles dizem que eu sou um deles, sou mesmo. Me dizem que me amam, também os amo. Foi muito lindo. Muito obrigado, de coração”.

Legado

“Nem eu tenho noção do que estamos fazendo. Em 15 ou 20 anos, o que esses rapazes estão fazendo, vai perdurar para a história. Sabíamos que vínhamos para um grande clube, mas encaixou muita coisa, a competência dos diretores para nos deixar em paz para fazermos nosso trabalho, continuar inovando no que precisa inovar”.  

“O clube aceita as inovações que a gente propõe. Isso não garante vitória e nem títulos. Acreditamos no que fazemos dentro da Academia. Se não ganhássemos hoje, fecharíamos a porta e iríamos para outra. Um dia vamos ganhar uma grande competição nos pênaltis, queria isso hoje. Meus jogadores queriam resolver no tempo normal, eles não quiseram. O que tiver que ser”.

Ambição

“Paixão e amor por competir e continuar ganhando, é difícil manter esse sarrafo e de forma consistente. O grande mérito da equipe é não se deslumbrar quando ganha e nem deixar ir abaixo quando perde, como foi na derrota para o SPFC. Fomos melhores nos 90 minutos na minha opinião, mas nosso adversário foi melhor nos pênaltis. Ficamos de pé vendo nossos adversários festejarem.

“A ambição que essa equipe tem e fome para ganhar títulos, em respeito que tem às decisões do treinador e entre eles. O bom ambiente no nosso clube e no nosso elenco. Quem não gosta de estar, tem a porta aberta. Quem está aqui, quer estar aqui. Não vamos obrigar ninguém a estar no Palmeiras, e é por isso que conseguimos criar isso”.

Pressão

“É difícil lidar com todas as expectativas. Nossos jogadores são equilibrados, sabem lidar com momentos de pressão. E hoje o que eu pedi para eles é que fizessem um jogo nota 7 o tempo inteiro, porque na Vila Belmiro fomos abaixo”.

“O grande mérito dessa equipe é nem se deslumbrar quando ganha e não se deixar ir abaixo quando perde. Foi o caso da derrota para o SPFC. Ficamos de pé vendo o adversário festejando. Sofrendo por dentro”.

Confira outras respostas de Abel Ferreira: