Raphael Veiga dá show, iguala Edmundo e evidencia seu profissionalismo no Palmeiras

Raphael Veiga comemora seu gol pelo Palmeiras contra o Juventude, durante partida válida pela trigésima rodada do Brasileirão 2024, no Estádio Alfredo Jaconi.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Raphael Veiga marcou três vezes contra o Juventude

Raphael Veiga, sempre Raphael Veiga. Sinônimo de decisivo pelo Palmeiras, o camisa 23 novamente se mostrou importante e garantiu uma vitória fundamental ao Verdão no Campeonato Brasileiro.

Foram três gols marcados num duelo pra lá de difícil no Alfredo Jaconi, em que a vitória ou o respiro aliviado do palmeirense só aconteceu nos minutos finais quando o meia anotou o quinto tento no triunfo por 5 a 3 sobre o Juventude.

Veiga vive seu ano mais inconstante desde a chegada de Abel no Palmeiras. Desempenhou abaixo; foi para o banco. Mas o profissionalismo sempre esteve ali, seja no campo, nas falas ou nas palavras (como quando desabafou no Instagram). Se os ‘deuses do futebol’ realmente existem, ‘eles’ premiaram Raphael Veiga com a oportunidade de jogar novamente em sua função principal, como meia central. O resto foi consequência.

Acostumado a entregar qualidade e quantidade, Veiga chegou a 24 participações diretas em gols na temporada (17 bolas na rede e sete assistências). Desde que Abel iniciou o trabalho no Verdão, esses números se tornaram “comuns” para o camisa 23:

  • 2021: 21 gols e seis assistências;
  • 2022: 21 gols e sete assistências;
  • 2023: 18 gols e 18 assistências;
  • 2024: 17 gols e sete assistências.

Raphael Veiga cada vez mais na história

Palmeirense desde criança, Raphael Veiga vive o sonho de qualquer torcedor do Verdão que um dia pensou ser jogador de futebol. Títulos, gols e prestígio pelo time do coração.

Contra o Juventude, ele fincou ainda mais seu nome na história do clube. Ao todo, soma 99 gols em 320 jogos – empatou com Edmundo no ranking dos maiores artilheiros do clube. Também está a um de alcançar o centésimo e se tornar o primeiro jogador desde Evair a ultrapassar a expressiva marca de tentos pelo Palmeiras.

Individualmente, Veiga também anotou o primeiro hat-trick da carreira.

“Muito feliz, chegar a essa marca do Edmundo, um cara que era um grande jogador, muito feliz. Nunca foi o meu objetivo bater essas marcas, mas sim sempre ajudar o Palmeiras. Sei o quanto representa fazer 99 gols pelo Palmeiras, é algo muito grande, sem palavras, estou realmente feliz”, disse depois da partida.

Raphael Veiga diz o que o Palmeiras precisa fazer para se manter na briga pelo título Brasileiro

Raphael Veiga durante treinamento do Palmeiras na Academia de Futebol.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Com a lesão de Mauricio, Raphael Veiga é o provável titular na função de meia-central

Sem Mauricio, machucado, Raphael Veiga deve voltar ao posto de titular como meia-central na equipe do Palmeiras. O camisa 23, na última sequência de vitórias do Verdão, chegou a ser reserva e depois atuou aberto pela direita, substituindo Estêvão no período em que a Cria da Academia se lesionou.

Apesar da temporada inconstante do meia, no qual o próprio Abel Ferreira admitiu que o manteve como titular além do que devia, Veiga é o vice-artilheiro do Palmeiras no ano, com 14 gols, e o terceiro em assistências (7). Agora provável titular, o meia dá a receita para o Verdão seguir forte na briga pelo tricampeonato seguido do Brasileirão: encarar cada jogo como final e manter a intensidade.

“O Abel sempre fala que a gente tem que encarar cada jogo como uma final, pois a gente nunca sabe quando vai ser o jogo do título, então todo jogo é importante, todo ponto é importante, e o nosso compromisso é fazer o nosso melhor. É manter a nossa intensidade, o nosso comprometimento, e com isso temos tudo para conquistar mais um título”, disse.

“A sequência de vitórias dá uma confiança muito grande para o nosso time, para cada jogador também, pelo volume que a gente tem tido nos jogos. Realmente, a última partida não foi como a gente almejava, queríamos a vitória, mas era um jogo difícil, o Bragantino também tinha os seus objetivos no campeonato”, complementou.

A próxima “final” do Palmeiras será contra o Juventude, dia 20, em Caxias do Sul.

“Todo time que joga contra o Palmeiras traz uma dificuldade. A concentração muitas vezes é diferente ao jogar contra nós. O Juventude tem os objetivos dele dentro do campeonato e a gente tem os nossos, então acredito que tem tudo para ser um grande jogo. Sempre quando vamos lá, a torcida e o pessoal se mobilizam para apoiar o time. Mas a gente está preparado. Já vivemos vários momentos de pressão e estamos prontos para ir mais uma vez em busca de uma vitória importante e, de novo, chegar mais próximo do título”, finalizou.

No primeiro turno, o Verdão derrotou o adversário por 3 a 1, no Allianz Parque, com gols de Flaco López, Estêvão e Mayke – o duelo também marcou o retorno de Dudu aos gramados após a cirurgia no joelho.

Números totais de Raphael Veiga na temporada:

  • 49 jogos;
  • 14 gols;
  • 7 assistências;
  • 94 passes decisivos;
  • 1090 passes certos;
  • 40 lançamentos certos;
  • 91 cruzamentos certos;
  • 15 desarmes;
  • 15 interceptações.

Dados: Footstats

Abraçado e elogiado, Dudu volta a ser decisivo e se declara à torcida palmeirense

Raphael Veiga  comemora seu gol pelo Palmeiras com Dudu, contra o Atlético-MG, durante partida válida pela vigésima oitava rodada do Brasileirão 2024, no estádio Brinco de Ouro da Princesa.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Contra o Atlético-MG, Dudu sofreu o pênalti que resultou no gol da vitória por 2 a 1

Na busca pela melhor condição física e por mais minutos em 2024, Dudu, no último sábado contra o Atlético-MG, fez o torcedor palmeirense relembrar os velhos momentos e foi decisivo na vitória em Campinas. Entrando no segundo tempo, o camisa 7 sofreu o pênalti que resultou no gol de Raphael Veiga, o do triunfo por 2 a 1.

Desde que retornou da lesão no joelho, Dudu pela primeira vez participou efetivamente de uma jogada decisiva para o Verdão. Ao final da partida, o ídolo palmeirense foi abraçado pelo elenco, pela comissão técnica e, obviamente, ovacionado pela torcida.

“Falar da torcida é difícil pra mim. Toda vez me emociono por conta do carinho e respeito que eles têm por mim. Podem ter certeza que eu sinto o dobro por eles. Toda vez que visto essa camisa eu faço o meu melhor. Se eu pudesse dar um abraço em cada um dos torcedores palmeirenses, daria aí 18 milhões de abraços”, disse Dudu, após o jogo.

Dudu voltou aos gramados no dia 23 de junho. 10 jogos depois, se afastou para aprimorar o condicionamento físico e só retornou à lista dos relacionados na vitória por 2 a 0 sobre o Athletico-PR, antes da data Fifa de setembro. Voltou a jogar diante do Criciúma e o duelo contra o Atlético-MG foi o segundo dele após o trabalho específico.

“Venho de uma lesão muito séria, grave. Quem acompanha meu dia a dia no CT sabe dos meus treinamentos, dos meus esforços. Venho treinando e me empenhando muito. Estou fazendo meus trabalhos à parte e espero continuar ajudando quando pintar mais oportunidades, estamos aí na busca de mais um título”, concluiu.

Além do pênalti sofrido, Dudu também puxou contra-ataques e criou boa oportunidade de gol, aproveitando a sobra no escanteio e finalizando com perigo ao gol de Éverson.

Muitos elogios a Dudu

Raphael Veiga e Weverton, um dos líderes do elenco, e o técnico Abel Ferreira falaram com a imprensa após a vitória e todos foram perguntados sobre Dudu. Os tons das respostas do trio foram em cima de elogios ao camisa 7.

“Dudu é um ídolo do Palmeiras. Tenho a oportunidade de jogar com ele junto há algum tempo e a gente se entende muito bem. Eu e outros jogadores estivemos próximos dele nesse momento mais turbulento. E poder celebrar com ele esse jogo, o pênalti sofrido e os outros lances que ele fez, me deixa muito feliz. A alegria dele é minha alegria. O que eu puder fazer pra ajudar ele e os outros jogadores, eu vou fazer”, comentou Veiga.

“Existe uma frase que tem a ver com ele, que é ‘o curto prazo nem sempre é justo, mas o longo é justo’. O Dudu vem colhendo aquilo que ele vem plantando no dia a dia. Ele é o primeiro a chegar e dá o melhor todos os dias. E quem ganha com isso é a gente, que temos um craque dentro de campo. Ele está ganhando a melhor forma. Não podemos esquecer que ele teve uma lesão muito grave e agora está recuperando a forma no melhor momento. Estamos muito felizes”, disse Weverton.

“O Dudu merece porque trabalha muito. Ele teve uma lesão muito séria. Sei que há questionamentos dos torcedores, mas eu sempre escalo os jogadores que são os melhores para a equipe. Se me perguntar se o Dudu está pronto para jogar os 90 minutos? Não está. Mas, se nos ajudar como nos ajudou hoje, é espetacular. Foi preciso buscar o resultado hoje, foi preciso um desequilibrador e ele entrou e fez isso. Após o fim do jogo, sim, fui abraçá-lo. Ninguém vai apagar a história que ele tem no clube. Ele trabalha muito e merece. Às vezes acaba o treino e ele fica fazendo exercícios suplementares porque sabe que tem de fazer. Muito feliz por ele. Ele tem o carinho da comissão técnica e do grupo de trabalho. Mais do que falar, é só olharmos os gestos de todos com ele”, declarou Abel.

Abel cita filme, não poupa elogios ao elenco e valoriza Dudu

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Atlético-MG, durante partida válida pela vigésima oitava rodada do Brasileirão 2024, no estádio Brinco de Ouro da Princesa.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Leve, Abel concedeu entrevista coletiva após vitória sobre o Atlético-MG

Abel Ferreira acionou o modo leve, sorridente e ‘coach’ após a vitória do Palmeiras sobre o Atlético-MG, a sexta seguida no Campeonato Brasileiro. O Verdão chegou aos 56 pontos e segue firme na busca pelo título.

Na entrevista coletiva após o jogo, o treinador rasgou elogios ao elenco, citou o filme ‘Divertidamente’ ao explicar o trabalho mental no dia a dia e comentou sobre Dudu e Raphael Veiga, além de, novamente, evitar projetar o campeonato até o fim.

Confira as respostas de Abel após Palmeiras 2 x 1 Atlético-MG

– Superação do elenco para engatar sequência de vitórias após eliminações

“Não existe só vencer no futebol. Também há empates e derrotas. O baque emocional só acontece quando não entregamos tudo que podemos. E a nossa atitude foi de entregar tudo nas copas. Eu só cobro isso deles, que deem tudo em campo. Por isso tenho um orgulho tremendo deles. Eles não desistem e entregam tudo, são incríveis. E os torcedores enxergam isso na nossa equipe”.

– Trabalho mental no dia a dia com os jogadores

Posso dizer o que fiz? Convidei-os a ver Divertidamente 1 e 2. Eles conseguem ver as emoções que temos em nós e quais nos interessa ativar. Podemos jogar com nossas emoções. Às vezes, aqui na coletiva, posso chamar a atenção para deixar os jogadores em paz, ou os saudá-los, como faço hoje. Todos temos um capeta e um anjinho. Qual quer dar ouvidos? Temos que escolher. Falo aos jogadores, e no jogo é igual.

“Todos nós temos vozes interiores e precisamos saber o que elas estão falando. Ninguém pode me amar mais que eu mesmo. Eu tenho que falar coisas para mim mesmo, tenho que me incentivar, tenho que fazer isso sem pensar no que vai acontecer depois. Temos que manter a calma. Falo isso para eles sempre e eles estão absorvendo tudo isso. Nossa atenção vai para onde está o nosso pensamento. Tenho certeza que, se pensarmos positivo, as coisas acontecem. Gosto de pessoas com energias positivas”.

– Melhora defensiva

“Tivemos muitas lesões nos meses de julho e agosto e isso acarretou em problemas na zaga e nas laterais. Depois, quando todos estão bem e na máxima energia, é normal que os processos melhorem”.

– Dudu

“O Dudu merece porque trabalha muito. Ele teve uma lesão muito séria. Sei que há questionamentos dos torcedores, mas eu sempre escalo os jogadores que são os melhores para a equipe. Se me perguntar se o Dudu está pronto para jogar os 90 minutos? Não está. Mas, se nos ajudar como nos ajudou hoje, é espetacular. Foi preciso buscar o resultado hoje, foi preciso um desequilibrador e ele entrou e fez isso. Após o fim do jogo, sim, fui abraçá-lo. Ninguém vai apagar a história que ele tem no clube. Ele trabalha muito e merece. Às vezes acaba o treino e ele fica fazendo exercícios suplementares porque sabe que tem de fazer. Muito feliz por ele. Ele tem o carinho da comissão técnica e do grupo de trabalho. Mais do que falar, é só olharmos os gestos de todos com ele”.

– Raphael Veiga

“Os jogadores não são máquinas. Ninguém consegue estar ao máximo em todo o momento. Por isso temos que ter elenco, porque quando um não está bem, saí e outro entra. Conversei muito com o Veiga. Se calhar, demorei um pouco demais para tirá-lo. Tirar um jogador, às vezes, não é castigá-lo, é entender que é preciso ficar de fora para ganhar energia e às vezes até para ficar chateado com os jogadores. Quem não está jogando não pode ficar feliz, senão fica acomodado e quando está acomodado temos que trocar. Gosto de jogadores que respeitam a decisão do treinador e, quando são chamados, mostram em campo o nível que tem. Fico feliz por ter voltado e ter nos ajudado. Fez uma bela dupla com o Giay”.

– Próximos jogos

“É um jogo de cada vez. Nosso calendário é duro, é difícil, mas não vamos jogar tudo ao mesmo tempo. Uma partida de cada vez. É treinar bem durante a semana, desfrutar da vida”.

Decisivo, Raphael Veiga mostra equilíbrio ao falar do momento: “Não sou dependente de elogio ou refém de crítica”

Raphael Veiga comemora seu gol pelo Palmeiras contra o Atlético-MG, durante partida válida pela vigésima oitava rodada, do Brasileirão 2024, no estádio Brinco de Ouro da Princesa.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Raphael Veiga marcou os dois gols na vitória sobre o Atlético-MG

Titular pelo segundo jogo consecutivo substituindo Estêvão, Raphael Veiga mostrou o tradicional poder de decisão e marcou os dois gols da vitória do Palmeiras sobre o Atlético-MG, por 2 a 1, no Brinco de Ouro.

O meia apareceu na sala de imprensa após o jogo e concedeu entrevista. Veiga falou sobre os gols e os dois jogos seguidos como titular.

“Fico feliz por voltar a marcar. Fazer gols ou dar assistências é muito importante. Eu sempre me cobro para ser decisivo. Todos sabem que o Estêvão é um grande jogador e torço muito por ele. Quando ele voltar, quem sabe o que deve ser feito é o Abel. Essa responsabilidade é dele. Já joguei em várias posições e estou aqui para ajudar”, disse o camisa 23, que também comentou sobre seu momento no clube.

“Sou tranquilo e equilibrado. Não era porque eu não estava jogando tão bem e fui pro banco que eu era uma pessoa, e agora não mudou nada porque fiz dois gols. Sei das minhas capacidades, fazendo ou não os gols. Não sou dependente de elogio ou refém de crítica. Amadureci e consigo suportar as coisas. A minha cobrança interna é muito maior do que da imprensa e da torcida. Estou pronto para dar o meu melhor em campo e ser decisivo”, complementou.

Questionado sobre a sequência de vitórias do Palmeiras logo após as eliminações nas copas, Veiga atribuiu a série de triunfos ao tempo para trabalhar e descansar.

“Não gosto de arranjar desculpas e transferir responsabilidades. Mas, chega um momento do ano que tem tanto jogo, que nós não temos tempo para recuperar. Fica surreal. São muitos jogos e viagens. Tudo isso fadigou o corpo e a mente. Acho que foi isso. Não queríamos sair das copas, mas a partir do momento em que não estamos, temos mais tempo para trabalhar e recuperar. Estamos chegando nos jogos 100% mentalmente e fisicamente”, explicou.

Raphael Veiga próximo de marca centenária

Com os dois gols anotados diante do Atlético-MG, Veiga chegou a 96 pelo clube e está cada vez mais próximo da marca centenária. O meia, que na lista dos maiores artilheiros do clube ultrapassou Jorginho Putinatti, soma 14 tentos na temporada.

“Nunca foi meu objetivo passar esses caras nos números, mas óbvio que estou feliz em fazer meu nome na História do Palmeiras”, disse.

Na temporada, Veiga é o vice-artilheiro do Palmeiras e ainda contabiliza sete assistências.