Será a oitava vez que Raphael Claus comandará a arbitragem no Choque-Rei
Vindo de goleada na Libertadores, o Palmeiras volta a campo no domingo para enfrentar o SPFC, em busca da liderança do Campeonato Brasileiro. A partida é válida pela décima rodada e acontece no estádio do Morumbi, às 16h.
A CBF designou para o clássico o juiz Raphael Claus, de 43 anos, que terá como assistentes Alex Ang Ribeiro (auxiliar 1) e Marcelo Carvalho Van Gasse (auxiliar 2), além de Thiago Luis Scarascati, o quarto árbitro.
O experiente árbitro do quadro da Federação Paulista de Futebol apitará um Choque-Rei pela oitava vez na carreira. Nas sete partidas anteriores, foram três vitórias para o Palmeiras, três triunfos para o rival e um empate.
Na cabine do VAR, o responsável será Wagner Reway, que esteve no comando da arbitragem de vídeo no jogo do Palmeiras contra o Fortaleza, pela Copa do Brasil, disputado no Castelão. Ao todo, o juiz já esteve à frente da tecnologia em 17 partidas do Verdão.
Retrospecto do Palmeiras com Raphael Claus no apito
Raphael Claus já apitou 40 jogos do Palmeiras. Ao todo, foram 18 vitórias palmeirenses, dez empates e 12 derrotas. O SCCP é o adversário mais vezes enfrentado pelo Verdão que teve Claus como árbitro (nove), seguido pelo SPFC (sete).
Venezuelano, Alexis Herrera apitou apenas um jogo do Verdão na carreira; Conmebol aciona VAR na fase de grupos
Virando a chave do Paulista para a Libertadores, o Palmeiras encara na noite desta quarta-feira o Bolívar, em La Paz, na estreia da equipe na competição continental. Dono de diversos recordes entre as equipes brasileiras no torneio, o Verdão vai em busca do tetracampeonato.
Para o confronto na altitude, a Conmebol escalou o juiz Alexis Herrera, da Venezuela. Árbitro de 33 anos de idade, Herrera fará seu segundo jogo do Verdão na carreira – o primeiro foi o jogo de volta das oitavas-de-final da Libertadores de 2021 entre Palmeiras e Universidad Católica, vencido por 1 a 0 pela equipe de Abel Ferreira.
Toda a equipe de arbitragem de campo vem da Venezuela. Os assistentes serão Jorge Urrego e Tulio Moreno, enquanto o quarto árbitro será Jesus Valenzuela. Na cabine do VAR o responsável será Juan Soto, conterrâneo de seus companheiros de arbitragem.
O técnico Abel Ferreira pode poupar alguns dos principais jogadores para o duelo contra o Bolívar, visando à final do Paulista contra o Água Santa no próximo domingo. Murilo, suspenso, e Piquerez, lesionado, são desfalques certos; por outro lado, Artur pode fazer sua reestreia pelo Verdão.
VAR é a novidade da Conmebol
A arbitragem de vídeo nas fases iniciais da Libertadores foi a novidade da Conmebol para a edição de 2023. A utilização da tecnologia foi utilizada na fase preliminar, diferentemente do ano passado, quando o VAR só entrou em ação a partir das oitavas-de-final.
Conversa entre o VAR e o juiz de campo mostra que o jogo recomeçou antes da jogada ter sido totalmente revisada
Na noite de segunda-feira, a CBF divulgou, em seu site oficial, os áudios do VAR do duelo entre Palmeiras e Flamengo, que ocorreu no último domingo e terminou empatado em 1 a 1, resultado que manteve o Verdão nove pontos à frente do adversário na tabela do Brasileirão.
O lance mais polêmico da partida ocorreu aos 50 minutos do segundo tempo, quando após cruzamento Gustavo Scarpa, o volante Vidal se choca com Gustavo Gómez, que cai dentro da área.
O árbitro de campo Ramon Abatti Abel não assinalou pênalti. Na cabine do VAR, Pablo Ramon Gonçalves classificou a ação de Vidal como “proteção” e pediu calma ao colega para que o lance seja revisado por outros ângulos, mas o juiz reiniciou a partida. Ao mesmo tempo, é possível ouvir nos áudios que um dos juízes comenta “agora já foi” e, então, o VAR diz que a revisão foi concluída.
Envolvido na jogada, Gustavo Gómez, em entrevista após o jogo, evitou reclamar da arbitragem. “Foi um lance em que eu queria pular para disputar a bola, mas senti o contato e caí. Tem imagem, mas não quero ficar falando da arbitragem. Foi uma decisão do árbitro, critério dele. Mas eu senti um contato”, disse o camisa 15.
Confira a conversa entre o VAR e o juiz de campo
CBF divulgou o áudio do VAR de Palmeiras x Flamengo e depois apagou de seu site. O jogo reiniciou antes do final da checagem e falam em proteção. Por que divulgar e apagar? O que você acha dessa atitude da CBF e do áudio do VAR? Como fica a credibilidade da Comissão do Seneme? pic.twitter.com/ilSK8MXyjb
Em coletiva após vitória sobre Internacional, Abel voltou a comentar sobre os problemas crônicos no futebol brasileiro
O técnico Abel Ferreira admitiu que o Palmeiras caiu fisicamente no segundo tempo da partida diante do Internacional, vencida pelo Verdão por 2 a 1. Em entrevista coletiva após o duelo, o comandante afirmou que, por conta da sequência de jogos, o time entrou com “70% de bateria”, mas ainda assim viu justiça na vitória.
“Fomos muito bem na primeira parte. Sabíamos que iríamos sofrer nos últimos 20 minutos. Nossa equipe entrou a 70% da bateria, porque não teria como recuperar. Nossa intenção era buscar o jogo no começo”, iniciou o treinador.
“Eles são organizados. Vieram com algumas mudanças iniciais, mas depois alteraram, colocaram os pontas de lança e nos criaram perigo no segundo tempo. Mas também tivemos as nossas chances. Foi um bom jogo. Eles cresceram pelas capacidades físicas, na minha opinião. Mas, com a nossa alma, coração e com ajuda dos torcedores ganhamos porque acreditamos até o fim. Pelo que fizemos na primeira parte e no jogo todo, fomos os justos vencedores”, complementou Abel.
Com o triunfo, o Palmeiras chegou aos 39 pontos no Brasileirão e terminou o primeiro turno como o time de melhor campanha, mais gols marcados (31) e com a defesa menos vazada (13). A equipe inicia a segunda parte do campeonato no sábado que vem, diante do Ceará, fora de casa.
“Nossa batalha é jogo a jogo. Já disse que não sabia como a equipe ia reagir ao calendário, temos muitos jogadores fora por lesão, como os outros têm, também. Aqui é jogo a jogo. Há muitos candidatos pela mesma cadeira, está tudo embolado. Jogo a jogo e no fim vemos a tabela”, pontuou.
Abel reclama do VAR e outros problemas do futebol brasileiro
A arbitragem também foi assunto da coletiva de Abel Ferreira. O treinador questionou o gol anulado de Murilo e pediu que o campeonato seja “resolvido dentro das quatro linhas”.
Cesar Greco
“Queria ver onde pararam o frame. Só espero e desejo que este campeonato seja resolvido dentro das quatro linhas pelas duas equipes que têm que ser protagonistas, não uma terceira. Espero que o campeonato não seja resolvido pelo VAR nem pelos árbitros, mas pelas equipes. Tenho visto muita confusão. Por favor, leiam a regra do VAR. Eles só podem interferir em lances claros, escandalosos”, discursou.
“Só peço a quem está à frente do organismo que façam um esforço. Não sei se eles estão cansados também, porque realmente é muito jogo. Sentimos cansaço e eles têm este direito, mas espero que este campeonato seja resolvido nas quatro linhas”, completou.
Substituição de Dudu
Por fim, o treinador esclareceu a saída de Dudu da partida – Wesley entrou no lugar do camisa 7, aos 23’ da segunda etapa.
“Há jogadores que são aceleradores de jogo; os pontas são esse tipo de jogador. Em determinada altura perdem energia e só jogam com bola. É normal em qualquer equipe que os pontas e centroavantes sejam os primeiros a saírem. Queremos rendimento, produção, gols. Faz parte [mudar], é normal chegar ao minuto 70 e ter que mudar os pontas, como o Dudu, por exemplo. Àquela hora precisávamos de energia, o time estava cansado. E fomos felizes porque o segundo gol saiu em uma jogada que o Wesley participou”, finalizou.
VAR chamou o juiz Raphael Claus para conferir um toque no braço de Dudu, na origem do gol
O Palmeiras foi até a Vila Belmiro para enfrentar o Santos, na tarde de ontem, e saiu vencedor do duelo por 2 a 0. Minutos antes de a equipe marcar o primeiro gol, com Rony, o próprio camisa 7 havia balançado as redes de João Paulo, porém o lance foi anulado.
A anulação do tento se deu por um toque involuntário de Dudu no começo da jogada. Em campo, o juiz Raphael Claus deixou o lance prosseguir, apesar de ter visto o toque. Na cabine do VAR, Rodrigo Guarizo chamou o árbitro principal para rever a jogada.
Na tarde desta segunda-feira, a CBF disponibilizou os áudios entre o VAR e o juiz de campo em seu site oficial.
Assim que o lance termina em gol, Guarizo diz: “Precisa ver se foi mão ou não. Ele tem vantagem… ele [Raphael Claus] vai ter de vir rever. Recomendo a revisão do toque de mão na bola ganhando vantagem”.
Revendo o lance, Claus avisa: “Braço aberto. Ele domina com o braço. Está com o braço aberto e ele fica com a bola. Vou sair com tiro livre indireto a favor da defesa”. E aponta a infração de Dudu.
O que diz a regra sobre a anulação desse gol pelo VAR e o juiz principal
De acordo com a regra, estabelecido pela IFAB (International Football Association Board), tocar a bola com a mão/braço é faltoso quando:
– Tocar a bola com sua mão/braço deliberadamente. Por exemplo, deslocando a mão/braço na direção à bola;
– Tocar a bola com sua mão/braço, quando sua mão/braço ampliar seu corpo de forma antinatural. Considera-se que um jogador amplia seu corpo de forma antinatural, quando a posição de sua mão/braço não é consequência do movimento ou quando a posição da mão/braço não pode ser justificada pelo movimento do corpo do jogador para aquela situação específica. Ao colocar a sua mão/braço em tal posição, o jogador assume o risco de sua mão/seu braço ser tocada pela bola e, portanto, deve ser punido;
– Marcar um gol na equipe adversária: diretamente do toque da bola em sua mão/braço, mesmo que acidentalmente, inclusive o goleiro; ou imediatamente após a bola tocar em sua mão/braço, mesmo que acidentalmente.