Conselho de Orientação e Fiscalização é solicitado a debater a relação entre Palmeiras e Placar Linhas Aéreas

Conselho de Orientação e Fiscalização debate a relação entre Palmeiras e Placar Linhas Aéreas. Diretoria, comissão técnica, atletas e staff do Palmeiras, durante viagem para o Rio de Janeiro (RJ).
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Após o elenco do clube sofrer com problemas na aeronave no retorno da Colômbia, membros do Conselho Deliberativo solicitaram debate sobre a parceria

Na noite desta segunda-feira (28), o Conselho de Orientação e Fiscalização do Palmeiras faz mais uma reunião ordinária. Um grupo de membros do Conselho Deliberativo, através de carta ao presidente do órgão, solicitou que fosse debatida a natureza da relação entre o Palmeiras e a Placar Linhas Aéreas. Os conselheiros pontuaram a necessidade de formalização dessa relação por meio de contrato, deixando claros os termos da relação e também mencionaram a necessidade da definição de uma política com processos e regras adequadas e transparentes para lidar com situações de conflitos de interesse na gestão.

O principal evento que motivou a discussão foi o problema com a aeronave oferecida ao clube, que adiou o retorno do elenco a São Paulo após a partida contra o Deportivo Pereira, pela Libertadores. A viagem, que deveria ocorrer na quinta-feira, foi adiada para sábado, fazendo com que o Verdão treinasse apenas uma vez antes da partida contra o Vasco pelo Brasileirão.

Membros do Conselho já solicitaram transparência à presidente

Um pedido enviado em 27 de julho a Leila, solicitando a divulgação de informações financeiras e de governança do clube, não teve resposta até hoje. A mensagem pedia, além do acesso a documentos relativos a esses temas, como demonstrativos financeiros e atas de reuniões, uma formalização de um plano de abertura de concorrência para patrocínio do Palmeiras.

O pedido é que o processo de concorrência seja conduzido por uma empresa independente e experiente, que seja objetivo e todos os membros do Conselho tenham acesso a ele. Como nenhum dos pedidos foi acatado e o tema segue sem discussão, os conselheiros lembraram que os temas permanecem em aberto e demandando um posicionamento da Diretoria Executiva.

Membros do Conselho do Palmeiras fazem dura cobrança a Leila Pereira

Entre muitos tópicos, presidente é cobrada sobre valores do patrocínio, marketing e transparência junto ao Conselho.

Leila Pereira durante coletiva de imprensa do Palmeiras na Academia de Futebol.
Cesar Greco

Neste sábado, um grupo com 27 membros do Conselho Deliberativo do Palmeiras protocolou documento fazendo cobranças a Leila Pereira sobre o processo de concorrência para o patrocínio máster e também sobre a falta de transparência da atual gestão.

Com relação ao patrocínio, os conselheiros pedem que seja instaurado imediatamente o processo de concorrência, e não só em dezembro de 2024, data em que se encerra o contrato da Crefisa com o Palmeiras. Além disso, solicitam que o Conselho Deliberativo do clube tenha total acesso aos detalhes das negociações e que uma empresa independente conduza o processo.

Outro pedido é que, na próxima reunião ordinária do Conselho Deliberativo, marcada para outubro, sejam apresentadas com detalhes todas as dívidas do Palmeiras com empresas que tenham ligação com qualquer membro da diretoria; que um diagnóstico sobre o momento atual do patrocínio esportivo em outros times seja realizado; e também que o departamento de marketing apresente projetos para captação para novas receitas.

A falta de transparência e a defasagem tecnológica nos processos também são mencionadas no documento, que aponta conflito de interesses de Leila Pereira, por ser a mandatária do clube e também a presidente da Crefisa e da FAM. De acordo com os signatários, é preciso que haja “deliberação remota de assuntos de interesse coletivo e que a divulgação de informações financeiras e de governança seja feita de uma forma mais ampla e pública”.

Confira os membros do Conselho que protocolaram o documento:

  • Adriano Reale
  • Emerson da Rosa
  • Felipe Giocondo
  • Francisco Vituzzo Neto
  • Genaro Marino Neto
  • Gerson Guarino
  • Guilherme Gomes Pereira
  • Guilherme Romero
  • João Carlos Minello
  • José Apparecido Jr
  • José Carlos Tomaselli
  • José Corsini
  • Juan Manuel Carreno
  • Luís Fronterotta
  • Luciana Santilli
  • Luiz Fernando Marrey Moncau
  • Luiz Mousinho
  • Marcos Gama
  • Maurício Pegoraro
  • Maurício Vituzzo
  • Pedro Horta
  • Ricardo Galassi
  • Ricardo de Simone Neto
  • Ricardo Spinelli
  • Valdomiro Sordili
  • Victor Fruges
  • Vinicius Zucca

Baixe aqui o documento protocolado na Secretaria do clube.

O Verdazzo dará o mesmo espaço para a publicação de eventuais respostas da diretoria do Palmeiras.

Palmeiras caminha para interromper o ciclo virtuoso e voltar ao vicioso; correções na rota são urgentes

O Palmeiras vive um momento difícil na temporada. Os resultados recentes, bem como o desempenho do time em campo, são preocupantes; o plantel vai sofrendo baixas sem reposição e a base é cada vez mais vista como única solução.

A torcida vê os concorrentes reforçando seus elencos nesta janela de transferências que se encerra no dia 2 de agosto e a apreensão geral só cresce.

Por isso, fizemos um apanhado dos temas mais abordados por nossa torcida nas redes sociais para tentar provocar uma reflexão mais organizada de tantas ideias que se amontoam em nossos pensamentos palmeirenses.

Iniciamos com um formato de FAQs, para depois esboçar um plano de ações, que pode e deve ser complementado pelos leitores. Afinal, nosso papel é o de provocar reflexões e discussões que eventualmente cheguem à nossa diretoria, para avaliar as ideias como melhor entender.

Anderson Barros fala após eliminação, prega equilíbrio e comenta sobre reforços: “precisamos de novas peças”.

Por que a diretoria alardeia que “não vai fazer loucuras” nesta janela de transferências?
Porque o mercado sabe que o Palmeiras é um dos times com as finanças mais organizadas e, por isso, sempre pede mais. Nossa diretoria, sempre zelosa do ponto de vista financista, tenta, assim, evitar que abusos sejam cometidos contra nossos cofres.

E por que a diretoria mesmo assim faz algumas loucuras, como gastar mais de R$ 50 milhões no Flaco López?
Porque considerou, depois de uma análise criteriosa, que o retorno esportivo seria muito provável, e que consequentemente teria também o retorno financeiro.

E por que o Flamengo faz loucuras o tempo todo e não quebra?
Porque tem margem para isso; de cara, recebe de mão beijada mais de R$ 200 milhões a mais por ano da Globo. Mas também tem sido muito mais competente que o Palmeiras em buscar outras receitas – por exemplo, no patrocínio da camisa.

Mas por que o Flamengo tem todas essas outras receitas e o Palmeiras não?
Não é só o Flamengo. Até o Botafogo, que recentemente profissionalizou sua gestão, está lançando produtos e mais produtos aproveitando a boa fase do time e enchendo os cofres. Mas o diretor de marketing do Palmeiras não é do ramo – é um ex-funcionário de banco aposentado, leal à presidente, e que não ousa sequer mexer no contrato de patrocínio da camisa.

A diretoria do Palmeiras erra em não arrebentar com os cofres do clube?
Esta premissa é equivocada. Não ser irresponsável é obrigação. Da mesma forma que é obrigação de uma diretoria de um clube tão grande estabelecer uma política de gestão de elenco com mais margem para manobras e impor uma postura dominante, de maneira responsável.

Conclusão: afinal, onde está o erro da diretoria do Palmeiras?

Resumidamente, na visão estritamente financista, que não dá o devido peso ao componente esportivo do negócio e ao efeito que a paixão desperta no público.

O Palmeiras flerta neste momento com uma espiral negativa que pode o levar de volta aos tempos de mediocridade. Com exceção dos competentíssimos profissionais locados na Academia de Futebol, que sustentam o dia-a-dia da equipe, o Palmeiras é dirigido hoje por pessoas que apenas atendem a interesses políticos, com notória incapacidade em desempenhar suas funções em alto nível. Lembra demais o ambiente do clube nos anos 2000.

A competência do elenco e da comissão técnica, uma máquina de conquistar títulos, criou uma zona de conforto sobre a qual a diretoria se deitou. Mas a roda girou; peças importantes saíram e não foram repostas. A base, barata, virou a solução para tudo. O equilíbrio estabelecido no elenco se esvaiu e tudo dependeu de que os meninos fossem realmente fenômenos extraordinários.

Podem vir a ser, alguns deles provavelmente serão. Mas não se pode colocar tantas expectativas em cima do desempenho entre profissionais de jovens que sequer atingiram idade para dirigir os espetaculares carros que já têm em suas garagens. Nosso elenco hoje é curto e desequilibrado em vários aspectos. A maioria das peças de reposição baratas que o clube busca no mercado, como regra, fracassam. Artur, citado frequentemente como um bom acerto, é uma exceção. A premissa de uma boa gestão foi invertida.

Em seus discursos, a presidente do Palmeiras disse algumas vezes que não acreditava no “bom e barato”, em alusão ao período como ficou conhecida a gestão desastrosa de Mustafá Contursi após a saída da Parmalat. A frase de efeito, entretanto, foi apenas instrumento de retórica, já que sua autora vem repetindo exatamente o que o histórico cartola fez por tanto tempo nos bastidores do clube.

À sua maneira, Leila Pereira reproduz a trajetória mustafista ao manter o Conselho inerte, satisfazendo-os e calando-os com mimos triviais, sonhando e fracassando na tarefa de manter forte o elenco herdado simplesmente gastando pouco e com uma “postura assertiva” que, em sua visão, traduz-se em “acertar” nas parcas contratações.

A manutenção da força de um elenco depende de um profissional agressivo, com extensa rede de contatos e grande capacidade de negociação, e que tenha à disposição um orçamento compatível, sustentado por receitas que não fiquem restritas ao manjado tripé patrocínio da camisa + renda da TV + venda de jogadores.

Abel alogia a torcida do Palmeiras durante partida contra o Chelsea, válida pela final do Mundial de Clubes da FIFA 2021, no Mohammed Bin Zayed Stadium, em Abu Dhabi-EAU.

Nossa torcida é vista hoje pela diretoria apenas como os 70-80 mil que se revezam no Allianz Parque, é fonte de receitas apenas quando paga pelos ingressos e consome em dias de jogos. Os mais de 99% de palmeirenses espalhados pelo mundo têm seu potencial de consumo absolutamente desprezados. O Avanti é um mero plano de venda de ingressos.

Só com um melhor processo de prospecção de jogadores, com uma postura realmente assertiva no mercado, mostrando posicionamento, objetividade, clareza, transparência, decisão e firmeza, sustentada por um poder financeiro que se baseia na constante renovação das fontes de receitas – o que inclui defender os interesses do clube nas relações vigentes e em buscar novas fontes – o Palmeiras poderá se manter forte.

Se a rota perdida não for rapidamente corrigida, os excepcionais profissionais que hoje defendem nossas cores na Academia de Futebol naturalmente se transferirão para clubes compatíveis com seus potenciais.

E sem os sustentáculos de nosso sucesso recente, voltaremos para o status dos anos 2000; quem hoje apenas surfa em nosso sucesso sem ligação emocional com o uniforme verde e branco saltará do barco e só restará a torcida, novamente, para carregar a paixão nas costas, em mais um processo de reconstrução.

É um filme repetido, que por aqui sempre teve final feliz, mas que não convém passar muitas vezes, porque quando der errado de verdade, pode ser um caminho sem volta. Não podemos sair do ciclo virtuoso, atingido após uma construção tão difícil, para voltarmos ao vicioso.


O Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.

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Sávio Pereira Sampaio apita Fortaleza x Palmeiras pela Copa do Brasil

Savio Pereira Sampaio em jogo do Palmeiras contra o Red Bull Bragantino, durante partida válida pela sexta rodada do Brasileirão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Árbitro de 37 anos, Sávio Pereira Sampaio esteve envolvido em polêmica no último jogo em que apitou do Palmeiras

Depois de abrir a vantagem de 3 a 0 com a vitória no Allianz Parque, o Palmeiras volta a enfrentar o Fortaleza pela Copa do Brasil na noite desta quarta-feira, em jogo que será disputado no Castelão, às 19h. Tetracampeão da competição, o Verdão busca avançar para as quartas de final após duas temporadas.

Para o confronto, a CBF designou Sávio Pereira Sampaio, de 37 anos, como árbitro principal. O juiz terá como auxiliares Bruno Raphael Pires (assistente 1) e Eduardo Gonçalves da Cruz (assistente 2), além de Luiz Cesar de Oliveira Magalhães, o quarto árbitro. No VAR, o responsável será Wagner Reway.

O último jogo apitado por Sávio do Palmeiras foi empate em 1 a 1 com o Red Bull Bragantino, pelo Brasileirão. Na ocasião, os palmeirenses saíram do confronto reclamando do juiz por conta de um pênalti de Cleiton em Endrick. No lance, o juiz apitou que o atacante palmeirense havia colocado o braço na bola no início da jogada – porém, nas imagens é possível ver que quem toca na bola é o goleiro adversário.

Retrospecto de Sávio Pereira Sampaio em jogos do Palmeiras

Árbitro do quadro da Fifa, Sávio Pereira Sampaio tem nove jogos apitados do Palmeiras no currículo. O retrospecto do Verdão com ele à frente das partidas é de 63%: cinco vitórias, dois empates e duas derrotas. Clique aqui e confira o histórico.

Wagner Reway, o VAR, já comandou a tecnologia em 16 partidas do Verdão em sua carreira, sendo a última vez no clássico contra o Santos pelo Brasileirão deste ano, que terminou empatado em 0 a 0. Veja aqui também todos os jogos do Palmeiras com ele na arbitragem de vídeo.

Palmeiras rebate nota da Fenapaf que pede punição a Abel Ferreira: “Oportunista”

Palmeiras emite nota oficial sobre casos de cambismo; clube estuda a implementação de tecnologias e contrata auditoria.
Reprodução

Através do site oficial, o Palmeiras também comunicou que a entidade “não tem autoridade, tampouco representatividade

No começo da tarde desta quarta-feira, o Palmeiras, através do site oficial, repudiou a nota da Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) que pede para que o STJD puna o técnico Abel Ferreira, por conta das atitudes do treinador à beira do campo.

O clube chamou de “oportunista” a nota da entidade e afirmou que a Fenapf “não tem autoridade, tampouco representatividade” para realizar tal cobrança, além de ressaltar a contribuição que o comandante vem trazendo para o futebol brasileiro. Vale destacar que a Federação não procurou nenhum atleta do Palmeiras.

O técnico Abel Ferreira e sua comissão técnica chegaram ao Palmeiras em novembro de 2020 e, desde então, conquistaram sete títulos: Copa do Brasil (2020), Libertadores (2020 e 2021), Recopa Sul-Americana (2020), Campeonato Paulista (2022), Campeonato Brasileiro (2022) e Supercopa do Brasil (2023).

Confira na íntegra a nota do Palmeiras:

A Sociedade Esportiva Palmeiras e os atletas profissionais do clube vêm a público repudiar a oportunista manifestação da Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) contra o treinador Abel Ferreira.

A entidade não tem autoridade, tampouco representatividade, para cobrar punições por atos ocorridos no campo de jogo e, portanto, passíveis de avaliação por parte da arbitragem. Cabe ressaltar que a Fenapaf nem sequer consultou os atletas do Palmeiras sobre esta iniciativa.

Apoiamos o nosso técnico, que tanto vem contribuindo com o desenvolvimento do futebol brasileiro, e não aceitaremos qualquer tentativa de diminuí-lo, quanto mais de macular as nossas conquistas alcançadas com dedicação e suor.

Pedimos que a Fenapaf, em vez de se preocupar com o comportamento de um profissional íntegro, dedique-se a melhorar a situação dos milhares de atletas de futebol espalhados pelo país que, lamentavelmente, não encontram condições ideais para trabalhar.