Em um primeiro momento, o lance tinha sido registrado para Zé Rafael. Entretanto, a comissão de arbitragem da CBF revisou a jogada e solicitou que o juiz realizasse a correção. A alteração no documento ocorreu na noite de terça-feira.
O gol aconteceu aos 21 minutos do segundo tempo. Após escanteio cobrado por Gustavo Scarpa, Zé Rafael fez o movimento da cabeçada e a bola desviou em Murilo antes de balançar às redes de Pegorari.
Ao final da partida, a dupla brincou sobre quem deveria receber o crédito. “O gol é meu, se quiser roubar, ele [Murilo] está de sacanagem, nem viu a bola”, disse o camisa 8. “Pra mim, o gol foi do Zé porque ele faz o movimento”, acrescentou Murilo.
Murilo zagueiro-artilheiro
Com a alteração, Murilo anotou seu primeiro gol no Brasileirão e chegou a oito na temporada, consolidando-se assim como o quinto maior goleador do time no período. Completam a lista: Gustavo Gómez (9), Gustavo Scarpa (10), Raphael Veiga (19) e Rony (20).
🟢 Murilo contra o Juventude:
◉ 50/52 passes certos ◉ 2 finaliz certas ◉ 1 gol ◉ 2 desarmes ◉ 1 lançamento certo ◉ 2 viradas de jogo ◉ 6 rebatidas ◉ 0 faltas cometidas ◉ 0 perdas de posse
ℹ️ Melhor da partida com 7,7 pelo Índice Footstats
O registro do gol para o camisa 26 fez também que subisse para 18 o número de gols marcados pelos zagueiros palmeirenses em 2022 (Murilo, Gómez e Luan), o que representa 16% dos tentos do Verdão na temporada.
Em coletiva, Abel mostrou total indignação com a arbitragem de Esteban Ostojich
O técnico Abel Ferreira não poupou críticas à arbitragem de Esteban Ostojich, após a queda do Palmeiras na semifinal da Libertadores. O comandante reclamou, principalmente, da não expulsão de Alex Santana, que no primeiro tempo acertou uma cotovelada no rosto de Rony.
“Sentimento é de revolta. É isso o que nós estamos sentindo. Nossa equipe com 10 [jogadores] fez tudo. Ao que controlamos, parabéns aos meus jogadores. Isto é brincar com nosso trabalho, e não podemos brincar quando temos o acesso às imagens por VAR. Isto me custa. Não vou dizer o que estou a pensar”, disse Abel.
O Palmeiras abriu o placar aos 3 minutos, com Gustavo Scarpa, e no início do segundo tempo chegou ao 2 a 0, com Gustavo Gómez, resultado que levaria o Verdão à final. Entretanto, o Athletico-PR, jogando com um a mais (Murilo foi expulso no final da primeira etapa), descontou com Pablo e empatou com David Terans.
“É um golpe [a eliminação]. Vai testar nossa resiliência pela forma que foi. É duro, mas já levamos pancadas. Saímos da Copa do Brasil da forma que foi e agora temos de seguir nosso caminho. Não merecíamos ser traídos da forma que fomos. Hoje fomos traídos, pelas costas”, complementou o treinador, que evitou falar em intenção do árbitro.
“O que posso dizer é que meus jogadores precisam estar em paz. Não faço a mínima ideia se há intenções [do árbitro], mas vocês viram como eu vi. Duas equipes que jogaram muito bem. Parabéns ao Athletico-PR, mas houve uma equipe que não esteve no nível das duas equipes, e teve influência direta no resultado”, declarou.
“Eu acredito que são erros, somos todos humanos, cometemos erros. Da forma como foi, é duro. Há dias assim, e hoje o árbitro teve um dia mau. Não posso acreditar em mais nada. Gostaria que o árbitro fosse ali no vestiário falar com meus jogadores, só isso. Se o VAR viu o mesmo que eu vi, é a primeira vez na história que vi um amarelo para uma agressão. Mas não vou me alongar nisso. Nunca vi amarelo por agressão. Nossa expulsão acho justa”, concluiu.
Foco no Brasileirão
Sem a Libertadores para disputar, o Palmeiras direciona o foco ao Campeonato Brasileiro, torneio no qual lidera, com 51 pontos, sete à frente do segundo colocado, o Flamengo. Neste sábado, o Verdão recebe o Juventude, no Allianz Parque, em partida válida pela 26ª rodada.
Fabio Menotti
“A única obrigação que todos temos é dar o melhor de si em cada departamento, deixar tudo. Esse foi o único pedido que fiz desde quando cheguei ao clube. Isso é o que temos de fazer. O resto é consequência, os títulos e as derrotas são consequências, assim como a alegria e as frustações”, disse o treinador sobre a responsabilidade de vencer o Brasileirão.
“Todos os guerreiros têm cicatrizes. Esta vai ser uma. Neste ano temos duas muito profundas e as que vêm pelas costas doem mais. Mas felizmente temos um bom departamento médico, que cura nossas feridas. Vamos fazer isso com todas as nossas forças, com toda a nossa confiança. E eles vão lembrar para a eternidade. Eles têm confiança uns nos outros, respeito entre eles e amizade entre eles. Isto, para mim, é amor.
Veja outros trechos da entrevista de Abel Ferreira
Elogio aos jogadores
“Não me canso de dizer que é uma honra e um orgulho ser o treinador destes jogadores. Agora é só levantar a cabeça, ir para casa em paz, descansar e seguir a vida. No futebol, às vezes vamos ganhar, em outras vamos perder. Mas a atitude tem que ser a mesma e hoje tivemos. Os torcedores reconheceram”.
Parte física
“Vamos falar de fatos. Viram nossa equipe cansada? Hoje houve fatores extra da nossa competência que prejudicaram e muito a nossa performance. E muito. Erros graves. O negócio é esse. Estávamos fresquinhos com 11, com 10 e fizemos tudo que tínhamos de fazer. Nas férias vamos descansar. É assim, igual para todos, mas hoje estávamos fresquinhos e com ambição de estar na final. Não conseguimos na nossa capacidade enquanto equipe.
Análise do time com 1 a menos
“Fechamos no 4-4-1, com menos um jogador não havia outra forma. Ainda chegamos ao 2 a 0 e fizemos uma alteração normal, porque o Rony fecha melhor o corredor e o Dudu nos dá muita saída. Os jogadores fizeram tudo que teriam de fazer, o Menino teve nos pés o 3 a 1, mas tivemos um oponente extra. Gostaria de sair limpinho, mas não sai limpinho. Os jogadores não mereciam sair da competição desta maneira. Eles cumpriram o que tinham de cumprir, acertamos as agulhas no intervalo. Invertemos o Dudu e o Rony. Tudo correu como planejamos. Só que houve um fator extra que não controlamos e que infelizmente hoje foi muito, muito mal.
Neste sábado, às 19h, o Verdão visita o Red Bull Bragantino, em partida válida pela 25ª rodada. A definição da equipe de arbitragem para essa partida ocorreu na noite de quinta-feira pela CBF, com a escalação do paulista Raphael Claus, de 42 anos, como juiz principal – o último jogo do Palmeiras apitado pelo árbitro foi a vitória por 1 a 0 sobre o SCCP, em Itaquera.
Danilo Ricardo Simon Manis e Rodrigo Figueiredo Henrique Correa, ambos do quadro da Fifa, serão os assistentes de Claus, enquanto Ilbert Estevam da Silva será o quarto árbitro. O responsável pelo VAR será Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral.
O retrospecto palmeirense com Claus no apito é de 54% de aproveitamento: 17 vitórias, sete empates e 12 derrotas. Clique aqui e veja o histórico completo.
O Palmeiras enfrentará o Red Bull Bragantino com mudanças em relação à equipe que enfrentou o Athletico-PR na última terça-feira. Danilo e Gustavo Scarpa, que estiveram de fora, voltarão ao time, enquanto Raphael Veiga será ausência devido uma entorse no tornozelo direito.
Filiado à Federação Catarinense, Bráulio já foi acusado por Abel Ferreira de mentir em súmula
A CBF divulgou na tarde de quinta-feira a escalação da equipe de arbitragem para o duelo entre Fluminense e Palmeiras, que ocorre sábado à noite no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro.
Na ocasião, Bráulio expulsou o treinador e relatou xingamentos na súmula. Em audiência no STJD, contudo, Abel se explicou e afirmou ser falso o que foi escrito pelo árbitro no documento. “Puramente mentira as expressões que o árbitro disse [..] o que ele escreveu é falso”, declarou o técnico. O comandante acabou sendo absolvido.
Os assistentes do juiz para o confronto de sábado serão Bruno Boschilia, do Paraná, e Bruno Raphael Pires, de Goiás; os dois integram o quadro da Fifa. Rodrigo D’Alonso Ferreira será o responsável por comandar a arbitragem de vídeo (VAR).
Retrospecto de Bráulio em jogos do Palmeiras
Árbitro Fifa desde 2019, Bráulio apitará seu vigésimo jogo do Palmeiras na carreira – o último foi a vitória palmeirense por 1 a 0 sobre o América-MG, em Belo Horizonte. O retrospecto do clube com ele no apito é positivo: 11 vitórias, 4 empates e 4 derrotas (65% de aproveitamento). Clique aqui e veja todo o histórico do juiz em partidas do Verdão.
Líder do Brasileirão com 49 pontos, o Palmeiras enfrenta o segundo colocado pela terceira rodada consecutiva. Atualmente, a equipe mantém oito pontos de distância para o Fluminense.
A Copa do Brasil teve sequência na noite de quarta-feira, e o SCCP e o Flamengo conseguiram vantagens para os jogos de volta das semifinais – os cariocas, uma imensa vantagem. Pior para Fluminense e SPFC, que nem deveriam estar disputando esta fase.
Depois do SPFC eliminar o Palmeiras graças à arbitragem criminosa de Leandro Vuaden e de seu VAR, foi a vez do Fluminense ser escandalosamente beneficiado pelos apitadores no duelo com o Fortaleza, quando vergonhosamente ganhou um pênalti de presente, em lance claramente fora da área – as imagens não deixam dúvida. A questão que fica é: como é que o VAR conseguiu interpretar este lance como dentro da área?
Jogador do Fortaleza comete falta fora da área, mas por algum motivo VAR e árbitro viram pênalti nisso a favor do Fluminense. BIZARRO.
VAR Fail ❌
AUTORES 🙋🏻♂️Wilton Pereira Sampaio 📺Pablo Ramon G. Pinheiro
O fato é que os dois times que nem deveriam estar nas semifinais da Copa do Brasil estão em vias de serem eliminados, numa espécie de justiça tardia. Que de justa, não tem nada, já que sairão da competição com os bolsos muito mais cheios do que deveriam. Entre rendas e premiações, o SPFC, time pelo qual torce o chefe da arbitragem Wilson Seneme, terá embolsado mais de R$20 milhões imerecidos para tentar acertar sua caótica situação financeira, influenciando as próximas temporadas do futebol brasileiro.
O mais irônico de tudo isso é que os times que devem chegar às finais são os que chegaram até esta fase de forma “limpa”, mas que historicamente trazem toneladas de sujeira no que diz respeito à associação com as arbitragens do país.
Arbitragem mancha mais um campeonato
A Copa do Brasil de 2022 junta-se à de 2002, aos Brasileirões de 1974, 1995, 1997, 2005 e 2017 e aos estaduais de 1971, 1977 e 2018 como um dos campeonatos mais manchados de todos os tempos.
O trabalho feito na Academia de Futebol do Palmeiras merecia mais. Chegar às semifinais da Copa do Brasil e ter o direito de disputar o quinto título era o mínimo que este grupo merecia – e as rendas e premiações que viriam no pacote seriam justas para ajudar a pagar a conta de um trabalho sério e bem feito.
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Erros de arbitragem acontecem, a favor e contra. Faz parte do futebol; o VAR chegou há 4 anos para fazer com que os erros grosseiros sejam evitados. Mas o Palmeiras segue sendo seriamente prejudicado por erros no protocolo de uso do VAR. Não traçar linhas para verificar impedimento gerou um pedido de desculpas da CBF ao Palmeiras. Anderson Barros falou grosso mas não adiantou nada: poucas semanas depois, um jogo foi reiniciado sem a checagem do pênalti. “Agora já foi!”
Tivemos que ver resignadamente as atenções e os festejos do mundo do futebol se dividirem entre o time do STJD, o da RGT, o da FPF e o da Comissão de Arbitragem. Quem acompanha futebol há bastante tempo sabe que assistir a jogos decisivos do sofá faz parte do jogo – mas da forma que foi, gera um sentimento de revolta.
O que o Palmeiras pode fazer para que esse tipo de coisa deixe de ser recorrente? Como deixar de ser tratado como o paga-lanche da turma?
Ser menos ingênuo em campo ajuda, mas traz comportamentos que esportista nenhum se orgulha: fazer mais cera, mais antijogo, quebrar contra-ataques com faltas, fazer bolinho na arbitragem – tudo o que nossos adversários fazem sem a menor desfaçatez.
Trabalho nos bastidores é a resposta mais comum, mesmo que ela tenha um significado bastante obscuro. Ninguém define formalmente o que é esse tipo de atividade. Afinal, se esse trabalho é feito por trás das cortinas, é porque deve ter algo envolvido que não é bonito.
Queremos ganhar assim?
Por outro lado, queremos ser a eterna virgem do prostíbulo?
Pra que lado corremos?
Ser torcedor no futebol brasileiro é um desafio à lógica e às convicções.
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A grandeza do Palmeiras, que, ainda assim, é o maior campeão do futebol brasileiro, mantém a paixão acesa. Contra tudo e contra todos, o palmeirense segue de braços dados com o time. Ironicamente, a eliminação precoce na Copa nos deu algumas boas contrapartidas esportivas para lutar pelo Brasileirão e pela Libertadores, com as folgas no calendário.
E mesmo em momentos tão melancólicos quanto a noite de quarta-feira, ainda nos restou ter pequenos prazeres, como ver a torcida do SPFC reclamar de roubo e lamentar a ausência de Leandro Vuaden no apito.
O Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.