Leila Pereira abre jogo sobre concorrência para o patrocínio, afirma que não há conflito de interesses e comenta reforços

Leila Pereira abre jogo sobre concorrência para o patrocínio, afirma que não há conflito de interesses e comenta reforços.
Reprodução/TV Palmeiras

Em mais de uma hora de coletiva, Leila Pereira destacou que vai abrir concorrência e quem irá decidir o próximo patrocinador será o COF

Leila Pereira concedeu, na tarde desta terça-feira, mais de uma hora de coletiva de imprensa na Academia de Futebol. Respondendo a perguntas feitas somente por jornalistas mulheres, que estavam presentes no CT, a mandatária respondeu sobre patrocínio, reforços, bastidores da renovação de Abel Ferreira, entre outros assuntos.

Abaixo, confira as principais respostas da presidente do Palmeiras.

Trechos da coletiva de Leila Pereira:

– Patrocínio

“Estamos há nove anos patrocinando o Palmeiras e a última renovação foi feita com o Maurício Galiotte. E se ele renovou é porque no mercado não havia um patrocínio melhor. Este ano vamos abrir uma concorrência e ver quem oferece mais. Mas é preciso ser uma empresa idônea, não adianta vir falar de valores astronômicos sem mostrar o contrato. O patrocínio da Crefisa/FAM vai continuar até dezembro de 2024 neste valor e vamos abrir concorrência. Se as empresas [comandadas por Leila] tiverem o interesse de cobrir as propostas, quem vai decidir é o COF. Mas o que interessa são os valores fixos, não as variáveis”.

“Não falei do SCCP, não falo de outras instituições. Me perguntaram. Mas ratifico: está confirmado esse valor? Depositam esses valores na conta? Falo de fatos. Aparecem empresas querendo patrocinar o Palmeiras, mas quando peço para analisarem, não têm capacidade para honrar. Não vou assinar contrato pra ficar mostrando pra imprensa, bonito para o torcedor. Não vou entrar nessa pilha. Não vou mostrar patrocinador que eu não sei se tem capacidade de honrar com os valores”.

“Não há conflito de interesse quando você patrocina e quando é presidente. Até fui olhar o código de ética da CBF. Crefisa e FAM só colocam dinheiro no Palmeiras, não tiram nada”.

– Futebol feminino

“A cada ano estamos melhorando nossa estrutura no futebol feminino. Estamos negociando um novo patrocinador, ainda não há nada assinado. Vamos ter esse ano a categoria Sub-20. Mas o grande problema ainda é a questão de investimento. Não ganhamos nada de direito de transmissão. Temos que lutar. Constantemente temos melhorado, as jogadoras ficam em Vinhedo, estou sempre em contato com o nosso diretor [Alberto Simão]. Passo a passo vamos melhorar”.

– Futuro

“O Palmeiras é administrado como uma empresa. As pessoas trabalham aqui porque são competentes. Não há corporativismo ou indicação política na Academia de Futebol. Temos um direcionamento e não vamos mudar. Entendo o torcedor, ele quer ganhar sempre, mas às vezes não é possível. Não vou contratar porque a imprensa ou o torcedor estão pressionando. Recebi críticas muito duras e não vejo problema, prefiro deixar os atletas e o treinador trabalhando”.

– Renovação de Abel Ferreira

Abel Ferreira durante treinamento do Palmeiras na Academia de Futebol.

“Nosso desejo é manter o Abel o maior tempo possível. Acredito na continuidade do trabalho. Já conversei com o Abel e realmente ano passado ele estava esgotado, assim como todos nós. Foi um Brasileiro histórico. A conversa [da renovação] começou no ano passado mesmo e o nosso projeto atrai o Abel. Ele entende e nós também que temos muito mais para conquistar. Mesmo se não tivesse o Mundial de 2025, tenho certeza que ele ficaria”.

– Reforços

“Já contratamos três jogadores esse ano. E as contratações acontecem sempre com a solicitação da comissão técnica e do diretor de futebol. Estamos sempre atentos ao mercado, mas eu não contrato, isoladamente, nenhum atleta. Preciso do aval da comissão e do diretor. Do que o Abel necessitar, estaremos atentos ao mercado para suprir as carências”.

– Voltar a abrir o CT para a presença da imprensa

“Passa muito pela determinação da comissão técnica e do nosso diretor de futebol. Eles se sentem mais à vontade atendendo pontualmente os jornalistas e não abrindo como era anteriormente. Porém, tudo pode ser revisto. Aqui, quem decide sou eu, Anderson Barros e Abel Ferreira”.

Abel diz que ‘ama’ jogadores do Palmeiras e deixa futuro em aberto: “Preciso neste momento descansar”

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras, contra o Cruzeiro, durante partida válida pela trigésima oitava rodada do Brasileirão 2023, no Mineirão.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Abel tem contrato com o Palmeiras até o fim de 2024, mas sua permanência no clube ainda é incerta

“Eu amo esses jogadores, são minha segunda família. Gosto realmente desses caras”, assim começou Abel Ferreira após mais um título pelo Brasileiro. Na noite desta quarta-feira, a equipe empatou em 1 a 1 com o Cruzeiro e conquistou o Brasileirão pela 12ª vez.

Na entrevista coletiva, Abel falou da trajetória do Palmeiras até levantar o troféu, principalmente após a queda na Libertadores.

“Não posso falar só da arrancada final, porque os pontos que fizemos no começo também são importantes. É uma competição de pontos corridos, de consistência, é uma maratona. Nesta competição ganhou a equipe que foi capaz de lidar melhor com os momentos de dificuldade. Foi a equipe que não desistiu. Lembro de estarmos 14 pontos atrás, tivemos uma reunião com os jogadores e traçamos dois objetivos: um de resultado, que era lutar pelo título, e outro que era pelo nosso orgulho, nosso caráter. Mais do que tudo, era trazer isso. Quanto mais tu ganhas, mais sobe o sarrafo”, disse.

“As expectativas que criamos acabam por ser as nossas inimigas, somos vítimas do próprio sucesso. Não sei se os torcedores estão preparados para que esse treinador perca. Um mês atrás deu pra ver o quanto o futebol pode ser tão grato e ingrato. E este grupo de trabalho merece que os nossos torcedores os respeitem sempre. Jogamos mal alguns jogos sim, mas nunca teve falta de empenho. Ultrapassamos os limites, fomos resilientes”, acrescentou.

“Falei com os nossos jogadores quando passamos à frente para eles se colocarem um pouquinho no lugar do Botafogo, o quanto aquela equipe estava a sofrer. A competição é assim mesmo, mas fomos o time mais preparado para lidar com as adversidades. Fomos os justos vencedores”, complementou.

No Palmeiras desde novembro de 2020, Abel chegou ao 9º título pelo Verdão e se firmou ainda mais entre os maiores técnicos da História do clube.

Abel não garante permanência

Além do título, outro assunto que dominou a coletiva de Abel foi sobre sua permanência no ano que vem. O treinador tem contrato com o Palmeiras até o final de 2024, mas mesmo assim deixou o futuro em aberto.

“Dia 17 [de janeiro] estamos a competir outra vez e eu tenho que pensar, assim como eu fiz depois da primeira e da segunda Libertadores. Tenho contrato e os contratos são para se cumprir. Mas também já disse que estou cansado, são três anos seguidos. Quanto mais ganhas, maior é a exigência. Mais energia eu preciso dar aos outros. Ano que vem será pior ainda, não vamos ter descanso, terá a Copa América, jogos de dois em dois dias… não sei se terei energia o suficiente para dar a esses jogadores o que eles me deram. Preciso neste momento é descansar, desfrutar da minha família, repousar a minha cabeça”, disse.

“O que eu digo aos nossos torcedores é para desfrutarem desses títulos, nunca o Palmeiras ganhou tanto em pouco tempo. Seja qual for a decisão, será o melhor para todos. Há um contrato e contratos precisam ser cumpridos. Mas eu preciso descansar a mente e a decisão pode ser ir pra casa. Ao contrário dos últimos anos, desta vez, eu vou decidir o que for melhor para a minha família, não o que for melhor pra mim”, complementou.

Abel revela papo fundamental com os jogadores antes de arrancada e pede melhoria do gramado

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Fluminense, durante partida válida pela trigésima sétima rodada do Brasileirão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Abel conversou com os atletas quando Palmeiras estava 14 pontos atrás do Botafogo

Antes de vencer o Coritiba, em 22 de outubro, Abel Ferreira e os jogadores tiveram uma conversa que foi fundamental para a arrancada da equipe em busca do título Brasileiro. À época, o Verdão estava 14 pontos atrás do Botafogo.

“Disse aos jogadores duas coisas. Estávamos 14 pontos atrás. Disse a eles que, se largassem, eu seria o primeiro a largar. Se eu sentisse que eles largariam [o campeonato], eu largaria. Essa foi a primeira. E a segunda foi que vos disse: temos uma oportunidade de sair daqui, eu como melhor treinador e vocês como melhores jogadores. São estes momentos que podem nos fazer crescer e retornar ainda melhores, e acho que eles entenderam o que quis dizer”, revelou o treinador, em pergunta feita pelo Verdazzo na entrevista coletiva.

“Eu não tinha sentido que eles tinham largado, mas com 14 pontos atrás o natural seria pensar que não havia mais o que fazer. Também sempre disse que temos uma identidade, um caráter, esta equipe tem uma história neste clube. Foram essas duas frases, que eles conseguiram entender, e isso me enche de orgulho”, complementou.

O Palmeiras mudou as dinâmicas desde a partida contra o Coritiba. Endrick e Breno Lopes começaram a ser a dupla de ataque, com mais um zagueiro na linha defensiva. São sete vitórias nos últimos nove jogos.

“A gente não é uma equipe que [os outros] conseguem criar rótulos ou só dar um destaque, isso me enche de orgulho. Se este time tirar a camiseta, mesmo assim todos sabem que é o Palmeiras a jogar. Conseguimos uma identidade”, disse.

“Houveram muitas dores de cabeça [com as lesões de Menino e Dudu], claro que quem está sentado no sofá tem sempre a solução, mas eu mexi várias vezes e perdemos mesmo assim. O problema não estava nem no lado direito e nem no lado esquerdo, sei onde estava o problema, mas não vou revelar. Não fui capaz de fazer aquilo que deveria ter feito de forma antecipada. O problema no lado esquerdo foi difícil de resolver, tentamos o Artur, outras soluções. Mas encontramos também a melhor posição para o Endrick”, acrescentou Abel.

O Palmeiras está três pontos à frente dos concorrentes, faltando uma rodada para o final do Brasileirão. O último jogo será diante do Cruzeiro, no Mineirão, quarta-feira às 21h30.

Abel faz duras críticas ao gramado do Allianz Parque

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Fluminense, durante partida válida pela trigésima sétima rodada do Brasileirão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Na coletiva, Abel Ferreira também fez duras críticas ao gramado do Allianz Parque e pediu para que seja trocado para o ano que vem.

“Já que dizem que sou chato, digo que este gramado tem que ser trocado urgentemente. Não quero saber quem vai pagar, se a WTorre ou o Palmeiras, não quero saber. Este gramado não está em condições de continuar a jogar futebol, neste momento é um risco para lesões de jogadores. Se eu tivesse no lugar do Diniz, teria feito exatamente o que ele fez [jogou com time alternativo]”, disse.

“Espero que no próximo ano troquem esse gramado, que seja como estava quando eu cheguei. Atrás de uma crítica tem que vir um elogio, porque é assim, então agradeço a nossa direção e à WTorre, que acharam uma solução para jogarmos na nossa casa, nosso chiqueiro, onde temos que jogar. Só me sinto em casa aqui, em outros lugares é como jogar fora. É o que tenho a dizer. Vai uns elogios no meio e umas exigências, mas este gramado precisa ser trocado urgentemente”, complementou.

O treinador reiterou que não quer que seja trocado para um gramado natural, apesar de preferi-lo. Porém, pediu melhorias.

“Cícero [Souza, gerente de futebol] sabe como sou exigente. Se querem melhorar as condições do futebol brasileiro, há duas coisas que urge fazer: descanso mínimo de três dias para jogar no quarto, e a qualidade do gramado, sintético ou não. Este gramado (quando está) top, é bom. O Palmeiras não consegue ter aqui um gramado natural, porque entendo que os shows são, sim, uma receita. Se perguntarem, é claro que prefiro o gramado natural, mas não dá para ter aqui”, disse.

“O que não podemos é ter um gramado cheio de coisinhas do espetáculo que fizeram da Taylor Swift, a quantidade de bebidas e tudo mais que deve cair ali dentro. O futebol brasileiro é muito intenso e exigente, e os espetáculos também. Se eram dez anos de garantia, isso então era na Holanda, onde jogam a cada 15 dias sem a poluição de São Paulo, os espetáculos daqui, os jogos todos aqui. Infelizmente a garantia não é de dez anos. Não tem mais como jogar aqui. Se jogar, vêm as lesões. Se vierem as lesões, eu avisei”, concluiu.

Fica ou não fica?

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Fluminense, durante partida válida pela trigésima sétima rodada do Brasileirão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

“Não vou comentar especulações, vocês sabem como é o futebol brasileiro. Já falei ao longo do ano, tem várias especulações, é normal. O mais importante é o jogo mais importante do ano, queremos carimbar este título, porque neste momento não somos campeões e queremos muito ser”, disse.

“Na primeira ou na segunda Libertadores disse que ia parar e refletir, como faço todos os anos. Já disse outras vezes que estava de saco cheio, e isso não é mentira nenhuma. É difícil fazer jogos e viagens a cada três dias, ter entidades do futebol brasileiro que insinuam que você é isso ou aquilo, acham que isso é fácil? São três anos, não três dias. Todos os anos, chego ao final, tenho um relatório pronto do que pedi no ano anterior, o que aconteceu e o que penso que será o futuro do clube. Este relatório está pronto para ser entregue. É muito desgastante ser treinador no futebol brasileiro, mas eu não sou ingrato e tenho contrato”, concluiu.

Vitor Castanheira explica titularidade de Breno Lopes e elogia Palmeiras em goleada: “agressivo e dinâmico”

Vitor Castanheira em jogo do Palmeiras contra o América-MG, durante partida válida pela trigésima sexta rodada, do Brasileirão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Vitor Castanheira ressaltou as qualidades sem bola de Breno e minimizou gol perdido

Substituindo Abel Ferreira que estava suspenso Vitor Castanheira comandou sua primeira vitória do Palmeiras à beira do gramado. Após os 4 a 0 sobre o América-MG, que manteve o Verdão na liderança do Brasileirão, o auxiliar concedeu entrevista coletiva e começou respondendo sobre Breno Lopes.

O camisa 19, titular desde a vitória sobre o Coritiba, desperdiçou uma chance clara no segundo tempo e teve sua titularidade questionada na entrevista.  

“Ele entrega muita coisa”, respondeu de forma direta Castanheira. “Vocês só olham para o erro e o erro é muito mais fácil de enxergar. Agora o esforço, a dedicação, o correr para trás, isso ninguém olha. Porque a maioria só enxerga o jogador com a bola no pé. Ninguém mais que o Breno ali queria fazer o gol, não tenho dúvidas. Isso acontece com todos os jogadores, às vezes estão mais eficientes, às vezes não. Mas a dedicação sempre está lá, isso que se deve enaltecer”, complementou.

O auxiliar também respondeu sobre a mudança tática do Palmeiras para o confronto. Sem Mayke, Gómez e Luan, o Verdão foi a campo com uma linha com quatro defensores. Para Castanheira, no entanto, a formação não é importante, e sim as dinâmicas.

“Não falo sobre mudança de sistema. O mais importante para nós são as dinâmicas da equipe. E hoje o time esteve agressivo, foi dinâmico, buscou a vitória e conseguiu uma vitória expressiva. Conseguimos os três pontos que eram fundamentais”, disse.

Abel Ferreira volta ao comando do time na partida de domingo, frente ao Fluminense, no Allianz Parque. Com 66 pontos e na liderança do Brasileirão, o Palmeiras depende apenas de si para conquistar mais um título nacional.

Confira outras respostas de Vitor Castanheira

– Virtudes do time

“As virtudes dessa equipe são evidentes para todos, é um time que trabalha, que não desiste e faz de tudo. Não vamos ganhar sempre, não há equipe do mundo que consiga. Mas, o que esses jogadores fazem diariamente, nós e a torcida só podemos sentir orgulho”.

– Momento

“Por isso que o futebol é mágico. Há um mês nós estávamos fora e isso só demonstra a resiliência e a dedicação que estes atletas fazem diariamente, desde que a gente chegou aqui. Isso é evidente. Não vamos ganhar todas, mas competimos em todas as competições. É o que temos feito. Não controlamos o que os outros fazem, só o que nós fazemos. E é isso que vamos fazer nesta reta final”.

– Conversa com Abel e João Martins antes do jogo

“Esta comissão técnica trabalha junto há oito anos. A sinergia e o conhecimento entre nós fazem com que só com um olhar nós já sabemos o que tem de ser feito. O plano de jogo foi feito e foi executado na perfeição. Coube a mim estar ali de pé [à beira do gramado] porque o Abel e o João não podiam, mas as dinâmicas foram exatamente iguais às que fazemos nos outros jogos”.

Abel distribui elogios à comissão técnica e aos jogadores após empate com um a menos

Abel Ferreira em jogo pelo Palmeiras contra o Fortaleza, durante partida válida pela trigésima quinta rodada do Brasileirão 2023, no Castelão.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

“Ficou bem evidente a atitude de campeão”, disse Abel depois de empate heroico

Tranquilo e sorridente, o técnico Abel Ferreira distribuiu elogios após o empate do Palmeiras em 2 a 2 com o Fortaleza. Na entrevista coletiva, o comandante voltou a falar em sentimento de orgulho pelos atletas, parabenizou sua comissão técnica e enalteceu o adversário.

“Viemos jogar na casa de uma equipe que é modelo, que tem boa gestão. Dou-lhes os parabéns pela trajetória na Sul-Americana. Do mesmo modo, parabenizo os meus jogadores. Ficou bem evidente a atitude de campeão que essa equipe tem. Num campo difícil, adversário difícil, gramado pesado. O goleiro deles esteve forte nas transições. Mas, acima de tudo, o meu maior orgulho é a atitude deste time”, disse o treinador.

“Não sei se o Palmeiras tem o melhor treinador do mundo, mas tem os melhores assistentes do mundo. Quero dar os parabéns à minha equipe técnica, nós debatemos muito, vemos bastante futebol. Conversamos hoje sobre o jogo e é importante que toda equipe esteja em sintonia em jogos deste tipo, principalmente quando é preciso tomar decisões, como foi quando teve a expulsão do Gómez. Tomamos decisões difíceis, mas arrojadas. Novamente, parabenizo a eles porque conseguiram ajudar os jogadores”, complementou.

Os elogios de Abel se dão pelo fato de o Palmeiras, mesmo com um jogador a menos, buscar duas vezes o placar. Raphael Veiga marcou o primeiro gol e Zé Rafael anotou o tento que garantiu o empate.

“A forma que jogamos e não desistimos mesmo com um a menos. A forma que fazemos das tripas coração. Temos três finais, precisamos da ajuda dos nossos torcedores. Futebol é mágico por isso, está tudo em aberto. Independentemente do que acontecer no fim, esta equipe tem atitude de campeã”, declarou o treinador.

“Faltam três jornadas e não consigo prever o futuro. Sei o que quero, o que queremos e onde estamos. Tudo que se passou aqui representa tudo aquilo que eu vejo numa equipe, o que eu queria ver numa sociedade: cada um fazer o melhor que consegue e pode para que os torcedores sintam orgulho de nós”, acrescentou.

O Palmeiras volta a campo na quarta-feira para enfrentar o América-MG, às 21h30, no Allianz Parque.

Confira outras respostas de Abel:

– Conversa no intervalo

“Não fizemos grandes alterações em termos táticos no intervalo. Pedimos que os três zagueiros carregassem mais a bola, não só passassem porque a gente precisava criar espaços. Depois, por conta da expulsão, tivemos que mudar e era quase que tudo ou nada. Tínhamos que sair daqui com pontos”.

– Estratégia após a expulsão de Gustavo Gómez

“Naquele momento, de muita pressão, não precisa apenas da experiência, mas também da comissão técnica. Ouvir o que eles têm a dizer e ficar calmo. Fizemos duas alterações para meter mais agressividade ofensiva, mas logo veio a expulsão e tínhamos que pensar no que fazer a partir dali. Poderíamos ter perdido o jogo, mas as decisões foram no sentido de buscar o resultado. A gente poderia ter colocado o Naves de primeiro, mas preferimos pelo Vanderlan para dar largura e deixamos o Rony e o Endrick como centroavantes. Depois [do 2 a 2], fiz o contrário porque sabia que o Fortaleza iria arriscar. Tiramos o Veiga e o Endrick [colocou Fabinho e Naves]. Acredito que esse ponto pode ser importante no fim”.