Abel Ferreira dedica vitória à torcida e explica mudanças para virar o jogo contra o Barcelona-EQU

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Barcelona-EQU, durante partida válida pela fase de grupos da Libertadores 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Abel Ferreira voltou a falar em sentimento de orgulho em ser o treinador do Palmeiras

O técnico Abel Ferreira, em entrevista coletiva após a vitória do Palmeiras sobre o Barcelona-EQU por 4 a 2, não poupou elogios para a festa e o apoio que a torcida do Verdão fez no Allianz Parque. O treinador agradeceu aos palmeirenses e dedicou o triunfo aos torcedores.

“Esta equipe é a cara dos nossos torcedores. É um orgulho ser treinador desses jogadores, é um orgulho ser aplaudido por esses torcedores. Agradeço, hoje a vitória é deles”, disse Abel, que falou depois sobre o seu gesto de aplaudir a torcida após o apito final.

“Foi a forma que fiz para agradecer a energia que eles passaram para nossa equipe. O que eu sinto, os jogadores também sentem. Quando vi o nosso gol no primeiro minuto [do segundo tempo] não passou pela minha cabeça que não venceríamos. Com a energia que estava o estádio e a intensidade dos nossos jogadores, iríamos virar”, complementou.

Sobre o jogo, o treinador comentou sobre o mau início de partida do Palmeiras, que viu o adversário abrir 2 a 0, minimizou os erros nos gols sofridos e falou sobre a conversa no vestiário durante o intervalo.

“Os erros que aconteceram fazem parte. A verdade é que foi uma primeira parte que não entramos como devíamos, com intensidade. Até marcamos primeiro, mas estava impedido, e eles abriram o placar na primeira chegada. Ainda tivemos uma chance do Veiga que foi na trave, mas eles ampliaram logo em seguida”, disse.

“No intervalo, mantive a calma com os jogadores, falei com eles das coisas positivas e negativas da primeira parte. Pedi para que eles insistissem nas nossas dinâmicas pelo corredor e interior. Fizemos as alterações, arriscamos e, com qualidade, calma e intensidade, viramos o jogo”, complementou.

Abel Ferreira explica mudanças

A primeira alteração de Abel, logo no intervalo e que surtiu efeito, foi a entrada de Flaco López no lugar de Gabriel Menino. O argentino entrou para jogar atrás de Rony e ajudar na pressão e também na chegada à área. Além disso, com essa movimentação, Raphael Veiga foi deslocado para jogar vindo mais de trás.

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Barcelona-EQU, durante partida válida pela fase de grupos da Libertadores 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

“Quando estamos a perder não podemos manter a mesma estrutura, temos que mexer, mudar as dinâmicas. O López entrou e sabia que tinha a função de igualar a pressão na frente. Bater os nossos 4 atacantes nos 4 defensores, sem bola; e quando a bola passasse, tinha que ser o terceiro médio. Com bola ele tinha que chegar por trás do centroavante para termos mais jogadores dentro da área”, explicou.

“O Veiga tem essa característica de meia construtor, que liga o jogo. Tem passe de ruptura e largura. Depois que você está perdendo por 2 a 0, tem que arriscar mais e olhar para as características que o jogador tem. Optamos por deixar o mais fixo para equilibrar a equipe. Obviamente com a entrada do López e a mexida no Veiga nos daria mais risco, mas também mais presença na área. Somos uma equipe que olha para o jogo e faz o que ele está pedindo. Tínhamos que buscar o resultado e arriscamos”, finalizou.

O Palmeiras retorna aos gramados no próximo domingo para enfrentar o SPFC, pelo Campeonato Brasileiro, no Morumbi. Depois do Choque-Rei, o Verdão terá 10 dias sem jogos e só voltará a jogar no dia 21, contra o Bahia, na Arena Fonte Nova.

Abel elogia ‘caráter’ do Palmeiras contra o Coritiba e explica escolha por Luis Guilherme

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Coritiba, durante partida válida pela nona rodada do Brasileirão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Em coletiva após a vitória por 3 a 1, Abel também comentou sobre suas atitudes à beira do campo

Atual segundo colocado do Brasileirão, o Palmeiras enfrentou o Coritiba, lanterna e sem vitórias na competição, no Allianz Parque, e venceu o confronto por 3 a 1. Para o técnico Abel Ferreira, um dos principais fatores que fizeram a equipe sair com os três pontos do jogo foi a forma em que os jogadores encararam a partida.

“São jogos como esse que metem à prova o caráter da equipe, a seriedade. Era fundamental ser sério e jogar simples, e o fizemos. Às vezes há a tendência de facilitar contra equipes em que somos claramente superiores. Se tivéssemos sofrido aquele gol e o placar estivesse 2 a 0, em vez de 3 a 0, daria um aperto emocional aos jogadores. Felizmente fizemos o terceiro antes. Falei com eles no intervalo que era fundamental entrar dinâmicos em busca do terceiro”, disse o treinador, que também explicou a mudança tática na saída de bola.

“Mudamos a saída de bola hoje e usamos quatro jogadores, normalmente usamos três. Abrimos bem o jogo para que os zagueiros deles acompanhassem nossos pontas. O Dudu teve duelos interessantes com o Kuscevic, que o fizemos sair do centro para correr atrás. Poderíamos ter feito o terceiro gol mais cedo, tivemos um volume grande no último terço e poderíamos ter tido melhores decisões”, complementou.

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Coritiba, durante partida válida pela nona rodada do Brasileirão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Outro assunto na coletiva foi a escolha do treinador por Luis Guilherme de titular no lugar de Raphael Veiga, que estava suspenso. O jogador de 17 anos realizou seu primeiro jogo entre os onze iniciais como profissional.

“Às vezes deixo os jogadores fora por opção técnica, e os coloco também por isso. Ele é canhoto como o Veiga, gosta de jogar do centro para a direita. Tive dúvidas se colocaria ele ou o Jhon Jhon. Mas o Jhonatan prefere jogar centro esquerda, por isso optei pelo Luis”, explicou.

O Palmeiras chegou aos 19 pontos e está a dois do Botafogo, líder do campeonato. A equipe volta a campo pelo Brasileirão no próximo domingo, às 16h, para enfrentar o SPFC no Morumbi. Antes do Choque-Rei, contudo, o Verdão tem o compromisso na quarta-feira pela Libertadores, no Allianz Parque, contra o Barcelona-EQU.

Confira outros trechos da coletiva de Abel Ferreira

– Atitudes à beira do gramado

“Eu reparo que muita gente gosta de ter o Abel na boca. Os próprios comentaristas do último jogo só falaram dos amarelos. Sinceramente, há uma coisa que vocês têm que entender: sou um treinador intenso nas quatro linhas. Isto não vai mudar, quando mudar eu vou deixar de ser treinador. Não vai ser comentário nenhum, jornalista, meu pai ou minha mãe que vão mudar meu caráter no jogo”.

“Sou um treinador intenso. Ponto, nos 90 minutos. Fiquei muito triste no último jogo, porque quando sou expulso, não falam da consistência da equipe. Deixam de tirar o foco dos protagonistas, nossos atletas. Eles que correm, fazem o gol, eles merecem os holofotes”.

– Sequência de jogos e desgaste físico

“Não sei como pode afetar, vamos a cada jogo fazer nossa reflexão do desgaste físico dos jogadores, falar com eles, perceber sua linguagem corporal. Eles querem jogar todas, mas vamos sentir e ver o que fazer. Uns descansam por amarelos, outros por lesão, outros vou gerindo com substituições. É isto que temos feito, com muita responsabilidade, e a cada jogo entrando com máxima força”.

“Nota-se em um jogo como o de hoje, que tivemos muito volume e chegamos tanto na área do adversário, que há o cansaço dos jogadores. Eles dão tudo que têm nas capacidades físicas, mas falo também da parte mental, dos jogos consecutivos. É desgastante para jogadores na parte mental, para o treinador e para os árbitros seguramente”.

Luan

“O Luan é um dos pilares desta equipe. Se há alguém que tem todo conhecimento do jogador é o treinador. Sabemos o quanto treina, o perfil do jogador, do homem. Não adianta ter bom jogador que não agrega, quero bons jogadores que ajudem os outros a serem melhores. O Luan é bom quando joga e quando não joga, um dos que mais influencia os meninos que temos”.

“Queria saber qual equipe no Brasil, brigando pelo top-4 e mete tantos jovens quanto nós. É tudo bonito porque está tudo bem, mas quando apertar sobrará pros mais velhos. Não é quando assobiam que vamos usar os meninos. Uma das funções do Luan, por isso renovou mesmo sem jogar muito, porque o clube reconhece competências táticas, físicas, a liderança e também porque ele representa a identidade do Palmeiras”.

– Planejamentos dos jogadores que retornam da Seleção Brasileira Sub-20

“É preciso ter calma com os dois [Kevin e Giovani], só isso que eu peço. Vamos ter calma”.

– Situação de Gabriel Menino

“Quarta-feira não teremos o Richard Ríos e o Menino ainda não sei, teve que sair do jogo [com dores no tornozelo]. Temos bons jogadores no meio-campo, vamos olhar para dentro e ver o que temos. O Jailson ou o Fabinho vão jogar se o Menino não tiver condições”.

Abel Ferreira vê classificação merecida ao Palmeiras e é direto ao falar sobre corte de Endrick

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Fortaleza, durante segunda partida válida pelas oitavas de final volta da Copa do Brasil 2023, no Castelão.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Em coletiva após confronto com o Fortaleza, Abel Ferreira também falou sobre a expulsão sofrida

Em coletiva de imprensa após a classificação do Palmeiras para as quartas-de-final da Copa do Brasil, sobre o Fortaleza, o técnico Abel Ferreira parabenizou os jogadores pelo objetivo conquistado e também comentou as dificuldades encontradas pelo time no confronto no Castelão, além de voltar a criticar a organização do futebol brasileiro.

“Viemos para cá com uma vantagem boa construída em nossa casa. Sabíamos o quão difícil seria jogar aqui por várias razões: a viagem, o pouco tempo de descanso que tivemos, a qualidade do adversário e o clima muito quente, além do gramado irregular. Fomos melhores na eliminatória e merecemos a classificação. Parabéns a todos os jogadores”, iniciou Abel.

“É difícil pedir aos jogadores hoje a frescura física, o nosso adversário teve um dia a mais de descanso que nós. Chegar aqui, com este gramado, nós estávamos à frente da eliminatória, e pedir um jogo fantástico. Não podemos fechar os olhos para a realidade. Se queremos bons jogos temos que criar condições aos jogadores. Usamos todos os recursos que o clube tem. Mas aqui é assim, vamos competir, vamos jogar e é isto”, complementou o treinador, que havia sido questionado pelo desempenho do Verdão.

Com a larga vantagem construída de 3 a 0 no jogo de ida, o Palmeiras entrou em campo para se defender e administrar o resultado. No primeiro tempo, a equipe pouco atacou e realizou apenas uma finalização; no segundo, foram três chutes.

Além de falar do jogo, o treinador também comentou as mudanças na equipe titular e evitou dar muitas explicações sobre o corte de Endrick, que assistiu à partida das arquibancadas.

“Não entendo essa pergunta, já que outros jogadores do nosso elenco também já ficaram de fora. A minha função é escolher os jogadores e para esse jogo eu entendi que os centroavantes deveriam ser outros”, disse.

“Todas as trocas que fiz foram normais. Não tínhamos o Artur e o Bruno Tabata já havia jogado na partida de ida. E o Ríos no Gabriel Menino foi para que ele nos desse um pouco mais de energia porque o Menino tem jogado muito. Usamos o Veiga até o limite. Felizmente os jogadores mantiveram o controle, tínhamos hoje que nos juntar para defender. Todos que entraram também foram nesse sentido e a entrada do Naves nos deu tranquilidade e uma segurança defensiva maior”, acrescentou.

Abel Ferreira comenta expulsão

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Fortaleza, durante segunda partida válida pelas oitavas de final volta da Copa do Brasil 2023, no Castelão.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Questionado sobre o cartão vermelho recebido, Abel reclamou da falta de critério do árbitro para advertir os jogadores com o amarelo.

“Levei o primeiro amarelo por reclamar com o juiz porque houve uma falta em cima do Rony que ele não deu amarelo ao adversário. Depois disso eu falei com o bandeirinha que esperava o mesmo critério para os dois times, mas no lance seguinte ele deu o cartão ao Rony num lance de ombro. Depois levei o vermelho direto porque reclamei de uma falta em cima do Veiga. Mas o mais importante é que o Palmeiras cumpriu seus objetivos”, falou Abel, que complementou sendo irônico.

“O lado positivo é que descansarei e verei o jogo em casa, do lado da minha família, tranquilo e desfrutando da nossa equipe. Se o clube quiser estender o meu contrato nessas condições eu posso comandar a equipe de casa”, concluiu.

O Palmeiras volta a campo no próximo domingo para enfrentar o Coritiba, no Allianz Parque, às 18h30, em jogo válido pela nona rodada do Brasileirão.

Após empate em 1 a 1, Abel elogia “atitude mental e caráter” dos jogadores do Palmeiras

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Atlético-MG, durante partida válida pela oitava rodada do Brasileirão 2023, no Mineirão.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Abel também criticou o gramado do Mineirão e o uso do ângulo da câmera do VAR para anular o gol de Rony

Apesar das adversidades encontradas pelo Palmeiras no confronto contra o Atlético-MG, no Mineirão, o técnico Abel Ferreira elogiou a postura e a competitividade dos jogadores no empate em 1 a 1.

O Verdão chegou a abrir o placar com Rony mas o gol foi anulado por impedimento pelo VAR; no final da etapa inicial, viu o adversário marcar o primeiro tento do duelo. O gol de empate ocorreu no início do segundo tempo, com Dudu.

“Dou os parabéns aos meus jogadores pelo esforço que fizeram para proporcionar o melhor espetáculo possível; levando em consideração o estado do gramado, foi um bom jogo. Os jogadores adversários também se esforçaram. Foi emotivo, teve gols, dois do Palmeiras e um do Atlético-MG. Uma partida bem disputada, nem sempre bem jogada, mas os atletas se superaram”, iniciou Abel, que fez críticas ao estado do gramado do Mineirão.

“Gostei da atitude mental e do caráter da nossa equipe. Viemos aqui para ganhar a partida e buscamos isso mesmo quando estávamos atrás do placar. Jogamos contra um time que mudou um pouco a estrutura do início do ano para hoje. Estudamos muito bem os movimentos deles, dentro daquilo que é nossa forma de defender nós conseguimos, dentro do possível, bloqueá-los. Com bola buscamos impor o nosso jogo. As trocas que fiz, algumas foram por gestão física”, complementou.

Com o resultado, o Palmeiras chegou aos 16 pontos e se manteve na segunda colocação do Brasileirão. Na próxima rodada, o Verdão encara o Coritiba, no Allianz Parque. Antes deste confronto, no entanto, o clube viaja ao Nordeste para enfrentar o Fortaleza pela Copa do Brasil.

Abel comenta gol anulado de Rony

Rony disputa bola pelo Palmeiras contra o Atlético-MG, durante partida válida pela oitava rodada do Brasileirão 2023, no Mineirão.

A arbitragem de Bráulio da Silva Machado e a operação do VAR por Rodrigo D’Alonso Ferreira também foram assuntos na coletiva. O treinador palmeirense reclamou do critério adotado pelo juiz para mostrar os cartões amarelos no início do jogo e ironizou o ângulo da câmera utilizado pelo árbitro de vídeo para anular o gol de Rony.

“Tiveram algumas situações como a primeira transição do Artur que eu achei que era para amarelo e ele não deu, outra falta em cima do Veiga em que achei a mesma coisa, mas na primeira falta do Gabriel Menino ele deu o amarelo”, disse.

“Começamos muito bem, fizemos um belíssimo gol com o Rony. Fico triste porque as imagens que usaram não foram as melhores e isso já havia acontecido conosco antes [contra o Tombense], é difícil porque se não está alinhado certo, como dá pra saber se acertaram? Tenho que aceitar, há coisas que não controlo e vou focar sobretudo naquilo que controlo. No final, temos que aceitar o empate, mas fizemos dois gols”, concluiu Abel.

Abel vê vitória do Palmeiras justa e comemora a volta de Rony às redes

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Cerro Porteño, durante partida válida pela fase de grupos da Libertadores 2023, no Estádio La Nueva Olla.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Após o triunfo no Paraguai, Abel admitiu que jogo ficou facilitado depois da expulsão do jogador do Cerro Porteño

Com um jogador a mais desde o início do jogo, o Palmeiras venceu o Cerro Porteño por 3 a 0 e deixou encaminhada a classificação às oitavas-de-final da Libertadores. Na entrevista pós-jogo, o técnico Abel Ferreira citou a expulsão do atleta adversário como fator importante para o triunfo palmeirense e viu o resultado final como justo.

“O jogo ficou do nosso jeito depois da expulsão do jogador adversário. Era uma partida que se previa difícil. Com mais um, acho que podíamos ter resolvido na primeira parte. Deveríamos, pelas oportunidades que criamos ir pro intervalo com uma vantagem maior. Na segunda parte, com calma, na nossa forma de atacar e defender, subindo o Veiga para não deixar eles gostarem do jogo, fizemos mais gols. Foi uma vitória justa, mas facilitada pela expulsão”, disse o treinador.

Com a vitória, o Palmeiras chegou a 14 jogos de invencibilidade na temporada e é o clube da Série A do Brasileirão há mais tempo sem perder. Para o técnico Abel Ferreira, no entanto, este dado não é tão importante e a derrota para o Athletico-PR na semifinal da Libertadores do ano passado é um exemplo.

“O futebol é mágico. Ano passado, perdemos uma vez na Libertadores e ficamos fora da final. Uma derrota só e caímos. Futebol é isso. Eu não faço julgamentos depois do resultado acontecer, tenho que imaginar antes. Porque depois no final é fácil dizer quem jogou bem, jogou mal, quem devia ter entrado. Tenho que ver as coisas antes e elas têm que fazer sentido para mim, depois aceito o resultado que for. É consequência do trabalho”, comentou.

“A galera quer fazer do futebol uma ciência exata, e não é. O futebol tem vida própria, com momentos que são aleatórios. Hoje, ficou favorável a nós porque houve uma expulsão. Isso não está no meu plano de jogo. Não há nada e nem ninguém que nos impeça de dar o nosso melhor. Depois, aceitamos o resultado. Se perder, siga”, complementou.

O treinador comentou também sobre o gol marcado por Rony, que voltou a balançar as redes após 11 partidas.

“O Rony, como todos atacantes, tem momentos. Às vezes está inspirado; em outros momentos, não, como aquele gol perdido. Se eu estivesse no treino, daria uma bronca, com carinho. Mas ele trabalha muito e eu falei com ele. Às vezes, na nossa vida, andamos à procura de desculpas. Quando as coisas não estão bem, focamos a atenção para algo de fora, não dentro de nós”, disse.

“Hoje de manhã fiz uma pergunta a ele. Perguntei se ele estava a fazer tudo e disse para não se preocupar com o que se passava. Eu não quero o Rony Rústico, quero o Guerreiro, os gols saem de forma natural. Ficamos felizes por ele, da forma que os colegas comemoraram”, acrescentou.

O Palmeiras chegou aos 9 pontos na Libertadores e divide a liderança do Grupo C com o Bolívar. A equipe volta a campo na competição no dia 7 de junho para encarar o Barcelona-EQU, no Allianz Parque.

Confira outros trechos da coletiva de Abel Ferreira

– Artur, Dudu e Rony

“O Rony, claramente, é um centroavante de atacar em profundidade. Ele estica a equipe. Quando jogamos contra adversários que fecham, que tem pegada, para criarmos o espaço entre as linhas, temos que ter esses jogadores que corram para espaçar. Ou para receber a bola mais longa, ou jogando entre linhas, que abre o adversário mesmo sem receber a bola, para que ela chegue ao Veiga, para depois assistir os pontas”.

“O Artur é semelhante ao Dudu, desequilibram. Corre com e sem bola para a área. Por isso faz mais gols. Uma das características dele é essa, quando a bola está do lado contrário, aparece como segundo centroavante. É o que pedimos para o Dudu também. Para além de ter essas virtudes ofensivas, tem o caráter de reconhecer o compromisso coletivo, ajudar o lateral a defender. O Dudu vocês conhecem. Queremos que ele traduza seus dribles em gols e cruzamentos. Está muito melhor no compromisso defensivo”.

– Encontro com Amancio, ídolo do Penafiel

“Passados trinta anos, consegui conhecer ele pessoalmente. Eu era gandula à época que ele jogava. Ele era centroavante, paraguaio, baixinho. Começou a fazer gols e virou ídolo da minha cidade, Penafiel. Foi um prazer tirar foto com ele, com as filhas, as netas. Pela primeira vez tive essa oportunidade. Todos os meus amigos de Penafiel me ligaram falando dessa foto com o Amancio. Era um ídolo meu de infância”.