Abel fala em vitória ‘suada’ do Palmeiras e critica arbitragem: “muito confusa”

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Cuiabá, durante partida válida pela primeira rodada do Brasileirão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Apesar da vitória, Abel se disse triste pela expulsão sofrida

O Palmeiras estreou com vitória no Campeonato Brasileiro. Atuando no Allianz Parque, a equipe recebeu o Cuiabá e venceu o duelo por 2 a 1, com gols de Endrick e Flaco López. Ao analisar a partida após o apito final, o técnico Abel Ferreira elogiou o início de jogo do Verdão, citou a queda de rendimento e o nervosismo no final do primeiro tempo, mas voltou a ressaltar a calma do time na parte final.

“Começamos o jogo muito bem, com variações principalmente do lado esquerdo. Fizemos um gol e poderíamos ter aumentado. Depois a partida ficou um pouco confusa, não sei por qual motivo, mas sofremos o empate. No intervalo senti os jogadores nervosos e pedi calma, fizemos uma alteração na disposição dos jogadores, puxamos o Dudu pra direita e o Artur para o meio e acho que melhoramos. Depois da expulsão deles o jogo ficou mais a nosso favor, uma pena não termos feitos mais gols e, felizmente, temos um goleiro top que defendeu uma excelente bola no final”, disse.

“Foi uma vitória suada. Não estamos na nossa máxima força devido aos jogadores contundidos, mas os que estão entrando estão jogando bem: o Navarro, o Luis Guilherme, o Flaco está a fazer gols, assim como o Endrick. Há um pouco de ansiedade do Dudu para fazer o seu gol também, mas ele fará quando for o tempo certo”, complementou.

O treinador palmeirense também falou das dificuldades que o time irá enfrentar na competição que, de acordo com Abel, serão mais complicadas do que no ano passado.

“Esse ano vai ser mais difícil, é claro isso e nós sabemos. O alvo é o Palmeiras e felizmente temos conseguido manter os nossos comportamentos. Temos um time diferente em relação aos últimos anos, com jogadores diferentes. Entraram o Fabinho, o Giovani e outros meninos da base. O Artur chegou também e nos dá uma variabilidade. Contra nós, as equipes jogam muito forte e precisamos saber sofrer. Vamos continuar com o nosso trabalho e nos aprimorarmos, não há outra forma. Agora, quando não der para jogar tão bem, temos que ganhar e foi isso que fizemos hoje”, destacou.

Abel reclama da arbitragem

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Cuiabá, durante partida válida pela primeira rodada do Brasileirão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Se por um lado Abel mostrou felicidade com a vitória do Palmeiras diante do Cuiabá, por outro o treinador revelou que estava se sentindo triste por conta de sua expulsão. O comandante disse estar curioso sobre o motivo que o árbitro colocaria na súmula sobre o cartão vermelho, revelou que o bandeirinha estava conversando em espanhol com ele e chamou a arbitragem de Paulo Cesar Zanovelli da Silva de ‘confusa’.

“Eu estou curioso para saber o que ele vai escrever [na súmula]. Mas o pior disso tudo é chegar em casa e enfrentar minha mulher e minhas filhas, quando tenho feito um esforço tremendo para melhorar nisso. Eu fico triste. Isso me tira a vontade de ser treinador, me tira a vontade de estar aqui”, disse.

“Hoje estou triste, triste mesmo. Uma parte do meu coração está feliz porque ganhamos um jogo difícil. Mas estou triste. Eu gosto de ver o futebol, sou intenso quando estou dentro das quatro linhas. Talvez seja essa tolerância zero, que ainda não estou adaptado. Acho que meus jogadores não mereciam ficar sem o treinador no banco. Eles sabem o quanto me esforço para os ajudar. Foi tudo muito confuso. Eu não queria ser expulso, tinha um objetivo meu. Fui expulso na Supercopa, levei dois amarelos até agora, mas não adianta. Não sei se o trabalho que estou fazendo é suficiente, se é a tolerância zero, se o meu português não está claro… Não sei”, acrescentou.

“Acho que foi uma arbitragem confusa. Eu falei com os jogadores. Eu não o ofendi. Não entendi a expulsão. O fiscal de linha fala comigo em espanhol. Eu sou português, de Portugal. É a mesma língua. Não estou dizendo que sou santo, que não sou. Mas acho que foi uma tremenda confusão do bandeirinha. O vermelho, sinceramente, não entendi. O árbitro estava do outro lado. O auxiliar interpretou alguma coisa que eu disse, que estou muito curioso para saber o que é. Eu não ofendi. Tudo que puserem de ofensa, é mentira”, finalizou.

Na súmula, o juiz escreveu que Abel foi expulso por “sair da sua área técnica e ir em direção ao árbitro assistente 01 gesticulando e proferindo aos gritos as seguintes palavras ‘que arbitragem de merda’”.

O Palmeiras volta a campo na próxima quinta-feira para enfrentar o Cerro Porteño, pela Libertadores. O jogo acontecerá no Morumbi, às 21h.

Após conquista de 8º título, Abel Ferreira se declara ao Palmeiras: “Difícil descrever em palavras o sentimento”

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Água Santa, durante segunda partida da final do Paulistão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Em coletiva após goleada sobre o Água Santa, Abel Ferreira falou sobre “orgulho” e agradeceu a todos do clube

Com a goleada palmeirense sobre o Água Santa por 4 a 0, na grande decisão do Campeonato Paulista, o técnico Abel Ferreira chegou ao oitavo título pelo Verdão em quase dois anos e meio de clube. Na coletiva após a vitória, o treinador voltou a falar em sentir orgulho de ser o treinador do Palmeiras e agradeceu a todos do clube.

“Parabéns à minha equipe técnica, aos meus jogadores, é um orgulho ser o treinador deles. Deixo meus cumprimentos também a todo o staff do Palmeiras, à estrutura do clube. É um orgulho”, disse.

“Vou compartilhar com vocês que recebemos de todos os funcionários do clube textos para nossa equipe. Gosto muito de trabalhar aqui. É mais que um clube de futebol. É difícil descrever em palavras o sentimento que é trabalhar neste clube. A estrutura é fantástica, da base ao profissional, tem credibilidade. A comunicação é perfeita e os resultados não são por acaso. Não vamos ganhar sempre, mas vamos lutar sempre para ganhar”, complementou.

Depois de vencer mais um troféu, o treinador foi questionado sobre seu futuro no Palmeiras e revelou que seus auxiliares não querem deixar o clube.

“Eles não querem sair daqui. Somos o time do amor, o time da virada. Sou um treinador que gosto de estar onde querem que eu esteja. Lembro-me de estar conversando com o Maurício [Galiotte – ex-presidente do Palmeiras] um dia antes da final da Libertadores contra o Santos e disse a ele que o Palmeiras é o sonho de qualquer treinador. Gostamos de estar aqui [toda a comissão técnica] e o clube sabe. Já houve várias propostas e sempre aviso meu agente que não quero que me liguem. Sei que o futebol é dinâmico, mas gosto de estar aqui”, disse.

“Aqui se vive futebol diferente do que na Europa. O Palmeiras é um estilo de vida, uma forma de viver e de estar. Os valores do clube se entrelaçam com os meus. Não sei quanto isso irá durar, mas enquanto durar que a gente viva com intensidade, sempre falo isso aos jogadores”, complementou.

Abel Ferreira analisa confronto

Sobre a vitória por 4 a 0 sobre o Água Santa, o treinador citou a pressão do Palmeiras no início do jogo como fator fundamental para a vitória e também revelou uma conversa com os jogadores após a partida de ida.

“Não gosto de mandar recados aos jogadores por fora, faço isso olhando nos olhos deles. Eles entenderam bem quando disse sobre a vergonha que seria perder esse título. Durante a semana nós preparamos muito bem o jogo, sobretudo no aspecto mental. Não podíamos deixar que a nossa cabeça atrapalhasse nosso corpo”, falou.

“Não fomos bem no primeiro jogo, não elaborei bem o plano daquela partida. Tivemos uma conversa franca e os jogadores disseram que, no subconsciente deles, talvez não tenham encarado aquele jogo como uma final. Às vezes é preciso levar um banho de humildade para voltar à Terra, inclusive a comissão técnica. Todos nós aprendemos com essa partida e hoje demos alegrias aos torcedores. Hoje foi um grande jogo, um grande ambiente. Foi uma festa bonita em nossa casa e dedico essa vitória aos nossos torcedores”, acrescentou.

“Eles [o Água Santa] trocaram um ponta por um meio-campista em relação ao último jogo. Queriam fechar mais a zona do meio-campo. Na segunda parte, voltaram ao esquema normal. Acredito que nós o surpreendemos. Acredito que eles não estavam à espera da nossa pressão. Fizemos, sem bola, um jogo perfeito taticamente. Criamos boas oportunidades logo no início. Foi uma grande partida de todos nós”, finalizou.

O título Paulista de 2023 foi a 27ª conquista estadual do Palmeiras na História. A equipe volta a campo já nesta quarta-feira para o duelo de ida da terceira fase da Copa do Brasil contra o Tombense, novamente no Allianz Parque.

Confira outros trechos da coletiva

Competitividade

“Às vezes é preciso acender a competitividade que há dentro dos jogadores. No último jogo contra o Água Santa talvez adormecemos um pouco. E sempre digo isso a eles: se não formos competitivos, podemos perder para qualquer equipe, e isso vale para o contrário também”.

Lado pessoal

“Há um animal competitivo dentro de mim e, quando acaba a competição, eu desligo. Sou uma pessoa normal, tenho meus medos e minhas inseguranças, não gosto de expor meu lado pessoal. O Brasil é um desafio. Os treinadores só sobrevivem com resultados. Do outro lado, este país te dá uma experiência extraordinária. Essa competição acabou [o Paulistão], mas o Brasileirão está aí já para começar. Não sei como vai ser, tivemos a lesão hoje do Veiga, o Rony também vai fazer uma cirurgia no braço”.

Gabriel Menino

Gabriel Menino comemora seu gol com Abel Ferreira, pelo Palmeiras contra o Água Santa, durante segunda partida da final do Paulistão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

“Disse ao Menino que ele é um jogador extraordinário, com capacidades incríveis. Mas ele não pode ‘ter moral’. É muito bom jogador e nos dá condições de jogar de formas diferentes, mas ele empolga e temos que estar sempre a puxar para baixo, para a realidade. Às vezes, deixa de jogar o jogo coletivo. Menos é mais. Mas é um moleque extraordinário, um garoto muito bem educado e, se mantiver o foco e a concentração, vai longe”.

Abel lamenta derrota e faz duras críticas à arbitragem: “não contava que enfrentaríamos 3 adversários”

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Bolívar, durante partida válida pela fase de grupos da Libertadores 2023, no Estádio Hernando Siles.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Abel reclamou da falta de critério do juiz Alexis Herrera e também criticou a Conmebol

O técnico Abel Ferreira teceu duras críticas à arbitragem do duelo entre Bolívar e Palmeiras, comandada pelo venezuelano Alexis Herrera. Em entrevista coletiva após o Verdão ter sido superado por 3 a 1, em La Paz, o treinador citou que o juiz foi um “terceiro adversário”.

“Há vários fatores que explicam a derrota: um jogo de muitos acontecimentos aleatórios, algo que não controlamos; a expulsão e os gols perdidos. Houve demérito nosso, mas não contava que enfrentaríamos três adversários. Esperava enfrentar o Bolívar e a altitude, não a arbitragem”, disse o treinador.

Abel reclamou que o mesmo critério de faltas adotadas pelo juiz não foi aplicado no lance que originou o primeiro gol do Bolívar, em cima de Naves. Além disso, o técnico criticou o primeiro cartão amarelo de Jailson, expulso no fim do primeiro tempo, e o lance em cima de Mayke, que fez o lateral ser substituído após sofrer uma entrada dura.

“O árbitro foi muito rigoroso nas primeiras faltas. Tanto que esperei o mesmo critério no lance do Naves, que originou o gol de empate deles. O critério não foi igual. Outro ponto é porque ele deu o primeiro amarelo pro Jailson em um lance que ele estava com a bola dominada e depois não deu o vermelho para o adversário no lance com o Mayke. Eu queria que o árbitro fosse lá ver o pé do Mayke”, disse o treinador.

O lateral deixou o campo de maca e saiu do estádio mancando. O clube deverá fazer os exames nesta quinta-feira para saber o grau da contusão. Vale destacar que o Palmeiras não conta com Atuesta, Piquerez e Bruno Tabata por lesões.

Sobre a partida, o treinador lamentou as chances desperdiçadas pelo Palmeiras na primeira etapa. “Poderíamos ter empatado o jogo no último lance da primeira parte, tivemos outras boas oportunidades no primeiro tempo, deveríamos ter dilatado o placar”, pontuou.

Abel critica Conmebol

O comandante palmeirense também criticou a Conmebol e o fato de a tabela de jogos ter sido revelada uma semana antes dos jogos acontecerem. De acordo com Abel, o clube não teve tempo para realizar uma logística adequada para a viagem e também reclamou de o jogo ocorrer no meio das finais do Paulista.

“O calendário infelizmente só foi lançado uma semana antes e tivemos que organizar a viagem de uma maneira que não gostamos. Mas prefiro ficar calado, sempre questiono e a resposta é que ‘sempre foi assim’. Não dava para termos esse jogo em La Paz no meio de uma final. Pedimos para jogar a decisão no sábado e não deixaram, pois a televisão obrigou a jogar no domingo. Mas vamos olhar pra frente. Os jogadores deram de tudo dentro de campo”, declarou.

O Palmeiras volta a campo pela Libertadores apenas no dia 20 para enfrentar o Cerro Porteño, em casa. Neste domingo, o Verdão enfrenta o Água Santa no segundo jogo da final do Paulistão.

Abel é direto após revés para o Água Santa: “Ou revertemos, ou vamos passar uma grande vergonha”

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Água Santa, durante primeira partida válida pela final do Paulistão 2023, na Arena Barueri.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Em coletiva de imprensa, Abel admitiu mau jogo do Palmeiras e viu resultado final como justo

O técnico Abel Ferreira não gostou da atuação do Palmeiras diante do Água Santa, neste domingo, no revés por 2 a 1 na primeira partida da final do Paulistão. Em coletiva após a partida, o treinador parabenizou o adversário e também lamentou os erros do Verdão.

“Não fizemos um bom jogo. No futebol, nada me surpreende. Desde que a Itália ficou fora da Copa do Mundo após ganhar a Eurocopa, acredito em tudo. Não podemos dar nada a adversários que acreditam. Honestamente, merecemos perder. A única coisa positiva é que se fosse um jogo só, bateríamos palmas ao Água Santa, que foi melhor no jogo. Agora temos nossa casa para poder reverter ou vamos passar uma grande vergonha”, iniciou o comandante.

Os dois gols do adversário ocorreram após erros individuais do Palmeiras. No primeiro, Zé Rafael perdeu a bola que gerou o contra-ataque e, consequentemente, o escanteio do gol de cabeça de Bruno Mezenga. No segundo, nos minutos finais da partida, Marcos Rocha errou o lançamento e entregou a bola nos pés do adversário no campo de defesa palmeirense.

“Poderia dar um monte de justificativas aqui. Não vou fazer isso, apenas parabéns a eles e ponto. Temos que superar uma montanha grande. Ou revertemos [o resultado], ou vamos passar uma grande vergonha. Os jogadores já receberam a mensagem, eu resumo o jogo aos dois gols que sofremos. Dois momentos críticos do jogo. Não estivemos no nosso normal, prefiro valorizar o Água Santa. Hoje, foram melhores que o Palmeiras”, acrescentou.

Na partida de volta, que acontece domingo que vem no Allianz Parque, o Verdão precisará vencer por dois gols de diferença para levar o título no tempo normal. Caso supere o adversário por um gol, a partida será definida nos pênaltis.

“Temos que ter atitude competitiva, vontade, continuar com a fome de ganhar títulos. Isto que temos de demonstrar, atitude diferente [no jogo seguinte]. Hoje só levamos de bom a oportunidade de ter o segundo jogo. Eu defendo a final em um jogo só, mas não decido isso. Teremos a ajuda dos nossos torcedores para reverter este resultado”, disse.

O Palmeiras estreia na Libertadores antes do segundo jogo contra o Água Santa. Nesta quarta-feira, o Verdão visita o Bolívar, em La Paz, às 21h30.

Confira outros trechos da coletiva de Abel Ferreira

– Escalação contra o Bolívar

“O resultado não mudará nossos planos. Queríamos que esse jogo fosse no sábado, mas por causa da televisão não pôde ser. Agora teremos uma viagem longa. Vamos procurar fazer o que sempre fizemos, a gestão de energia para jogar na máxima força. Não há milagres, se tiverem que jogar no próximo jogo esses 11, vão jogar. Esse mês vamos testar os nossos limites”.

– Responsabilidade pela derrota

“A responsabilidade da derrota é minha. Não fui capaz de ajudar os jogadores. Não foi preciso falar muito com eles, são inteligentes e nos conhecemos há muito tempo. Temos um passado recente positivo, mas se não formos competitivos não vamos ganhar, não foi por falta de aviso. Foi um jogo atípico, mas o futebol é mágico por isso”.

– Jovens jogadores

“Os jovens do plantel vão jogar, assumir os riscos. O Fabinho tem entrado muito bem. Vamos testar o nosso elenco esse mês e perceber o nível que estamos”.

Abel elogia jogo do Palmeiras, vê vitória como justa, mas faz alerta sobre a falta de eficiência

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Ituano, durante partida válida pela décima quarta rodada do Paulistão 2023, no Allianz Parque.
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Em mais uma final, Abel chegou a 11 decisões no Palmeiras

Após a vitória do Palmeiras por 1 a 0 sobre o Ituano, que garantiu a equipe na final do Campeonato Paulista, o técnico Abel Ferreira fez elogios ao desempenho do time em diversos aspectos analisados pela comissão técnica. Entretanto, o treinador fez um alerta sobre as chances desperdiçadas pela equipe ao longo da partida.

“Daquilo que são as nossas métricas no jogo, ofensivas e defensivas, estivemos bem em quase todas. Não tivemos problemas na construção através do tiro de meta, na objetividade e nem nas bolas paradas. Nosso problema foi a eficiência. Parecia que a bola ia sempre na direção do goleiro, e contra essas equipes é fundamental abrir o jogo o quanto antes, se não eles começam a acreditar. Nos aspectos defensivos tivemos top em tudo, não demos chances para eles”, disse o treinador, na coletiva de imprensa depois do jogo.

“O goleiro deles fez a diferença. Poderia ter sido três ou quatro [a zero]. Futebol é assim, temos que melhorar nisso, mas fomos os justos vencedores”, complementou.

O treinador também explicou a entrada de Breno Lopes no lugar de Bruno Tabata, que saiu lesionado aos 10 minutos da etapa inicial, e falou sobre a saída do camisa 11.

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Ituano, durante partida válida pela décima quarta rodada do Paulistão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

“A escolha se deu pelo que o Breno vem fazendo nos treinos e nos jogos, um jogador que mesmo com pouco tempo de jogo tem boa produção, entendi que deveria colocá-lo. Passamos o Dudu para a direita, algo que ele está acostumado. O Breno merecia atuar em um jogo decisivo”, disse.

“Temos dois anos e meio de trabalho, uma ideia sólida da forma de jogar e os jogadores sabem o que deve ser feito. Não treinamos titulares e reservas, é misturado, não há diferenciação. Cada um tem uma função e responsabilidades. Estivemos concentrados, unidos e não deixamos o adversário fazer o que eles queriam”, acrescentou.

“O Tabata ainda queria continuar na partida, mas tinha que sair. Ele teve um problema muscular, ainda não sabemos a gravidade. Torço para que não seja grave, pois o tiramos cedo. Mas, se ele não puder jogar, temos outras opções: o Rony, Breno, Giovani, além do Mayke. Não é uma posição que me deixa tão preocupado, ainda tem o Kevin, do Sub-20, o Luis Guilherme”, concluiu.

O adversário do Palmeiras na grande decisão sai do confronto entre Água Santa e Red Bull Bragantino, que acontecerá na noite de segunda-feira. A equipe terá duas semanas de treino até o primeiro jogo da final por conta da Data-Fifa.

Confira outros trechos da coletiva de Abel Ferreira

– Navarro e Jailson

“Temos o Jhonatan e o Navarro, que vem treinando na posição de 10. Quando decido colocar o Navarro tem a ver com sua pressão e sua altura, ele nos ajuda tanto no ataque quanto na defesa”.

“Tenho trocado o Jailson pelo Veiga e o Fabinho tem entrado muito bem no lugar do Menino. Toda vez que o Fabinho entra ele diz ‘confia em mim’ e isso é muito bom. Temos que entender que o Jailson fez grandes jogos no ano passado e teve uma lesão que o deixou parado por mais de 8 meses, é difícil retornar não só pelo aspecto físico, mas pelo mental também. Sei da sua qualidade e o quanto se dedica, se estão aqui é porque são bons. Mas também sei que eles próprios precisam dar a volta, assim como fez o Tabata”.

– Treino sem os jogadores convocados

“Há um sentimento misto em vê-los ir para a seleção e há o outro lado que é que não teremos eles nos treinos. Não sei que tipo de treinos eles terão lá, aqui soubemos de tudo. Outros microciclos. Claro que me preocupa. Gosto que eles vão porque valoriza todos nós, mas há uma preocupação”.

– Obrigação por vencer

“Parece fácil, né, chegar à final. E agora estão dizendo que somos obrigados a ganhar. Mas não é assim, a única obrigação que temos é dar tudo em campo. Hoje foi muito difícil, um mínimo erro podia deixar a gente de fora. Se sentarmos à custa do que já ganhamos, o que acontece a seguir é uma queda. Não vamos ganhar sempre, mas vamos dar o nosso melhor. Há sempre como melhorar, nunca estou satisfeito. E digo sempre isso aos meus jogadores”.