Vindo de seis vitórias consecutivas, o Verdão realizou treinos com ênfase nas dinâmicas táticas. Os atletas fizeram atividades de transições, marcações, entre outros movimentos. Lesionados, Piquerez e Bruno Rodrigues cumpriram cronograma na parte interna.
Recuperado de problemas físicos que teve ao longo da temporada até o momento, Zé Rafael falou após o treino e se diz pronto para ajudar o Verdão na reta final do campeonato.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon
“Para mim, apesar de ruim ficar fora, foi um período positivo, pois não estava desempenhando meu melhor. Pude me preparar bem e tratar de um problema crônico na coluna. Esse tempo foi útil para que eu pudesse me preparar, fortalecer, aprimorar a parte física, tirar a dor”, disse.
“Foi muito produtivo e é importante demais voltar, ver que o nosso time está confiante no campeonato, disputando mais uma vez a ponta da tabela. Esses próximos meses vão ser decisivos e é importante estarmos todos prontos e preparados porque a equipe vai precisar novamente de todo mundo”, concluiu.
O camisa 8 foi a campo apenas em 33 oportunidades na temporada. Chamado de “Robocop” por Abel Ferreira, justamente pela parte física privilegiada, Zé Rafael terminou no top-5 em jogos disputados nos últimos dois anos.
Contratação mais badalada do Palmeiras na última janela, Felipe Anderson iniciou como titular os últimos seis jogos
Considerada a principal contratação do Palmeiras em 2024, Felipe Anderson, que chegou ao clube na última janela de transferência, completou o sexto jogo consecutivo como titular na vitória palmeirense sobre o Atlético-MG, por 2 a 1. Essa é a maior sequência do camisa 9 iniciando as partidas desde que estreou pelo Verdão.
Mais adaptado ao clube, aos treinamentos e ao calendário brasileiro, além de melhor fisicamente, já que estava de férias antes de chegar ao Palmeiras, Felipe Anderson confirma a fase como titular com boas atuações.
No recorte das últimas seis partidas, o ponta soma três participações diretas (dois gols e uma assistência) e preenche outras estatísticas importantes:
14 passes decisivos;
4 grandes chances criadas;
7 finalizações;
7 dribles;
28 duelos vencidos;
27 ações defensivas.
Os números ajudam a entender e explicar a importância do atleta de 31 anos. Neste período, ele foi um dos principais criadores de oportunidades da equipe (passes decisivos e chances criadas) e demonstra consciência coletiva com ações defensivas e duelos vencidos. Contra o Vasco, por exemplo, ele foi o quarto melhor da equipe em números defensivos, ficando à frente de Giay, Ríos e Aníbal Moreno.
Felipe Anderson e o Verdão voltam a campo no sábado para o confronto diante do Red Bull Bragantino, fora de casa, às 16h30, em busca do sétimo triunfo consecutivo no Brasileirão.
Recuperados de lesões, Estêvão e Marcos Rocha iniciaram o período de transição física com os profissionais do Núcleo de Saúde e Performance – a Cria da Academia vem treinando no CT desde o final de semana. Os dois fizeram trabalhos no campo e na parte interna.
Outro que evoluiu no tratamento é Piquerez, que realizou algumas movimentações no campo. O lateral-esquerdo passou por uma cirurgia no joelho e não disputa uma partida desde o dia 17 de julho. Por fim, Weverton, que sentiu dores nos dedos da mão após choque com Deyverson no último jogo, passou por avaliações e não teve detectada nenhuma lesão.
No gramado, os jogadores realizaram atividades técnicas, com foco em situações e dinâmicas de jogo. Após as atividades, alguns atletas finalizaram o dia com complementos físicos. Mayke e Marcelo Lomba deram sequência ao trabalho de transição física.
Pós-treino do Palmeiras: Gabriel Menino
De volta ao time contra o Atlético-MG após se recuperar de lesão, Gabriel Menino concedeu entrevista depois do treino e comentou o retorno aos gramados.
“Uma lesão é sempre difícil. Eu fiquei desanimado, triste. Vocês até postaram uma foto em que eu estava barbudo, cabeludo (risos). Você desanima de ficar fora, por deixar seus companheiros lutando pelo título e não estar 100% para ajudá-los. Mas, graças a Deus, os fisioterapeutas e os médicos do Palmeiras fizeram um excelente trabalho e hoje estou de volta com o grupo, após uma vitória sobre uma grande equipe”, disse o camisa 25.
“Desde que fomos eliminados da Libertadores, encaramos cada jogo do Brasileiro como uma final. Faltam dez jogos, dez finais. Todo mundo está preparado, focado, porque a gente quer nosso terceiro campeonato consecutivo. Esse grupo é muito unido, tem muita competitividade aqui dentro, o nível aumentou muito”, complementou.
A Cria da Academia correspondeu às expectativas do comandante, que o elogiou em entrevista coletiva após partida e também mandou aviso sobre o futuro do jogador na próxima temporada.
“Já há muito tempo estamos preparando a próxima temporada e ele é um dos jogadores que não abdico. Trabalha conosco desde que chegamos, faz mais ou menos quatro anos. E o Fabinho faz parte desse núcleo que sempre fizemos de jogadores que vem treinando de forma regular conosco”, disse o treinador.
“Em determinada altura, diziam que o treinador não gostava da base. Basta olhar para o histórico dessa comissão técnica e não é de hoje, é do tempo do Braga, Paok e aqui, ainda mais pelas vendas que se fazem. É um trabalho de base muito bem feito, mas é preciso ter coragem para estar em uma equipe que luta por títulos”, concluiu.
Contra o Atlético-MG, Dudu sofreu o pênalti que resultou no gol da vitória por 2 a 1
Na busca pela melhor condição física e por mais minutos em 2024, Dudu, no último sábado contra o Atlético-MG, fez o torcedor palmeirense relembrar os velhos momentos e foi decisivo na vitória em Campinas. Entrando no segundo tempo, o camisa 7 sofreu o pênalti que resultou no gol de Raphael Veiga, o do triunfo por 2 a 1.
Desde que retornou da lesão no joelho, Dudu pela primeira vez participou efetivamente de uma jogada decisiva para o Verdão. Ao final da partida, o ídolo palmeirense foi abraçado pelo elenco, pela comissão técnica e, obviamente, ovacionado pela torcida.
“Falar da torcida é difícil pra mim. Toda vez me emociono por conta do carinho e respeito que eles têm por mim. Podem ter certeza que eu sinto o dobro por eles. Toda vez que visto essa camisa eu faço o meu melhor. Se eu pudesse dar um abraço em cada um dos torcedores palmeirenses, daria aí 18 milhões de abraços”, disse Dudu, após o jogo.
Dudu voltou aos gramados no dia 23 de junho. 10 jogos depois, se afastou para aprimorar o condicionamento físico e só retornou à lista dos relacionados na vitória por 2 a 0 sobre o Athletico-PR, antes da data Fifa de setembro. Voltou a jogar diante do Criciúma e o duelo contra o Atlético-MG foi o segundo dele após o trabalho específico.
“Venho de uma lesão muito séria, grave. Quem acompanha meu dia a dia no CT sabe dos meus treinamentos, dos meus esforços. Venho treinando e me empenhando muito. Estou fazendo meus trabalhos à parte e espero continuar ajudando quando pintar mais oportunidades, estamos aí na busca de mais um título”, concluiu.
Além do pênalti sofrido, Dudu também puxou contra-ataques e criou boa oportunidade de gol, aproveitando a sobra no escanteio e finalizando com perigo ao gol de Éverson.
Muitos elogios a Dudu
Raphael Veiga e Weverton, um dos líderes do elenco, e o técnico Abel Ferreira falaram com a imprensa após a vitória e todos foram perguntados sobre Dudu. Os tons das respostas do trio foram em cima de elogios ao camisa 7.
“Dudu é um ídolo do Palmeiras. Tenho a oportunidade de jogar com ele junto há algum tempo e a gente se entende muito bem. Eu e outros jogadores estivemos próximos dele nesse momento mais turbulento. E poder celebrar com ele esse jogo, o pênalti sofrido e os outros lances que ele fez, me deixa muito feliz. A alegria dele é minha alegria. O que eu puder fazer pra ajudar ele e os outros jogadores, eu vou fazer”, comentou Veiga.
“Existe uma frase que tem a ver com ele, que é ‘o curto prazo nem sempre é justo, mas o longo é justo’. O Dudu vem colhendo aquilo que ele vem plantando no dia a dia. Ele é o primeiro a chegar e dá o melhor todos os dias. E quem ganha com isso é a gente, que temos um craque dentro de campo. Ele está ganhando a melhor forma. Não podemos esquecer que ele teve uma lesão muito grave e agora está recuperando a forma no melhor momento. Estamos muito felizes”, disse Weverton.
“O Dudu merece porque trabalha muito. Ele teve uma lesão muito séria. Sei que há questionamentos dos torcedores, mas eu sempre escalo os jogadores que são os melhores para a equipe. Se me perguntar se o Dudu está pronto para jogar os 90 minutos? Não está. Mas, se nos ajudar como nos ajudou hoje, é espetacular. Foi preciso buscar o resultado hoje, foi preciso um desequilibrador e ele entrou e fez isso. Após o fim do jogo, sim, fui abraçá-lo. Ninguém vai apagar a história que ele tem no clube. Ele trabalha muito e merece. Às vezes acaba o treino e ele fica fazendo exercícios suplementares porque sabe que tem de fazer. Muito feliz por ele. Ele tem o carinho da comissão técnica e do grupo de trabalho. Mais do que falar, é só olharmos os gestos de todos com ele”, declarou Abel.