Festa, provocação e emoção: jogadores do Palmeiras celebram título Paulista; confira

Jogadores do Palmeiras em comemoração após gols contra o SPFC, durante segunda partida válida pela final do Paulistão 2022, no Allianz Parque.
Cesar Greco

Jogadores do Palmeiras concederam entrevistas no gramado do Allianz Parque e falaram sobre a conquista de mais um título

Após derrota no jogo de ida por 3 a 1, no Morumbi, o Palmeiras goleou o SPFC por 4 a 0 (5 a 3 no placar agregado) e conquistou o título do Campeonato Paulista de 2022. Raphael Veiga, duas vezes, Danilo e Zé Rafael foram os autores dos gols palmeirenses.

Ao final do jogo, diversos jogadores do Palmeiras concederam entrevistas no gramado do Allianz Parque e celebraram a conquista de mais um troféu – o sexto desde agosto de 2020 – além de também provocarem o rival.

Confira as entrevistas dos jogadores do Palmeiras

  • Raphael Veiga

[Sobre novamente ser decisivo em finais] “Marcar gols é sempre bom, mas em decisão é melhor. Sou um cara que gosta de melhorar meus números, ser decisivo, ajudar. Ainda que eu não tivesse feito os gols, mas a gente tivesse sido campeão eu já estaria feliz”.

[Sobre a virada do Palmeiras em cima do SPFC] “O mais importante foi a nossa postura. Nem sempre estaremos em um dia bom, mas a confiança que temos no grupo, o trabalho de toda a comissão e a dedicação de todos faz com que eu possa dar uma entrevista daquela [no Morumbi, quando Veiga disse que o segundo jogo da final seria diferente]. Aqui [no Allianz Parque] eu sabia que seria diferente por causa da atmosfera, pela nossa concentração e intensidade. No futebol, todo mundo tem que respeitar e nunca cantar a vitória antes”.

  • Weverton

[Sobre a festa da torcida] “Nós reconhecemos que fizemos um mau jogo na ida. Mas hoje tivemos a oportunidade de reverter, com o apoio da torcida. Mesmo com o 3 a 1 para eles, a torcida acreditou e fez uma festa espetacular. Hoje ficará marcado para o resto da vida. Nós ganhamos duas Libertadores, mas nenhuma delas foi igual ao jogo de hoje [domingo]. Foi tremendo. Eu nunca havia vivido isso, essa energia no estádio”.

[Levantar mais um troféu] “Muito feliz conquistar mais um título, marcar uma época. Ser lembrado como uma geração vencedora. Jogamos como se estivesse valendo um prato de comida, queríamos fazer história”.

  • Gustavo Scarpa

[Sobre a partida] “Temos muito mérito por aquilo que estamos apresentando, nossa equipe está muito entrosada. Fizemos um primeiro jogo muito ruim, mas hoje mostramos a força dessa equipe, mais uma vez. Tivemos humildade, sabíamos que eles tinham feito um bom resultado, mas nós também sabíamos da nossa capacidade de reverter. Foi um jogo insano, não demos chances nenhuma para eles. Todos estão de parabéns”.

[Sobre a preparação para a partida] “Duas coisas chamaram a atenção de todo mundo: a soberba da torcida deles no jogo de ida, quando começaram a cantar ‘mais um, mais um’; e a tranquilidade da nossa equipe no dia seguinte, porque a gente sabe da nossa qualidade”.

[Momento no Palmeiras] “Uma das preocupações de um jogador de futebol é não ter títulos na carreira. E esses dois últimos anos de Palmeiras têm sido muito insanos, tanto na questão de títulos como em desempenho. Pra mim é muito gratificante fazer parte desse momento do Palmeiras. Sem dúvida é a geração mais vencedora”.

  • Dudu

[Sobre suas conquistas no Palmeiras] “Sinto-me muito orgulhoso por tudo que venho conquistando no Palmeiras. Ano passado cheguei no meio da temporada, vindo de 45 dias de férias. Esse ano me preparei, treinei nas férias, evoluí na parte física. Agora é curtir o momento, a gente trabalha muito no dia a dia e estamos de parabéns por tudo que a gente vem fazendo de 2015 pra cá”.

[Projeção para a temporada] “Ainda é começo de temporada, mas já ganhamos dois títulos. A equipe está de parabéns. Espero que durante o ano a gente mantenha o trabalho e que conquistemos mais títulos”.

  • Danilo

[Sobre a festa da torcida] “É sempre bom brincar. Os caras estavam cagados. Acho que a torcida fez os trikas tremerem”.

[Preparação para a partida] “Quando eles fizeram o terceiro eu não consegui mais assistir porque fiquei nervoso [risos]. Quando eu fui deitar o meu irmão me falou que o Veiga tinha feito um gol. E hoje, pra mim, teve um frio na barriga, mas era um jogo normal. Entrei com o mesmo pensamento de ganhar e deu tudo certo. Receber elogios é sempre bom, mas tem que manter os pés no chão e o foco para continuar fazendo boas partidas e ganhar mais títulos com o Palmeiras”.

  • Zé Rafael

[Desconfiança da torcida] “O importante é mostrar dentro de campo. A gente sabe que a torcida tem preferência por um ou por outro, mas fico tranquilo. Trabalho para sempre estar nesses jogos, ganhar títulos. Vou seguir fazendo isso, deixar os outros falarem e acumular medalhas”.

[Resposta ao adversário] “Não dá para cantar vitória antes da hora, principalmente porque somos competitivos e jogaríamos em nossa casa. O resultado não poderia ser diferente. Os caras vão ter pesadelos com a gente”.

  • Jorge

[Emoção de mais um título com o Palmeiras] “Só a gente sabe a pressão que é o dia a dia de um time grande como o Palmeiras. Estou há oito meses no clube, que me recebeu de braços abertos, e já conquistei três títulos. Fui tratado de uma forma que eu não esperava. Fiquei 11 meses parado, finalizei uma recuperação de ligamento cruzado, que é uma lesão muito complicada. [conquistar os títulos] é incrível, inexplicável”.

Campeão Paulista pela 24ª vez em sua História, o Palmeiras não terá muito tempo para comemorar, já que na próxima quarta-feira a equipe enfrenta o Deportivo Táchira, em partida válida pela primeira rodada da fase de grupos da Libertadores 2022, na Venezuela, às 21h.

Abel fala em tirar ‘ano sabático’ após o Palmeiras e sai em defesa de Rony

Abel fala em tirar ‘ano sabático’ após o Palmeiras e sai em defesa de Rony.
Divulgação

Abel concedeu entrevista ao podcast da Conmebol Libertadores, nesta segunda-feira

De contrato renovado com o Palmeiras, Abel Ferreira participou do podcast da Conmebol Libertadores na tarde desta segunda-feira e declarou que já tem um plano de carreira definido para os próximos anos: ficar no Verdão até o final do vínculo e tirar um ano sabático.

“Não tenho intenção nenhuma de ser técnico de seleção nos próximos anos. Projeto o que quero a curto e médio prazo, e hoje quero cumprir meu contrato [até 2024] com o Palmeiras. Quero estar aqui e depois tirar um ano sabático. Aí falaremos sobre seleções, clubes… aí veremos”, disse o treinador.

À frente do banco de reservas do Palmeiras há quase um ano e seis meses, Abel contabiliza quatro troféus conquistados e, no último sábado, alcançou sua nona final ao vencer o Red Bull Bragantino na semifinal do Campeonato Paulista.

“Gosto muito de fazer o plano da minha carreira. Vim ao Palmeiras contra a vontade da minha família, cheguei por convicção própria, porque estudei, sabia que era um grande clube que vai me dar chance de brigar por títulos. Assinei e renovei porque queremos continuar a lutar por títulos. Não sei se vamos ganhar, mas a ambição é continuar nas finais”, complementou.

Em quase duas horas de programa, o treinador falou de diversos assuntos. Dentre eles, sobre como enxerga parte da imprensa no Brasil.

“O jornalista veste muito a camisa, não pode. Tem que tirar a camisa para falar dos adversários. Se quiser fazer algo sério e honesto tem que tirar a camisa. Quando o Palmeiras joga bem, falar que jogou bem. Caso não, falar que foi mal. Tem que ser assim com todos os clubes. Não me interessa o time que você torce, tem que ser imparcial”, declarou.

Abel sai em defesa de Rony

Abel comentou também sobre Rony, que vem sendo utilizado como centroavante e às vezes é criticado pela torcida nas redes sociais. O comandante sabe que o camisa 10 peca em algumas oportunidades de gol, mas ressaltou sua importância para o time.

“O Rony, com a bola, é nota 7. Se ele fosse, com a bola, nota 9 ou 10, ele não estava no Palmeiras; estaria no Barcelona ou no Bayern de Munique. Não é à toa que já há muitos clubes que o querem. Muitas vezes, a melhor coisa para o jogador é saber qual nota ele é em cada quesito, e como pode evoluir. O Rony é um pouco afobado em algumas decisões que toma, mas no último jogo [diante do Red Bull Bragantino], ele já teve mais calma para tomar algumas decisões”, declarou Abel, que também revelou que pediu à diretoria que não o vendesse.

“Já recusamos propostas por ele. Eu disse na época para a diretoria: ‘Por favor, não vendam esse jogador!’. A proposta era de 7 milhões de euros e eu pedi: ‘Por favor, não vendam esse jogador, ele é muito importante não só para mim, mas para o Palmeiras’. Ele vai cometer erros, é claro, mas todo mundo comete. Eu cometo, o Messi, o Cristiano Ronaldo, o Neymar. O objetivo é tentar acertar mais do que errar”, concluiu.

Para finalizar, o treinador também elogiou todos os jogadores do clube. “Eles são os melhores profissionais com quem já trabalhei. Lá na Europa, os do Braga não gostavam muito de fazer Academia; os do Paok não queriam fazer um trabalho para evitar lesões, o pré-treino e o pós-treino. Cheguei aqui e vi que eles [os jogadores do Palmeiras] se dedicam o tempo todo. Espetacular”.

Futebol, carreira e o Palmeiras: Abel Ferreira no Roda Viva

Futebol, carreira e o Palmeiras: Abel Ferreira no Roda Viva.
Divulgação

Técnico quatro vezes campeão pelo Palmeiras, Abel Ferreira foi o entrevistado do programa da TV Cultura na noite de segunda-feira

Personagem central do Palmeiras nos últimos 18 meses, seja pela forma que comanda a equipe, pelos títulos, pelas vitórias ou pela forma que se comunica, o técnico Abel Ferreira foi o convidado do programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de segunda-feira. Por quase duas horas, Abel falou sobre diversos assuntos.

De início, nosso treinador comentou sobre uma possível renovação de contrato com o clube e logo afirmou: “A minha decisão está tomada, mas vou avisar primeiro os meus jogadores, que são minha família aqui”, e depois prosseguiu falando sobre o quão será determinante a presença de sua família no Brasil para ele continuar.

“É impossível (ficar mais alguns anos sem a família). Ou eu vou ou eles vêm. O Palmeiras quer muito, e gosto muito do Palmeiras. Não sou palmeirense desde pequeno, mas quando cheguei aqui tudo se encaixou, os valores, os princípios e os torcedores. Há muita identificação. Falei com a minha esposa e disse: ‘Só fico se tu vieres, senão não fico’”.

No Palmeiras desde outubro de 2020 e técnico de equipes profissionais há pouco mais de cinco anos, o comandante revelou também que não pretende estender por muito mais tempo sua carreira como treinador.

“Treinador de futebol tem que entender de tudo, tem que ser igual um [médico] clínico geral. No Sporting B eu e os diretores partilhávamos sobre tudo […] Não pretendo ser técnico por mais de 4 ou 5 anos. O futebol é muito intenso. Minha mulher diz que não, mas penso assim”, revelou Abel, que também comentou sobre seu final de carreira como jogador e o início no banco de reservas.

“Tive uma lesão no joelho e estava com 30 anos. Ali eu fiquei ‘sem chão’ e parecia que o futebol tinha acabado para mim. Enquanto eu jogava, eu terminei a faculdade de Educação Física e tirei minhas licenças para ser treinador. E depois veio o convite para ser técnico do Sub-19 do Sporting. Aquilo foi como mágica. Sou muito melhor treinador do que fui como jogador”.

Assuntos referente à tática também foram abordados. Tido como retranqueiro por parte da mídia tradicional, Abel pontuou que “atacar bem e defender bem é uma arte e os jogadores tem que saber”; afirmou que entende a imprensa e discorreu sobre o Mundial de Clubes contra o Chelsea e o primeiro gol contra o Flamengo, na final da Libertadores 2021.

Futebol, carreira e o Palmeiras: Abel Ferreira no Roda Viva.
Reprodução

“Futebol é mais do que as quatro linhas. O Chelsea tem o melhor treinador do mundo e jogadores de seleção. É importante ter a humildade para reconhecer que seu adversário é melhor que minha equipe tecnicamente. Eles são melhores nesse aspecto, mas não na parte tática, na mental e na física. Só perdemos o jogo em um pênalti que foi sem querer”.

“[Sobre a partida contra o Flamengo] já desenhei jogadas que resultaram em gols e títulos, e também já fiz jogadas que não deram em nada. Nós sabíamos que o Arrascaeta não acompanharia o Mayke e o Filipe Luís ia ter dúvidas se iria no Mayke ou no Dudu. Disse isso aos jogadores, mas foram eles que fizeram acontecer. Isso, porém, não me faz ser o melhor treinador do mundo”, finalizou.

Confira outros assuntos respondidos por Abel Ferreira:

  • Comportamento à beira do gramado:

“Tenho que dizer que às vezes tenho vergonha daquilo que vejo. A minha maior crítica é minha esposa. Há pouco tempo, o Luan Silva e o Menino viram o jogo ao lado da minha esposa. Eles chegaram primeiro ao gramado e disseram: “Professor, se prepare”. Fui expulso porque chutei a garrafa. Tenho de melhorar isso. Tenho noção. Sou uma pessoa extremamente calma fora, gosto de ler, dormir, gosto de ficar em casa. Mas ali transforma”.

  • Patrick de Paula:

“Todos nós já tivemos 17 anos, 18 anos, viemos de baixo, ouvia tudo o que o outro dizia para aprender, mas às vezes quando chegamos a um status, não queremos mais ouvir da mesma maneira. O Guardiola sempre usa o exemplo do Phil Foden. O Patrick foi perdendo espaço. A minha função é escolher e só podem jogar 11+5. Chegaram Jailson e Atuesta e ficamos com seis médios. Ele [o Patrick de Paula] é um grande jogador, foi uma grande contratação que o Botafogo fez e um grande negócio que o Palmeiras fez por 50%. Foi bom para todas as partes, na minha opinião”.

  • Luiz Felipe Scolari:

“Ele gosta de mim, por isso que disse isso [que Abel é o maior treinador da História do Palmeiras]. Temos uma relação muito boa, já do tempo de Portugal. Foi uma pessoa espetacular comigo. Fui convocado para seleção com ele. Percebi que a seleção conseguia ter aquele ambiente e entrosamento muito por causa dele. Ele conseguiu unir um país em torno da seleção”.

  • Futebol brasileiro:

“O futebol brasileiro tem um potencial tremendo para ser muito melhor e vou fazer o que puder para ajudar. Aqui há grandes estádios, jogadores. Os núcleos de saúde e performance daqui são melhores do que os da Europa. Mas tem outras coisas que precisam melhorar, como os gramados. Também não digo para acabar com os estaduais, mas pode diminuir. Isso só irá acontecer quando as federações, os clubes e as televisões se juntarem. O Palmeiras quer lutar por um interesse comum, mas aqui cada um quer defender seu quadradinho. Quando todos entenderem que o futebol é um produto para todos, vamos tornar melhor para todos. Isso que falta”.

  • Gostos pessoais e o Brasil:

“Literatura brasileira não leio muito, não. Gosto de ouvir alguns filósofos, como Mário Cortella, Karnal e Pondé. Sei que eles escreveram um livro. Lá em Portugal, escutava axé, depois curti pagode e hoje em dia prefiro escutar bossa nova. O Brasil é um continente, são vários países dentro de um, os hábitos são diferentes. É um país com uma potência enorme e os brasileiros são muito criativos. É preciso um pouco mais de força e um pouquinho mais de educação”.

Everaldo Coelho, diretor de marketing do Palmeiras, faz promessas e deseja 100 mil sócios Avanti até o final do ano

“Atacando em várias frentes”, Everaldo Coelho, diretor de marketing do Palmeiras, faz promessas e deseja 100 mil sócios Avanti até o final do ano.
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No comando do marketing do Palmeiras desde o início do ano, Everaldo Coelho concedeu entrevista ao canal de YouTube do jornalista Paulo Massini, na noite de segunda-feira

Na noite de segunda-feira, Everaldo Coelho, novo diretor de marketing do Palmeiras, concedeu entrevista aos jornalistas Paulo Massini, Diego Iwata e Willian Correia e garantiu a todo instante que o Palmeiras “está atacando em diversas frentes [no marketing]” para gerar mais receitas ao clube, mas não se aprofundou em nenhum tema e preferiu também não estipular prazos.

O diretor comentou sobre a entrada do Palmeiras no marketing digital (e-sports, metaverso, NFTs), o patrocínio no futebol feminino e nos esportes amadores, o alcance do Avanti, defendeu o valor pago pela Crefisa para patrocinar o clube, entre outros assuntos.

“Eu, com 45 anos [de experiência] trabalhando no setor financeiro, aprendi que a gente só coloca prazo quando está fechado. E a presidente é a primeira a cobrar os prazos que a gente se prontificou a colocar. Algumas coisas estão caminhando, mas tenho a visão que temos que fechar com parceiros de relevância. Estamos em um momento de transformação. Assumi no começo desse ano e nesses dois primeiros meses tivemos o atropelo natural do Mundial, tivemos a reestruturação do departamento, que foi necessário. Se falar que o carro está trocando o pneu andando, pode até ser”, disse.

“Temos um patrocínio forte, temos grandes parceiros. A gente tem que evoluir aquilo que a gente imagina que pode melhorar. Minha prioridade hoje é que o torcedor Avanti seja melhor atendido. Estamos discutindo patrocínios para os outros esportes, há valores e preços, é preciso negociar cada um deles. As propriedades são infinitas e temos que achar outras formas de comercializar. Naquilo que a gente tem, está tudo caminhando dentro do que nós esperamos. Tudo requer calma”.

Confira os principais temas respondidos por Everaldo Coelho

  • Restruturação no departamento de marketing

“Sob minha gestão, além do marketing, temos a comunicação e a TV Palmeiras. Somadas essas três áreas temos 44 profissionais […] Houve uma restruturação em cargos gerenciais porque havia um em cada produto oferecido pelo clube (licenciamento, lojas físicas e online, escola de futebol, entre outros), e isso não me parece ser muito adequado. Por isso fizemos a restruturação. A gente entende que, em uma visão mais piramidal, com gestão e equipe para gerir cada processo que queremos trabalhar, é muito mais rápido e conseguimos resultados maiores”.

  • Maketing digital

“Estamos trabalhando fortemente em uma plataforma única de relacionamento com o torcedor. Para que tudo que o torcedor quiser, ele acesse lá. E aí vai para FanTokens, NFTs, Metaverso, realidade aumentada, carteira digital. Na inteligência artificial, você precisa estar dois passos na frente. Estamos focados nessas frentes. O Palmeiras irá ‘surfar nessas ondas’”.

  • E-sports

“Estamos trabalhando em uma frente diferente em relação aos outros clubes que entraram no E-sports. Eles entraram com parcerias e a maioria não deu certo. Estamos vendo de transformar em uma atividade esportiva dentro do Palmeiras, queremos criar uma equipe, temos dois parceiros fortes, que ainda não podemos revelar. Essa modalidade [o E-sports] vem crescendo muito no mundo inteiro, os influencers deste segmento têm grande envolvimento com os jovens. A gente está investindo forte”.

  • Sócio Avanti e Match Day (ações no Allianz Parque em dias de jogo)

“Queremos chegar aos 100 mil sócios Avanti até o final do ano. Estamos trabalhando fortemente nisso. Até julho quero entregar o Match Day completo, no nível que vemos fora do Brasil. Há algumas coisas que ainda não podemos revelar, mas terá atrações em que a pessoa entra e participa, principalmente o Avanti. Ele será cada vez mais valorizado, vamos entregar novas experiências. Não será apenas um simples espectador”.

“Para o torcedor Avanti que está fora de São Paulo, a primeira coisa que fizemos foi a carreta interativa, que tem os troféus da Libertadores, os mascotes e ativação do Avanti. Nós vamos cada vez mais construir eventos. Temos muitos consulados. Estamos construindo muitas coisas para que essa relação seja cada vez melhor, como por exemplo levar a equipe para fazer uma pré-temporada em outro estado”.

  • Patrocínio para o futebol feminino e outros esportes

“[Sobre o futebol feminino] estamos terminando uma discussão com 3, 4 parceiros. Por questão de confidencialidade não podemos abrir ainda. Assim como no basquete, futsal. Estamos fechando um pacote com eles. Há muitos interessados em várias formas de patrocinar o Palmeiras”.

  • Patrocínio de empresas no ramo de apostas esportivas

“O Palmeiras tinha uma parceria com uma casa de apostas até o final do ano passado. Encerramos aquele contrato e hoje estamos discutindo valor com 4, 5 empresas. Temos que nos preocupar com quem está se relacionando com a marca Palmeiras. Sou guardião da marca. Temos várias propriedades que podemos usar [para colocar a casa de aposta]”.

  • Sobre o patrocínio da Crefisa

“Não dá para falar que esse patrocínio está defasado. São mais R$100 milhões (R$80 pelas propriedades da camisa mais premiações). Se vier uma nova empresa, disposta a investir e que dará mais dinheiro ao Palmeiras, estendemos o tapete verde. A Leila já havia falado sobre isso em sua coletiva de apresentação”.

  • Sobre a proposta de campanha de Leila Pereira para diminuir o preço da camisa oficial

“Tivemos reuniões com a Puma e estamos buscando uma saída para isso. O preço da camisa é realmente alto para os brasileiros. Estamos discutindo alternativas criativas com a Puma, para vermos como a gente consegue minimizar esses efeitos. Não é simples [é preciso pagar royalties à Puma]. Os dois lados precisam abrir a mão de algo. Se eu tirar os royalties, eu perco receita, mas consigo de certa forma compensar de outra forma? Estamos vendo. Nunca vamos chegar ao preço que custa hoje uma camisa pirata, mas estamos trabalhando para chegar a uma solução mais viável”.

Especulado como diretor de futebol, João Paulo Sampaio fala sobre continuidade dos trabalhos na base em 2022

Especulado como diretor de futebol, João Paulo Sampaio afirma que seguirá trabalhando na base em 2022.
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Coordenador da base palmeirense, João Paulo Sampaio comentou também sobre a preparação para a Copinha

Depois de anos de reestruturação, a base do Palmeiras começou a render frutos para a equipe profissional no início do ano passado e se tornou referência no Brasil, tanto em revelações, estrutura e em conquistas de títulos.

Um dos responsáveis por fazer com que o Verdão tenha esse status é João Paulo Sampaio, coordenador geral das categorias de base. Devido ao seu trabalho, JP teve seu nome ventilado para ser diretor de futebol da equipe profissional nesta reta final de temporada.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o coordenador falou sobre essa possibilidade, mas afirmou que Anderson Barros seguirá no cargo e elogiou o colega de clube.

“É muito justo o Anderson continuar no cargo, ele é bicampeão da América, campeão da Copa do Brasil e merece o reconhecimento de seguir no clube. O caminho segue. Eu continuarei na base e seguirei com o mesmo afinco. Sentimento de que estamos no caminho certo. Perder ou ganhar faz parte, mas a entrega é inegociável e ficamos muito felizes pelos meninos”, disse.

“[Ser dirigente do elenco profissional] é inevitável, já tive muitos convites para sair do Palmeiras e assumir outras equipes. Mas, nunca achei que era o momento porque o clube é uma família. O Palmeiras pagou o décimo quarto salário a todos os funcionários esse ano e ano passado. O reconhecimento e o cuidado que eles têm com o ser humano faz você pensar duas vezes antes de sair”, acrescentou.

Sampaio chegou em março de 2015 ao Verdão para substituir Erasmo Damiani, que havia acertado com a CBF. Com ele na gestão da base, o clube revelou atletas que foram importantes para a conquista do bicampeonato da Libertadores, como Patrick de Paula, Veron, Gabriel Menino, Renan, Wesley e Danilo.

“Queremos que cada vez mais isso [lançar os jogadores ao profissional] seja contínuo, que os meninos não subam no desespero. Quando subimos os jogadores, o clube vivia um momento estável, como hoje. Nos últimos 3, 4 anos,  o Palmeiras se tornou referência e se mantém no topo”, declarou.

João Paulo Sampaio comenta preparação para a Copinha

Presente na semifinal do Campeonato Paulista Sub-20 – a equipe decidirá uma vaga para a final contra a Ferroviária nesta quarta-feira – o Palmeiras terá logo após o estadual a disputa da Copinha.

De acordo com João Paulo Sampaio, para o torneio, o elenco do Verdão contará com jogadores de categorias menores, além dos atletas do plantel do Sub-20. Sendo assim, há a possibilidade de Endrick e Luís Guilherme, de 15 anos cada, integrarem a lista de inscritos.

“Alguns jogadores do Sub-15 e do Sub-17 estarão na lista da Copinha. Nós sempre abrimos espaços para meninos mais novos para que eles joguem no Sub-20. Em relação ao time Sub-20, se nós passarmos para a final do Paulista, teremos uma semana de descanso e preparação para a Copinha, então o time será o mesmo [para a Copa São Paulo]. São os jogadores que vocês viram jogando nos últimos três jogos do Brasileirão Série A que vão para o torneio”, comentou.