Bloqueado devido à montagem do palco do show da banda Maroon 5, setor será exclusivo para os sócios-torcedores do Palmeiras
Os Sócios Avanti que não conseguiram adquirir os ingressos para irem ao Allianz Parque, no domingo, para a decisão entre Palmeiras e SPFC, ganharam uma nova chance de apoiar o clube no estádio.
No começo da tarde desta sexta-feira, o Palmeiras anunciou que três telões, voltados à arquibancada, serão instalados no setor Gol Norte – espaço que estava bloqueado para a venda de ingressos por conta da instalação do palco para o show da banda Maroon 5, que acontecerá na terça-feira que vem. Um telão de dimensões maiores será instalado na parte central; outros dois, menores, serão posicionados nas laterais da estrutura.
A imagem será um espelho do telão tradicional do Allianz Parque e não terá narração, tampouco replay. Os torcedores que estarão presentes não terão a visão do gramado do Allianz Parque.
Os ingressos serão gratuitos e exclusivos para Sócios Avanti. Cada associado terá direito a uma entrada, que deve ser resgatada no site Ingressos Palmeiras a partir das 11h deste sábado.
Palmeiras x SPFC: mais de 26 mil ingressos vendidos
Fabio Menotti
De acordo com a última parcial divulgada pelo Palmeiras (às 12h50), 26.200 ingressos foram vendidos antecipadamente. Vale ressaltar que, por conta da montagem do palco, cerca de 70% da capacidade de ingressos foram comercializados.
No site Ingressos Palmeiras não há mais bilhetes disponíveis; os poucos restantes estão sendo vendidos nas bilheterias físicas do Allianz Parque.
Após perder o jogo de ida por 3 a 1, o Palmeiras precisa vencer o adversário por três gols de diferença para levar o título no tempo normal; caso vença por dois, a decisão irá para os pênaltis. Palmeiras e SPFC se enfrentam neste domingo, às 16h.
De acordo com o Palmeiras, a presidente Leila Pereira costurou um acordo com o CEO da WTorre, Luis Davantel
Na tarde desta segunda-feira, o Palmeiras anunciou, via perfil oficial no Twitter, que o jogo de volta da final do Paulistão, diante do SPFC, acontecerá no Allianz Parque, no domingo. De acordo com o clube, a presidente Leila Pereira conversou com Luis Davantel, CEO da WTorre, e conseguiu a liberação do estádio.
A Sociedade Esportiva Palmeiras informa que conseguiu, junto à WTorre, a liberação para disputar no Allianz Parque, no domingo, a segunda partida da final do Campeonato Paulista, contra o São Paulo.
A dúvida sobre onde e quando aconteceria o segundo jogo se deu porque o Allianz Parque será palco do show da banda Maroon 5, no próximo dia 5 (terça-feira). No primeiro momento, o Palmeiras acenou com a possibilidade de antecipar a partida para sábado, para que a montagem do evento não ficasse prejudicada. Entretanto, o presidente do SPFC, em entrevistas no domingo, mostrou-se contrário ao pedido palmeirense alegando que o regulamento previa a partida no dia 3 de abril.
Vale ressaltar que o Verdão é o dono da melhor campanha do Paulistão, por isso tem a vantagem de fazer o duelo decisivo em seus domínios, e que o regulamento do campeonato não obrigava as duas equipes a jogarem no domingo.
Na manhã de hoje, ainda, houve uma reunião entre os mandatários dos dois clubes mais Reinaldo Carneiro, presidente da FPF, para solucionar o caso. No encontro, contudo, a única questão resolvida foi sobre o primeiro jogo, que acontecerá quarta-feira, no Morumbi, às 21h40.
Allianz Parque será pela 7ª vez palco de uma partida que vale título ao Palmeiras
Cesar Greco
Símbolo de uma reconstrução que resultou em uma era vitoriosa do clube, o Allianz Parque será pela sétima vez palco de um jogo que vale título ao Palmeiras. A lista conta duas finais de Copa do Brasil (2015 e 2020), a partida decisiva contra a Chapecoense em 2016, pelo Brasileirão, além de outros dois Paulistas (2018 e 2020) e a Recopa Sul-Americana (2022).
Na atual temporada, o Palmeiras segue com 100% de aproveitamento jogando no Allianz Parque: são nove vitórias, com 16 gols marcados e apenas dois sofridos.
Implementação do gramado sintético no Allianz Parque ocorreu há dois anos
Na última quarta-feira, o gramado sintético do Allianz Parque foi inspecionado por um laboratório credenciado pela Fifa e foi aprovado após os testes realizados. Com isso, a grama artificial do estádio palmeirense está liberada para uso na temporada 2022.
A Fifa realiza a vistoria anualmente e o objetivo desta inspeção é avaliar a qualidade dos materiais utilizados. O Palmeiras precisa dessa aprovação para disputar em sua arena as competições organizadas pela CBF e Conmebol.
“Pelo terceiro ano consecutivo, a gente consegue a certificação da Fifa. Isso significa que a manutenção está sendo bem feita, que o sistema desenvolvido está sendo aceito. E a aceitação dos jogadores está sendo bacana também”, disse Alessandro Oliveira, CEO da Soccer Grass, empresa responsável pela instalação do gramado sintético, ao site Globoesporte.com.
A implementação da grama artificial facilitou a manutenção do estádio e fez também com que o Palmeiras não precisasse atuar fora de seus domínios em jogos importantes por qualquer questão relacionada ao campo, seja por algum evento ou pelo mau estado do local de jogo.
Gramado sintético do Allianz Parque completou 2 anos; veja números
A partir desse jogo, o Verdão disputou 70 partidas e obteve 41 vitórias, 16 empates e 13 derrotas (aproveitamento de 66,2% dos pontos), marcando 134 gols e sofrendo 60 – números relacionados ao time principal. No novo gramado, o clube construiu as campanhas dos títulos das duas Libertadores e levantou o troféu da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista. Em apenas 13 dessas partidas, no entanto, o estádio recebeu público, devido à pandemia da Covid-19.
Na próxima quarta-feira, o Palmeiras recebe o Athletico-PR pela Recopa Sul-Americana e tem a chance de conquistar mais um título no estádio.
Confira os números do Palmeiras jogando no gramado artificial o Allianz Parque, por temporada:
2020: 35 jogos; 21 vitórias, 11 empates e 3 derrotas – 70 gols marcados e 23 sofridos
2021: 32 jogos; 17 vitórias, 5 empates e 10 derrotas – 59 gols marcados e 37 sofridos
Última vez que o Palmeiras contou com a presença do seus torcedores no Allianz Parque foi em março do ano passado
A espera, enfim, vai acabar. Depois de 578 dias, ou 57 jogos com o Allianz Parque vazio, a torcida do Palmeiras poderá novamente assistir ao time das arquibancadas do estádio. O jogo que marcará o reencontro acontecerá amanhã, às 21h, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, contra o Red Bull Bragantino.
Campeão de três campeonatos na temporada passada (Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Libertadores), o Verdão contará com a ajuda do seu torcedor num dos momentos mais delicados de 2021. Vindo de uma derrota para o América-MG por 2 a 1, o Palmeiras atravessa uma sequência de três jogos sem vitória no Brasileirão com uma visível queda de rendimento dentro de campo.
No último jogo do Palmeiras no Allianz Parque, diante do Juventude, o técnico Abel Ferreira comentou que acredita que a torcida terá um papel fundamental na concentração dos jogadores – vale ressaltar que, desde que chegou ao clube, o comandante nunca contou com a presença dos palmeirenses no estádio.
“Estou ansioso para ver o Allianz Parque com torcida. Acredito que eles tirarão metade do meu trabalho de ter que, no início do jogo, colocar os jogadores em alerta. Estou ansioso para que voltem, os torcedores são a alma do futebol. É um ambiente espetacular, que venham ajudar, apoiar, criticar. Gosto de ter estádio cheio porque os torcedores ajudam a avaliar o desempenho de todos nós”, disse ele.
Além de Abel, o atacante Breno Lopes, herói do bicampeonato da Libertadores, também é outro personagem importante da histórica temporada de 2020 que verá o Allianz Parque com torcida pela primeira vez. Última contratação do clube no ano passado, o camisa 19 tem 46 jogos pelo Verdão (sendo metade deles na casa palmeirense) e nove gols marcados.
Durante todo o período que atuou com os portões fechados, o aproveitamento do Palmeiras em seus domínios foi de 64%: 32 vitórias, 14 empates e 11 derrotas, com 110 gols a favor e 48 contra, além dos troféus da Copa do Brasil e do Paulistão levantados.
No último jogo do Palmeiras com torcida no Allianz Parque, Luiz Adriano foi o nome da partida
Cesar Greco
Com Vanderlei Luxemburgo como técnico, o último jogo do Palmeiras no Allianz Parque com presença de torcida aconteceu em 10 de março de 2020. Pela segunda rodada da primeira fase da Libertadores, a equipe recebeu o Guaraní e venceu por 3 a 1 – o grande nome da partida foi Luiz Adriano, que marcou três gols.
Artilheiro do time na temporada passada, com 20 bolas na rede, o camisa 10 vive um momento bem diferente do daquela noite de 10 de março. Com dois gols anotados nos últimos quatro meses, o atacante não vai às redes no Allianz Parque há oito jogos, maior seca desde que foi contratado pelo Palmeiras.
Apesar disso, Luiz ainda mantém o posto de ser o segundo atacante com a melhor média de gols no estádio: 0,36 (15 tentos em 41 partidas) – apenas Borja, com média de 0,38 (19 gols em 50 jogos), está à sua frente.
O Palmeiras saiu da condição de clube pré-falimentar no
início de 2013 para uma das maiores potências econômicas do futebol brasileiro atual
com um plano de recuperação que envolveu algumas operações financeiras.
Tudo correu muito bem, sobretudo, porque dois
importantíssimos pilares dessa reestruturação estavam apoiados num colosso: o
Allianz Parque, que ao ser inaugurado em 19 de novembro de 2014, proporcionou
ao clube bilheterias formidáveis e alavancou o Avanti, o vitorioso plano de
sócio-torcedor.
Construído pela WTorre, que arcou com os custos da obra em
troca da exploração do direito de superfície por 30 anos, o Allianz Parque é hoje
um cartão postal da cidade de São Paulo. Além de ser o palco dos jogos do
Palmeiras, o estádio recebe as maiores atrações musicais do mundo – com parte
das receitas, ao menos teoricamente, sendo repassadas de forma crescente ao clube.
O quinto aniversário representa uma mudança na relação entre
o Palmeiras e a WTorre. Pelo contrato, até hoje, 5% das receitas de eventos
deveriam ser repassados da construtora para o clube. A partir de hoje, a fatia
do Palmeiras será de 10% – e o próximo reajuste será daqui a cinco anos, quando
passará para 15%, e assim sucessivamente, até atingir 30% em 2039. Em 2044, encerrar-se-á
o período de exploração da superfície e o estádio estará disponível para o
Palmeiras em 100% do tempo.
WTorre no lucro
É claro que a WTorre já recuperou o investimento da construção e está no lucro. Nestes cinco anos, mais de 80 shows foram realizados, entre a configuração “estádio” e “anfiteatro”, quase sempre com lotação completa. Mas além da receita com apresentações de artistas do quilate de Paul McCartney, David Gilmour, Iron Maiden, Roger Waters, Aerosmith, Guns N’ Roses, Elton John, Sting, Judas Priest, Phil Collins, Foo Fighters, Ozzy Osbourne e The Who, a administração do Allianz Parque lucra diariamente com microeventos e ações recorrentes, como o Allianz Parque Tour.
Infelizmente, uma redação confusa do contrato fez com que
houvesse sérias divergências entre o Palmeiras e a WTorre. Após várias rodadas frustradas
de negociação, as partes precisaram recorrer à Câmara de Arbitragem e
Conciliação da Fundação Getúlio Vargas para esclarecer vários pontos do acordo,
sendo que o principal deles, já decidido, determinava o destino da arrecadação
das bilheterias – ficou definido que a WTorre tem direito a comercializar 10
mil lugares.
Não bastassem as receitas de grandes e pequenos eventos, mais exploração de lanchonetes, estacionamentos e outros comércios, mais a venda de camarotes, mais uma parte dos assentos nos nossos jogos, a WTorre já recuperou R$ 300 milhões só na venda dos naming rights à seguradora Allianz, que batiza o estádio até 2034.
Todo esse rio de dinheiro deveria ser suficiente para que a
construtora já tivesse viabilizado nosso memorial, um museu multimídia com nossas
glórias para serem expostos ao mundo. Há quase dez anos, nossos troféus seguem
encaixotados num depósito, num verdadeiro descaso com um ponto tão sensível da
História do clube, parceiro no empreendimento.
Um novo público e a
necessidade de ajustes
O Allianz Parque foi base da reconstrução financeira do Palmeiras devido a um novo público que passou a frequentar os jogos do Palmeiras. Tomando por base apenas os jogos do século 21, o velho Palestra abrigava em média 14,4 mil pessoas por jogo. Na década de 90, época de futebol raiz, com um time estrelado e ingressos relativamente mais baratos, a média de público era de meros 11.700 espectadores – cifra parecida com a média histórica de todo o século 20.
O menor público do Allianz Parque é maior que a média da
década anterior: 15.037 pessoas assistiram ao jogo contra o Coritiba, na reta
final do Brasileirão de 2015 – a partida não tinha o menor apelo, já que o
Verdão, totalmente focado na Copa do Brasil, escalaria o time reserva. Nos 149
jogos disputados até agora no novo estádio, o público foi menor que 20 mil em
apenas sete oportunidades. A média nestes cinco anos é de mais de 31 mil pagantes
por jogo.
É claro; o perfil sócio-econômico do frequentador do estádio mudou. O torcedor “raiz”, hoje, precisa recorrer ao Avanti para continuar tendo condições de frequentar os jogos do Verdão. Os torcedores com menos posses precisaram se contentar em ir a poucos e menos importantes jogos. E ainda não se consegue lotar o estádio em muitas partidas.
O Palmeiras permite que essa lacuna se estabeleça entre o
time e boa parte da torcida e com isso desperdiça oportunidades. É possível
preencher os lugares que permanecem vazios no estádio com ações criativas de
marketing, sem afetar as receitas das bilheterias. É preciso direcionar energia
para essa questão.
Frustrações e títulos:
forjando uma nova identidade
O Allianz Parque, aos poucos, foi se estabelecendo como a
nova casa da torcida palmeirense. Os primeiros jogos, desastradamente
antecipados, foram melancólicos: derrota para o Sport e empate com o
Atlético-PR, na reta final do brasileirão de 2014, quando escapamos
milagrosamente de mais um rebaixamento.
Mas o que se seguiu foi uma belíssima história de crescimento e conquistas. O amistoso contra os chineses do Shandong Luneng, com vários novos reforços, abriu a sequência de espetáculos. Importantes goleadas em clássicos contra o SPFC, com gols por cobertura, aumentaram a alegria e foram tornando nossa casa cada vez mais com nossa cara.
O primeiro título, contra o Santos, veio numa épica decisão
por pênaltis decidida na cobrança de Fernando Prass. A conquista veio após
classificações renhidas contra Inter e Fluminense e a atmosfera construída
antes da grande final ainda não foi igualada – e foi importantíssima para a forja
da atual identidade do estádio.
Vieram ainda os títulos brasileiros de 2016, na inesquecível campanha do time comandado por Cuca e sua calça vinho, com Jailson, Zé Roberto, Mina, Vitor Hugo, Moisés, Dudu e Gabriel Jesus brilhando – a conquista veio contra a Chapecoense, em jogo que marcou a despedida dos campos do heroico time que dois dias depois seria vítima de um trágico acidente aéreo.
Eliminações doídas também fizeram parte dessa trajetória,
como a cobrança de pênaltis contra o Barcelona, na Libertadores de 2017, e a
operação de Héber Roberto Lopes em partida contra o Cruzeiro, que nos tirou da
briga pelo Brasileirão de 2017. Mas nada se compara à final do campeonato
paulista de 2018, uma armação hedionda da qual jamais nos esqueceremos.
O decacampeonato brasileiro em 2018, sob o comando do general
Scolari – embora o jogo da conquista tenha sido fora de casa – reafirmou a
vocação de papa-títulos do Verdão em sua nova casa – a taça foi erguida numa
festa gigantesca na partida seguinte, contra o Vitória. Parabéns para quem pôde
comparecer. Hoje o Allianz Parque é sinônimo de conquistas e de orgulho para a
torcida palmeirense.
Neste dia 19 de novembro, um palácio encravado numa zona privilegiada da maior metrópole da América Latina completa cinco anos de uma história que ainda promete novos e emocionantes capítulos, por anos a fio. Quem venham mais e mais espetáculos!
O Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.