Conmebol lança documentário sobre o tri da Libertadores do Palmeiras; assista

Conmebol lança documentário sobre o tri da Libertadores do Palmeiras. Atletas do Palmeiras comemoram a conquista da Libertadores 2021.
Cesar Greco

Estreia da produção pela Conmebol aconteceu no dia em que marcou um ano da conquista do Palmeiras sobre o Flamengo

No domingo, completou-se um ano da conquista do tricampeonato da Libertadores do Palmeiras, sobre o Flamengo. Em celebração à data, a Conmebol lançou o documentário ‘Cabeça Fria e Coração Quente’, que mostra imagens, bastidores e entrevistas dos principais personagens da conquista palmeirense.

“Como é que se define um ídolo? Eu me pergunto isso. Pelas conquistas, pelo que faz em campo? Às vezes, a gente tem um jogador que não conquistou nada e é ídolo. Mas por quê? Porque ele foi raçudo, representou a torcida”, disse o goleiro Weverton, logo nos primeiros minutos.

A produção conta com a participação de Weverton, Gustavo Gómez, Dudu, entre outros jogadores do atual elenco; além do técnico Abel Ferreira, de torcedores que estavam presentes ao estádio Centenário e do atacante Deyverson, herói da final.

Toda a trajetória do clube até a conquista do título é recontada, com declarações dos atletas e da comissão técnica.

Assista ao documentário produzido pela Conmebol sobre o título do Palmeiras:

Botecagem: em que lugar ficaria o Palmeiras se disputasse uma grande liga europeia?

Botecagem

Uma das perguntas mais frequentes na botecagem futebolística refere-se a um exercício de deslocamento geográfico: e se um time brasileiro disputasse determinada liga europeia, em que parte da tabela ficaria?

Ou, invertendo a lógica: e se determinado time estrangeiro disputasse o Brasileirão, ganharia fácil?

O prestigiado site FiveThirtyEight, que entre outras especialidades trata de estatísticas de vários esportes, mantém um ranking de forças dos clubes de futebol com 643 clubes das principais ligas ao redor do mundo. Como qualquer ranking, tem critérios que podem ser contestados. Mas que o modelo estatístico é sério, não há dúvidas.

E através desse ranking é possível alimentar o imaginário com “respostas” para as perguntas acima. O resultado parece razoável. Ou, no mínimo, dá o chamado pano pra manga.

Segundo o ranking, o Palmeiras encerrou a temporada como o clube sul-americano mais forte, ficando em 44° na colocação geral.

À frente do Palmeiras, ficaram dez clubes da Premier League inglesa – o que, neste exercício, nos permite inferir que o Verdão, se disputasse o campeonato inglês, ficaria em décimo-primeiro lugar, de acordo com a força calculada pelo modelo.

Seguindo o mesmo raciocínio, o Palmeiras ficaria em oitavo lugar no Espanholão; sétimo lugar no Italianão e no Alemãozão; sexto lugar no Francesão; quarto lugar no Holandesão e no Portuguesão; e seria vice-campeão no Austriacão e no Russão.

Além destas nove ligas, segundo o exercício, o Palmeiras seria o time mais forte e com mais chances de ser campeão na Argentina, Turquia, Bélgica, Escócia, México, Ucrânia, Grécia, Polônia, Noruega e em qualquer outra liga do mundo.

Outros times brasileiros que apareceram no top 100 foram o Flamengo (62°), o Atlético-MG (64°), o Fluminense (77°), o Internacional (88°) e o SPFC (93°).

O River Plate é o primeiro time sul-americano não-brasileiro a figurar na lista, em 138° lugar. O SCCP está num honroso 134° lugar, entre o América-MG (133°) e o Fortaleza (135°).

A botecagem é um jeito maravilhoso de curtir o futebol. Ainda mais quando seu time está por cima!

O que achou? Espalhe o ranking completo por aí e cornetem (ou elogiem) os critérios, explicados com detalhes nesta página (em inglês).


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Letal! Palmeiras marcou 40% dos gols no Brasileirão a partir da bola parada

Zé Rafael comemora seu gol com Gustavo Scarpa pelo Palmeiras contra o Juventude, durante partida válida pela vigésima sexta rodada do Brasileirão 2022, no Allianz Parque.
Cesar Greco

Bola parada decidiu a favor do Palmeiras contra o Juventude

O segundo gol palmeirense na vitória por 2 a 1 sobre o Juventude no último sábado, pelo Campeonato Brasileiro, ocorreu a partir de uma das principais jogadas do Palmeiras: a bola parada. No lance, Gustavo Scarpa cobrou escanteio, Zé Rafael fez o movimento e a bola desviou em Murilo antes de entrar – apesar de resvalar no zagueiro, o gol foi dado ao camisa 8.

Melhor ataque do Campeonato Brasileiro, com 43 bolas na rede, o Palmeiras anotou 40% (17) de seus gols em jogadas que tiveram a bola parada como origem. Analisando esses números profundamente, é possível observar que os escanteios são o ponto mais forte: 12 gols da equipe saíram deste lance, seja em cobranças diretas à área ou em toques curtos. Para completar a estatística: quatro foram de pênalti e um aconteceu após falta lateral.

“Não dedico nossa forma de atacar a um só momento. A bola parada não é de hoje. Minhas equipes sempre fizeram gols de bola parada, pois faço com que meus jogadores dediquem tempo a isso. Eu quero é ganhar o jogo”, disse Abel Ferreira em recente entrevista coletiva.

Observando a temporada de 2022 até o momento, 45% dos gols anotados pelo Verdão no período ocorreram a partir da bola parada – 52 de 116. Em levantamento realizado pelo perfil Espião Estatístico, do Ge.com, o Palmeiras é o time que mais balança as redes adversárias dessa forma entre os clubes da Série A.

Fator Gustavo Scarpa

Gustavo Scarpa do Palmeiras em disputa com Chico do Juventude, durante partida válida pela vigésima sexta rodada do Brasileirão 2022, no Allianz Parque.
Cesar Greco

Além de todo treinamento que ocorre na Academia de Futebol, outro fator preponderante para a equipe de Abel Ferreira ter sucesso nas bolas paradas é o fato de o Palmeiras ter em seu elenco Gustavo Scarpa, considerado por muitos torcedores e críticos esportivos um dos melhores cobradores de faltas e escanteios do Brasil.

Dos 17 gols do time no Brasileirão, que aconteceram a partir dessa jogada, 12 (71%) tiveram a participação do meio-campista, sendo seis de forma direta (cinco assistências e um gol) e outros seis com ele iniciando o lance.

Dos cinco gols que restam para completar a estatística, Veiga participou de quatro (duas assistências após escanteios e dois gols de pênalti) e Gustavo Gómez de um (pênalti contra o Ceará).

Veja a lista de jogos do Palmeiras no Brasileirão com gols a partir da bola parada:

A culpa pela eliminação da Libertadores

O Palmeiras foi eliminado ontem da Libertadores da América pelo Athletico-PR, e a forma como tudo aconteceu machucou bastante a torcida. Ainda dentro do prazo de 24 horas para lamentar, o que não falta entre nós é a busca por culpados.

Antes de apontar o dedo em qualquer direção, precisamos reconhecer a atitude de nosso adversário, que soube jogar uma semifinal de Libertadores. Isso é o que acontece com quem tem no banco uma lenda como Luiz Felipe Scolari.

Apesar de todos os nossos erros, que enumeraremos a seguir, os paranaenses fizeram a parte deles. O Palmeiras nunca joga sozinho, sempre há um adversário pela frente.

Enfim, vamos à lista:

Arbitragem – houve erros graves, claros e indiscutíveis; houve diferença na utilização de critérios, e houve erros pequenos, quase imperceptíveis, que denotam como o apito do senhor Esteban Ostojich tinha um lado bem definido. E sabemos como o Palmeiras tem sido vítima constante dos erros dos árbitros mesmo com toda a tecnologia do VAR à disposição.

Montagem do elenco – Faltou no elenco um jogador com característica mais forte de marcação, para ajudar a proteger melhor a zaga e não dar espaços como o que Fernandinho encontrou para criar o primeiro gol. Jailson se machucou e o elenco não tem ninguém com características semelhantes. A montagem de elenco, por política financeira, segue padrões de time médio e a diferença nos níveis de Palmeiras e Athletico hoje é a espinha dorsal montada até 2020 pelo diretor anterior, que coincidentemente, hoje, está no adversário. Essa diferença já não foi suficiente para nos garantir uma classificação. O Palmeiras vai perder Scarpa no fim do ano; mais dia, menos dia, perderá Gómez, Veiga e Dudu, e se as reposições seguirem o padrão de 2021 para cá, o Palmeiras vai trocar de lugar com o Athletico no cenário do futebol brasileiro.

Diretoria – Além da política financeira questionável que vem estrangulando o trabalho da montagem do elenco, parece claro que estamos nas mãos de uma presidente que não domina o terreno. O Palmeiras não tem bastidor, e é por isso que as arbitragens deitam e rolam em cima de nosso time. O vídeo desastrado de Leila Pereira divulgado minutos depois da eliminação só evidencia, no pior momento possível, o quanto estamos nas mãos de pessoas que não sentem na carne nem 1% do que nós sentimos.

Time inocente – este ponto envolve uma discussão filosófica. Como esportistas, repudiamos antijogo, a cera e a pressão nos juízes (o famoso “bolinho”). O próprio Abel disse que isto, para ele, é um valor inegociável. Felipão, por sua vez, atira ele mesmo bolas no campo de jogo se for necessário. Enquanto tivermos o comportamento perfeito e os outros times fizerem isso contra nós, estaremos sempre em desvantagem, seremos sempre a virgem do prostíbulo. Existe alguma forma de neutralizar estas artimanhas sem nos igualarmos a eles? Qual é o limite entre a catimba aceitável e a falta de esportividade?

Murilo – foi mal nos dois jogos contra o Athletico e cometeu uma falha boba, que gerou sua expulsão e mudou o rumo do jogo. Ironicamente, vinha deixando a torcida muito satisfeita por ter entrado no lugar de Luan, tido como um ótimo zagueiro, mas com falta de sorte, que falha em decisões. Murilo, pelo desempenho em dois jogos, não serve? E Gustavo Gómez, que cometeu um pênalti em Jô aos 50 do segundo tempo na final do Paulista de 2020, só serve porque o Patrick acertou o pênalti? Afinal, qual seria a zaga ideal para o Palmeiras?

Abel Ferreira – é um comandante notável, com todas as características de um grande líder. Ele tem um plano, que quase sempre funciona. Mas já é possível notar um certo padrão nos planos que falham: damos muito espaço para os adversários, que vêm conseguindo gols em chutes de fora, que com alguma sorte acabam desviados e entrando em nosso gol. A bola desviada é um fator aleatório, mas nem tanto, já que os chutes poderiam não ter acontecido. Não seria este um ponto em que Abel, que refutou a fragilidade na entrevista pós-jogo dizendo que “o time estava fechado”, ainda poderia evoluir?

Torcida – demos show em Montevideo, em Abu Dhabi e em tantos estádios pelo Brasil. A atmosfera criada no duelo contra o Galo foi inesquecível. Nossa torcida parecia ter atingido o estado da arte das arquibancadas. Mas algo não funcionou contra o Athletico-PR. O estádio sentiu demais o gol do Pablo e virou um velório – e obviamente piorou com o gol do Terans, a cinco minutos o fim. O que deu errado?

Diante de uma lista tão grande, podemos concluir que não há exatamente nenhum grande culpado. Como quase sempre no futebol, o resultado acaba sendo uma somatória de fatores. Apontar o dedo apenas para uma direção seria uma enorme injustiça.

Se você veio até este texto buscando munição para a prática de linchamento virtual, é provável que esteja frustrado. Vai chamar isto de “passada de pano”. Se este é o caso, lamentamos o inconveniente, mas nossa proposta nunca foi essa.

Vamos tentar desenvolver cada ponto da lista acima numa série de lives nos próximos dias. Cada ponto terá a presença da equipe do Verdazzo, mais convidados da mídia palestrina e talvez até da mídia tradicional, mais os padrinhos do nosso projeto – afinal, é através das discussões de alto nível em nossos grupos que chegamos a esses temas.

Clique aqui para se inscrever-se em nosso canal do YouTube e acompanhe esta série do Verdazzo. Acreditamos que, muito melhor que saciar a sede de sangue, é fomentar discussões que possam acrescentar, e deixar o Palmeiras mais forte ainda para as próximas conquistas.


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Palmeiras tem alto índice de finalizações e solidez defensiva em 2022; confira

Raphael Veiga do Palmeiras em disputa com Bruno Silva do Guarani, durante partida válida pela décima rodada do Paulistão 2022, no Allianz Parque.
Cesar Greco

Palmeiras tem a segunda melhor defesa entre as equipes da Série A e é uma das que mais finaliza no Campeonato Paulista

No último domingo, o Palmeiras recebeu o Guarani, em partida válida pela décima rodada do Campeonato Paulista, e venceu o adversário por 2 a 0, com gols de Gustavo Scarpa e Wesley. Invicto na competição, o Verdão repetiu contra a equipe de Campinas a mesma solidez defensiva que vem tendo desde o início do ano.

A equipe disputou 10 partidas pela atual temporada (os jogos do Mundial de Clubes são contabilizados para a temporada de 2021) e sofreu apenas três gols; por outro lado, marcou 16. Ao contabilizarmos apenas o Paulistão, os números são ainda mais expressivos: nove gols anotados e apenas um sofrido – o que faz com que o Palmeiras lidere as estatísticas de defesa do torneio.

Em entrevista coletiva após a vitória de domingo, Abel Ferreira foi questionado sobre a performance defensiva do Palmeiras e atribuiu esse sucesso ao desempenho ofensivo do time.

“Nossa defesa é consequência da forma que atacamos. Se finalizo mais de 20 vezes, ofereço pouca oportunidade do adversário nos atacar. E quando não finalizamos a jogada, nossos jogadores têm tido um comportamento e um gatilho coletivo de pressionar o mais rápido possível o adversário”, disse o comandante, que completou enaltecendo os atletas.

“Isso é fruto do trabalho e do comprometimento deles. Temos princípios de jogo coletivo e eles estão seguindo. Não importa quem for escalado, dá gosto ver o padrão de jogo ofensivo e defensivo”, finalizou.

De acordo com o site de estatísticas SofaScore, o Palmeiras só não finalizou mais vezes que o adversário em apenas uma partida: contra o Água Santa, no dia 1 de fevereiro – duelo vencido por 1 a 0. Confira os números:

  • Palmeiras 2 x 0 Guarani:
    • Palmeiras: 21 finalizações (total), sendo cinco no alvo
    • Guarani: 9 finalizações (total), sendo duas no alvo
  • Inter Limeira 0 x 0 Palmeiras:
    • Palmeiras: 9 finalizações (total), sendo uma no alvo
    • Inter de Limeira: 8 finalizações (total), sendo duas no alvo
  • Palmeiras 1 x 0 Santo André:
    • Palmeiras: 18 finalizações (total), sendo três no alvo
    • Santo André: 10 finalizações (total), sendo cinco no alvo
  • Ferroviária 0 x 2 Palmeiras:
    • Palmeiras: 18 finalizações (total), sendo seis no alvo
    • Ferroviária: 9 finalizações (total)sendo duas no alvo
  • Palmeiras 1 x 0 Água Santa:
    • Palmeiras: 10 finalizações (total), sendo uma no alvo
    • Água Santa: 11 finalizações (total), sendo três no alvo
  • São Bernardo 1 x 1 Palmeiras:
    • Palmeiras: 17 finalizações (total), sendo quatro no alvo
    • São Bernardo: 8 finalizações (total), sendo uma no alvo
  • Palmeiras 3 x 0 Ponte Preta:
    • Palmeiras: 15 finalizações (total), sendo três no alvo
    • Ponte Preta: 7 finalizações (total), sendo uma no alvo
  • Novorizontino 0 x 2 Palmeiras:
    • Palmeiras: 14 finalizações (total), sendo cinco no alvo
    • Novorizontino: 10 finalizações (total), sendo uma no alvo

A média de finalizações e finalizações no alvo do Palmeiras por partida na temporada é de 16,2 e 4, respectivamente. Enquanto isso, os adversários arriscaram 9,3 chutes contra a meta palmeirense, mas apenas 2,3 vão em direção ao gol. O Verdão ostenta ainda a segunda melhor defesa desta temporada, entre os clubes da Série A do Brasileirão, com média de 0,3 gol sofrido por partida, atrás apenas do Fluminense, com 0,25.

O desempenho do time atacando e defendendo será colocado à prova nos próximos jogos. Isto porque o Palmeiras terá três clássicos em sequência (SPFC – 10/3; Santos – 13/3; e SCCP – 17/3), além de um confronto contra o Red Bull Bragantino, em Bragança Paulista, no dia 20 deste mês.

Palmeiras tem melhor início de temporada atuando no Allianz Parque

Os resultados positivos e a performance ofensiva e defensiva do Palmeiras na temporada fizeram com que o clube tivesse seu melhor início de ano jogando no Allianz Parque. Até o momento, o Verdão tem 100% de aproveitamento dos pontos (cinco vitórias em cinco partidas), colocou nove bolas na rede e ainda não foi vazado.

A performance nos primeiros jogos de 2022 em casa supera a dos anos de 2017 e 2020, quando o Palmeiras obteve quatro vitórias e um empate nos cinco jogos iniciais.