Aposentado, Valdivia recebe homenagem do Palmeiras e manda recado à torcida

Valdivia comemora seu gol pelo Palmeiras contra o Atlético Sorocaba, durante partida válida pela terceira rodada do Paulistão 2014, no estádio municipal Walter Ribeiro, em Sorocaba/SP.
Cesar Greco

Aos 38 anos, Valdivia anunciou aposentadoria no último final de semana

Na última sexta-feira, aos 38 anos, Jorge Valdivia anunciou a aposentadoria do futebol. O ex-meio-campista, que atuou pelo Palmeiras em duas oportunidades – de 2006 a 2008; e de 2010 a 2015 –, foi homenageado pelo clube na noite de segunda-feira.

Descrito pelo clube como “ídolo de uma geração e lenda eterna do Palmeiras”, o chileno teve sua trajetória recontada com destaques para atuações marcantes, como o gol do “chororô” diante do SCCP em 2008; o tento sobre o SPFC na semifinal do Paulista de 2008, além do pênalti convertido frente ao Coritiba no primeiro jogo da final da Copa do Brasil de 2012.

O clube, ainda, o introduziu na “Galeria de Craques” do site oficial, que também conta com a presença de Ademir da Guia, Emerson Leão, Edmundo, Evair, entre outros ídolos da história palmeirense.

Nas redes sociais, o maior jogador da História do Palmeiras, Ademir da Guia, e o ex-jogador Alex, camisa 10 da primeira conquista de Libertadores, também homenagearam Valdivia; confira:

Valdivia manda recado à torcida

Também através das redes sociais, o Palmeiras divulgou um vídeo de Valdivia agradecendo o clube e a torcida. Confira:  

Entre ‘magia’ e lesões

Valdivia comemora seu gol pelo Palmeiras contra o SPFC, durante partida válida pela quinta rodada do Paulistão 2014, no Pacaembu, em São Paulo/SP.
Cesar Greco

Valdivia chegou ao Palmeiras em 2006 após ser destaque do Colo-Colo. Conhecido como “El Mago”, o ex-camisa 10 recebeu poucas oportunidades no primeiro ano de clube, mas com a chegada do técnico Caio Júnior, em 2007, firmou-se como titular e um dos principais jogadores da posição no país.

Disputou 38 partidas e encantou a torcida palmeirense em sua primeira temporada completa; jogador de técnica apurada e com ótima visão, Valdivia, ainda, foi às redes em 10 oportunidades.

No ano seguinte, comandado por Vanderlei Luxemburgo, manteve a performance e conquistou o primeiro troféu pelo clube: o Campeonato Paulista, torneio no qual foi decisivo na semifinal diante do SPFC ao marcar o tento da classificação para a final. Em agosto de 2008, após 40 jogos disputados e 14 gols marcados, foi vendido para o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, por cerca de R$ 20 milhões.

O retorno ao clube ocorreu em 2010, mas ‘El Mago’ não conseguiu repetir o sucesso na segunda passagem. Ainda que dentro de campo o desempenho técnico se mantivesse o mesmo, Valdivia conviveu com seguidas lesões musculares e desfalcou a equipe por muitos jogos. De 2010 a 2015, ano em que encerrou sua passagem, o chileno foi a campo em 148 dos 332 jogos que o Palmeiras realizou no período que esteve integrado ao elenco.

Ao todo, contabiliza 241 partidas pelo clube (estrangeiro com mais jogos na História do Palmeiras, ao lado de Arce), 41 gols marcados e três títulos conquistados: Campeonato Paulista de 2008 e as Copas do Brasil de 2012 e 2015.

Almanaque do Verdazzo – CONFRONTOS

Almanaque do Verdazzo - Confrontos

O Almanaque do Verdazzo é o maior banco de dados do mundo sobre um time de futebol específico. E uma das principais seções do Almanaque é a que contabiliza todos os confrontos diretos do Palestra/Palmeiras contra qualquer adversário, do Brasil e do exterior.

No menu principal do Almanaque, você clica em “Adversários” e encontra a lista completa de todos os times, seleções e combinados que o Verdão já enfrentou nestes mais de 100 anos de História.

Se você quiser restringir a busca a adversários de um único país, basta selecionar o filtro. A tabela é ordenável; é só clicar no cabeçalho e classificar os adversários pelo critério que preferir. E ao clicar no nome de qualquer adversário, você será redirecionado para a página com a lista completa de todos os jogos.

Só o torcedor do Palmeiras tem à disposição toda a História do time contada em detalhes, indexada e estruturada. O Almanaque do Verdazzo é o tira-teima definitivo para qualquer discussão em redes sociais ou mesa de bar. Aproveite!


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Encontro de gerações: Abel e Felipão se enfrentam pela primeira vez

Felipão e Abel Ferreira se encontram em hotel em Caxias
Cesar Greco

Ídolos da torcida palmeirense e amigos desde os tempos de Portugal, Abel e Felipão estão entre os técnicos mais vencedores do clube

O confronto deste sábado entre Palmeiras e Athletico-PR, válido pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro, marcará o primeiro encontro de duas gerações vitoriosas na história palmeirense: Abel Ferreira x Luiz Felipe Scolari.

Comandante do último título Brasileiro do Verdão, Felipão é o segundo técnico com mais jogos na História do clube (484 jogos – atrás de Oswaldo Brandão) e o terceiro com mais títulos (6 – atrás de Brandão e Vanderlei Luxemburgo). Abel Ferreira, por sua vez, vem logo atrás no quesito títulos: são cinco para o atual treinador, em 132 jogos à frente do Verdão; e disputou uma final a menos que Scolari (9 contra 10).

Os jeitos parecidos de comandar o Verdão à beira do gramado, somado às entrevistas sinceras e fortes, além dos resultados de campo, faz os dois serem muito identificados com a torcida e ocuparem, para diversos palmeirenses, a mesma prateleira dos maiores técnicos que já passaram pelo Palmeiras.

Abel e Felipão têm relação desde Portugal

A ligação entre os dois não fica restrita ao sucesso no comando do Palmeiras. Eles se conhecem desde os tempos em que o brasileiro foi treinador da seleção portuguesa, entre 2004 a 2008.

O atual treinador palmeirense nunca escondeu a admiração por Felipão, tanto por ele ter sido responsável por o convocar à seleção pela primeira vez, quanto por sua forma de trabalhar a equipe.

“Temos uma relação muito boa, desde os tempos de Portugal. Ele foi uma pessoa espetacular comigo. Tenho um sonho que não cumpri; fui à seleção, mas não joguei. E foi ele quem me chamou. Ele foi muito sincero comigo, disse que eu poderia jogar dependendo da condição do time, infelizmente não deu, mas ele foi muito humano. A partir daquele momento eu entendi porque a seleção conseguia ter aquele ambiente, entrosamento. Ele uniu um país em volta de uma seleção”, disse Abel sobre Felipão, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

Já para Scolari, os feitos atingidos por Abel em pouco tempo de Palmeiras o faz ser o maior técnico da História do clube.

“Para que todos saibam: o Abel é o maior treinador que o Palmeiras já teve em todas as épocas”, contou Felipão ao programa Jogo Aberto, da TV Bandeirantes, um dia antes da final do Mundial de Clubes contra o Chelsea. “Porque conseguiu os títulos e fez com que os jogadores trabalhassem pelo clube com alegria, com satisfação e com pensamento pelo Palmeiras que, talvez nós, não conseguimos passar”, completou.

Encontro em Caxias do Sul

Em junho do ano passado, o Palmeiras viajou até Caxias do Sul para enfrentar o Juventude e a delegação palmeirense recebeu a visita de Luiz Felipe Scolari na concentração. Em conversa com Abel, assistentes técnicos e outros funcionários do clube, o ex-técnico afirmou: “Se tivesse uma pessoa que merecia ser campeã da Libertadores tinha que ser ele [Abel]”.

“Era Abel Ferreira” completa 150 jogos no Palmeiras

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Cerro Porteño, durante primeira partida válida pelas oitavas de final da Libertadores 2022, no Estádio General Pablo Rojas.
Cesar Greco

No clube desde outubro de 2020, Abel Ferreira e seus auxiliares conquistaram cinco títulos

Multicampeã pelo Palmeiras, a comissão técnica comandada por Abel Ferreira completou na última quarta-feira, na vitória palmeirense por 3 a 0 sobre o Cerro Porteño, 150 jogos à frente do Verdão. Os números atingidos retratam por si só o grandioso trabalho – são 86 vitórias, 32 empates e 31 derrotas, além de cinco títulos conquistados em nove finais disputadas.

Entretanto, o trabalho de Abel Ferreira, João Martins, Vitor Castanheira, Carlos Martinho e Tiago Costa vai além das estatísticas. Um grande exemplo é a força mental da equipe, que incorpora o lema ‘cabeça fria e coração quente’ em momentos de dificuldades, como no segundo duelo contra o Atlético-MG na semifinal da Libertadores de 2021, ou a segunda partida contra o SPFC na final do Paulistão, quando o time precisou reverter um resultado adverso.

Por conta de algumas suspensões e também por ter contraído a Covid-19 duas vezes, Abel esteve à beira do gramado em 132 dos 150 jogos. Quando não pôde dirigir o Palmeiras, o comandante foi substituído em 16 oportunidades por João Martins e outras duas vezes por Vitor Castanheira.

Alcançar a marca de 150 jogos no comando do Palmeiras em uma passagem é um feito obtido por poucas comissões técnicas na História do clube, dentre as mais de 130 que já passaram.

Vanderlei Luxemburgo e seus auxiliares dirigiram o time em 154 partidas na primeira passagem pelo Verdão, entre 1993 a 1995. Já Luiz Felipe Scolari e Oswaldo Brandão ultrapassaram a marca em duas oportunidades cada um.

Felipão comandou o Palmeiras em 270 partidas, entre 1997 a 2000, e 154 vezes entre 2010 a 2012; Brandão, por sua vez, acumulou 227 jogos na terceira passagem (de 1958 a 1960), e 283 na quarta, entre 1971 a 1975.

Líderes das principais estatísticas da “Era Abel Ferreira”

*Dados retirados do site Footstats

Rony marca 2 vezes, alcança artilharia da temporada e iguala feitos de Pelé e Zico

Rony comemora gol pelo Palmeiras contra o Cerro Porteño, durante primeira partida válida pelas oitavas de final da Libertadores 2022, no General Pablo Rojas.
Cesar Greco

Contra o Cerro Porteño, Rony foi decisivo na vitória palmeirense por 3 a 0

Depois de quase um ano jogando como centroavante no Palmeiras, o atacante Rony tem se mostrado cada vez mais adaptado à função. Além da costumeira entrega na primeira linha de marcação e dos rápidos movimentos para aproveitar e abrir espaços na defesa adversária, nos últimos jogos, o camisa 10 vem apurando seu faro de gol.

Diante do Cerro Porteño, na noite de quarta-feira, Rony marcou duas vezes e foi decisivo para a vitória palmeirense por 3 a 0. “Significa muito pra mim, fazer gols e ainda ser eleito o melhor da partida. Estava com saudades de ganhar esse troféu, foi o primeiro da temporada e espero receber mais ao longo da competição. Agradeço também meus companheiros porque eu não jogo sozinho”, disse na saída do gramado.

“Conseguimos um grande resultado, foi uma partida difícil, eles tinham o apoio de seu torcedor. O resultado nos dá tranquilidade para o jogo da volta, mas não está nada ganho, o futebol às vezes pode ser traiçoeiro, a gente não pode relaxar”, finalizou.

Ao balançar as redes da equipe paraguaia, Rony alcançou duas marcas expressivas pelo clube: isolou-se como o maior artilheiro do Palmeiras na competição continental, com 16 bolas na rede, e de quebra, empatou com Zico e Pelé em número de gols marcados na História da Libertadores.

“O Rony tem aquilo que gosto de ver em um homem, que é caráter. Além disso, é um cara que trabalha pelo grupo. A qualidade vem depois com o trabalho. Não sabia desse recorde que ele alcançou. Fico muito contente por ele, é fruto do trabalho dele e de todo o grupo”, disse Abel Ferreira sobre o feito de Rony, em entrevista coletiva ao final da partida.

Rony artilheiro do Palmeiras

Rony comemora gol pelo Palmeiras contra o Cerro Porteño, durante primeira partida válida pelas oitavas de final da Libertadores 2022, no General Pablo Rojas.
Cesar Greco

Nos últimos dez jogos em que esteve em campo, Rony foi às redes sete vezes e, atualmente, contabiliza 16 gols na temporada. Com isso, o atacante tornou-se o artilheiro do time no período, ao lado de Raphael Veiga.

Em toda trajetória pelo Palmeiras, o jogador tem 39 gols anotados em 138 partidas disputadas. Na lista dos maiores goleadores do clube, ele empatou na 76ª posição com Aquiles, Euller, Kleber e Gustavo Scarpa.