Veículos argentinos exaltam Palmeiras e Abel Ferreira após título da Recopa: “dono da América do Sul”

Palmeiras posa para a foto oficial antes do jogo contra o Athletico-PR, durante segunda partida válida pelas finais da Recopa Sul-Americana 2022, no Allianz Parque.
Cesar Greco

Diário Olé e a ESPN Argentina repercutiram o triunfo do Palmeiras sobre o Athletico-PR

A América do Sul é novamente verde. Na noite de ontem, o Palmeiras venceu o Athletico-PR, por 2 a 0, e conquistou a Recopa Sul-Americana pela primeira vez em sua História. Os gols foram anotados por Zé Rafael e Danilo no segundo tempo.

A conquista continental palmeirense em cima de outra equipe brasileira em pouco mais de três meses foi destaque no Olé, um dos principais jornais argentinos, e também na ESPN Argentina.

O diário de Buenos Aires estampou a manchete “o dono da América do Sul”, ao falar sobre o Palmeiras, e depois completou:

“De volta olímpica em volta olímpica, esse é o Palmeiras, o dono do continente. O Verdão é o bicampeão da Libertadores (ganhou em 2020 contra o Santos e em 2021 contra o Flamengo) e somou um novo troféu para sua vitrine recheada: ganhou a Recopa sobre o Athletico-PR”, escreveu.

O título da Recopa foi o quinto de caráter continental da História do clube. Os outros são as três Libertadores e a Copa Mercosul, de 1998.

“Com o título, o Palmeiras confirmou que é a melhor equipe do continente e um dos grandes candidatos a levar a Libertadores de 2022. Inclusive, o Verdão esteve perto de fazer história no Mundial de Clubes, já que perdeu para o Chelsea apenas nos acréscimos”, acrescentou o Olé.

4 vezes campeão pelo Palmeiras, Abel Ferreira é enaltecido

Além do Olé, a ESPN da Argentina, por meio de suas redes sociais, exaltou o técnico do Verdão, Abel Ferreira. O canal destacou o quarto título do comandante à frente do clube e questionou: “É o melhor treinador da América do Sul?”; confira:

No Brasil há pouco mais de um ano e quatro meses, Abel é o técnico com mais títulos internacionais no Palmeiras e soma, no total, 104 jogos no comando do clube, com 57 vitórias, 20 empates e 27 derrotas.

A torcida pergunta; o Palmeiras responde

A torcida pergunta, via mídia palestrina, para a diretoria do Palmeiras
Gabriel Yokota

Em 18 de fevereiro de 2022, o Palmeiras abriu um canal de comunicação com os canais mantidos pela torcida na internet.

O objetivo, segundo a responsável pelo contato com as mídias palestrinas, Helô Campanholo, é estreitar o relacionamento entre os veículos mantidos por torcedores e o clube.

Tanto a responsável, como o coordenador de mídias sociais, Rodolfo Maia, também se comprometeram a tirar dúvidas e a responder perguntas enviadas pelos membros da mídia palestrina através de um grupo de Whatsapp criado para ser a ferramenta de comunicação.

Sendo assim, o Verdazzo publicará aqui as principais dúvidas levantadas pelos veículos de torcedores e qual a resposta do clube. Salve este post, que será atualizado constantemente, nos seus favoritos!


24/02/2022 – Verdazzo

Resposta: aguardando

23/02/2022 – Verdazzo

Contexto – contratação de um camisa 9. Foi um tema geral que vários colegas perguntaram de forma insistente, e a primeira que o clube respondeu da seguinte maneira:

A resposta não satisfez a ninguém e as perguntas sobre o tema seguiram.

Pergunta Verdazzo

Resposta

Opinião: A diretoria tergiversou e não respondeu à pergunta, o que apenas reforça a sensação generalizada de que estamos à mercê de pessoas despreparadas na montagem do elenco. Para que a confiança da torcida aumentasse, a resposta precisava ter mais conteúdo, com dados e explicações.


23/02/2022 – Eduardo Luiz (PTD)

Resposta

Opinião: A presidente tergiversou e não respondeu à pergunta


Segundo o combinado, as respostas a todas as perguntas virão duas vezes por dia, às 11h e às 17h.

O Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.

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Neto diz que Marcos Leonardo é melhor que “esse Endrick”. E você embarca com força

Neto e Endrick

Existem personagens que só de aparecerem nos títulos dos conteúdos da internet movimentam zilhões de megabytes. Entre os astros do esporte brasileiro, Neymar ainda é o campeão. Entre a torcida do Palmeiras, recentemente, Endrick é a bola da vez.

Por outro lado, existem comunicadores que aprenderam direitinho a usar frases de efeito para atrair a audiência. O mestre de todos eles se chama Milton Neves. Seus mais notórios discípulos são Benjamin Back e Neto.

Eles não têm a menor preocupação em serem levados a sério. Suas frases polêmicas são construídas com rigor científico, sempre tendo a provocação como mote e usando os personagens da moda como tema.

“Marcos Leonardo é melhor que esse Endrick”, frase cunhada hoje em seu programa diário na Band, é cirúrgica. Atinge três torcidas ao mesmo tempo: a do Santos e a do SCCP, que jogaram ontem, e a do Palmeiras, que não tem nada a ver com o papo.

Neto fez uma comparação completamente descabida. Endrick tem apenas 15 anos e todo mundo sabe que não há como compará-lo com nenhum profissional. Mas mesmo assim o animador joga a provocação no ar, porque sabe que usar o nome de um astro em ascensão, em evidência mundial, lhe renderá visibilidade – ainda mais se o fizer de forma jocosa.

Além de tudo, Neto usa a repulsa da torcida do Palmeiras como combustível. Tal sentimento, aliás, foi construído de forma consciente: declarar-se torcedor do SCCP e vociferar diariamente como tal o faz ser muito mais procurado do que se não se declarasse por nenhum lado, ou do que se fosse um comunicador comedido de voz suave. A audiência prefere amar ou odiar o cronista em vez de apenas se informar. É meio primitivo, mas é assim que funciona. E Neto ganha muito mais dinheiro hoje do que como jogador de futebol.

Admita: você, que entrou neste site pela primeira vez, só entrou por causa do título polêmico. A foto também mexeu com seus instintos. Verdade ou mentira?

Você diz que odeia o Neto, mas o que você faz para que ele caia no ostracismo?
Você odeia mesmo o Neto ou ama odiá-lo?


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Mesmo com o futebol parado, segue o líder!

O Palmeiras é certamente o clube brasileiro que vem tendo a melhor postura, em todos os sentidos, nestes tempos de pandemia e é o verdadeiro líder do futebol brasileiro. Além de se posicionar de forma responsável com relação à volta das atividades, uma série de atitudes destacam o maior vencedor de títulos nacionais dos rivais.

O Palmeiras foi o primeiro clube a adequar a arrecadação do plano de sócio-torcedor nos meses em que o futebol está paralisado em créditos para a compra de ingressos no futuro. Os consulados do Palmeiras arrecadaram e distribuíram uma quantidade enorme de roupas e alimentos aos necessitados – o mesmo foi feito pelas organizadas.

Também foi o Palmeiras o clube que melhor tratou seus empregados, ao garantir o trabalho de todos, sobretudo dos colaboradores do clube social e do departamento de base, algo possível graças a uma ótima negociação com o elenco, que aceitou de forma generosa uma redução temporária nos vencimentos. Nos clubes rivais, a demissão de funcionários foi o caminho escolhido para garantir o salário integral das estrelas.

Tudo isso só foi possível graças à solidez que o clube, de forma profissional e responsável, sustenta desde 2013, quando um novo modelo administrativo-econômico foi implementado – ao contrário da esmagadora maioria dos clubes brasileiros, que continuam gastando mais do que arrecadam e antecipando receitas de forma irresponsável.

Muitos méritos; não é só a Crefisa

Ao tratar dessas diferenças, a imprensa, como sempre, atribui a força econômica do Palmeiras única e exclusivamente ao patrocínio da Crefisa. O fato do Palmeiras ter um patrocinador que cumpre suas obrigações parece até ser motivo de desabono para o clube.

Às vezes algumas opiniões da imprensa deixam a impressão que o Palmeiras é uma espécie de “traidor da classe”. Se os clubes queridos e protegidos estão com problemas, nós também teríamos que estar.

Na realidade, o Palmeiras não está sendo o exemplo apenas porque a patrocinadora, conselheira do clube, tem aspirações políticas. As receitas advindas do contrato de publicidade têm valores respeitáveis, mas nem de longe podem ser considerados o único pilar econômico, já que não chegam a 20% do total de receitas auferido em 2019, segundo balanço divulgado recentemente.

Nosso clube, além do patrocínio da Crefisa, recebe integralmente as cotas da Puma. As vendas de atletas tiveram um resultado muito interessante, além das ótimas negociações pela comercialização dos direitos de TV.

As bilheterias, mesmo num valor inferior a 2018, bem como o Avanti, também foram ótimas fontes de receita e o Palmeiras segue recebendo as parcelas regulares de outros contratos que não adiantou nos anos anteriores, como fizeram os outros clubes que agora estão com o pires na mão.

Ao ficar sem títulos e sem premiações em 2019, o Palmeiras não fez como a maioria dos clubes e não foi de forma desenfreada ao mercado para satisfazer às pressões internas e da torcida. Pode até não ser suficiente para a conquista de títulos – saberemos ao final do ano – mas com Rony e Viña, mais as promoções dos meninos da base, o clube se deu por satisfeito e se manteve com o fluxo equilibrado. E só pode se manter competitivo usando a base quem trabalha bem nessa frente.

Tudo isso são méritos que a imprensa, sempre com camisas por baixo, se esforça para omitir ou mesmo distorcer. O uso do termo “mecenato”, sempre de forma pejorativa, denota uma má vontade que beira um século. A imprensa em geral odeia o Palmeiras e não é de hoje. O balanço é público, as informações estão todas disponíveis. Só distorce quem quer.

O Palmeiras pode não ser o atual detentor dos troféus mais importantes do país neste momento, mas segue sendo o líder, não apenas em conquistas, mas também na postura, liderando pelo exemplo, fazendo como ninguém seu papel na sociedade nestes tempos tão difíceis. SEGUE O LÍDER! VAMOS PALMEIRAS!


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Analistas Passport: um olhar etílico sobre nossa imprensa esportiva

Passport

Na década de 70, a economia brasileira não era aberta como hoje. Havia uma enorme preocupação do governo federal em estimular a indústria nacional e artigos importados eram caríssimos por causa dos impostos.

Nossas indústrias, sem a competição do mercado externo, lançavam produtos de qualidade extremamente baixa, cortando custos de desenvolvimento e de matéria-prima. Assim, a palavra “importado” ganhou um significado mais prolongado e passou a ser quase um sinônimo de “produto de qualidade superior”.

Para se beber uísque no Brasil, se você não fosse um sujeito abastado que pudesse trazer de suas andanças pelo mundo garrafas legítimas de Scotch e não quisesse se arriscar com produtos duvidosos contrabandeados pela fronteira com o Paraguai, era preciso escolher entre Old Eight, Drury’s e Natu Nobilis.

Até que surgiu o Passport, que se apresentou como um produto de qualidade superior, embora ainda fosse ruim. Afinal, mesmo engarrafado no Brasil, era “produto importado”. O marketing bem feito causou euforia entre os tiozões da época. Com sua garrafa verde, o Passport conseguia ser visto como classudo, respeitado. Iludiu muita gente, por muito tempo.

A imprensa esportiva nasceu nos jornais e cresceu nas ondas do rádio. Dentro da classe jornalística, a redação de esportes sempre foi vista como o quintal. Quem não tinha preparo para escrever sobre economia, sagacidade para escrever sobre política ou classe para ser colunista social, acabava cobrindo corridas de cavalos ou boxe. Se tivesse sorte ou persistência, acabava conseguindo um lugar para cobrir o futebol.

E por muito tempo a História do esporte mais popular do mundo foi contada pelo que saía de pior das faculdades de jornalismo. Muitos, com sérios problemas com o uso correto do idioma.

Não havia muito compromisso ou responsabilidade nas análises, afinal, as palavras ditas nas ondas no rádio perdiam-se no vento e o que era escrito nos jornais acabava embrulhando peixe. Não havia redes sociais, não havia prints. O público não tinha como questionar. Era muito fácil.

No início dos anos 90, quando as emissoras de televisão descobriram o potencial econômico da cobertura de futebol, apareceram nas redações de esporte alguns sujeitos diferenciados. Espertos, perceberam que podiam falar para multidões e serem famosos falando sobre um tema bem fácil. Mais fluentes que a média, exibindo raciocínio com começo, meio e fim, impressionaram o público. Até hoje sobrevivem dessa fama de inteligentes, articulados e esclarecidos, embora não sejam envelhecidos e engarrafados na Escócia. São os analistas Passport.


Com a redução dos impostos sobre importação, o brasileiro hoje já tem mais acesso a uísques de qualidade superior. A própria indústria nacional teve que caprichar mais. Hoje, sabemos, o Passport é um uísque bem inferior.

A participação de Mano Menezes ontem no “Bem Amigos” do SporTV escancarou o que é a imprensa esportiva do nosso país: um amontoado de garrafas de Passport, rodeadas de Drury’s, Natu Nobilis e Old Eight.

Reclamam da qualidade do nosso futebol, mas não fazem o básico para melhorar a discussão sobre o esporte. Insistem em colocar tarja na testa dos jogadores, analisam o atleta por posição e não por função. Insistem em fazer comparativos posição-por-posição antes de um jogo importante.

Olham só a bola e esquecem do preenchimento de espaços. Analisam os dados estatísticos das partidas como um enfermeiro comenta a atividade de um cirurgião. No auge da limitação de raciocínio, concluíram que quantidade de posse de bola define a qualidade do jogo.

Ignoram solenemente as atividades que dão suporte aos clubes profissionais. Administração financeira, medicina, fisioterapia, análise de desempenho são temas que recebem, no máximo, um olhar superficial.

Mas se fosse apenas a preguiça e a falta de conhecimento, vá lá. Teria conserto, bastaria uma reciclagem. O problema maior é que nossos jornalistas não conseguem tirar a camisa do time que torcem por baixo. São desonestos. Vendem a imagem de imparciais, mas são clubistas e enganam o torcedor que espera uma análise imparcial.

E os analistas Passport fazem tudo isso e ainda conseguem vender uma imagem de serem diferenciados.

Talvez esteja mesmo na hora de importarem comentaristas de outros países, como sugeriu Mano Menezes.

Ou, quem sabe, o público se liberta de uma vez desses produtos de qualidade inferior dentro de garrafas verdes, e descobre que existe a alternativa proporcionada pelo desenvolvimento da Internet: canais de torcedores, declaradamente parciais, que não o enganarão.

Na Internet, tem de tudo. Cabe ao público garimpar os sites e canais que lhe agradam e torcer para que eles cresçam e ganhem espaço dos velhos Passport.


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