Única candidata para o cargo, Leila Pereira obteve 1.897 votos
Aconteceu neste sábado, no ginásio poliesportivo do clube social, a eleição para presidente do Palmeiras. A empresária Leila Pereira, única candidata, será a mandatária do clube nos próximos três anos (2022/2023/2024), com possibilidade para uma reeleição.
A dona da Crefisa e da FAM (Faculdade das Américas), principais patrocinadores do Palmeiras, recebeu 1.897 votos de 2.141 possíveis e começará o seu mandato a partir do dia 15 de dezembro.
Além de Leila, compõem sua chapa (Palmeiras de Todos) Paulo Buosi (reeleito 1º vice), Maria Tereza Ambrósio Bellangero (2ª), Neive Conceição Bulla de Andrade (3ª) e Tarso Luiz Furtado Gouveia (4ª).
Leila Pereira precisava de 50% dos votos para ser eleita
Apesar de Leila concorrer sozinha à presidência do Palmeiras, era preciso que ao menos 50% dos votos fossem direcionados a ela. E isso foi alcançado com facilidade, já que a empresária obteve 88,6% – 244 sócios votaram em branco.
Ela será sucessora de Maurício Galiotte, que presidiu o clube de 2017 a 2021. Aos 57 anos, Leila, formada em Jornalismo e Direito, será a primeira mulher na História a comandar esse cargo no Palmeiras.
Vanderlei Luxemburgo não é mais o técnico do Palmeiras desde a noite de ontem, quando alguns jogadores deliberadamente jogaram com o freio de mão puxado. Marcos Rocha, Felipe Melo, Patrick de Paula, Zé Rafael e Gabriel Veron negarão até a morte, mas ficou claríssimo que esses atletas decidiram puxar o tapete de Luxa no Palmeiras.
A atitude é reprovável, mas faz parte da cultura do boleiro brasileiro. Em 2006, nosso elenco derrubou Emerson Leão ao permitir que o Figueirense aplicasse um sonoro 6 a 0 no Orlando Scarpelli. Em outros clubes também há vários exemplos dessa atitude que é tudo, menos exemplo.
Quando isso acontece, é sinal que as coisas estão mal, muito pior do que podemos imaginar. Em ambientes saudáveis, um desejo por troca por parte do elenco passa por uma conversa. Uma diretoria sensível entende o problema e não deixa chegar no extremo de uma operação puxa-tapete.
Mas às vezes a conversa nem chega a ocorrer porque não há consenso no elenco – aí surgem as tais panelas; bastam 3 ou 4 em conluio para derrubar um técnico. E as consequências podem ser graves.
Sensibilidade
César Greco/Ag.Palmeiras
Que o elenco estava insatisfeito, está claro. Só que um grupo de 30 pessoas nunca será homogêneo e provavelmente havia divisões no grau de insatisfação. E quando a ala mais radical age, passando por cima do resto, pode haver consequências.
Não sabemos se os mais tolerantes eram a favor da permanência ou se simplesmente estavam lavando as mãos. Tampouco sabemos se os jogadores que nitidamente se esforçaram para evitar um vexame maior no placar, caso de Gabriel Menino e Willian, serão retaliados pela ala rebelde.
Pode ser que no final todos tenham se entreolhado e respirado aliviados, dando início a um novo ciclo. Mas também pode ser que o episódio tenha deixado sequelas que só serão sanadas com a remoção de certas peças do grupo.
Cabe à diretoria ter a sensibilidade de identificar eventuais rachaduras no elenco e as corrigir. Mas a sensação é de estarmos à deriva, sem comando. Esperar que o grupo de pessoas que comanda nosso futebol – de Edu Dracena a Maurício Galiotte – tenha essa presença de espírito é como acreditar em contos de fadas. Só nos resta torcer.
Métodos de escolha equivocados
Cesar Greco/Ag.Palmeiras
A trajetória recente de Luxemburgo no Palmeiras teve vários indícios de que algo estava muito errado. Nosso time perdeu pontos inacreditáveis nos primeiros jogos do Brasileirão e a torcida iniciou a fervura.
O primeiro sinal de que os tropeços são apenas oscilações naturais são as comemorações de gol: o grupo corre para abraçar o técnico, mostrando à torcida que está tudo bem. Não vimos isso com Luxa em momento algum.
Jogadores reclamavam, em off, dos métodos do treinador e da comissão técnica. A insatisfação era maior em quem ainda precisava provar seu valor ao público. Mas o tamanho de Vanderlei Luxemburgo no futebol impunha respeito aos atletas, que assim iam levando. Assim como à torcida, restava a nossos jogadores esperar que Luxa encontrasse uma liga no elenco.
Como sabemos, isso não aconteceu e a situação chegou ao extremo que vimos nos últimos jogos. O time, que mesmo com problemas não perdia jogos, de uma hora para outra perdeu três seguidos. A última vez que havia sofrido três gols num jogo havia sido no início de dezembro, 40 partidas atrás – coincidentemente, na última partida sob o comando de Mano Menezes.
Nosso grupo de jogadores – pelo menos os que restaram – é talentoso e tende a jogar muito bem se forem para outros clubes, encaixando em outros esquemas. Precisamos de um treinador que seja capaz de identificar os talentos de cada atleta e imagine uma forma de encaixá-los, extraindo deles o máximo de seus potenciais.
Mas o critério de contratação de nossa diretoria, desde a demissão de Roger Machado, tem sido o de recorrer a medalhões, técnicos cascudos com passagens pela seleção brasileira ou com um passado glorioso no clube – nos casos de Felipão e Luxa, as duas coisas. O critério técnico ficou em segundo plano; o que interessa mesmo à diretoria é alguém que sirva de pára-raio nos momentos de crise. A política vem em primeiro lugar.
Se esse método não mudar, estamos condenados a pedir a cabeça do próximo técnico após 40 ou 50 jogos, num ciclo infinito. E jamais teremos a hegemonia que temos plenas condições de exercer desde a inauguração do Allianz Parque e da reestruturação das categorias de base e da modernização da Academia de Futebol.
É preciso quebrar o ciclo
Estamos involuindo. Conselheiros “influentes” estão com voz cada vez mais ativa no futebol, como nos anos 70 e 80.
A blindagem que vigeu na administração passada, eficiente e vencedora, mas antipática e impopular nas alamedas, deu lugar a uma falsa democratização e a um trem da alegria que nos mandam de volta, cada vez mais, a um passado do qual tentamos nos livrar.
Tudo passa por uma estrutura política que não evolui, permitindo que pessoas mesquinhas se aproximem do poder e exerçam uma pressão que poucos são capazes de controlar. É preciso coragem e, acima de tudo, muito amor ao Palmeiras, para conciliar o trabalho político com a prioridade que o futebol exige.
Um projeto profissional de verdade, com filosofia definida, que tenha o devido tempo de maturação e a necessária blindagem, que seja imune às inevitáveis críticas no período de desenvolvimento e na falta de títulos do início é o caminho que uma diretoria forte e responsável deveria traçar.
Mas quem acredita que esse grupo atual que nos comanda, que sequer dirige o Palmeiras da Academia de Futebol, dando preferência às futricas do clube social, terá essa capacidade?
O Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.
A derrota do Palmeiras ontem à noite na Vila Belmiro, para o
Santos, pode ter sido um sinal de que algo está errado, muito errado no
ambiente na Academia de Futebol.
No primeiro tempo o time ainda tentou jogar. Mesmo após
levar dois gols em 15 minutos, o time tentou articular jogadas – ou, ao menos,
os jogadores tentaram resolver na base das jogadas individuais. O Palmeiras
parecia um boxeador nocauteado em pé, na esperança de encaixar um diretaço improvável
e voltar para a luta.
Talvez o papo no intervalo não tenha sido positivo, não se
sabe. Mas o fato é que no segundo tempo, os atletas não tentaram resolver nem
em jogadas pessoais. Ao contrário: o Santos perdia a bola e nossos jogadores sequer
corriam para se espalhar em campo, para tentar envolver o adversário na jogada
seguinte.
Jailson chegou a receber um passe na fogueira e teve que dar
um estourão. Em outra saída de bola, cedemos escanteio, de forma bizarra. É
claro, nítido, transparente, cristalino que há algo errado.
Mano, negando o óbvio
Reprodução
O mais preocupante é que Mano Menezes, na entrevista
pós-jogo, disse que não houve nenhum problema “anímico” e que a deficiência foi
totalmente estratégica, que os jogadores não executaram o que foi determinado
para a tática específica da partida. Negou algo que foi escancaradamente
visível durante a partida.
A diferença de postura foi grande entre o primeiro e o
segundo tempo. Os jogadores estavam amedrontados. A expressão de Gustavo Scarpa
no banco, após ser substituído, era de um adolescente assustado.
Ao negar qualquer tipo de problema, Mano nos deixou apenas
duas hipóteses: ou ele está completamente perdido e não está enxergando nada,
ou, bem mais provável, compreendeu que existe um problema sério e está tentando
blindar o grupo, algo que obviamente ainda não tem estofo para fazer, pelo
pouco tempo de clube.
É curioso como técnicos como Roger Machado e Eduardo
Baptista não tiveram força alguma nas crises que enfrentaram. Até mesmo Cuca,
em sua segunda passagem, foi engolido. O único que colocou ordem na casa foi
Felipão. General Scolari é uma fortaleza e conhece o clube. Sem alguém que
conheça futebol e tenha autoridade para manter o ambiente sob controle, somos
pobres meninos ricos.
Contra reviravoltas improváveis, só a aritmética
Quando se perde lutando, quando se cai em pé, a tristeza do
torcedor por uma derrota passa logo. Mas quando o time não representa o
espírito de luta do palmeirense, aí a ferida demora para fechar – e enquanto
isso, a política ferve mais ainda.
É sabido que existe um processo fortíssimo de fritura sobre Alexandre Mattos. Seu cargo, que decide anualmente o destino de centenas de milhões de reais, é muito cobiçado. Há interesses grandes num fracasso do time este ano.
Talvez o atual treinador até seja fritado antes, mas a trajetória de Mattos, que a despeito de erros grosseiros segue sendo o melhor profissional do mercado, parece com os dias contados. Enquanto ele não for demitido, essas forças ocultas – ou nem tão ocultas assim – que trabalham contra sua permanência, não vão sossegar.
Para conquistarmos alguma coisa ainda este ano, precisamos que
duas situações sejam revertidas. Uma não está a nosso alcance: o Flamengo
precisa virar o fio. Outra, em tese, só depende de nós: temos que nos
reorganizar, rápido, e retomar as vitórias.
Como manter a fé numa possibilidade que exige duas
reviravoltas, sendo que em uma não temos nenhum controle, e em outra estamos
reféns de forças que atuam nas estruturas eternamente carcomidas de nossa
política interna?
Esperamos estar apenas criando fantasmas e que o time mostre nas próximas rodadas que não existe nada disso. Entregar os pontos, só quando a aritmética proibir sonhar.
O Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.
O Verdazzo entrevistou o conselheiro da SEP Luiz Fernando Marrey Moncau, que mantém uma conta no Twitter bastante ativa – @vaiparmera.
Nesta entrevista, conversamos sobre a última reunião do Conselho Deliberativo, o modelo de votação definido pelo Presidente do Conselho e sobre o documento que regulamenta tudo isso, o Estatuto do clube. Confira abaixo.
O Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.
A derrota nos pênaltis ontem para o SPFC na semifinal do campeonato paulista fez eclodir uma revolta que estava represada na torcida, que só não tinha vindo à tona antes devido aos placares, até então positivos. Os números vinham sendo muito bons
Como sempre, a caça às bruxas começou, a fogueira já está
ardendo e o futebol segue sendo a válvula de escape para as frustrações diárias
de boa parte da população – não é privilégio da nossa torcida ter esse tipo de comportamento
nas derrotas.
Talvez seja por isso que a tendência de ignorar que as
razões do fracasso passam por vários fatores prevalece. A raiva cega; a capacidade
de tentar enxergar o retrato de forma ampla, abrindo o panorama, praticamente
desaparece.
Como na maioria das vezes, uma eliminação não tem apenas uma
razão. Poderíamos ter jogado bem melhor e não ter dependido de um lance aos 32
do segundo tempo anulado pelo VAR. Mas também poderíamos ter batido melhor os
pênaltis. E também poderíamos ter sido mais eficientes nos bastidores para
evitar o roubo institucionalizado.
Antes de falar de
bola…
O Palmeiras entrou em guerra contra a FPF há exatamente um ano, no dia 8 de abril de 2018. O roubo que aconteceu no Allianz Parque é histórico e a situação foi conduzida com o fígado por nossa diretoria. É difícil, na condição de torcedor, criticar esse posicionamento. Partir para o choque frontal vem ao encontro de nossos desejos – afinal, nossos fígados também trabalharam bastante naquela semana.
Mas o Palmeiras precisa decidir o que quer em relação ao
campeonato paulista. Se quer ganhar, vai ser quase impossível se mantiver a
guerra aberta. Todas as instituições – departamento técnico, imprensa,
arbitragens e tribunais trabalharão contra o Palmeiras de forma determinada. Para
vencer “contra tudo e contra todos”, precisa jogar muita, muita bola.
E normalmente isso não é possível em abril. Se tivesse
passado ontem, muito provavelmente seria vice-campeão. O Palmeiras de 2019 ainda
não está pronto para dobrar os adversários com a facilidade que a diferença de
elencos sugere. Para poder disputar o estadual com chances de vencer, uma
postura menos ácida e mais política precisa ser tomada.
Andar nesse fio é uma tarefa bastante complicada. O clube, diante de todas essas dificuldades, precisa de alguém com tarimba e trânsito para defender seus interesses – algo como um diretor remunerado de relações institucionais; um profissional com experiência em amarrar pontas e conduzir situações com frieza para chegar aos resultados. Ou se caminha nessa direção, ou deixa-se bem claro que não disputaremos o paulista para vencer, escalando times alternativos, recheados de moleques da base.
Temos que falar de
arbitragem, sim
Cesar Greco/Ag.Palmeiras
Diante da guerra aberta, os jogadores já entram mais pilhados que o normal, sabendo que seremos roubados. E fomos. A arbitragem de Flávio Rodrigues de Souza, ontem, vai lhe render troféus e medalhas. Não cometeu erros grosseiros, foi ajudado pelo VAR, teve a sorte do pé de Deyverson estar posicionado centímetros à frente de Reinaldo e com isso saiu com a avaliação muito positiva.
Mas arbitragem não se mede apenas nos lances capitais. Flávio de Souza roubou à moda antiga. Diante do jogo mais fluido do Palmeiras, amarrou a partida com as chamadas faltinhas. Truncou, inverteu, quebrou o ritmo. Erros que se diluem diante das duas midiáticas intervenções do árbitro de vídeo, que anularam gols – um para cada lado, aumentando a sensação de justiça. Mesmo jogando abaixo do que pode, se mantivesse o ritmo da partida, o Palmeiras mostrava que poderia chegar à marcação de gols.
Tenham calma, ainda falaremos sobre bola. Mas as coisas
podem andar em paralelo. O fato de termos involuído dentro de campo não impede
de pontuarmos mais um assalto, ainda mais considerando que as semifinais são
jogos de 180 minutos e que a anulação do pênalti no Morumbi, esse sim, foi um
lance grande e decisivo manipulado contra nós.
Mas vocês querem que o texto fale de bola para poderem pregar alguém na cruz. OK. Sigamos.
Dentro de campo,
andamos para trás.
Cesar Greco/Ag.Palmeiras
O sistema defensivo parecia bastante sólido – e, de fato, os
números apontam para isso. Mas nas últimas partidas temos visto nossos
zagueiros muito mais expostos que antes. A recomposição defensiva está falha;
Felipe Melo está marcando muito mal, à distância, se movimentando pouco e
preenchendo mal os espaços. Com isso, Bruno Henrique fica sobrecarregado.
Os laterais sobem ao ataque mas não têm apoio; com isso,
dependem de jogadas individuais ou de tabelas fortuitas para poderem chegar ao
fundo em condições de fazerem um cruzamento.
Na frente, temos três jogadores de qualidade indiscutível, que começaram a dar sinais de entendimento (importante lembrar que Dudu, Scarpa e Goulart só começaram a jogar juntos no dia 10 de março), mas nos últimos três jogos parecem já não estar mais falando a mesma língua; o entrosamento regrediu. As jogadas até começam, mas falta uma preparação mais adequada para a finalização. Isso passa também pela sintonia com o centroavante.
Nem Deyverson, nem Borja, conseguiram satisfazer a essa
dinâmica. Temos no elenco um rapaz de 22 anos, cuja contratação, inclusive, precipitou
o empréstimo de Papagaio, menino da base que poderia ser acionado conforme
mostrasse amadurecimento. Por tudo isso, a entrada de Arthur Cabral no time
parece ser a primeira atitude que precisa ser tomada pela comissão técnica para
tentar corrigir o time.
Thiago Santos, com muito mais mobilidade e precisão nos
desarmes, é outro que precisa ser mais acionado. Eventualmente, sua presença
pode até liberar Bruno Henrique para voltar a ser o jogador “box-to-box” do ano
passado, decisivo e marcador de gols.
Obviamente, para que tudo isso aconteça, o sistema geral de
jogo precisa passar por uma revisão. Os laterais não podem subir sem uma
cobertura bem ensaiada. As linhas precisam ficar mais próximas, mais compactas,
diferente do time cada vez mais espalhado que vemos ultimamente.
O Scolarismo está
falhando em sua base
Cesar Greco/Ag.Palmeiras
O grande problema é que Felipão não é muito adepto desse modelo de jogo mais apoiado, com linhas compactas. O Scolarismo é um sistema que joga com probabilidades; mais vertical, funciona muito bem quando a defesa está forte. Ocorre que a defesa anda mais exposta que o normal nos últimos jogos, quebrando a base do sistema.
Sem o apoio do segundo volante; o ataque depende das subidas
aleatórias dos laterais para apoiar a troca de passes pelos flancos. Tem
funcionado pouco. Para completar, os centroavantes vivem fases técnicas ruins e
não ajudam na construção das jogadas. Por isso, as chances de tomarmos gols
aumentou, e as de fazer pelo menos um por jogo, despencaram. Hoje, as probabilidades
estão contra o Palmeiras, o que reflete nos últimos placares.
Para completar, cruzamos com o SPFC, um time abaixo da linha do medíocre, tentando se recuperar de uma crise técnica profunda, no pior momento possível. Uma enorme falta de sorte do calendário fez com que uma vaga fosse decidida nos pênaltis ao colocar frente a frente um time no ponto mais baixo de sua oscilação contra um que até então não tinha atravessado um momento tão bom na temporada.
Calma; tranquilidade
Cesar Greco/Ag.Palmeiras
Quarta-feira temos um jogo-chave na Libertadores e a vitória
é mandatória. Não há tempo para implementar mudanças profundas no sistema de
jogo; vamos de scolarismo puro e torcer para que as probabilidades voltem a nos
sorrir.
O que pode aumentá-las é fazer as duas trocas sugeridas,
introduzindo Thiago Santos e Arthur Cabral no time, simplesmente para que seus
desempenhos técnicos suplantem os de Felipe Melo e Deyverson, até que eles
voltem a viver momentos mais felizes.
Nosso papel, neste momento, parece ser o de cobrar por mudanças – mas sem perder a essência de torcedor. Essa essência, ao contrário do que se pensa, não é a de cornetar, e sim a de apoiar. A corneta é um aspecto eventual, válido e até necessário. Mas a função primordial do torcedor é, sempre, apoiar, empurrar o time para frente, não ser âncoras.
Segunda-feira de derrota para inimigo, em casa, com eliminação, é duro. É impossível não se deixar levar pela raiva em alguns momentos. Mas nossos cérebros continuam aqui em cima. Com calma e tranquilidade chegaremos mais rápido às correções necessárias.
Esta conversa vai continuar no Periscazzo desta noite: às 20h, ao vivo, em nosso canal do Youtube: www.youtube.com/verdazzo1914. Inscreva-se!
O Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.