Uruguaios se impressionam com torcida do Palmeiras: “Qualidade é melhor que quantidade”

A torcida do Palmeiras no jogo contra o Flamengo, durante partida final da Libertadores 2021, no Estádio Centenário.
Cesar Greco

Mesmo não preenchendo todo o espaço destinado na arquibancada, torcida do Palmeiras foi fundamental na conquista do tri da Libertadores

O Palmeiras viajou até Montevidéu, no Uruguai, para jogar a final da Copa Libertadores contra o Flamengo e venceu o adversário por 2 a 1, na prorrogação, com gols de Raphael Veiga e Deyverson.

Para vencer, o Verdão contou com muita ajuda dos seus torcedores na arquibancada do estádio Centenário. Apesar de estarem em menor número em comparação aos flamenguistas, os palmeirenses fizeram mais barulho que os rivais e incentivaram o Palmeiras do início ao fim da partida.

A festa dos torcedores do Palmeiras impressionou os uruguaios que estavam no estádio e os que assistiram ao jogo pela televisão.

Confira algumas reações dos uruguaios sobre a torcida do Palmeiras em Montevidéu:

*Até mesmo os torcedores do Flamengo admitiram a superioridade dos palmeirenses

Palmeiras pode alcançar sua segunda maior sequência invicta contra o SCCP

Renan disputa bola com Gabriel no Derby válido pela terceira rodada do Brasileirão 2021, no Allianz Parque.
Cesar Greco

No histórico geral, Palmeiras mantém vantagem sobre o SCCP

Segundo colocado do Campeonato Brasileiro, com 38 pontos, o Palmeiras visita o SCCP no próximo sábado às 19h, para, além de continuar na disputa do título, manter a sequência invicta de jogos sem perder para o rival.

O último revés ocorreu em julho do ano passado, no retorno do futebol após paralisação por conta da pandemia do novo coronavírus. Desde então, aconteceram sete duelos e o Verdão soma três vitórias e quatro empates, sendo dirigido três vezes por Vanderlei Luxemburgo e quatro por Abel Ferreira, que nunca saiu derrotado em um Derby.

Caso não perca em Itaquera, o Palmeiras alcançará sua segunda maior sequência de jogos sem perder para o rival na História. Entre os anos de 1997 e 1998, o Verdão ficou oito jogos sem sofrer um revés para o SCCP, com quatro vitórias e quatro empates.

Já a maior série invicta do Palmeiras contra a equipe de Itaquera ocorreu entre os anos 1930 a 1934: foram 12 confrontos, com 11 vitórias e 1 empate; sendo em uma destas vitórias um sonoro 8 a 0.

No histórico geral, Palmeiras mantém vantagem no Derby

No retrospecto geral dos confrontos entre Palmeiras e SCCP, a vantagem segue sendo palmeirense. Com mais de cem anos de História, o Derby já aconteceu 380 vezes, com o Verdão saindo vencedor em 134 oportunidades. contra 130 triunfos do SCCP e outros 116 empates.

Em relação aos gols marcados, os números são largamente favoráveis ao Palmeiras: 536 gols anotados e 490 sofridos (saldo positivo de 46).

Para o jogo deste sábado, Abel Ferreira conta com todo o elenco à disposição, mas a escalação dos titulares ainda é incerta, já que na próxima terça-feira o Verdão terá o jogo de volta da semifinal da Libertadores contra o Atlético-MG.

O bom, o mau e o feio

No último final de semana, o primeiro turno chegou ao fim para os três principais postulantes ao título do Brasileirão 2021. Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG chegam à primeira metade do campeonato como os clubes que mais reúnem condições de brigar pelo troféu.

Os conflitos de datas que historicamente bagunçam nosso futebol fazem com que Palmeiras e Galo ainda tenham um jogo por fazer e o Flamengo fique com nada menos que três jogos de atraso depois do “fim de turno”, que ocorre no próximo fim-de-semana. Assim, considerando os pontos perdidos, temos o Atlético na liderança, com 15, seguido pelo Flamengo, com 17, e o Palmeiras na sequência, com 19.

A despeito das excelentes campanhas, Bragantino e Fortaleza tendem a ficar pelo caminho no segundo turno. Num campeonato de pontos corridos, a camisa pesa. Apesar de estarem com equipes bem armadas e muito consistentes taticamente, seria necessário para as duas zebras um encaixe muito acima do normal para serem considerados reais candidatos ao título. Ainda não parece ser o caso.

De hoje até a data prevista para o fim do campeonato, serão 97 dias em que os três grandes candidatos disputarão o troféu ponto a ponto. 20 rodadas de um “trielo” que remete ao maravilhoso clímax do clássico “Il Buono, il brutto, il cattivo” – chamado de “The Good, The Bad and The Ugly” em Hollywood e aqui conhecido como “Três homens em conflito”.

Chances iguais

Os três clubes têm seus pontos fortes e fracos. O Galo está gastando o que tem e o que parece que não tem para conseguir ser bicampeão de alguma coisa. Lidera o campeonato mas já mostrou que está longe de ser imbatível, tropeçando nas duas últimas rodadas contra Bragantino e Fluminense.

O Flamengo segue enfileirando goleadas, mas também tem suas fraquezas, bem exploradas pelo Inter, que aplicou um sonoro 4 a 0 no Maracanã há poucas semanas. Ambos dividem suas atenções entre Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores. Além disso, o Flamengo ainda terá que acomodar dois jogos em atraso a mais em seu calendário. Este esforço descomunal deve mandar a conta em forma de seguidas lesões.

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, durante partida contra o SPFC pela Libertadores
Cesar Greco

O Palmeiras já tirou a Copa do Brasil da frente. Por uma dessas coincidências da vida, mesmo num calendário brutal, ficará duas semanas sem jogar, apenas se preparando para a próxima partida – exatamente contra um dos contendores, o Flamengo. E o jogo será em nossa casa, a exemplo do duelo contra o Atlético, na rodada 35.

São vantagens que podem compensar a diferença de poder de ataque, deixando os três aspirantes ao título com chances praticamente iguais. O Palmeiras tem uma claríssima carência na camisa 9 – exatamente uma qualidade que os outros dois adversários podem se gabar de terem de sobra. Assim como no grande clássico de Sergio Leone, o Palmeiras precisará usar sua inteligência e esperteza para sair vencedor.

Libertadores também

Os três times brigarão taco a taco pelo título do Brasileirão e também estão nas semifinais da Libertadores, o que provavelmente fará a temporada de 2021 ser lembrada por três grandes torcidas de três estados diferentes como histórica, épica. Como se houvesse uma trilha de Ennio Morricone ao fundo.

Enquanto isso, o resto do país apenas assiste, intrigado. Três clubes começam a descolar claramente do resto. Alguns outrora grandes caminham na direção oposta e já estão na beira do penhasco, enquanto outros tentam fugir da condição de figurante.

Estamos testemunhando um momento de transição para uma nova ordem no futebol brasileiro, concentrada em poucos clubes. O Brasileirão, cada vez mais, tende a ser uma disputa de poucos, e sempre os mesmos – não mais de 12 clubes se revezando no topo a cada ano.

Esses poucos e bons (ou um bom, um mau e um feio) travarão neste 2021 uma bela temporada de largada desta nova ordem. E é com muito orgulho que vemos o Palmeiras seguir sendo protagonista, enquanto outros ficam para trás.


O Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.

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Dá um descanso pra corneta e vamos, todos juntos, pra cima deles!

Após a rodada de meio de semana, foram definidos os semifinalistas do Campeonato Paulista, bem como os confrontos da penúltima fase do torneio. Palmeiras x Ponte Preta; SCCP x Mirassol, decidirão em partidas únicas os finalistas, que disputarão o título em ida e volta, na quarta-feira (5) e no sábado (8).

Campeonato Paulista 2018

Os acontecimentos dos últimos anos levaram o torcedor do Palmeiras a perder o encanto por uma das rivalidades mais ricas do futebol mundial: o Derby, principalmente em confrontos pelo Campeonato Paulista.

Atitudes desrespeitosas, antiéticas, antidesportivas, para não dizer “criminosas”, esfriaram o desejo por reviver tantas vezes quanto possíveis o que já foi – e que talvez ainda seja – o maior clássico do futebol brasileiro.

Nosso torcedor, cada vez mais exigente, anda mais ranzinza e corneteiro do que nunca, com ou sem razão. O comportamento padrão dos últimos anos tem sido elogiar quem não veste nossa camisa e espinafrar quem nos defende.

O absurdo chega ao limite de verem com simpatia até uma volta de Deyverson, como se ele não tivesse sido a encarnação do demônio enquanto estava por aqui. Ou criarem ranço por causa do posicionamento político de Felipe Melo, que expõe suas preferências num cenário de alta intolerância, sem nenhum freio.

Tudo isso foi motivo para criar alguma barreira entre o time e a torcida na disputa final do estadual deste ano. Desprezo, indiferença e até, pasmem, torcida contra, foram alguns dos desejos verificados em alguns torcedores.

Mas é certo que esses palmeirenses são exceções que, pelo inusitado das manifestações, acabam chamando atenção. São apenas uma minoria, muito jovens e imaturos, ou apenas “xaropes” mesmo, que aparentam ter mais relevância numérica do que realmente têm.

Na iminência de termos, mais uma vez, um Derby decidindo o campeonato em dois jogos a partir da próxima semana, a grande maioria, silenciosa, tende a ser mordida pelo velho bichinho, principalmente os mais velhos e calejados, que acabam não resistindo e cedendo ao apelo mágico da velha rivalidade.

Todos juntos, agora

Torcida do Palmeiras no Allianz Parque

Mesmo que tenhamos ainda dois times do interior no caminho, mantendo todo o respeito por Ponte e Mirassol, é impossível não projetar os Derbies para a semana que vem. E a rivalidade, mesmo alterada pelos episódios recentes, aflora. O desejo de vencê-los passa a ter mais importância do que qualquer outra coisa.

É por isso que, neste momento, precisamos deixar de lado todos os nossos comportamentos negativos em relação ao Verdão, seja qual for o motivo, e remarmos todos na mesma direção.

Neste momento, não quer dizer nada o que você pensa ou disse do jogador que não te convence. Não faz diferença o que você acha do trabalho do treinador. Não importa o posicionamento político do jogador, nem que o presidente que você odeia levantou um troféu em nosso estádio há quase dois anos. O papel do palmeirense, neste momento, é apoiar, empurrar esse grupo pra cima daqueles caras e buscar a vitória com todas as armas possíveis.

Torcida 2003

Deixa a corneta de lado. Corta o pessimismo. Dá uma pausa na militância. Vamos abraçar o Luxa e nossos jogadores. Já a partir do confronto contra a Ponte, o elenco precisa sentir, através das redes sociais (já que as arquibancadas seguirão vazias), que estamos com eles e que eles têm por quem lutar.

Chamem por eles no Twitter e no Instagram com mensagens legais. Que eles corram também por nós, não apenas por seus salários e por suas carreiras. E cabe a nós despertar esse sentimento neles.

Se não quiser fazer nada disso, tudo bem. Fica de boa. Mas pelo menos não atrapalha. Não agora.

Podemos sair vencedores do estadual, ou não. Podemos nem chegar nas finais. Mas jamais podemos nos furtar de fazer nosso verdadeiro papel quando a disputa chega a este cenário.

Vestiário do Allianz Parque na final do Paulista-2018

Quando acabar, podemos voltar a nossos comportamentos usuais, sejam eles saudáveis ou não. Mas agora temos que entrar em “modo decisão”. O destino está nos dando a chance de vingar, pelo menos um pouco, a enorme traição de 2018. Não podemos desperdiçar.

PRA CIMA DELES! VAMOS PALMEIRAS!


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Inter faz pressão extra-campo para a partida de volta da Copa do Brasil

Guerrero
Reprodução

Após o jogo da última quarta-feira, no Allianz Parque, em que o Palmeiras venceu o Inter por 1 a 0 pela Copa do Brasil, integrantes da comissão técnica e da diretoria do Internacional já começaram a fazer o trabalho de pressão sobre a arbitragem e sobre a própria delegação do Palmeiras que vai a Porto Alegre para o jogo de volta.

Após a partida, o atacante Paolo Guerrero desatou a falar da arbitragem de Wilton Pereira Sampaio: “É complicado jogar com ele apitando tudo para eles, para gente nada. Não sei. Aqui é difícil cobrar porque você joga com um jogador a menos, que é o juiz. É incrível, ele apita tudo pra eles e pra gente não apita nada. É sacanagem! Mas eu vou falar o que? Eu não sou brasileiro. Para mim, não dá para cobrar nada. Então é injusto. Jogar futebol aqui é foda.”

O discurso do peruano, no entanto, não resistiu nem à imprensa gaúcha, que costuma ser bastante parcial para defender os clubes de seu estado:

Roberto Melo
Marcelo De Bona / Agencia RBS

Já a diretoria do Internacional reclama do tratamento que recebeu no camarote onde assistiram à partida no Allianz Parque. Segundo o vice de futebol Roberto Melo, em entrevista após a partida, integrantes da diretoria colorada foram “ameaçados de morte”.

“Lamentável o tratamento que recebemos no camarote do Palmeiras. É um camarote ao lado, não é de uma torcida comum. Fomos hostilizados, ameaçados de morte. Isso nunca ocorreu. Presidente de clube ameaçado por um senhor!

O camarote ao lado, que é de uma empresa de segurança, não é de torcida comum, é alugado, fomos ameaçados de morte. Queria fazer este registro, é lamentável vir para um estádio de futebol, de Série A, e passar por isso. Nunca tinha acontecido o que aconteceu hoje!

Desde o começo do jogo, a provocação. Teve gente que saiu do camarote. Mandaram ficarmos quietos. Teve ameaças, que poderiam nos matar, com sinal de arma. Em um estádio desses, um camarote alugado.”

Os dirigentes do Inter acionaram a diretoria do Palmeiras, que imediatamente aumentou a segurança e prometeu averiguar as reclamações, usando as gravações do circuito interno de TV. Decidiram não prestar queixa na polícia, apesar de ameaça de morte ser crime previsto no Código Penal.

As declarações, claro, fazem parte do jogo de pressão visando a partida de volta. Melo tirou o foco da derrota de seu time e valorizou como pôde um ato mal-educado de um idiota qualquer, algo que infelizmente ocorre em todo jogo. A menção à “sinal de arma” é patética e é risível alegar que se sentiu ameaçado com uma chacota dessas.

O Internacional tem essa fama de chorão há muito tempo. Curiosamente, a pecha nasceu de forma injusta em 2005, quando foram de fato assaltados pela arbitragem de Marcio Rezende de Freitas em jogo contra o SCCP que decidiu o Brasileirão daquele ano.

De qualquer maneira, é importante que a diretoria do Palmeiras tome suas precauções, tanto em relação à segurança no Beira-Rio, quanto no que diz respeito à arbitragem do jogo decisivo da próxima quarta-feira, cuja arbitragem ficará a cargo de Rafael Traci.


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