Com chances de ganhar minutos, Pedro Lima revela inspiração em Zé Rafael: “Ídolo”

Pedro Lima durante treinamento do Palmeiras na Academia de Futebol.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Multicampeão pela base, Pedro Lima pode ganhar espaço no profissional com lesão de Atuesta

Com a lesão de Atuesta, Pedro Lima, destaque do Sub-20, vem treinando entre os profissionais do Palmeiras e pode ser relacionado para o jogo de domingo, contra o Guarani, válido pela última rodada da primeira fase do Campeonato Paulista.

O jogador de 19 anos conquistou o posto de titular do time Sub-20 palmeirense na última temporada e foi importante nos títulos da Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e da Copinha. Podendo receber as primeiras chances no profissional, o meio-campista revela que Zé Rafael é sua grande inspiração.

“Tenho como ídolo o Zé Rafael. Ele é um cara em quem me inspiro bastante, sobretudo por ser da minha posição e por fazer outras também. Ele conseguiu se reinventar aqui dentro, chegou como ponta, jogou de meia, atacante e agora está atuando de volante e é um dos melhores do Brasil. Muito legal estar aprendendo com ele”, disse o jogador.

Nas categorias de base do Verdão, Pedro Lima também mostra a versatilidade que Zé Rafael tem e já atuou em mais de três funções. “No último ano fui mais segundo volante, mas posso ser o primeiro e também jogar como 10, algo que já fiz. Já atuei como zagueiro também em outras oportunidades. Essa versatilidade ajuda porque pude aprender em várias posições e isso agrega bastante no meu futebol e para o meu futuro”, complementa.

Para a função de volante, a comissão técnica conta com quatro opções no elenco principal, com a contusão de Atuesta: os titulares Zé Rafael e Gabriel Menino, e os reservas Jailson e Fabinho. Pedro Lima ainda não está integrado formalmente ao time profissional, já que ainda tem mais um ano de Sub-20, porém ele fará parte do grupo de apoio, que ano passado era formado por Garcia, Vanderlan, Naves e Jhon Jhon.

Trajetória de Pedro Lima no Palmeiras

Kaique e Pedro Lima são convocados para a Seleção Brasileira Sub-20.
Reprodução

Natural de Brasília, Pedro Lima passou a infância em São José dos Campos, interior de São Paulo, e chegou ao Verdão em 2016 para integrar a categoria Sub-13. Pelas categorias de base do Palmeiras, o canhoto acumula oito títulos de torneios realizados pela CBF ou pela FPF.

Pela equipe Sub-20 no ano passado, disputou 37 jogos e marcou 7 gols e foi convocado para a Seleção Brasileira da categoria pelo técnico Ramon Menezes.

“Fico muito feliz de treinar aqui com os profissionais, com os jogadores que eu via pela TV. Poder aprender com eles no dia a dia é muito importante. A comissão técnica fala bastante com a gente. Eles sabem o que a gente pode entregar e nos ajudam muito neste processo de evolução. O ambiente aqui é muito leve, ainda mais tendo esses jogadores com quem a gente pôde ser campeão junto, a gente se sente ainda mais acolhido”, finalizou Pedro Lima.

O confronto entre Palmeiras e Guarani acontece às 16h de domingo, no Brinco de Ouro, em Campinas.

Copa do Brasil Sub-20: CBF define data e local da final entre Palmeiras x Flamengo

Copa do Brasil Sub-20: CBF define data e local da final entre Palmeiras x Flamengo.
Lucas Figueiredo

Depois de passar pelo Internacional, Palmeiras encara os cariocas na decisão da Copa do Brasil Sub-20 em busca de mais um título nacional

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), divulgou na noite de segunda-feira, em seu site oficial, detalhamento da grande decisão da Copa do Brasil Sub-20, entre Palmeiras e Flamengo.

O duelo, que será disputado em jogo único, acontecerá neste sábado, dia 12, na Arena Barueri, às 11h. O Palmeiras teve uma campanha melhor que a do Flamengo na competição e, por isso, fará a final no estado de São Paulo.

A Arena Barueri vem sendo a ‘casa’ dos últimos jogos do clube nas categorias de base, em jogos do Sub-20, Sub-17 e Sub-15. As informações sobre a venda dos ingressos ainda não foram divulgadas pelo Palmeiras.

Para chegar à decisão, o Verdão superou o Internacional na semifinal, com duas vitórias por 2 a 0. Os comandados de Paulo Victor Gomes venceram todos os confrontos no torneio (sete), marcaram 20 gols e sofreram apenas um. O Flamengo deixou para trás o Ceará, após empate em 1 a 1 no Rio de Janeiro e triunfo no Ceará.

O Palmeiras conquistou os dois troféus mais importantes de 2022 da categoria até o momento: Copinha e o Brasileiro Sub-20. Se derrotar o Flamengo, além do título, o Verdão alcançará automaticamente a Supercopa do Brasil Sub-20 e a presença na Libertadores Sub-20 do ano que vem.

Confira a campanha do Palmeiras na Copa do Brasil Sub-20:

Palmeiras altera cor do patrocínio da camisa em apoio ao Outubro Rosa

Palmeiras altera cor do patrocínio da camisa em apoio ao Outubro Rosa.
Fabio Menotti

Ação acontecerá no confronto entre Palmeiras x SPFC, no domingo

Em apoio à campanha do Outubro Rosa, o Palmeiras mudará as cores dos patrocínios da Crefisa, FAM e Puma no duelo contra o SPFC, que acontece neste domingo no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro. As marcas estarão estampadas na cor rosa.

O movimento Outubro Rosa foi criado para alertar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo de útero. “Infelizmente, o câncer de mama ainda é um problema muito recorrente entre as mulheres. É fundamental que um clube da grandeza do Palmeiras, com a repercussão que alcança, incentive comportamentos responsáveis e boas práticas para a saúde”, disse Leila Pereira, ao site oficial.

O Palmeiras realiza anualmente diversas iniciativas para reforçar a urgência do tema entre as mulheres. Desde 2015 o clube promove a realização de exames gratuitos e já ajudou dezenas de pessoas a descobrir a existência do tumor, o que facilita no tratamento.

Mais ações do Palmeiras

Além da alteração na cor dos patrocínios no clássico, o Palmeiras promoverá outras ações, principalmente em suas redes sociais, em apoio à campanha. No início da semana, o clube fez a inclusão de um laço rosa na identidade visual dos perfis oficiais e, nos próximos dias, lançará vídeos especiais de conscientização produzidos em conjunto com especialistas do assunto.

‘1999 – A Conquista da América’ resgata a emoção para os palmeirenses que não vivenciaram o título

“The Last Dance”, série lançada pela Netflix, em 2020, que conta os bastidores do último ano de Michael Jordan no Chicago Bulls e remonta à história da franquia desde a escolha do lendário camisa 23 no draft, tem como entre outros objetivos fazer com que os mais jovens saibam quem foi Michael Jordan e porque ele é considerado o maior jogador de basquete de todos os tempos.

Guardando as devidas proporções, ‘1999 – A Conquista da América’ – documentário sobre a História do Palmeiras na Libertadores e também sobre a primeira conquista do clube – apresenta uma mensagem parecida: fazer com que os palmeirenses mais jovens, que, vivenciaram a conquista do bi e do tricampeonato, também consigam sentir a emoção em torno do que envolveu o primeiro título.

Assim, o ritmo inicial ao filme traz o peso de cada grande frustração do clube na Libertadores: os vice-campeonatos nos anos 60; o erro de Armando Marques em 1973 e os desfalques devido às convocações pela seleção brasileira em 1974; além dos indigestos reveses de 1994 e 1995 para SPFC e Grêmio.

Dona Cidinha, uma das protagonistas do longa, narrava os fatos como se estivesse em uma máquina do tempo, assim como Roberto Avallone (1947-2019), que não deixou seus bordões de lado.

Vivenciar a sensação de ser transportado aos últimos anos do século XX, quando derrotas por 1 a 0 fora de casa significavam quase uma ‘vitória’ para quem era treinado por Felipão e os lendários Derbies paralisavam o país, se dá também pelos depoimentos de cada jogador que participou da trajetória, junto aos relatos dos torcedores que estavam tão nervosos quanto Zinho na última cobrança de pênalti contra o SCCP, nas quartas-de-final de 1999.

Ainda que História da Libertadores de 1999 já tenha sido contada em outro documentário, o filme dirigido por Marcela Coelho, Ricardo Aidar e Mauro Beting e distribuído pela Elo Company, difere-se nos detalhes ao apresentar todo contexto: da desconfiança da torcida com Felipão num primeiro momento, o motivo da efusiva comemoração de Roque Jr. na cobrança de pênalti contra o Deportivo Cali, passando pelas dificuldades do calendário à época, até os questionamentos internos sobre Alex e Marcos, jogadores fundamentais para a conquista.

Tudo isso foi documentado numa obra cinematográfica com montagem coesa, realizada por Fernando Teshainer, que em alguns momentos parece ter seus personagens conversando entre si. O filme é muito mais que a taça de 1999. É sobre como ser Palmeiras.

1999 – A Conquista da América

1999 – A Conquista da América’ é uma conclusão da trilogia de documentários sobre a História do Palmeiras, produzidos pela Canal Azul – as primeiras obras foram ’12 de Junho de 1993 – O dia da paixão palmeirense’ e ‘Palmeiras – O Campeão do Século’.

Com 99 minutos de duração, o documentário entrará em cartaz no Espaço Itaú de Cinema Pompéia, no Shopping Bourbon, na zona oeste de São Paulo, no próximo dia 31, com sessões às 16h30 e 20h30.

Alex, Paulo Nunes, Oséas, César Sampaio, Ademir da Guia, Dudu, entre outros ex-jogadores participam do documentário, assim como os jornalistas Roberto Avallone e Claudio Carsughi e outros palmeirenses ilustres.

Aqui, criticamos Abel Ferreira. E criticar não é fritar.

Abel Ferreira concede entrevista coletiva após a eliminação na Copa do Brasil para o CRB.
Reprodução

O momento tático de Abel Ferreira no comando do Palmeiras é o mais irregular desde que assumiu o time, em novembro. Num momento de muitos desfalques, o time vem perdendo rendimento. Mas também jogou abaixo do que pode recentemente com o elenco completo.

Conforme suas próprias definições, o Palmeiras de Abel é, ou deveria ser, um camaleão que não aceita rótulos: nem propositivo, nem reativo; nem posicional, nem transicional. Não joga com linha de 3, nem de 4, nem de 5.

Um dos desafios de ser imprevisível é fazer com que os jogadores compreendam essa dinâmica e saibam se adaptar bem a todos os planos de jogo. A cada adversário, um programa diferente; um esquema diferente, uma formação diferente. E é necessário muito estudo por parte de atletas e comissão técnica para que as engrenagens girem.

Além disso, é necessário ter um elenco afiado, não só para ter as ferramentas corretas para cada proposta ou para rodar as peças em busca da manutenção física, mas também para repor as ausências causadas por lesões e as cada vez mais frequentes convocações.

Abel Ferreira parece estar encontrando dificuldades em todas as frentes. Quando não são as lesões e convocações, são os casos de Covid-19 que estão desfalcando o time – isso sem falar nas trágicas perdas de Edson e Cristiano, membros da equipe de apoio.

Neste momento, o time se encontra desfalcado de atletas fundamentais para a dinâmica coletiva, desde Weverton, que participa taticamente com seu bom jogo com os pés, passando pela liderança de Gustavo Gómez, pela velocidade de Viña e pela energia de Danilo e Patrick de Paula.

Mas mesmo com estes jogadores à disposição, o Palmeiras perdeu força, a ponto de ser batido pelo apenas mediano time do SPFC, que ainda está em processo de desenvolvimento do trabalho de Hernán Crespo, nas finais do estadual. A dificuldade se repetiu no clássico do último fim-de-semana, quando o Palmeiras, com desfalques, apenas empatou com o fraquíssimo time do SCCP, que deve lutar para não ser rebaixado no Brasileiro. Com ou sem desfalques, o rendimento caiu.

Uma via de duas mãos com problemas visíveis

Abel Ferreira tem potencial para ser o técnico mais longevo da História do futebol brasileiro. Há apenas sete meses no país, o português ainda não fincou raízes; sua família segue do outro lado do oceano. Mas se sentir que tem respaldo para implantar de fato sua filosofia no Palmeiras e que terá segurança para comandar o projeto por longos anos, essas raízes podem começar a se ramificar no solo da zona oeste da capital paulista.

Abel Ferreira durante partida do Palmeiras
Cesar Greco

É uma via de duas mãos. Abel precisa manter o grupo de atletas sob seu controle e entender a situação financeira do clube, as limitações de orçamento e fazer pedidos dentro da realidade. E claro, tomar as decisões corretas.

Obviamente, para que todo esse fluxo aconteça, a diretoria do clube também precisa fazer sua parte, vindo a público para manter o treinador respaldado e se esforçando de verdade para proporcionar ao comandante um elenco qualificado. Estão devendo.

Mas mesmo com o fraco trabalho de Anderson Barros e de Mauricio Galiotte, Abel pode mostrar mais. Suas escolhas nos clássicos contra SPFC e SCCP foram bastante questionáveis. Em duelos em que o Palmeiras, por sua maior qualidade, poderia ter se imposto, preferiu a cautela.

São oscilações de desempenho, não de potencial. Abel e sua comissão técnica já mostraram o que podem fazer; a decisão da Supercopa, contra o Flamengo, foi um grande momento de todo o grupo, apesar do resultado ruim. É preciso diferenciar erros pontuais de tendências.

Problema de cultura – ou da falta dela

Abel Ferreira comanda o Palmeiras no Allianz Parque
Cesar Greco

Nosso treinador não está acima do bem e do mal; ninguém está. Abel pode e deve ser cobrado, para que melhore. E isso não pode ser maliciosamente confundido com um processo de fritura.

Quem mais quer que o Palmeiras caia novamente no velho ciclo de demitir o treinador é a imprensa clubista – aquela fatia desonesta de profissionais que veste a camisa de clubes rivais por baixo e que usa de seus microfones para manipular a opinião das torcidas, aumentando a temperatura conforme seus interesses.

Abel Ferreira é grande, mas pode ser maior ainda. E infelizmente o disclaimer ainda é necessário: esta crítica tem a intenção de fomentar uma discussão nesta direção, não de fritá-lo. Abel precisa continuar mergulhado nos estudos e entender por que suas escolhas não foram as melhores nestes clássicos estaduais. Nosso treinador precisa, em sua auto-crítica, reconhecer seus erros, coisa que não fez nas entrevistas pós-jogo.

Ao mesmo tempo, Abel precisa de apoio da diretoria, na forma de respaldo público e de reforços verdadeiros.

E por fim, é necessário o apoio da torcida, que para isso, terá que evoluir em sua cultura sobre futebol e entender de uma vez por todas que a saída mais fácil, que é a troca, nem sempre é a melhor. Ainda mais quando temos à nossa disposição uma equipe profissional com tanto potencial – e que já nos deu um título que não vencíamos há muito tempo.

Insistir no ciclo de trocar o técnico a cada 7 ou 8 meses por uma oscilação não é mudar para melhorar. É continuar fazendo exatamente a mesma coisa.


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