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O Palmeiras foi derrotado pelo Água Santa por 2 a 1 em Barueri, e vai precisar vencer o adversário por dois gols de vantagem na partida de volta, no Allianz Parque, para ficar com o título paulista de 2023.

Com um gol em cada tempo, ambos já depois dos 40 minutos, o time de Diadema conseguiu aproveitar alguns erros cometidos por nosso time. Usando bastante o jogo físico, como era esperado, o Água Santa obrigava o Palmeiras a tocar a bola muito rápido, forçando esses erros.

O gramado, muito ruim, completava o cenário em que o time do Verdão tinha dificuldades em fazer a bola fluir pelo meio do campo. Mas não foi só por erros palmeirenses que o mandante saiu com a vitória: com muitos méritos, aproveitou as falhas de nosso time e foi letal nas finalizações – algo que nosso time não conseguiu ser, mesmo chegando mais vezes ao gol de Ygor Vinhas.

O clima no estádio lembrava um pouco os anos 90, com duas torcidas numa proporção não muito desequilibrada – no olho, parecia algo em torno de 2 palmeirenses para cada torcedor do Água Santa. Mesmo assim, a entusiasmada torcida do time mandante fez bastante barulho e ajudou a criar a atmosfera de final.

Isso pode explicar um pouco a raça com que o time de branco entrou para dividir cada bola e isso se junta a uma série de fatores, já mencionados que nivelaram os times.

Claro: se o Palmeiras tivesse feito uma partida acima da média, teria superado gramado ruim, torcida adversária, perspectiva de viagem longa, jogo físico, juiz ruim, e tudo o mais. Mas não é sempre que o Verdão vai encaixar um jogo perfeito e, conforme todos nós esperávamos, um dia a derrota voltaria a aparecer.

Marcos Rocha e Zé Rafael cometeram erros graves. A defesa vacilou no quem-marca-quem e a jogada aérea, nossa amiga, foi a arma usada pelo inimigo com sucesso para abrir o placar. Veiga foi intimidado pelo jogo brusco, sobretudo no primeiro tempo. Dudu foi pouco acionado e Piquerez não foi efetivo no apoio.

No segundo tempo, a entrada de Endrick deu vida ao ataque, mas o garoto sentiu falta de alguém mais próximo – Rony ficou muito aberto e pisou pouco na área. Faltou ao Verdão se impor diante do adversário acuado após o empate. Faltou o dedo do treinador para empurrar o time pra cima do Água Santa.

Numa tarde em que ninguém brilhou e que o adversário se desdobrou ao extremo, o placar seria mesmo apertado. E fomos castigados com outro gol no finzinho, após erro de Marcos Rocha.

Um time campeão como o nosso vai precisar usar toda sua capacidade para virar a chavinha duas vezes, subir e descer o morro, e ainda melhorar a pegada para a grande final, que será disputada num cenário totalmente favorável – com gramado perfeito e rápido, torcida predominante e tendo como adversário um time que, embora bravo e com retrospecto recente de vitória em jogo grande, não está acostumado a este tipo de jogo.

O estadual vai chegar ao fim no próximo final de semana e o Palmeiras tem tudo para conquistá-lo mais uma vez, mesmo com a derrota em Barueri. Além de manter a rotina de conquistas, o campeonato paulista vai servir para embalar ainda mais o time numa temporada em que vemos tantos adversários se enrolando ainda nesta fase preparatória. Estávamos indo muito bem, e não pode ser um tropeço como este que vai colocar tudo abaixo. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo