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No sufoco, com gol nos acréscimos, o Verdão arrancou a vitória no Heriberto Hulse: bateu o Criciúma por 2 a 1 e se manteve no pelotão de cima do campeonato, a três pontos do líder.

O time esboçou alguma consistência ofensiva, coisa que vinha rareando nas últimas semanas, mas muito melhor que isso foi a retomada da confiança para um período de dez dias sem jogos – o campeonato vai parar para a data Fifa. Caso tivesse chegado à terceira partida seguida sem vencer, a pressão sobre o grupo atrapalharia este momento de reorganização ofensiva após a saída de Endrick e buscando os encaixes para jogar com Dudu e, mais tarde, Felipe Anderson.

Os erros da partida anterior foram visivelmente corrigidos. Estêvão teve todo o auxílio dos companheiros – Marcos Rocha apoiou, Richard encostou e Veiga estava sempre por ali. A marcação alta surtiu efeito e só deu Palmeiras durante cerca de 30 minutos, com boas chances criadas, de forma consistente.

Talvez pelo cansaço – o time havia jogado há apenas 3 dias – além do esforço em marcar alto, o Palmeiras diminuiu o ritmo e acabou sofrendo uma pequena pressão do time da casa na parte final do primeiro tempo, o que dava uma impressão enganosa de que a disputa havia sido equilibrada. O Palmeiras teve muito mais organização e volume.

Para o segundo tempo, Abel (pelas mãos do auxiliar Carlos Martinho) decidiu equilibrar mais os lados dos ataques, acionando menos o lado direito e mais o esquerdo. Para isso,  sacou Estêvão e Rômulo, colocando Luis Guilherme e Lázaro.

De fato, o lado esquerdo passou a funcionar bem melhor, mas graças aos apoios de Piquerez, que estava com a mira calibrada nos cruzamentos. Rony teve uma chance de ouro ao testar uma bola na risca da pequena área, mas mandou em cima do goleiro.

A pressão foi demais e o Criciúma entregou a paçoca aos 18, quando Rodrigo meteu o mãozão na bola dentro da área num lance pouco promissor. Gómez bateu no canto direito e abriu o placar.

A parada parecia resolvida. O Criciúma não aparentava ter forças para equilibrar o jogo e empurrar o Verdão para trás. E talvez por isso o aspecto mental tenha pesado tanto quando o Palmeiras sofreu o empate dois minutos depois de abrir o placar, num lance de total falta de sorte de Murilo que Matheuzinho aproveitou.  Remamos por quase 70 minutos para abrir o placar, e eles empataram sem qualquer esforço – a frustração era evidente.

E podemos até agradecer aos céus porque Weverton salvou o Verdão de levar a virada 3 minutos depois, num chutaço na gaveta de Bolasie – nosso goleiro voou e fez uma linda ponte, desviando para escanteio – ela ainda triscou o travessão.

Foram cerca de 15 minutos sem nenhuma inspiração, com Abel tentando mexidas sucessivas para encontrar alguma rota: Zé Rafael, Caio Paulista e por fim, Gabriel Menino.

E foi o camisa 25 que cavou uma falta aos 44, na entrada da área. O Criciúma abriu mão totalmente de jogar e só queria garantir o pontinho. O Palmeiras sentiu o cheiro do medo. Menino bateu a falta e Gustavo mandou a escanteio. O estádio inteiro estava na área do Criciúma e Luis Guilherme bateu na cabeça de Gustavo Gómez, que escorou para o bolo, onde Lázaro estava bem posicionado para desviar também de cabeça para as redes e decretar a vitória do Verdão.

Foi um triunfo merecido, pela proposta de jogo e pelo esforço dos jogadores. Pode não ter sido uma partida primorosa, mas neste momento, o que mais importava era dar uma nova demonstração de força e de capacidade de superação, para renovar a confiança e trazer um espírito positivo neste novo período de treinamentos.

O Verdão volta a campo só no meio da próxima semana, para uma sequência intensa de jogos só pelo Brasileirão, sem mudar a chavinha. Com foco, e contando com uma tabela bem acessível nesta fase do campeonato, temos tudo para nos mantermos no pelotão de cima e, quem sabe, assumir a liderança em algumas semanas, enquanto as novas peças vão se encaixando.

Abel, é claro, tem mais um plano. Se vai dar certo, só o tempo dirá, mas de uma coisa todos parecem ter certeza: o protagonista do futebol brasileiro segue vivíssimo na disputa. E ninguém, a não ser nossa torcida, está gostando disso. VAMOS PALMEIRAS!

 

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo