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O Palmeiras venceu o Atlético em Belo Horizonte por 1 a 0 e conquistou um grande resultado na busca de uma vaga nas quartas-de-final da Copa Libertadores. O Verdão, além de passar pelo time da casa, por Felipão e pela forte torcida local, teve que vencer também o horroroso gramado do Mineirão.

O Verdão teve o controle de quase todo o jogo, seja quando teve a inciativa dos ataques, seja quando o Atlético, atrás no marcador, decidiu se expor mais em busca do empate – nosso sistema defensivo esteve perfeito e o contra-ataque estava bem armado. O Palmeiras esteve bem mais perto do segundo gol que o Galo de empatar.

Com Mayke e Piquerez soltos, Dudu e Artur afunilando e Raphael Veiga com surpreendente espaço, sem ter nem Otávio, nem Battaglia colado, o Verdão dominou os minutos iniciais. Veiga jogava nas costas dos dois volantes atleticanos e comandou os ataques, exigindo bastante da dupla de zaga e do goleiro do time da casa.

Mesmo depois que Felipão acertou o posicionamento defensivo de seu time o Palmeiras seguiu mais perigoso e chegou ao gol aos 28  minutos: depois de uma jogada de escanteio, a defesa do Atlético tirou com um chutão que Mayke aparou e devolveu a bola na área, numa linda invertida da direita para a esquerda, encontrando Gustavo Gómez; o capitão testou para dentro; Jemerson rebateu e Veiga emendou de sem-pulo, acertando o cantinho direito de Everson. Um golaço.

Os nervos dos mineiros ferveram. A pressão de estarem a nove jogos sem vitória foi demais após sofrerem o gol. A torcida não jogou junto e não foi difícil para o Verdão comandar o jogo até o fim do primeiro tempo. Felipão até tentou dar mais dinâmica a seu time trocando Zaracho por Igor Gomes antes do intervalo, mas Weverton praticamente assistiu à partida.

No segundo tempo o Atlético voltou com os ânimos renovados; a parada fez bem para os nervos do time da casa, que passou a se expor mais. O Palmeiras estava muito bem armado para os contra-ataques, com Artur, Dudu e Rony, e o sistema defensivo estava firme, embora aquela tensão da bola estar rondando nossa área incomodasse.

O fato é que mesmo com Pavón, Hulk e Paulinho, jogadores muito perigosos, o time do Atlético está desencaixado ofensivamente, com os jogadores muito distantes entre si, facilitando nossa marcação. Quando isto acontece numa noite em que Zé Rafael, Gómez e Murilo estão afiados, o adversário fica com poucas chances.

O Verdão teve duas bolas excepcionais para aumentar o placar. Aos 25, Veiga puxou o contra-ataque cm Artur e se posicionou para receber de volta – fatalmente faria o gol se tivesse recebido a bola de volta, mas Artur foi muito mal  na tabela e deu a bola nos pés da defesa do Galo. E nos acréscimos, Jhon Jhon, que primeiro fez a posição de Dudu, depois foi deslocado para a meia central, bateu falta na área e quase Alan Kardec fez contra – a bola explodiu na trave.

O Galo, a esta altura, enxerga a inauguração de sua Arena, logo depois do jogo da volta, como uma chance de ressurgir na temporada. Neste momento, parece mais uma distração do que um estímulo para buscarem a reviravolta. A classificação ficou muito próxima, mas temos exemplos recentes que não nos permitem relaxar – as duas últimas eliminações, em 2019 e 2022, aconteceram em casa depois do time estar em vantagem.

Tanto quanto o resultado, temos muito que comemorar a volta do futebol bem jogado, os movimentos automatizados, a consciência tática, o foco e a entrega total dos jogadores, que parecem ter superado a assustadora oscilação por que passaram entre junho e julho, dando a impressão de que o fio tinha virado.

Com o fechamento da janela, conseguimos voltar ao “normal” e estamos prontos para tentar buscar os dois títulos que temos pela frente. São duas montanhas dificílimas de escalar, mas este grupo já mostrou que jogam bola e são alpinistas. Não se pode duvidar desses caras. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo