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Jogando com o time todo reserva, o Palmeiras conseguiu um ótimo empate por 1 a 1 com o San Lorenzo, em Buenos Aires, na partida de estreia da Conmebol Libertadores 2024.

Mesmo com o foco todo na final do estadual, contra o Santos, o time se virou nos noventa para trazer um ponto importante na bagagem, o que aumenta o moral do grupo para a final de domingo – mesmo com a maioria dos titulares não tendo sequer viajado.

Com pouco ou nenhum treino e com evidentes problemas de foco, o Palmeiras foi para o jogo como um estudante que não conhece a matéria da prova. O time mostrou dinâmicas defensivas equivocadas, com os dois laterais subindo ao mesmo tempo sem as devidas coberturas, deixando a dupla de zaga absolutamente exposta.

Tecnicamente, Garcia e Vanderlan também não ajudaram muito nos apoios, e o time tinha muita dificuldade para encontrar Rony – ainda mais porque estava tentando pelo alto.

Assim, não foi difícil para o San Lorenzo criar volume para abrir o placar. Depois de duas grandes chances, num escanteio Romaña aproveitou a proteção dos companheiros para subir muito e testar sem chances para Lomba, que logo depois fez um milagre num chute cara a cara em mais um contra-ataque.

Mas o time da casa sentiu o esforço físico e baixou a intensidade. A meia-bike de Rony, um improviso para aproveitar uma jogada que nasceu morta, acendeu o time, e Lázaro e Gabriel Menino assustaram Altamirano. Mas o primeiro tempo terminou mesmo com 1 a 0 no placar.

Abel não mexeu no intervalo, mas já deixou duas alterações engatilhadas, que colocou em prática antes dos dez minutos: Piquerez e Luis Guilherme nos lugares de Vanderlan e Breno Lopes. E o time melhorou muito.

O uruguaio estava inspirado e usou sua experiência para dar equilíbrio ao flanco esquerdo. Já o camisa 31 entrou com muita coragem; aos 17 anos, vai crescer muito com as lembranças desta partida. O Verdão tomou posse do campo de ataque e melhorou mais ainda com as entradas de Flaco López e de Aníbal Moreno.

Flaco entrou na armação, por dentro, e Lázaro caiu para a esquerda, fazendo a dobra com Piquerez. Com um time renovado fisicamente, e muito mais bem armado taticamente, o Palmeiras se lançou ao ataque.

Mas o San Lorenzo, embora extenuado, conseguiu ainda descolar contra-ataques, e teve duas oportunidades  gigantes – na primeira, Herazo explodiu a bola no travessão – e ela ainda triscou a risca do gol antes de sair; na segunda, Ferreira chutou por cima de dentro da pequena área.

Foi então que entrou em campo um clássico do futebol: “Quem não faz, leva”. Luis Guilherme arrancou em direção à área e foi derrubado a dois passos da risca; Piquerez bateu com categoria por cima da barreira e empatou, aos 35.

Os dez minutos finais mais os acréscimos foram frenéticos, com a bola não passando pelo meio do campo. Os dois times armavam ataques rápidos e o Palmeiras esteve muito perto da virada, com Flaco López, que chutou no ângulo de Altamirano, que se esticou para espalmar – ela ainda bateu na trave antes de sair.

O San Lorenzo também voltou a criar, mas sem muita organização – ainda assim, levou perigo ao gol de Lomba. No final, o placar de 1 a 1 foi justo, e qualquer um que eventualmente saísse com a vitória, estaria de bom tamanho. Foi um jogo bastante agradável de se assistir.

Melhor para o Palmeiras, que com o time reserva trouxe um ponto importante – e tirou dois do San Lorenzo. O moral voltou a se elevar e agora o foco está totalmente virado para o Santos, que está descansando. Assim como sete de nossos titulares, que nem viajaram.

Que nossa torcida faça sua parte de agora até o apito final, sem parar. Só apoio. Só energia boa, só confiança. Chegou um daqueles momentos por que esperamos toda a temporada, e sabemos como vivê-lo, mesmo sendo um troféu menor. Queremos ganhá-lo. Precisamos ganhá-lo. Então VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo