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Todo remendado, o Palmeiras foi buscar o empate em 2 a 2 contra o Grêmio, em Caxias do Sul, depois de estar perdendo por 2 a 0 e assim trouxe um ponto heróico do sul do país.

Os outros resultados da rodada não nos foram favoráveis e o Verdão acabou caindo para o terceiro posto na tabela de classificação, mas segue a apenas uma rodada do líder, se mantendo firme no pelotão de frente a cinco rodadas do fim do primeiro turno.

Com nada menos que doze desfalques, incluindo os três contratados que já estão treinando com o elenco, Abel Ferreira montou um time com Flaco López centralizado, como um camisa dez, enquanto Rony permaneceu na função mais adiantada e Estêvão e Piquerez fizeram as larguras e Jhon Jhon preenchia o lado esquerdo.

Sem um meia de ofício, a expectativa era por um jogo mais vertical, tendo Aníbal Moreno como arco a disparar flechas na direção dos atacantes mais velozes. Mas não houve tempo para verificar se a estratégia daria certo: Marcos Rocha deu um bote e tinha a bola dominada, mas vacilou e perdeu para Cristaldo, que abriu rápido para Gustavo Nunes na esquerda, em velocidade; acompanhado por Vitor Reis, o ponteiro conseguiu rolar para dentro, onde Pavón tinha a frente sobre Naves e Piquerez – o passe foi preciso, tirando de Weverton e na medida para que o argentino escorasse para o gol vazio.

O gol sofrido logo no início fez com que o plano de jogo do Palmeiras se modificasse. Diante de um adversário que já não tinha o interesse em propor o jogo, o Verdão passou a depender de bolas mais trabalhadas de pé em pé e levou cerca de quinze minutos até compactar as peças ofensivas e passar a ameaçar o gol gremista. Enquanto isso não aconteceu, o Grêmio teve chances até de ampliar o placar, mas esbarrou na falta de pontaria de Gustavo Nunes e de Rodrigo Ely.

Mas o Verdão enfim conseguiu agrupar as peças ofensivas e os ataques passaram a encaixar. A bola passou a chegar na área com mais fluidez à medida que Flaco López, Aníbal Moreno e até Marcos Rocha encostaram em Estêvão e Marchesín precisou trabalhar.

Outro que teve bastante trabalho foi Kannemann, que tinha muitas dificuldades em marcar Flaco López. Mas o defensor gremista tinha o passe livre para cometer quantas faltas quisesse, inclusive dentro da área, sem que o árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique  apontasse para a marca penal. Foram nada menos que três penais claros, todos idênticos, com Flaco López sendo jogado ao chão com agarrões pelo camisa 4 do time da casa.

O Palmeiras, ainda assim finalizou dez vezes contra o gol do Grêmio no primeiro tempo, de todas as formas: por cima, por baixo, de fora da área, de pertinho – mas a bola não entrou.

Abel iniciou então uma série de movimentos para avançar em direção ao gol gremista, empurrando o adversário para trás. Primeiro, no intervalo, trocou Fabinho por Mayke, tornando o meio de campo mais ofensivo. E o Palmeiras iniciou o segundo tempo perdendo um gol feito com Jhon Jhon, na risca da pequena área.

O Verdão seguiu trocando as peças e avançando em direção ao campo adversário: Vanderlan entrou no lugar de Naves e Piquerez passou a fazer a zaga, mas com muito mais flexibilidade para atacar no corredor intermediário, enquanto o camisa 6 mantinha o campo aberto pela esquerda. E a pressão pelo empate aumentava.

Mas numa troca rápida de passes em nossa área, com a defesa toda postada, Reinaldo deu um bom passe para Cristaldo, que foi derrubado por Vanderlan. O juiz nem pensou duas vezes para marcar e Cristaldo deslocou Weverton para abrir 2 a 0, aos 24 minutos.

Dudu entrou no lugar de Marcos Rocha e foi para a ponta esquerda; Mayke virou lateral-direito com toda a liberdade para subir, e o Palmeiras virou um 3-3-4 ultraofensivo. Abel, assim como havia acontecido contra o Athletico-PR em Barueri, e na derrota em Fortaleza, não se intimidou com o placar adverso e abriu o time, correndo  o risco de levar uma goleada – ou de conseguir algum ponto.

Desta vez a coragem de nosso treinador foi premiada: aos 31 minutos, o jogo já estava empatado. Primeiro, Estêvão enfiou a bola para a ultrapassagem de Mayke, que deixou a zaga para cruzar no primeiro pau; a zaga desviou parcialmente e a bola se ofereceu para Flaco testar para o gol, diminuindo o placar. Depois, Estêvão tabelou com Jhon Jhon, protegeu a bola e soltou uma sapatada da intermediária, acertando o ângulo direito de Marchesín.

Abel ainda tentou ganhar o jogo, sacando Estêvão, exausto, e mandando a campo Caio Paulista. A pressão do Palmeiras foi grande, houve mais um pênalti não marcado a nosso favor, Jhon Jhon quase fez um gol olímpico, mas o jogo terminou mesmo empatado em dois gols.

Os resultados dos adversários aumentaram a pressão, mas mesmo enfrentando o antepenúltimo colocado, diante das circunstâncias antes e durante o jogo, dá para dizer que o Palmeiras ganhou um ponto, não que perdeu dois. Enfrentar o Grêmio no Sul é sempre um compromisso delicado; com desfalques a rodo e com o juiz determinado a fazer o “serviço”, a tarefa de vencer era quase impossível. Reverter um 0 a 2 acabou sendo um excelente resultado.

A Copa América está se encaminhando para o fim e o Palmeiras segue acumulando pontos importantes, já podendo contar, no fim de semana, com Gustavo Gómez. Veiga e Menino também voltam de suspensão e há a chance de um ou dois retornos entre os lesionados. Abel voltará a contar com as peças mais relevantes do elenco e em mais três rodadas terá também à disposição três reforços adquiridos no mercado.

Tentaram nos matar hoje, mas não conseguiram. Depois reclamam da sorte, falam que é pacto, sobrenatural… VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo