SCCP X Palmeiras

05/11/2017 - 17:00 Campeonato Brasileiro Itaquerão

Jogando contra os tradicionais 14 jogadores, o Palmeiras lutou, jogou melhor, mas acabou derrotado no Derby em Itaquera. Atuação da arbitragem foi decisiva mais uma vez e mostrou toda a fragilidade do Palmeiras nos bastidores, apesar das acusações de “esquema” vindas da imprensa e do outro lado. Fomos assaltados em dois jogos seguidos e o resultado são os atuais oito pontos de vantagem.

PRIMEIRO TEMPO

Willian Bigode foi vetado nos testes antes do jogo e não pode ser relacionado nem para o banco. Mina foi confirmado no time titular e jogou do lado direito, conforme esperado. E o jogo começou quente; a primeira chegada foi do Verdão, logo a um minuto: Borja brigou com dois zagueiros e ganhou lateral, Moisés ameaçou jogar na área mas fez a ensaiadinha com Mayke, que cruzou no segundo pau – Mina raspou de cabeça e mandou à direita de Cássio. Um minuto depois, Keno lançou para Borja, mais uma vez enfiado no meio dos zagueiros; ele dominou e bateu com rapidez, por cima do gol.

O Verdão marcava alto, como na partida contra o Cruzeiro, e o dono da casa jogava com bolas esticadas tentando aproveitar o espaço vazio em nosso campo. Aos seis, Jô ganhou uma bola viva em nossa área e chutou rasteiro, à esquerda de Fernando Prass, sem perigo. Na reposição, o time da casa surpreendeu e marcou a saída de bola; Rodriguinho tocou para Jô, recebeu de volta e bateu rasteiro, exigindo enorme defesa de Fernando Prass.

O SCCP equilibrou o jogo quando decidiu sair de seu campo e jogar o jogo. Aos 17 Fagner bateu de fora e Prass rebateu para fora da área. Na sequência, Borja recebeu rápido e fez a jogada individual pelo meio, invadiu a área e bateu forte, buscando o canto esquerdo, mas a bola foi na rede pelo lado de fora.

Aos 27, Rodriguinho recebeu pela esquerda, aproveitou o espaço da marcação ruim de Mayke e Bruno Henrique e bateu cruzado, para a chegada de Romero do outro lado. O paraguaio estava impedido, mas isso não fez diferença para o bandeirinha; aí foi só escorar para o gol, para abrir o placar. Uma vergonha.

Um minuto depois, o Palmeiras, desarrumado, deu espaço; Rodriguinho puxou o ataque e serviu a Jô, livre dentro da área – Fernando Prass saiu bem e abafou, mandando a escanteio. Na cobrança, Edu Dracena raspou na bola e Balbuena escorou com a barriga para dentro do gol. Num lance irregular e em outro de pura sorte, o SCCP abriu dois gols de vantagem.

O Verdão reagiu, após breve pane, mas com um imenso prejuízo para descontar. Aos 32, depois de escanteio na esquerda, a bola ficou parada dentro da pequena área, mas Borja não conseguiu aproveitar. Dois minutos depois, após mais um escanteio, Mina ganhou de Pablo pelo alto e testou no canto esquerdo de Cássio, fazendo 2 a 1 no placar.

O estádio emudeceu e o Verdão voltou a mandar no jogo. Perigo? Sem problemas: aos 36, Jô disputou bola com Edu Dracena na entrada da área, os dois se enroscaram e Jô se desmanchou. Daronco marcou pênalti, inacreditavelmente. Jô bateu no canto esquerdo e recolocou o rival dois gols na frente. Com dois gols roubados. O Palmeiras seguiu atacando com consciência e pressionando nos minutos finais do primeiro tempo, mas não conseguiu levar perigo real ao gol de Cássio.

SEGUNDO TEMPO

Alberto Valentim mexeu: Roger Guedes foi a campo no lugar de Keno. O Palmeiras começou com menos força do que se esperava de um time que precisava fazer um gol rápido para mudar o clima do estádio – talvez uma certa preocupação em não pilhar demais o jogo. Aos 5, Rodriguinho bateu falta na área e Balbuena cabeceou por cima. Aos 11, Dudu bateu falta pela esquerda, a bola passou pela zaga mas ninguém do Palmeiras chegou para conferir para o gol.

Aos 13, Egídio roubou a bola de Romero e cruzou no segundo pau, buscando Roger Guedes – Cássio deu um tapinha na bola e tirou a bola da testa do camisa 23. Aos 17, Gabriel fez cera e teve que sair de campo. Na reposição, o traidor invadiu o campo sem autorização; o bandeirinha que não deu o impedimento de Romero no primeiro gol assumiu o erro e mais uma vez quebrou o galho do time da casa, que assim comeu pelo menos 5 minutos do relógio.

Mesmo com o time da casa praticando todo o tipo de antijogo, o Verdão chegou ao segundo gol: aos 22, depois de cobrança de escanteio, Pablo escorou para trás, Moisés ajeitou o corpo rapidamente e fuzilou Cássio pelo alto, fazendo um golaço e diminuindo o placar. Guerra já estava em campo, no lugar de Bruno Henrique, e o Palmeiras estava com uma configuração bastante ofensiva. Aos 26, depois de arrancada de Roger Guedes, Guerra emendou um bom chute de fora, mas a bola saiu à esquerda de Cássio.

Aos 30, numa rara descida do SCCP, Rodriguinho estava marcado por Mina e bateu cruzado, Prass mandou a escanteio. A bola não rolava, a catimba prevalecia. Nos poucos minutos de bola em jogo, o Palmeiras prensava o adversário no campo de defesa, e apenas Jô ficava à frente esperando uma bola esticada.

Depois de muita paralisação, Deyverson foi  a campo no lugar de Tchê Tchê, montando uma espécie de 4-2-4. Aos 41, Dudu conseguiu um bom cruzamento no segundo pau, mas Guilherme Arana se enroscou com Mina, que não alcançou – Roger Guedes passou batido e a bola saiu.

Aos 46, Dudu bateu escanteio no segundo pau, Moisés escorou e a bola saiu por cima, antes que Roger Guedes chegasse. Aos 48, pela terceira vez no jogo, Egídio pegou uma sobra de escanteio e mandou na lua. No último lance, Dudu cobrou lateral, Roger Guedes foi rápido e aparou rente à linha de fundo para cruzar para Mina; a bola saiu um pouco alta e Cássio ficou com ela. E Anderson Daronco acabou com o jogo.

FIM DE JOGO

O Palmeiras jogou bola enquanto lhe foi permitido. E com a bola rolando, foi melhor e fez dois gols. O SCCP fez a diferença como sempre: com a ajuda da arbitragem e parando o jogo, impedindo a bola de rolar com a complacência de seus parceiros de apito. Uma enorme operação para salvar um vexame histórico que seria um campeonato perdido após abrir 17 pontos de vantagem. Um jogo que ilustra a atual vergonha que é o futebol brasileiro.

Jamais podemos aceitar uma derrota como essa. Se a diretoria não age, a torcida não pode se calar. Não aceitaremos nenhuma provocação. Nenhum sorrisinho sequer.

O campeonato foi perdido nas primeiras cinco rodadas, mas o Derby não, e isso nós não vamos engolir. É melhor que os engraçadinhos amanhã pensem muito bem antes de arriscarem qualquer coisa, PORQUE AQUI É PALMEIRAS!

Ficha Técnica

46.090

R$ 2.908.847,10

Anderson Daronco

Súmula

Borderô

Escalações

SCCP

Cássio
Fagner
Pablo
Balbuena
Guilherme Arana
Gabriel
Maycon
Camacho
Fellipe Bastos
Romero
Rodriguinho
Clayson
Jádson
Fábio Carille

Notas

Jogador Descrição Nota
Fernando Prass
Fez boas defesas e não tinha como impedir as bolas que entraram.
7
Mayke
Voltou a exibir alguma insegurança na marcação.
6
Mina
Não sentiu a falta de ritmo, voltou com gol e a mesma técnica de sempre.
8
Edu Dracena
Infeliz no lance do segundo gol, de resto fez um clássico correto.
6
Egídio
Alguém precisa falar pra ele que outro gol igual contra o Fluminense, só daqui a dez anos.
4
Bruno Henrique
Deu espaço no lance do primeiro gol, não soube se posicionar bem quando o SCCP avançou suas linhas.
6
Guerra
Jogou aberto e rendeu pouco.
5.5
Tchê Tchê
Importante na batalha pelo meio e na saída de bola.
6.5
Deyverson
Não mereceu ser expulso, e também não fez nada com a bola, que quase não rolou.
s/n
Moisés
Gigante, o melhor em campo - coordenou o time como um autêntico dez e ainda fez um golaço.
9
Keno
Bem marcado, não conseguiu as jogadas agudas que está acostumado a fazer.
6
Róger Guedes
Errou quase tudo o que tentou.
4
Borja
Perigoso, jogou afundado no meio dos zagueiros e deixou a defesa deles sempre preocupada.
7.5
Dudu
O Derby foi truncado demais para seu futebol poder aparecer, mesmo assim foi agudo e construiu boas jogadas.
7.5

Melhores momentos