1

2

De novo no sufoco, o Palmeiras chegou à vitória nos acréscimos: bateu o Sport por 2 a 1, fora de casa, e chega a 4 pontos em dois jogos pelo Brasileirão. O resultado atenua o tropeço em casa na rodada inaugural e aumenta a confiança do elenco.

Mais que isso: veio numa partida em que Abel escolheu correr mais riscos, escalando um time cheio de reservas, poupando a energia dos principais jogadores. Mais: recheado de jogadores que chegaram ao clube na última janela, o Palmeiras vai testando esquemas novos, possivelmente pensando em acomodar juntos Vitor Roque e Paulinho. Os 3 pontos são o retorno máximo que a aposta poderia dar.

Abel escalou o time num 3-5-2, com Giay e Vanderlan como alas, Facundo e Flaco fazendo a dupla de ataque. Nada funcionou – nem a defesa; nem o ataque. Com os alas completamente desconectados do resto do time, o Palmeiras não conseguia ter superioridade no meio-campo, e consequentemente não conseguia conduzir a bola ao ataque e nem bloquear as construções do time da casa.

Assim, o Sport chegava à frente de nossa área com alguma facilidade, enquanto o Palmeiras, quando tinha a bola, só conseguia tentar algo com bolas esticadas para Flaco fazer o pivô ou eventualmente numa ou noutra arrancada de Facundo Torres.

E para surpresa geral, aos 30 minutos, no primeiro ataque bem estruturado, Vanderlan levantou na área; Flaco López se projetava para fazer o gol mas foi puxado por Chico: pênalti claro, que o próprio Flaco converteu com uma batida forte e alta, no meio do gol. Desta vez, o Palmeiras foi 100% eficaz, enquanto o adversário desperdiçava chances.

Mas o volume do Sport era muito maior e o empate veio logo na sequência, após seguidos erros de nossa defesa: Micael cedeu um escanteio de forma tola, Lucas Lima cobrou e ninguém marcou Chrystian Barletta, que chapou de esquerda da entrada da área; Weverton reagiu muito tarde e acabou aceitando.

E o Palmeiras ainda pode agradecer aos céus que foi para o intervalo sem estar perdendo, já que Sérgio Oliveira cobrou, aos 45, uma falta frontal que balançou o travessão de Weverton.

Dá para dizer que meio objetivo havia sido alcançado: os titulares foram poupados, um novo esquema deu mais um passo no desenvolvimento e o placar não apontava derrota. Faltava arrematar, usando as substituições para chegar ao resultado positivo.

E Abel iniciou o processo Vanderlan e Felipe Anderson por Piquerez e Estêvão. O time ainda ficou capenga, já que não tinha um articulador e os laterais, principalmente Giay, não conseguiam se encaixar na proposta tática.

O Sport foi demonstrando cansaço e Abel aumentou a força de nosso time, corrigindo de vez o desenho tático, com as entradas de Raphael Veiga e Aníbal Moreno nos lugares de Giay e Emi Martínez. O 4-2-3-1 estava de volta, com jogadores importantes cheios de gás, contra um adversário cansado.

O resultado foi um amasso do Palmeiras a partir dos 15 minutos. Flaco López apertou a saída de bola, aos 31, e sofreu pênalti de Caíque França, que a arbitragem ignorou inacreditavelmente. A entrada de Vitor Roque em Lucas Evangelista foi a cartada final, montando o time numa formação ultraofensiva – um 2-4-4. Pepa tentou empurrar nosso time para trás, colocando dois ponteiros e um centroavante, mas nosso time não permitiu que as bolas longas fossem lançadas.

Assim, depois de vários bons ataques, o Palmeiras chegou ao gol da vitória em mais um pênalti: desta vez foi Veiga quem sofreu a falta, um passo dentro da área – um leve toque de Matheus Alexandre após tabela com Vitor Roque. Piquerez deslocou o goleiro, já nos acréscimos, e definiu o triunfo do Verdão.

Abel usou o jogo para poupar, treinar e vencer. Jackpot. De quebra, ainda impôs mais uma derrota ao Sport, que é um clube que não atrai nenhuma simpatia, mesmo inofensivo.

A semana se inicia tendo pela frente o Cerro Porteño e mais um Derby no fim-de-semana, no eterno vira-chavinha que teremos pela frente até a partida para o Mundial. Para essa sequência, vamos torcer para que Estêvão, que sofreu uma tentativa de assassinato sem que o juiz expulsasse o volante do Sport, não tenha sofrido nenhuma lesão. Cada vez mais quente, a temporada vai exigir tudo de nosso elenco. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo