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O Palmeiras empatou com o Athletico-PR por 2 a 2 no Allianz Parque e acabou eliminado da Copa Libertadores, numa partida que trará muitas lamentações de nossa torcida.

Depois de construir uma vantagem de dois gols, que seria suficiente até para evitar a decisão por pênaltis, o Verdão, com um jogador a menos, não teve forças para resistir à pressão do visitante, que contou com a ajuda da arbitragem e com um tanto de sorte para chegar ao placar e se classificar para a final, contra o Flamengo.

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O início do jogo não poderia ter sido melhor para o Palmeiras, que chegou ao primeiro gol logo aos 3 minutos, com Gustavo Scarpa, após ótimas participações de Zé Rafael e Bruno Tabata, muito bem no flanco esquerdo. O estádio ficou na temperatura perfeita e o Verdão amassava o Athletico.

Com a desvantagem já anulada, nosso time executou seu plano de jogo com calma, e só faltou a bola entrar. Experiente em decisões, o Verdão não se afobou e seguiu jogando com a cabeça fria.

Um lance desafortunado no fechamento do primeiro tempo, no entanto, mudou o rumo da partida. Murilo errou o bote, tocou o adversário com a sola e acabou expulso, numa decisão bastante discutível da arbitragem, alertada pelo VAR.

Abel sacrificou Bruno Tabata para posicionar Luan na zaga. Zé Rafael e Gabriel Menino passaram a se desdobrar, marcando e armando, já que Scarpa foi fazer a largura do lado esquerdo.

E o Palmeiras achou o segundo gol numa cobrança de lateral de Marcos Rocha – o arremesso foi forte e reto como uma flechada, na cabeça de Gustavo Gómez, que tirou a casquinha e enganou Bento. Com menos de dez minutos do segundo tempo, o Palmeiras já tinha conseguido o placar que precisava.

Mas havia um grande adversário do outro lado. Comandados pelo general Scolari, o time paranaense não se resignou. As mexidas de Felipão, fortalecendo a armação de seu time por dentro – como havia ensinado Abel após eliminar o Atlético de Cuca – deixou seu time muito ofensivo.

Neste momento notamos a falta que fez um volante mais marcador. O Palmeiras não tem em seu elenco um substituto para Jailson, há alguns meses lesionado. E com algum espaço à frente de nossa zaga, Fernandinho construiu a jogada do primeiro gol do Athletico, que igualou novamente o placar agregado.

Não lidamos bem com a perda da vantagem. Nossa torcida se calou. Nosso time murchou. E ainda havia muito tempo pela frente.

A arbitragem contribuiu bastante para essa queda na confiança. Tendenciosos, os homens da Conmebol direcionaram o jogo em lances decisivos. Além do rigor na expulsão de Murilo, fizeram vistas grossas numa cotovelada de Alex Santana e num pisão no tendão de aquiles, ambas sobre Rony – no mínimo, uma expulsão e um pênalti sonegados. Além disso, uma série de decisões em lances pequenos deram a nítida impressão que a balança não estava equilibrada.

Mesmo assim, nosso time resistiu até os 40 minutos, quando um chute de fora de David Terans desviou em Piquerez e tirou Weverton do lance, decretando o gol decisivo. Abel foi para as mexidas mais desesperadas, mas restava pouco tempo e a arbitragem pôde terminar o jogo com a sensação de dever cumprido.

Depois de três temporadas o gigante, finalmente, foi derrubado. Nos momentos que sucedem à frustração o impulso da maior fatia da torcida é procurar culpados e exigir cabeças. Mas com a cabeça mais no lugar, o momento precisa ser de aprendizado. Nem um campeão como o Palmeiras está dispensado de sempre aprender para buscar melhorar.

A temporada ainda nos reserva 13 jogos pelo nacional, onde temos 7 pontos de vantagem para administrar. O décimo-primeiro título brasileiro seria a terceira taça da temporada, o que deixaria um saldo bastante positivo. Só precisamos que o tempo passe um pouco para que a tristeza pela eliminação da Libertadores se dissipe. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo