Palmeiras X Novorizontino
07/04/2017 - 21:00 | Campeonato Paulista | Pacaembu |
O Palmeiras não teve a menor dificuldade esta noite no Pacaembu para vencer o Novorizontino por 3 a 0 e assim garantir a passagem para as semifinais do Paulistão. A vitória garantiu o primeiro lugar na classificação geral até o fim da fase e agora o time espera pela definição do quarto colocado, que será o próximo adversário. Enquanto isso, o grupo já virou a chavinha e agora só pensa na Libertadores: na quarta-feira, tem jogo gigante no Allianz Parque contra o Peñarol.
PRIMEIRO TEMPO
O Verdão entrou em campo com Dudu aberto e Guerra fazendo a armação. Willian Bigode estava muito à vontade pelo outro flanco e o Palmeiras desde o início tomou conta das ações. O Novorizontino só esperava por uma bola esticada na direita para Roberto, ou na esquerda para Henrique.
Sem dar sopa para o azar, o Verdão mantinha Zé Roberto preso na esquerda. Do lado direito, Fabiano tinha mais liberdade, e a cobertura com Felipe Melo e Mina parecia ajustada. Com a vantagem construída no primeiro jogo, o Palmeiras não tinha a menor pressa e rodava a bola com muita paciência, sem rifar a bola e sem permitir ao time do interior a bola esticada que eles tanto queriam.
O primeiro tiro a gol foi aos 10: Tchê Tchê achou Borja no miolo; o colombiano girou rápido e bateu rasteiro – Michael defendeu firme. Aos 22, Borja buscou a bola atrás e deu um passe fenomenal para Fabiano; o lateral foi ao fundo e cruzou; Dudu entrou em diagonal e puxou o zagueiro, deixando Willian livre para o arremate, mas a bola saiu lambendo o travessão com o goleiro batido.
A tranquilidade do Palmeiras era quase sem graça, nem parecia jogo eliminatório. O gol saiu numa jogada fortuita, mas que foi resultado do massacrante domínio da bola no campo do adversário, uma hora isso ia acontecer. Tchê Tchê tinha a bola dominada na intermediária, engatilhou e bateu; a bola saiu fraca e sem direção, mas acabou achando Willian no meio dos dois zagueiros; ele dominou com muita felicidade, avançou sem marcação e tocou no canto, inapelável para Michael, abrindo o placar.
A vantagem do Verdão fez o Novorizontino ensaiar uma saída para o jogo. Sem afobação, o Palmeiras deu um passo atrás e passou a atrair o adversário para seu campo, deixando Dudu engatilhado para o contra-ataque. O Novorizontino, no entanto, não tem como característica o jogo de posse de bola, e não se expôs o suficiente. O jogo então seguiu morno até o fim do primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
Silas parece ter convencido seu time no vestiário a não mudar o estilo de jogo para o segundo tempo, que se partissem para cima do Palmeiras seriam goleados. Assim, o Verdão voltou a ocupar o campo do adversário sem maiores dificuldades. O sistema defensivo continuava bem armado e a chance do Novorizontino levar perigo ao gol de Fernando Prass se resumia a bolas paradas ou chutes de longe.
Aos dez, Felipe Melo, sempre com excelente visão da movimentação dos atacantes, esticou bola para Willian na direita; o atacante matou a bola dentro da área e no primeiro toque já tirou de João Lucas com um belo chapéu; na queda da bola tentou o sem-pulo, mas pegou mal com a canhota e a bola saiu.
O Verdão finalmente decidiu aumentar o ritmo e prensou o Novorizontino em seu campo. Depois de nova investida, a bola foi afastada da área e Tchê Tchê pegou a sobra; ele foi avançando até as proximidades da área e soltou o canudo, mas Michael espalmou. Três minutos depois, após jogada de Dudu pela direita, Guerra conseguiu dois arremates no mesmo lance – no primeiro a bola rebateu na defesa; no segundo a bola saiu à direita do goleiro.
Aos 22, Eduardo Baptista, que já tinha trocado Felipe Melo por Thiago Santos, mandou Michel Bastos a campo, no lugar de Willian Bigode. E em seu primeiro toque na bola, o camisa 15 mostrou extrema categoria para arredondar o lance num passe genial para Guerra; dentro da área, o venezuelano tocou na medida para Borja encher o pé, mandando a bola no único espaço aberto, entre a trave e o goleiro. A rede estufou como nos velhos tempos.
O segundo gol sepultou qualquer esperança que alguém em Novo Horizonte ainda pudesse ter. Os jogadores relaxaram; e com a descontração, vieram mais chances de gol – dos dois lados. Aos 22, Edu Dracena e Fabiano ficaram em frequências diferentes e a bola acabou sobrando para Henrique, que bateu para o gol, acertando a rede por fora.
Aos 26, Michel Bastos, que entrou bem demais, fez boa jogada e rolou na área, visando a chegada de Borja, que chegou um pouco atrasado e se chocou com o goleiro. Três minutos depois, mais uma vez Michel articulou a jogada pela direita, soltando para Guerra, que achou Dudu dentro da área; o camisa 7 teve a chance mas bateu por cima, mandando a bola no tobogã.
Aos 32, linda troca de passes envolvendo Michel Bastos, Guerra, Tchê Tchê e Fabiano, até chegar em Dudu, que mais uma vez tentou o arremate e isolou. Aos 36, Mina quase fez um golaço absurdo: como um atacante, ele conduziu, driblou, tabelou com Alecsandro, recebeu de volta já dentro da área e bateu na saída de Michael, que desviou com a ponta dos dedos. Um pecado. Na cobrança de escanteio, a bola atravessou a área; Dudu recolocou no bololô e Thiago Santos teve a chance claríssima de ampliar, mas errou a cabeçada, por cima.
Aos 41, o Novorizontino teve a primeira bola na trave: Fernando Gabriel bateu falta de fora, despretensiosa; ela encobriu Prass e triscou a barra. Um minuto depois, trave de novo: desta vez com Henrique, que fez a jogada dentro da área mas chutou com quase nenhum ângulo.
Aos 43, a pá de cal: Thiago Santos esticou bola rasteira visando Dudu; ele deu o toque de calcanhar rápido para Alecsandro e girou em cima do zagueiro; Alecgol fez a tabela com perfeição e deixou Dudu de frente; ele puxou um pouco para a direita para ganhar ângulo e desta vez o pé estava calibrado: a bola morreu no cantinho esquerdo de Michael. Estabelecido o placar clássico, terminou o jogo no estádio clássico.
FIM DE JOGO
Parabéns ao adversário, que disputou a vaga com dignidade, sem dar porrada sem necessidade, e soube cumprir seu papel no campeonato. O Verdão mostrou que está afiadíssimo, pronto para os desafios difíceis que virão. Serão duas partidas pelas semifinais, provavelmente clássicos, ensanduichadas pelos jogos contra o Peñarol – e se passamos para as finais, o jogo na Bolívia contra o Jorge Wilstermann será entre as duas decisões. Que venham; estamos mais que prontos. VAMOS PALMEIRAS!
A VOZ DO PADRINHO
Quem faz o áudio com suas impressões sobre o jogo hoje é o Vinicius Clemente, direto do Porto, Portugal. Valeu Vinicius!
Ficha Técnica
Escalações
Palmeiras
Novorizontino
Michael
Moacir
Domingues
Diego Sacoman
João Lucas
Éder 

Railan
Doriva
Fernando Gabriel
Roberto

Alexandro
Everaldo

Rodrigo
Henrique
Silas
Notas
Jogador
Descrição
Nota

Fernando PrassApesar das duas bolas triscando a trave; praticamente assistiu ao jogo. 6 
FabianoCom liberdade, apoiou bastante. Não é aquele primor de lateral, mas vai fazendo seu papel. 7 
MinaDe que planeta esse rapaz veio? 9 
Edu DracenaSem muito trabalho, mais uma vez chegou à frente buscando seu primeiro gol com nossa camisa. Uma hora vai sair. 7 
Zé RobertoPosicionamento corretíssimo, guardando a posição para não levar sustos. Melhor que isso: fez uma partida segura em todos os aspectos, afastando as desconfianças. 6.5 
Felipe MeloJoga futebol em todos os seus aspectos: força,habilidade, experiência e malandragem. Sabe tudo. 8 
Thiago SantosEntrou com muita propriedade, atuando bem no desarme e na saída de bola. E ainda chegou na área pra tentar deixar o seu. 7.5 
WillianTá jogando demais, sempre bem posicionado e concluindo a gol com muita felicidade. 8.5 
Michel BastosQue time pode se dar ao luxo de ter um reserva deste nível? 8.5 
Tchê TchêAinda longe de suas melhores atuações. E das piores também. 7.5 
GuerraTem um raciocínio muito rápido, seu toque de bola é letal. Quando acerta. 8 
DuduMesmo numa noite infeliz, insistiu até o final com muita garra e foi recompensado. 7.5 
BorjaÉ um atacante completo. Mandou mais uma pra dentro, estufando as redes. 8 
AlecsandroEntrou jogando direitinho, caprichando nos passes e ajudando a envolver a defesa do Novorizontino. 7
Melhores momentos

Escalações

Palmeiras

Novorizontino
![]() Michael |
![]() Moacir |
![]() Domingues |
![]() Diego Sacoman |
![]() João Lucas |
![]() Éder ![]() ![]() |
![]() ![]() Railan |
![]() Doriva |
![]() Fernando Gabriel |
![]() Roberto ![]() |
![]() ![]() Alexandro |
![]() Everaldo ![]() |
![]() ![]() Rodrigo |
![]() Henrique |
![]() Silas |
Jogador | Descrição | Nota |
![]() | Fernando Prass Apesar das duas bolas triscando a trave; praticamente assistiu ao jogo. | 6 |
![]() | Fabiano Com liberdade, apoiou bastante. Não é aquele primor de lateral, mas vai fazendo seu papel. | 7 |
![]() | Mina De que planeta esse rapaz veio? | 9 |
![]() | Edu Dracena Sem muito trabalho, mais uma vez chegou à frente buscando seu primeiro gol com nossa camisa. Uma hora vai sair. | 7 |
![]() | Zé Roberto Posicionamento corretíssimo, guardando a posição para não levar sustos. Melhor que isso: fez uma partida segura em todos os aspectos, afastando as desconfianças. | 6.5 |
![]() | Felipe Melo Joga futebol em todos os seus aspectos: força,habilidade, experiência e malandragem. Sabe tudo. | 8 |
![]() | Thiago Santos Entrou com muita propriedade, atuando bem no desarme e na saída de bola. E ainda chegou na área pra tentar deixar o seu. | 7.5 |
![]() | Willian Tá jogando demais, sempre bem posicionado e concluindo a gol com muita felicidade. | 8.5 |
![]() | Michel Bastos Que time pode se dar ao luxo de ter um reserva deste nível? | 8.5 |
![]() | Tchê Tchê Ainda longe de suas melhores atuações. E das piores também. | 7.5 |
![]() | Guerra Tem um raciocínio muito rápido, seu toque de bola é letal. Quando acerta. | 8 |
![]() | Dudu Mesmo numa noite infeliz, insistiu até o final com muita garra e foi recompensado. | 7.5 |
![]() | Borja É um atacante completo. Mandou mais uma pra dentro, estufando as redes. | 8 |
![]() | Alecsandro Entrou jogando direitinho, caprichando nos passes e ajudando a envolver a defesa do Novorizontino. | 7 |