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O Palmeiras foi derrotado pelo Flamengo no Maracanã por 3 a 0 e teve interrompida de forma incontestável a sequência de vitórias. Apesar do revés, diante dos demais resultados, o time segue com chances de vencer o campeonato, mas a campanha nas cinco partidas finais precisa ser absolutamente perfeita. A missão parece bastante alcançável pelo grau de dificuldade da tabela, desde que a postura do time seja mais agressiva do que a vista esta noite no Rio de Janeiro.

Talvez seja o excesso de partidas; talvez seja excesso de confiança; talvez tenha faltado equilíbrio entre cabeça e coração. O fato é que nosso time se mostrou um tanto letárgico diante da iniciativa mostrada pelos jogadores do Flamengo. O único que se manteve no nível esperado foi Endrick, que carregou os ataques do Palmeiras nas costas.

Nosso time até que começou a partida em cima da defesa carioca, criando três boas oportunidades de gol, contra apenas dois chutes a gol do Flamengo – ambos numa jogada de escanteio. O time carioca parecia titubear diante do moral absurdo com que o Palmeiras chegou para o confronto.

Mas uma jogada rápida desmontou esse cenário aos 17: Pulgar lançou Pedro, que girou em cima de Luan e, sem cobertura, entrou na área e tocou na saída de Weverton. O Flamengo então percebeu que o monstro não estava em suas melhores noites.

Tudo se confirmou aos 28, em mais um gol com a colaboração de nosso sistema defensivo: após reposição de Rossi, Cebolinha, com muita liberdade, cruzou para De Arrascaeta, que aproveitou a indecisão de Murilo e Piquerez para, sozinho, testar no canto de Weverton.

Não é todo jogo que se consegue uma virada espetacular, mas o Palmeiras parecia não sentir os gols. O que podia parecer sangue frio, era na verdade apatia. O Verdão não encontrava forças para impor suas qualidades.

Pulgar e Gerson preencheram muito bem os espaços e ganharam o meio-campo; Veiga não conseguia sair da marcação e nosso time passou a depender de enfiadas longas para Endrick. Nossos laterais estavam bem presos pelos deles; Breno Lopes não machuca ninguém e nosso time ficou previsível.

Abel fez alterações interessante no intervalo, desmontando o 3-5-2 e voltando com o 4-2-3-1 que o elenco conhece tão bem, posicionando Fabinho ao lado de Zé Rafael para fortalecer o meio-campo e tentar recuperar o setor. Mas a expulsão de Gustavo Gómez logo a três minutos destruiu essa perspectiva e praticamente decidiu o jogo. A decisão do árbitro é altamente questionável, já que a falta cometida pelo paraguaio foi no campo de defesa do Flamengo e jamais configuraria chance clara de gol; tampouco houve violência suficiente para configurar o vermelho direto.

Ainda assim, não se pode atribuir a derrota a esse suposto erro do árbitro. O Palmeiras, com coragem, se armou para tentar o empate no 4-4-1, mas o Flamengo, em seu único ataque do segundo tempo, achou o terceiro gol, em mais uma falha de Murilo na marcação de Pedro.

Abel ainda rearrumou o time num 4-3-2, diante de um Flamengo que só queria que o tempo passasse, mas na verdade suas últimas substituições já foram pensando na sequência do campeonato, preservando Veiga e Piquerez, que estão pendurados. A parte final do jogo foi protocolar, sem maiores emoções.

A postura de nossa torcida e principalmente de nossos jogadores, agora, tem que ser de força. Saber absorver a pancada e seguir em frente. Ainda são possíveis chegar a 74 pontos com partidas perfeitamente ganháveis; todos os nossos adversários ainda têm pelo menos dois confrontos entre si e inevitavelmente vão tirar pontos uns dos outros. Considerando que nenhum deles tende a ganhar todos os seus jogos, ainda estamos fortes na disputa.

Que os palmeirenses saibam se comportar como campeões e não deixem o mau – péssimo! – resultado abater o moral. Como sempre, são 24 horas para lamber as feridas e já partir para a próxima batalha, novamente em Barueri. Precisamos estar inteiros se queremos lutar por mais esse troféu. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo