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O Palmeiras é campeão, mais uma vez. Jogando para mais de 41 mil torcedores que quebraram o recorde de público do Allianz Parque, o Verdão atropelou o Água Santa por 4 a 0 e conquistou o título do Campeonato Paulista pela 25ª vez.

Com uma atuação impecável no primeiro tempo, o Verdão quebrou o adversário mentalmente e abriu 3 a 0 com naturalidade. O time de Abel Ferreira voltou a mostrar o equilíbrio perfeito entre ataque e defesa, sufocando o adversário e não permitindo que fossem criadas situações de contra-ataque. A única chance construída pelo Água Santa foi aos 9 minutos, num chute de longe que Weverton foi buscar na gaveta.

Rony e Endrick sufocavam a saída de bola. A primeira linha dava toda a proteção e esteve perfeita; a dupla de zaga e os laterais tiveram pouquíssimo trabalho. O Palmeiras recuperava a bola rapidamente e minava o aspecto mental dos jogadores adversários, que sentiram a pressão, nitidamente.

Quem parecia mais nervoso com a inédita situação de estar sob os holofotes de todo o país, num jogo grande, foi o goleiro Ygor Vinhas, um dos grandes responsáveis pela ótima campanha do Água Santa. O camisa 1 do adversário poderia ter feito melhor nos quatro gols do Verdão. Nenhum deles pode ser considerado um frangaço, é verdade, mas no terceiro gol a rebatida para a frente foi decisiva para a pá de cal jogada por Endrick. E nos outros três gols, é possível questionar se as bolas que o vazaram não foram defensáveis.

Com o goleiro errático, o nervosismo tomou conta de todo o time de Diadema e não foi difícil para o Palmeiras, numa tarde em que tudo funcionou perfeitamente, dominasse todas as ações. Raphael Veiga esteve absoluto enquanto não sentiu um desconforto muscular, que passou a atrapalhar seu desempenho a partir do meio do primeiro tempo. Mesmo assim, suas aproximações foram fundamentais para proporcionar a sempre desejada superioridade numérica nos movimentos de ataque.

Dudu estava inspiradíssimo; Endrick e Rony jogaram próximos e pisando na área, causando enorme incômodo à zaga de Diadema, e Vanderlan cumpriu todas as funções defensivas e ofensivas, fazendo a largura pela esquerda. O Verdão foi um rolo compressor.

Os gols de Gabriel Menino, aos 14 e aos 27, e o de Endrick, aos 34, foram apenas reflexo desta gigantesca superioridade. Em determinado momento, o espírito “varzeano” dos jogadores do Água Santa aflorou e eles ficaram no dilema entre tentar marcar dois gols para levar a decisão para os pênaltis, resignarem-se, ou partirem para a briga. E bem que tentaram, mas a maturidade do elenco palmeirense não permitiu que a coisa descambasse.

Para o segundo tempo, Thiago Carpini abriu um pouco seu time: trocou um volante por um ponta, deixando a formação igual à da semana anterior, quando decidiu assumir mais riscos e foi recompensado. Mas o sistema defensivo do Palmeiras se manteve intransponível; Weverton não foi incomodado.

O Palmeiras decidiu apenas fazer o relógio andar e o segundo tempo foi só de festa nas arquibancadas enquanto o time tocava a bola. Flaco López confirmou a evolução e fez um belo gol após tabela com Rony. E o time deu-se ao luxo de rodar a bola pelo campo todo, num olé que durou mais de um minuto, antes de criar mais uma grande chance com Rony, que ficou cara a cara com o goleiro mas desperdiçou o quinto gol.

No final, ainda deu tempo de Jhonatan entrar em campo para fazer sua estreia na temporada e garantir seu primeiro título como profissional. O Verdão, confirmando o que já parece uma marca registrada em finais de Paulistão, ergueu mais uma taça com 4 a 0 no placar.

A oscilação por que passou o time na semana que antecedeu ao jogo foi meramente circunstancial. Um erro na dose de concentração do time para a primeira final causou a primeira derrota e, indiretamente, a segunda, na Bolívia, já que Abel viu-se obrigado a mudar a estratégia da semana. O que parecia ser uma virada de fio foi apenas um solavanco; o Verdão mostrou que segue fortíssimo, equilibrado e letal.

Não à toa, este time é chamado por todos de TERCEIRA ACADEMIA. Um elenco devorador de títulos, sob o comando de Abel Ferreira, o grande artífice desta verdadeira máquina. A nós, torcedores, cabe seguir fazendo o fundamental papel de ajudar, empurrar, para ter todo o direito de, ao final das competições, comemorar. Mais uma vez, obrigado aos jogadores e a comissão técnica pelo brilhante início de temporada e VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo