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O Palmeiras venceu o São Paulo por 1 a 0 no Allianz Parque e avançou às finais do campeonato Paulista pela sexta vez seguida. O Verdão vai tentar alcançar o tetracampeonato em duas partidas contra o Corinthians; a primeira acontece no Allianz Parque no próximo domingo e a finalíssima ocorre no Itaquerão, dez dias depois, após a data FIFA.

Apesar do placar magro, o Verdão se impôs diante do adversário não correndo riscos em quase nenhum momento e conduzindo a partida conforme era conveniente. Uma partida muito madura e convincente, num ponto da temporada em que ainda não se espera tal comportamento.

O São Paulo veio com uma formação mais ofensiva que na partida disputada três semanas antes, quando ficou encolhido o tempo inteiro. Com Alisson, Luciano, Oscar e Lucas se movimentando bastante para municiar Calleri, o time visitante ocupou o espaço à frente de nossa zaga e preocupou nos 20 minutos iniciais. O Palmeiras reverteu a situação recuando Ríos, que começou o jogo mais lançado à frente pela direita, e estancou a sangria.

O efeito colateral foi que o time passou a ter muitas dificuldades para incomodar a linha de cinco montada por Luis Zubeldia, que ainda tinha Alisson e Oscar como volantes. O Palmeiras, então, passou a finalizar de média distância e deu calor em Rafael: Ríos (duas vezes), Vanderlan, Estêvão e Facundo Torres testaram o goleiro visitante, que se virou para manter o zero no placar.

O São Paulo saía jogando com queria. Faltava ao Verdão uma marcação mais firme na saída de bola do adversário. Vitor Roque resolveu dar um aperto aos 44 minutos – e funcionou: roubada de bola sobre Arboleda, que esticou o pernão e fez a alavanca sobre o novo camisa 9, que só deixou os corpos se esbarrarem para caracterizar a falta dentro da área. O juiz marcou pênalti que Raphael Veiga converteu com autoridade, fuzilando a costura do ângulo direito de Rafael.

Para o segundo tempo o São Paulo tentou ocupar mais ainda nosso campo, mas esbarrava na partida extraordinária de Emi Martínez. O uruguaio estava presente em todos os pontos do gramado e infernizou a vida dos adversários. Zubeldia então desmontou a linha de 5, colocando Ferreirinha no lugar de Cédric e empurrando Ferraresi para a lateral. Com mais um atacante, o Palmeiras precisou se precaver.

A cada movimento do técnico sãopaulino, Abel Ferreira respondia como num jogo de xadrez. A entrada de Gustavo Gómez para formar a linha de cinco deixou nossa defesa mais forte, e o trabalho foi concluído já perto do fim com a entrada de Mayke como segundo volante.

Mesmo com menos posse de bola, o Palmeiras sempre esteve mais perto do segundo gol que o São Paulo do empate. Vitor Roque, com mais espaço, se soltou e bancou até o garçon, servindo Estêvão e Facundo Torres em ótimos passes.

A postura do Palmeiras após os 30 minutos foi brilhante. Conteve todas as saídas do São Paulo, fechou a casinha e furou a bola. Raphael Veiga foi o grande maestro, comandando o time, ditando a cadência e fazendo o relógio andar. Flaco López também segurou a bola na frente e ajudou a conduzir o verdão a uma grande vitória.

O São Paulo não se esforçou para vencer a Ponte Preta para tentar nos eliminar; acabou perdendo o mando desta semifinal e teve que jogar na segunda-feira, no campo sintético – mas o pior eles não tiveram coragem de reclamar: nossa torcida deu um verdadeiro show, empurrando o time como se deve num grande clássico, com todos no mesmo ritmo e fazendo o Allianz Parque literalmente balançar.

No futebol as coisas mudam muito rápido. Nossa setinha está pra cima, apontada puxéu. Do lado delá, só reclamação e choradeira. Estamos à espera do áudio. Que venha agora o rival de Itaquera, porque ainda temos uma taça para levantar e um campeonato roubado para vingar. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo