Palmeiras X Fluminense

10/06/2017 - 16:00 Campeonato Brasileiro Allianz Parque

Depois de quatro jogos, o Verdão se reencontrou com a vitória ao bater o Fluminense por 3 a 1 no Allianz Parque, e espantou a ameaça de crise que rondava a Academia de Futebol. Tão boa quanto o resultado foi a mudança de atitude e a confiança que os jogadores, com novas estratégias, demostraram em campo. Felizmente a tabela marcou o jogo contra o Fluminense em casa para este momento!

PRIMEIRO TEMPO

Cuca, de calça marrom, remontou o time no 4-2-3-1, com Felipe Melo e Tchê Tchê na proteção à zaga; Zé Roberto e Jean recuperaram suas posições e Guerra, recuperado de pancada na panturrilha, foi confirmado no comando da articulação ofensiva.

Logo a um minuto, o Fluminense aproveitou uma bola esticada e, depois de disputa pelo alto entre Dracena e Ceifador, Gustavo Scarpa emendou um bom chute de fora – a bola saiu por cima do gol de Fernando Prass. E com menos de cinco minutos, Abel precisou trocar Luiz Fernando, que sentiu um choque com Roger Guedes, e colocou Nogueira em seu lugar.

Mas o Verdão jogava melhor, e ao melhor estilo Cucabol abriu o placar: Zé Roberto bateu o lateral na área; Willian Bigode raspou de cabeça e Guerra emendou de primeira, um foguetaço, sem chances para Júlio César.

O Verdão dominava o meio de campo e continuava criando chances. Aos 12, depois de boa troca de passes de todo o ataque em jogada iniciada por Keno, na esquerda, Jean caiu na área após choque com Nogueira – o juiz mandou seguir.

Aos 17, o Fluminense encontrou seu caminho: Calazans ganhou fácil de Jean pela esquerda e foi ao fundo; o cruzamento veio por baixo, preciso, na medida para Henrique Ceifador que tocou forte no canto esquerdo de Fernando Prass empatando a partida.

O Verdão recolocou a bola no chão e voltou atacar o Fluminense. Aos 22, após bela triangulação pela direita, Jean foi ao fundo e cruzou na pequena área – antes que Keno cabeceasse para o gol, Henrique colocou a escanteio. Na cobrança, Guerra levantou na área e Juninho testou buscando o cantinho direito de Júlio César, mas a bola saiu pela linha de fundo.

Percebendo o perigo que Calazans continuava representando em cima de Jean, aos 30 minutos Cuca trocou o camisa 2 de posição com Tchê Tchê. O caminho foi fechado e o Verdão voltou a dominar o jogo. Aos 34, Keno deu uma bela arrancada pela esquerda, invadiu a área e podia ter batido para o gol, mas tentou o passe para Willian, que não estava equilibrado e fez o corta-luz – pra ninguém, facilitando para a defesa carioca.

Aos 39, golaço do Verdão: Tchê Tchê roubou a bola na intermediária e tocou para Roger Guedes, rente à linha lateral. Cercado por Léo Pelé e Marquinho, o camisa 23 fez uma jogada espetacular, levou os dois marcadores de vencida e rolou para a chegada de Keno, que fuzilou Julio César, recolocando o Verdão na frente no placar.

O Fluminense não se rendeu e voltou à carga. Aos 43, o Lucas percebeu o Ceifador se infiltrando por trás da zaga e fez um lançamento preciso; de frente com Fernando Prass, ele bateu firme, mas nosso goleiro cresceu e fez uma defesa que levantou o estádio como se fosse mais um gol do Verdão. Falha grosseira de nosso sistema defensivo. E depois de três minutos de acréscimo, André Luiz de Freitas Castro encerrou o bom primeiro tempo, em que os dois times jogaram como grandes e buscaram o gol adversário.

SEGUNDO TEMPO

Cuca trocou Jean, em tarde terrível, por Thiago Santos, no intervalo – com isso, Felipe Melo passou a ser o segundo volante, com um pouco mais de liberdade para apoiar. Abel também mexeu no time, mas sem trocar jogadores: Henrique virou volante, e Wendel foi recuado para a zaga.

O jogo manteve a intensidade do primeiro tempo, mas as defesas passaram a prevalecer sobre os ataques e o primeiro lance de perigo só aconteceu aos 12: em ataque pela direita, Scarpa abriu para Lucas, que bateu cruzado, pelo alto, encobrindo Fernando Prass – a bola acabou passando pelo travessão. O Verdão respondeu um minuto depois com Keno, que foi na individual pra cima de Lucas, entrou na área e bateu forte, cruzado, para ótima defesa de Júlio César.

Aos 21, Felipe Melo sentiu uma fisgada e deu lugar a Fabiano, devolvendo Tchê Tchê para o meio-campo. Aos 26, Roger Guedes se preparou para cobrar falta do bico da área, sofrida por Guerra; quando todos esperavam um cruzamento para a área, ele bateu direto, exigindo difícil defesa de Júlio César.

O Fluminense aumentou o ritmo e dava espaços para o Verdão, que por sua vez seguia tentando definir o jogo nos contragolpes. Aos 28, Guerra partiu pelo meio, deu o passe para a direita visando Roger Guedes, que emendou um chute forte, mas sem direção, por cima do gol.

Aos 31, mais uma boa chegada do Verdão: Guerra, em tarde muito consistente, recebeu de Keno, esperou a definição da defesa do Fluminense e abriu para Tchê Tchê, que entrou pela direita em diagonal e bateu cruzado, para fora. Abel então tirou Henrique, que já tinha virado volante, e colocou Marcos Junior, abrindo mais ainda seu time. Cuca respondeu e mandou Michel Bastos a campo, para a saída de Keno.

O Fluminense veio com tudo pra cima, mas não tinha força ofensiva. Bem postado, o Verdão cercava bem o time carioca e ao mesmo tempo estava bem postado para matar o jogo no contra-ataque. Aos 42, belíssima tabela entre Guerra e Michel Bastos, que puxou para o meio e bateu de canhota, mas pegou mal na bola, que saiu quase na bandeira de escanteio.

Quando o jogo parecia se encaminhar para o 2 a 1, veio a emoção: aos 46, Calazans fez boa jogada pela direita e cruzou na área; Fabiano dormiu e a bola chegou limpa para Marcos Júnior, livre, que testou com força da linha da pequena área – Prass explodiu e fez uma defesa espetacular, salvando o Verdão. E no contra-ataque, aos 48, Juninho lançou Roger Guedes em velocidade; ele ganhou na velocidade de Gustavo Scarpa e bateu forte na saída de Júlio César, fechando o placar. E nem teve saída de bola: o juizão acabou o jogo logo depois.

FIM DE JOGO

Foi um belo jogo, com as duas equipes buscando o gol o tempo todo. Fernando Prass e Roger Guedes responderam às críticas que receberam depois dos últimos jogos e saíram de campo cobertos de glória. Cuca trocou as bolas aéreas pelas triangulações buscando a linha de fundo, para cruzamentos por baixo – sem Borja, sem dúvida a estratégia mais adequada. Mais do que a evolução, o momento exigia uma vitória, e ela veio mesmo com a defesa ainda com problemas.

Os três pontos devolvem a tranquilidade para o grupo, que agora pensa no clássico contra o Santos. É uma pena que não teremos mais jogos contra o Fluminense em casa este ano. Nos resta torcer para que eles não caiam, pra garantir esses pontinhos no ano que vem. VAMOS PALMEIRAS!

A VOZ DO PADRINHO

Mais uma vez o Anderson Moura faz o áudio pós-jogo – tá quase um profissional. Teve até confissão. Boa Anderson!

Ficha Técnica

Escalações


Fluminense

Júlio César
Lucas
Henrique
Marcos Júnior
Reginaldo
Léo
Luiz Fernando
Nogueira
Wendel
Marcos Calazans
Gustavo Scarpa
Marquinho
Matheus Alessandro
Henrique Ceifador
Abel Braga

Notas

Jogador Descrição Nota
Fernando Prass
Duas defesas, uma ao final de cada tempo, magníficas - a explosão na cabeçada de Marcos Júnior foi o lance que definiu a vitória.
9
Jean
Muito abaixo do nível que o Palmeiras exige neste momento. Sem condições de voltar a campo.
2
Thiago Santos
Encorpou o meio-campo, que havia perdido a correria de Tchê Tchê.
6
Edu Dracena
Muito firme sobretudo nas disputas pelo alto com o Ceifador.
6
Juninho
Uma cochilada no fim do primeiro tempo, compensada como belo passe para o gol de Roger Guedes.
6
Zé Roberto
Se garante na experiência. Mas segue preocupando.
6
Felipe Melo
Vamos torcer para a lesão não ser séria; parecia ter compreendido as necessidades de Cuca.
7
Fabiano
Não acrescentou nada de positivo e ainda dormiu no lance em que o Fluminense quase empatou nos acréscimos.
4.5
Tchê Tchê
Mais uma vez coringa, correndo e ocupando espaços com competência. É isso que esperamos dele.
7
Róger Guedes
Mal pegou na bola até o lance do segundo gol. Pegou confiança e se soltou.
8
Guerra
O arquiteto da vitória. Além de pensar o jogo, abriu o caminho para a vitória com um golaço.
9
Keno
Começou o jogo errando muitos lances, mas se recuperou e foi premiado com um gol. Precisa caprichar mais no passe.
7.5
Michel Bastos
Esperou pelas bolas do contra-ataque, mas vieram poucas.
6
Willian
Se movimentou, puxou zagueiros, mas não brilhou.
6.5

Melhores momentos