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O Palmeiras venceu o São Paulo em Barueri por 1 a 0, com um gol de Vitor Roque no finalzinho, e segue como líder do Brasileirão, agora isolado. A vitória premiou o único time que quis jogar bola no clássico. O São Paulo do esquisito Luis Zubeldia, a exemplo do que já havia feito no jogo pelo estadual, jogou mais uma vez como time pequeno, fazendo cera desde o início do primeiro tempo, implorando pelo empate, numa postura extremamente vergonhosa.

Taticamente, o São Paulo repetiu uma tática usada por nossos últimos adversários: duas linhas muito próximas e recuadas, tentando encaixar uma ou outra bola longa para Ferreirinha ou André Silva. Nossa defesa, sempre bem posicionada, não dava chances e rapidamente recuperava a posse, iniciando mais um ataque.

Nosso problema estava nas extremas: na esquerda, Piquerez estava preso por Cédric; na direita, Allan não insinuava fazer jogadas de fundo. Com isso, a defesa adversária se manteve equilibrada e compacta no miolo, dificultando a entrada. Restaram, mais uma vez, as jogadas de bola parada e os chutes de média/longa distância.

Bruno Fuchs, por duas vezes, teve chances dentro da pequena área, mas se atrapalhou. Estêvão, na base da habilidade, abria uma ou outra brecha e numa delas conseguiu uma bela finalização, da meia-lua, que Rafael só olhou e entregou a Deus. A rigor, o São Paulo só conseguiu duas finalizações: num chute de muito longe de André Silva, que Weverton defendeu, e numa cabeçada de Ferreira, após falha de Piquerez.

Para o segundo tempo, Abel começou a mexer as peças. Piquerez foi liberado graças à cobertura de Aníbal pela esquerda, e passou a incomodar o setor direito da defesa do São Paulo. A entrada de Felipe Anderson provocou a abertura do lado esquerdo deles. E os espaços por dentro começaram a aparecer.

Estêvão e Paulinho, depois Mauricio e Lucas Evangelista, começaram a achar Flaco López com mais facilidade, faltava o toque final. A entrada de Vitor Roque no lugar de Anibal Moreno foi a mexida que deu a tônica dos últimos 20 minutos.

O Palmeiras se expôs em busca do gol. Assumiu o risco, a exemplo do que havia feito há duas semanas, contra o Bahia. A chance de dar certo era maior nos dois jogos; no Allianz, deu errado. Abel podia ter titubeado por conta disso, mas trata-se de um técnico que acredita demais em suas convicções.

Vitor Roque, aos 50 minutos, fez toda a jogada na lateral da área e rolou para a batida de Felipe Anderson; Rafael espalmou e o próprio Vitor Roque conferiu para as redes. Com duas tentativas arriscadas, Abel transformou 2 pontos em 3, com direito a uma vitória saborosíssima num Choque-Rei nos acréscimos.

Com todo o contexto do jogo, inflamado pela recente tática de bastidores do São Paulo de minar a credibilidade dos gramados sintéticos, a vitória foi muito satisfatória. De quebra, viramos a contagem geral no confronto direto, que estava favorável a eles desde 2001  – agora, está 121 a 120 para o Verdão.

Foi vitória de líder, de time que sabe o que quer. O Verdão teve o melhor resultado na ida da Copa do Brasil, lidera isolado a Libertadores e o Brasileirão. O caminho parece mais do que correto. CHORA TRIKAS E VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo