Palmeiras X Flamengo

12/11/2017 - 17:00 Campeonato Brasileiro Allianz Parque

Em banho-maria, o Verdão venceu o Flamengo por 2 a 0 no Allianz Parque e se reencontrou com as vitórias. Os dois gols do jogo foram marcados por Deyverson e o time não foi perturbado pelos cariocas em todo o jogo. Os três pontos devolvem a tranquilidade na busca pela vaga direta na Libertadores e mantêm o time vivo na busca pelo prêmio do segundo lugar.

PRIMEIRO TEMPO

Com novidades, Alberto Valentim mandou o time a campo com Deyverson no ataque, mantendo Willian Bigode no banco. Luan ganhou a posição de Juninho; Michel Bastos substituiu Egídio, e Felipe Melo foi escalado para “melhorar o poder de marcação”. Aham. Curiosamente, Keno e Luan começaram jogando pelo lado esquerdo, na ponta e na zaga, respectivamente.

A primeira chegada à frente foi do visitante: Willian Arão, sem muito espaço, arriscou um chute de fora aos 4 minutos, à esquerda de Prass. Lucas Paquetá também tentou no minuto seguinte, mandando a bola nas piscinas. Nenhum dos lances assustou.

O Verdão respondeu aos seis, numa boa jogada pela esquerda com Michel Bastos; ele cruzou por baixo e Deyverson por pouco não colocou o pé na bola para desviar para dentro – ela saiu direto, à esquerda de Diego Alves. O posicionamento de Tchê Tchê, aos poucos, ficou claro: mais avançado, ao lado de Moisés; Felipe Melo ficava com a obrigação de flutuar pelos dois lados nas coberturas das descidas dos laterais. Nossa linha de retaguarda já não estava tão alta como nos jogos anteriores.

Aos 11, Tchê Tchê puxou um belo contra-ataque mas demorou para abrir para Dudu; quando o fez, Rafael Vaz conseguiu travar e a bola ficou viva na pequena área, para a disputa de Deyverson com Renê – melhor para o lateral do Flamengo. Um minuto depois, saiu o gol do Verdão: Moisés fez o lançamento longo buscando Deyverson; a bola encobriu Rafael Vaz e nosso atacante conseguiu dominar bem – a batida saiu mascada, para o chão, mas foi o suficiente para quicar e enganar Diego Alves, morrendo no fundo do gol.

Aos 16, depois de escanteio pela direita, Deyverson e Edu Dracena literalmente bateram cabeça; a bola sobrou para Rafael Vaz que deu uma bonita puxeta, obrigando Fernando Prass a desviar por cima. Seguiram-se mais dois escanteios e nossa defesa mostrou problemas na bola aérea.

Com a vantagem no placar, o Palmeiras controlava muito bem o jogo, mantendo as linhas próximas, com a ajuda de Moisés, Tchê Tchê e Dudu. O Flamengo não tinha forças para criar lances perigosos em nossa área e tinha que recorrer às bolas aéreas ou aos chutes de longe. No entanto, subiu a marcação e passou a ter mais posse de bola.

O Verdão chegou à frente de novo aos 33, em bom cruzamento de Dudu, que Deyverson quase aproveitou. No lance seguinte, o Flamengo fez quase igual com Lucas Paquetá pela esquerda; o cruzamento por baixo achou Felipe Vizeu, que ainda tocou com a pontinha do pé na bola.

Mas aos 35, após mais uma bola esticada, a zaga do Flamengo rebateu mal e Deyverson brigou pela bola, abrindo para Keno; sob a marcação de Pará, o camisa 27 cortou para dentro e deu um lindo chute de curva, encobrindo Diego Alves; a bola bateu na trave e se ofereceu para Deyverson na pequena área – o atacante deu o peixinho e fez seu segundo gol na tarde.

Aos 42, Cuéllar bateu falta sofrida por Paquetá por fora da barreira, mas a bola saiu à esquerda de Fernando Prass, que sentiu mais uma vez a queda sobre o cotovelo. Depois de um minuto de acréscimo, o juizão encerrou o primeiro tempo. O Verdão aproveitou duas falhas da defesa do Flamengo em bolas esticadas e construiu a vantagem.

SEGUNDO TEMPO

Logo aos 47 segundos, Michel Bastos bateu falta da esquerda e Felipe Melo acertou uma bela testada, exigindo boa defesa de Diego Alves. O Palmeiras aproveitava o espaço deixado pela saída de Cuéllar, que deu lugar a Vinicius Júnior, e ganhou o meio-campo nos minutos iniciais.

Aos cinco, Dudu deu uma bela arrancada e bateu quase da meia-lua, colocado, exigindo mais uma defesa de Diego Alves. Na batida do escanteio, a zaga afastou, Dudu recolocou na área de cabeça e Deyverson estava pronto para fazer o terceiro, mas Luan se antecipou e tentou marcar, furando e matando a jogada.

Aos nove, depois de boa jogada de Paquetá, Éverton Ribeiro cruzou e Luan tentou cortar, mas espirrou o taco e mandou para trás – escanteio. Na cobrança, Rhodolfo ganhou por cima e testou para fora. Aos 12, Felipe Melo deu lugar a Thiago Santos. Em sua primeira participação, aos 14, ele quase marcou: Dudu bateu escanteio da direita no segundo pau; Deyverson testou para a pequena área e Thiago Santos cabeceou firme à meia altura, mas Diego Alves fez uma defesa inacreditável; a bola ficou viva e sobrou de novo para o camisa 21, que desta vez bateu por baixo, para fora. Se tivesse testado para o chão, era gol.

O Flamengo partia para o ataque, mas parava sempre em nossa linha defensiva. Nossa saída de bola era rápida e muitas vezes nossos atacantes chegavam ao ataque no mano a mano com a zaga carioca, sem conseguir levantar vantagem. Deyverson e Dudu perderam boas chances.

Rueda colocou Marcio Araújo em campo no lugar de Arão; e tirou Renê, amarelado, para colocar Rodinei. Alberto trocou Mayke por Jean. Aos 27, linda jogada coletiva do Palmeiras, que terminou com falta de Pará sobre Keno; Dudu bateu por cima.

Com o jogo caminhando em banho-maria, Alberto Valentim fez sua última troca aos 37: saiu Tchê Tchê e entrou Zé Roberto, em uma de suas últimas participações da carreira. Aos 38, numa sequência de duas bolas aéreas em nossa área, o ataque do Flamengo ganhou ambas – a segunda bola, de Paquetá, assustou Fernando Prass, saindo à direita.

O jogo seguiu sem graça até os 48, quando o Palmeiras ensaiou um belo olé no time do cheirinho. O juizão, que apitou direitinho, esperou o tempo se esgotar e terminou a peleja.

FIM DE JOGO

O Flamengo aparentemente não queria nem ter vindo para a capital paulista. Preguiçoso, o visitante não exigiu muito de nosso time, que conseguiu marcar dois gols no primeiro tempo em falhas grosseiras da zaga carioca.

Alberto Valentim recuou, literalmente – puxou a linha de retaguarda alguns metros para trás e diminuiu a pressão na saída de bola. A defesa ficou menos exposta, mas a armação ofensiva ficou prejudicada – o tal do cobertor curto. Mas ao menos nosso treinador mostrou que recomeçou a montar o time com coerência, desta vez pelo setor correto – a defesa. Resta saber se terá tempo para aproveitar essa montagem ou se voltará ao cargo de auxiliar no ano que vem.

Nossa torcida dentro do estádio foi perfeita – o gol marcado logo no começo, é certo, ajudou. O clima, que prometia ser quente, foi ameno. O palmeirense voltou para casa de bem com a vida, pensando na semana – e no ano  – que se aproxima. VAMOS PALMEIRAS!

Ficha Técnica

Escalações


Flamengo

Diego Alves
Pará
Rafael Vaz
Rhodolfo
Renê
Rodinei
Willian Arão
Marcio Araújo
Cuéllar
Vinicius Júnior
Éverton Ribeiro
Lucas Paquetá
Everton
Felipe Vizeu
Reinaldo Rueda

Notas

Jogador Descrição Nota
Fernando Prass
Praticamente não participou do jogo.
6
Mayke
Partida serena, sem subir demais, e com intervenções precisas nas descidas de Everton.
6.5
Jean
Voltou bem, tranquilo, readquirindo ritmo.
6
Luan
Jogando preocupantemente pela esquerda, parecia nervoso. Tivemos problemas nas bolas aéreas.
5
Edu Dracena
Também deixou a desejar por cima, mas foi firme nas disputas pelo chão.
5.5
Michel Bastos
Boa partida, levando a melhor sobre Éverton Ribeiro e arriscando boas descidas ao ataque.
7.5
Felipe Melo
Não sentiu a falta de ritmo enquanto esteve em campo, flutuou bem nos dois flancos e foi importante na proteção à zaga.
7.5
Thiago Santos
Fez o basicão contra um time que pouco exigiu. Quase deixou o seu lá na frente.
6.5
Tchê Tchê
Lembrou o Tchê Tchê do ano passado em boa parte do jogo; focado, onipresente, com garra.
8
Zé Roberto
Por respeito à carreira.
8
Moisés
Um pouco mais recuado, mostrou que pode render muito bem vindo de trás. Vai jogar muito com um DEZ-DEZ a seu lado.
7
Keno
Sempre muito perigoso, merecia ter feito o segundo gol - por sorte, Deyverson deu o peixinho.
7.5
Deyverson
Dá umas engrossadas que até assustam, mas mesmo destrambelhado meteu duas pra dentro - é tudo o que precisa fazer.
8.5
Dudu
Apesar da disposição habitual, errou quase todas as decisões que tomou.
5.5

Melhores momentos