Palmeiras X Cruzeiro
13/10/2016 - 19:30 | Campeonato Brasileiro | Fonte Luminosa |
Num jogo bastante complicado, o Cruzeiro repetiu a boa atuação que teve contra o Verdão no primeiro turno e arrancou um empate sem gols na Fonte Luminosa, em Araraquara. Na verdade, pelo desempenho em dois terços do jogo, quem tem que achar o empate bom é o Palmeiras, que assim vê a diferença para os perseguidores diminuir, a oito rodadas do fim.
PRIMEIRO TEMPO
Sem Mina, vetado no vestiário, o Verdão foi de Edu Dracena na defesa. Cuca posicionou Thiago Santos à frente da zaga e soltou todo o resto do time, com Moisés e Tchê Tchê chegando bastante à frente e pressionando o Cruzeiro desde o início. E logo com 3 minutos, a primeira finalização: Dudu roubou a bola no meio do campo, avançou sozinho pelo meio sem marcação e bateu forte, à direita de Rafael. Um minuto depois, uma ótima chance: Moisés achou Gabriel Jesus dentro da área, ele girou em cima do zagueiro, foi ao fundo e cruzou com bastante força; Dudu tentou escorar com a cabeça mas não teve tempo para saltar e a bola saiu por cima.
O Cruzeiro não veio com uma proposta defensiva e também tentava se aproximar do gol de Jailson. Aos seis, Bryan fez boa jogada pela esquerda, levou Thiago Santos e Edu Dracena e bateu forte – Jailson caiu esquisito mas conseguiu fazer a defesa, rebatendo perigosamente para a frente.
Com muita movimentação de todos os jogadores de frente, o Palmeiras envolvia a defesa do Cruzeiro sem muitas dificuldades. Aos 14, uma linda troca de passes, com bola de pé em pé: de Moisés para Thiago Santos, para Tchê Tchê, para Gabriel Jesus fazendo o facão por trás do lateral; ele invadiu a área livre e bateu forte, à esquerda de Rafael. Dois minutos depois, Moisés tabelou com Dudu e bateu colocado, para boa defesa do goleiro cruzeirense.
O Cruzeiro não aceitava a pressão passivamente e tentava sair de trás, usando a qualidade técnica de seus jogadores. Aos 20, Jean perdeu a disputa na corrida com Rafinha, afastou mal e o meia cruzeirense invadiu a área e bateu forte – a bola saiu perto da trave direita de Jailson. O Verdão respondeu aos 23, em ótima tabela entre Tchê Tchê e Gabriel Jesus – o camisa 32 foi ao fundo e cruzou; Roger Guedes emendou um lindo voleio, mas a bola saiu por cima.
O Cruzeiro conseguiu encaixar a marcação e o Palmeiras perdeu desempenho ofensivo; tornando o jogo mais equilibrado. O time mineiro tinha até mais presença ofensiva, mas não conseguia passar das linhas de marcação armadas por Cuca. A única chance de gol saiu aos 34: Robinho alçou a bola em direção a Ábila, marcado por Edu Dracena ele tentou emendar para o gol mas pegou mal na bola, que ficou fácil para Jailson.
Com chuva caindo sobre Araraquara, os dois times diminuíram o ritmo na parte final do primeiro tempo. O Verdão chegou perto do primeiro gol aos 46, numa falta da intermediária sofrida por Gabriel Jesus. Jean e Zé Roberto fizeram a ensaiadinha, Jean bateu forte, Rafael rebateu e Vitor Hugo emendou o rebote para fora – quase Edu Dracena ainda aproveita.
SEGUNDO TEMPO
Sem alterações, os times voltaram com a mesma disposição do primeiro tempo. A dois minutos, Dudu cobrou escanteio da direita, Edu Dracena subiu no terceiro andar e cabeceou no bico da pequena área; Thiago Santos fechou e colocou nas redes, mas estava impedido.
Mas o Cruzeiro, a exemplo do que conseguiu com Paulo Bento no primeiro turno, encaixou muito bem a marcação e tomou conta do meio-campo, conseguindo manter a bola no campo defensivo do Verdão. Aos 5, Gabriel Jesus cometeu falta no lado direito de nossa defesa; Robinho bateu bem e Bruno Rodrigo ganhou de nossa zaga para cabecear livre, mas errou a direção. No minuto seguinte, o péssimo Jailson Macedo Freitas deixou de dar um pênalti de Léo em Gabriel Jesus – um abraço que levou nosso camisa 33 ao chão.
O Cruzeiro seguia com mais presença ofensiva, com Rafinha e Robinho fazendo ótimas partidas e envolvendo Thiago Santos, que se desdobrava. Moisés e Tchê Tchê já não conseguiam coordenar a formação da linha defensiva com rapidez e o time mineiro se aproveitava. Aos 12, Ábila deu uma caneta em Thiago Santos e se preparava para bater; Edu Dracena deu o bote preciso; Bryan emendou a sobra para fora.
Cuca tentou corrigir o time mandando Rafael Marques a campo no lugar de Roger Guedes – errou, pois precisava antes ter acertado a defesa para depois ver como o ataque reagiria. A alteração não teve efeito e o Cruzeiro seguia mandando no jogo. Aos 17, Robinho perdeu uma chance inacreditável: Bryan esticou para Sóbis, que deu um lindo toque de primeira para Robinho, livre; ele limpou Jailson e tocou para o gol – mas sem a força necessária, dando a chance para Zé Roberto, que surgiu como um raio para salvar a bola em cima da risca.
Com um apoio bastante discreto da torcida da região de Araraquara, o Palmeiras aos poucos foi saindo do sufoco. Os treinadores começaram a queimar substituições: Willian e Ariel Cabral entraram nos lugares de Ábila e Sóbis; Cleiton Xavier e Alecsandro substituíram Dudu e Moisés. Cuca conseguiu aliviar a pressão, mas ao tirar Dudu perdeu de uma vez a chance de impor a velocidade ao ataque. Gabriel Jesus estava visivelmente cansado, sem arranque; o time não demonstrava que poderia chegar ao gol em momento algum e o empate já era um bom resultado.
Mano Menezes ainda tentou dar o golpe final, com De Arrascaeta entrando no lugar de Robinho – não sem antes nosso meia, que está emprestado ao Cruzeiro, dar um belo passe para Henrique, que subiu livre à nossa área e bateu para fora.
Na base do abafa, o Palmeiras quase achou o gol aos 44: Jean conseguiu um belo cruzamento; a bola passou por Gabriel Jesus e se ofereceria limpa para Alecsandro no segundo pau, mas Ezequiel salvou em cima da hora, mandando a escanteio – uma bela chance. Depois da cobrança, a zaga do Cruzeiro armou o contra-ataque e Willian disparou pelo lado direito, entrou na área, mas com pouco ângulo disparou para defesa de Jailson – a bola ainda triscou no poste esquerdo antes de sair. O juiz Jailson Macedo Freitas, atrapalhado e confuso como sempre, encerrou o jogo e o Verdão pode se dar por satisfeito por não ter perdido o jogo.
FIM DE JOGO
Era necessário vencer, mas nem sempre é possível. Tropeços como o desta noite são normais; e estivemos diante de um time grande, de camisa, que soube encarar o líder do campeonato. Além dos méritos do adversário, Gabriel Jesus, nosso grande diferencial, estava visivelmente abaixo de seu potencial; Cuca já fez escolhas melhores em outros jogos; e o Allianz Parque fez muita falta – todos os agradecimentos à nossa parceira por isso.
Nenhum motivo para pânico. Seguimos na liderança e dependemos apenas de nossos esforços. Nossos perseguidores também tropeçarão. Quem lidar melhor com as oscilações vai chegar mais forte. Hora de mostrar a frieza de um time vencedor – e isso também vale para a torcida. Muita calma, respira fundo, e VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalações
Palmeiras
Cruzeiro
Rafael
Ezequiel
Léo
Bruno Rodrigo
Bryan
Henrique
Romero
Robinho

De Arrascaeta
Rafinha
Rafael Sóbis

Ariel Cabral
Ábila 

Willian
Mano Menezes
Melhores momentos

Escalações

Palmeiras

Cruzeiro
![]() Rafael |
![]() Ezequiel ![]() |
![]() Léo |
![]() Bruno Rodrigo |
![]() Bryan |
![]() Henrique ![]() |
![]() Romero |
![]() Robinho ![]() |
![]() ![]() De Arrascaeta |
![]() Rafinha ![]() |
![]() Rafael Sóbis ![]() |
![]() ![]() Ariel Cabral |
![]() Ábila ![]() ![]() |
![]() ![]() Willian |
![]() Mano Menezes |