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Talvez tenha sido o jogo em que Abel tenha tido menos condições de armar o time em função do adversário dentre todos os 100 em que ele comandou o Palmeiras.

Escalado com todos os reservas com exceção do goleiro, o Verdão jogou no esquema mais genérico possível: um 4-2-3-1 básico, com Jorge liberado e Mayke mais preso; Patrick atuando como 10, à frente de Jailson e Atuesta, que lutam para se enquadrarem no modelo coletivo.

A fragilidade da Ferroviária, no entanto, facilitou o resultado. O time do interior, com 4 desfalques, mal passava do meio-campo e o Palmeiras, jogando um futebolzinho muito simples, chegava na área do adversário apoiado nos talentos individuais.

As jogadas aconteceram sobretudo pelo lado esquerdo, por onde Wesley conseguia o apoio de Jorge. Pelo lado direito, Veron sofria por não ter a companhia de Mayke, e seus passes, forçados, acabavam quase sempre nos pés dos adversários.

Mesmo assim o Verdão criou o suficiente para fechar o primeiro tempo em vantagem, num gol de escanteio – mas quase fez o segundo no último lance, que Wesley mandou na trave.

No segundo tempo, só houve jogo depois dos 15 minutos, quando os dois técnicos resolveram mudar as equipes. Mesmo assim, em ritmo de churrasco. O gol de Breno Lopes foi num rebote bizarro do goleiro; parecia mesmo um churrascão (mas a jogada de Rony foi muito boa).

No fim, mais que a satisfação pela vitória, ficou uma estranha sensação de vazio; a de estar disputando um imenso nada. E por mais que os jogadores sejam extremamente profissionais, é difícil exigir que eles joguem estas primeiras rodadas pós-Abu Dhabi como se nada tivesse acontecido.

Mas sabemos que o mundo da  bola gira rápido. Logo, logo, estaremos na mesma rotação dos demais. E enquanto isso não acontece, seguimos vencendo, no piloto automático. Tem time aí que pra ganhar um ou dois jogos fez das trikas, coração. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo