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O Palmeiras ficou no empate sem gols contra o São Paulo no Allianz Parque e voltou a depender de um tropeço da Ponte Preta nas duas rodadas finais para poder se classificar ao mata-mata do campeonato estadual.

O mau resultado, diante de um Allianz Parque com quase 39 mil pagantes, veio por uma conjunção de fatores negativos que não anulam a má partida do time, pouco inspirado e cometendo erros técnicos e táticos.

O adversário veio apenas para se defender; se dissessem que era o Botinha de Ribeirão, todos acreditariam.  Catimba desde o início jogo, cera insistente e pancadaria, tudo sob a complacência do péssimo Flavio Rodrigues de Souza, foram a tônica do adversário, que montou uma linha de cinco defensores com dois volantes fazendo a proteção. Torcedor de time grande tem vergonha de ver seu time entrando em campo assim, contra qualquer adversário.

Não bastassem essas dificuldades, o Palmeiras perdeu Mauricio logo a um minuto de jogo. O meia sentiu uma fisgada no ombro direito quando estava correndo, sem queda ou mesmo qualquer choque. Todo o planejamento tático de abel ferreira caiu com a perda do meia central. Estêvão, que foi deixado no banco por apresentar um quadro viral, foi para o sacrifício.

Talvez não tenha sido a melhor escolha; Estêvão estava nitidamente sem toda sua energia, embora tenha se desdobrado para ajudar a equipe. Abel havia posicionado Facundo pela direita, Mauricio cenralizado e veiga no corredor intermediário esquerdo, permitindo as ultrapassagens de Piquerez. Com a lesão do camisa 18, Abel posicionou Estêvão por dentro, para não mexer no plano tático.

Estevão jogando mais centralizado é uma ideia interessante, mas nossa Cria não conseguia imprimir intensidade a seu jogo. Além disso, o restante do time precisava ter treinado mais com Estêvão nessa função. O plano era para ter Mauricio, que entrega um estilo bem diferente, por ali.

O Palmeiras dominou todas as iniciativas, mas  finalizou pouco – e a maioria delas sem direção; Rafael foi praticamente um espctador durante todo o jogo. As duas ou três defesas do goleiro são-paulino aconteceram no segundo tempo, já depois que Abel trocou a posição dos armadores. Estêvão veio para a direita, Allan ficou por dentro e Facundo ficou na esquerda; Aníbal ocupou a vaga de Ríos e Marcos Rocha rendeu Mayke.

Flaco López teve algumas chances de finalizar; na primeira delas cabeceou mal e irritou a torida, que passou a vaiá-lo nos lances seguintes – até numa testada forte que obrigou Rafael a fazer uma ótima defesa, depois de troca de passes entre Aníbal e Marcos Rocha na direita. O ruído no Allianz Parque era o mesmo que se ouvia nos tempos de Borja.

Flavio Rodrigues de Souza completou o serviço ao parar um ataque do Palmeiras, ignorando a vantagem, quando Marcos Rocha invadia a área totalmente livre e poderia tanto fazer o gol quanto servir Flaco ou algum outro companheiro na pequena área. Um absurdo.

A retranca são-paulina prevaleceu e o juiz, com ridículos 4 minutos de acréscimo, encerrou o jogo.

O novo uniforme do Palmeiras merecia um resultado melhor. O fardamento, belíssimo, que remete aos usados pelo clube entre as décadas de 30 a início da década de 90, estreou sem ir às redes. Pior: depois de 15 anos, pode ficar de fora do mata-mata do estadual.

Como ainda temos duas rodadas e o adversário é a Ponte Preta, ainda podemos esperar que a vaga seja nossa. Por isso, vamos esperar até a definição antes de soltar os cachorros. A escolha da comissão técnica ficou clara e os riscos foram assumidos. Dentro de uma semana, saberemos se valeu a pena. VAMOS PALMEIRAS!

 

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo