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O Palmeiras foi derrotado pela contagem mínima pelo Corinthians, no Allianz Parque, e agora precisa vencer a partida de volta, no Itaquerão, no dia 27, para conquistar o tetracampeonato paulista, sendo que só uma vantagem de dois ou mais gols nos dará o título sem a necessidade de pênaltis.

O Verdão se meteu nesta enrascada porque não conseguiu furar a defesa do adversário nos primeiros 90 minutos da decisão. Diante de um time que postou duas linhas de quatro bem próximas e manteve apenas Memphis Depay e Yuri Alberto na frente, o Verdão insistiu demais pelas jogadas por dentro, e bateu na parede.

Ainda assim, Hugo Souza praticou pelo menos seis boas defesas ao longo do jogo, ao passo que Weverton só teve que se esforçar em uma bola – e foi vencido. A eficácia, mais uma vez, foi inimiga do Palmeiras.

Abel Ferreira teve que queimar a primeira substituição logo aos 19 minutos, quando Marcos Rocha sentiu uma fisgada na coxa e deu lugar a Mayke. Mesmo com um lateral mais ofensivo, o Palmeiras não conseguiu abrir a defesa adversária; faltou movimentação aos nossos jogadores para posicionar melhor as peças para envolver as linhas de jogadores de branco.

Ainda assim, foram pelo menos cinco chances de gol no primeiro tempo, a melhor delas com Raphael Veiga, que aproveitou passe dentro da área e tocou no canto direito de Hugo Souza, já batido, mas Matheuzinho salvou debaixo do travessão. Facundo Torres, Estêvão, Murilo e Vitor Roque também finalizaram com perigo.

Quando se esperava que o Palmeiras voltasse com mais intensidade para o segundo tempo, o que se viu foi um time mais travado ainda, o que era agravado pela cera feita pelo visitante, com toda a complacência de Raphael Claus. O Palmeiras precisava acelerar o jogo, mas a bola corria cada vez menos.

Numa jogada isolada, o Corinthians abriu o placar: Richard Ríos errou no combate e perdeu para Memphis Depay, que acionou Yuri Alberto no facão; o atacante trouxe da ponta esquerda para dentro e chutou forte da risca da grande área; Weverton, que estava alguns centímetros  a mais para a esquerda, demorou um instante para reagir e a bola passou ao lado de seu braço, no canto direito. Era defensável.

O Palmeiras não reagiu bem ao gol e a ansiedade começou a tomar conta do estádio, que estava lotado e trazia um clima totalmente favorável antes da bola rolar. Os jogadores passaram a querer decidir as jogadas de qualquer jeito, confundindo atitude com afobação.

Abel, mais uma vez, demorou a mexer. A única mexida tática foi a entrada de Flaco López no lugar de Richard Ríos, mas isso só aconteceu aos 27 minutos, bem depois do gol sofrido. E a mexida teve pouco efeito prático, embora o camisa 42 tenha se enfiado no meio dos zagueiros adversários e tumultuado um pouco mais a área.

É verdade que a fluidez do jogo foi prejudicada pela bananice do juiz, que permitiu que o adversário furasse a bola por meio de antijogo. Caberia a nossos jogadores o pressionarem em busca de uma atitude mais enérgica; mais um ponto de desatenção que precisa melhorar, principalmente de nosso capitão – na ausência de Gustavo Gómez e Marcos Rocha, a faixa ficou com Murilo.

No final, a zebra passeou no Allianz Parque e ficou o sentimento de frustração. Vencer o adversário em casa, além da óbvia vantagem no placar, teria sido muito importante para destruir a confiança do outro lado, já abalada pela recente eliminação na Libertadores. Ao sermos derrotados em casa, permitimos a eles virar completamente a página. Um desastre.

Temos forças para reverter o cenário. Em futebol, as coisas mudam muito rápido. Mas a missão será, mais uma vez, muito difícil. É a chance que estes jogadores têm de mostrarem seus valores. Virar esta decisão no campo adversário e trazer o tetracampeonato será uma história de superação que a torcida não esquecerá tão cedo. A atitude, no entanto, tem que ser mais forte do que a vista no jogo de ida. A bola tem que rolar mais rápido, mas sem afobação. Para isso, Abel tem que bolar mais um plano.  E a História recente nos ensina a não duvidar desses caras. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo