Palmeiras X Vitória

16/07/2017 - 11:00 Campeonato Brasileiro Allianz Parque

O Verdão conseguiu uma boa goleada na manhã deste domingo sobre o Vitória, ao marcar 4 a 2 depois de ter saído atrás no placar mais uma vez. O resultado volta a dar confiança ao Verdão, que segue em busca de um melhor padrão de jogo para encarar os mata-matas que se aproximam.

PRIMEIRO TEMPO

Cuca armou o lado esquerdo da defesa com Egídio e Edu Dracena – aparentemente sem se preocupar com a ameaça de Neílton – talvez confiando na proteção feita por Felipe Melo, de volta ao time titular.

O Porco Doido começou com tudo – na primeira jogada, após bola esticada por Mayke, Dudu acionou Guerra, que passou por trás da zaga e bateu firme, mas na rede pelo lado de fora, assustando Fernando Miguel. O Verdão continuou em cima do time baiano, alçando bolas perigosas na área de Fernando Miguel, sempre tentando o jogo por baixo. Parecia um ótimo começo.

Mas aos 9 aquela nuvem negra apareceu de novo em cima de nossa cabeça – numa bola recuperada por Uillian Corrêa na intermediária, Neílton recebeu pelo meio, com cinco palmeirenses o cercando. Uillian Corrêa correu pelo meio, marcado por Edu Dracena e Mina, recebeu, deu um toque na frente e arriscou o chute de fora: foi muito feliz, acertando o ângulo esquerdo de Fernando Prass – a bola ainda bateu na trave antes de entrar.

Aos 17, após escanteio batido da esquerda, René empurrou Felipe Melo com as duas mãos dentro da área – pênalti que Bruno Arleu de Araújo preferiu não apitar. Aos 22, Tchê Tchê saiu jogando errado; Patric foi lançado por trás da zaga e tocou para as redes de Fernando Prass, mas estava mais de um metro impedido e o bandeira assinalou.

O Palmeiras sentiu o mau momento da temporada e perdeu a objetividade que mostrou nos primeiros minutos, mostrando um enorme nervosismo – a torcida também não conseguiu assimilar o gol e pressionava o time a cada passe errado tornando tudo mais difícil. As tentativas passaram a ser todas pelo alto, e o rendimento do time caiu absurdamente.

Mas aos 34, em mais uma jogada de bola parada, Wallace Reis se chocou com Mina na área e finalmente o juiz marcou o pênalti – duvidoso, tanto na falta, quanto na posição do colombiano. Roger Guedes bateu e empatou o jogo. Com o gol, a tranquilidade voltou ao time, que recuperou a confiança para fazer o toque de bola prevalecer – com mais jogadas por baixo, sem apelar para os chuveirinhos.

Assim, aos 47, depois de tabela entre Dudu e Guerra, um pouco ajudado pela sorte na bola espirrada, o camisa 7 ficou livre dentro da área, de frente para Fernando Miguel, e tocou rasteiro, virando o jogo para o Verdão. Mesmo sem jogar bem, o Palmeiras mereceu a vantagem no placar que levou para o vestiário. Depois de três jogos e meio, o Verdão voltou a ficar à frente no placar.

SEGUNDO TEMPO

Os dois times voltaram sem mudanças e o Vitória, atrás no placar, dava mais espaços ao Palmeiras. Aos 7, Mayke acertou um lindo lançamento para Willian, na cara do gol ele foi atropelado por trás por Alan Costa, mas o juiz de novo não deu o pênalti. Incrível a ruindade da arbitragem.

Aos 12, Edu Dracena dividiu com Cleiton Xavier e estourou, a bola caiu para a corrida de Willian, mais uma vez contra Alan Costa; eles se enroscaram mas o camisa 29 conseguiu abrir para Dudu, em condições de bater, mas ele preferiu o passe – Wallace Reis rebateu nos pés de Willian, que tentou tirar de Fernando Miguel, mas bateu mal, por cima.

Aos 15, Mina cochilou e permitiu que André Lima lhe roubasse a bola perto da linha lateral; ele cruzou rápido para Neílton que fechava pelo meio e o atacante escorou para fora, de frente para Fernando Prass, sem marcação. Que vacilo.

O Vitória se animou com o lance e passou a pressionar o Palmeiras. Aos 20, após uma sequência de escanteios, Wallace Reis acertou uma cabeçada na forquilha esquerda de Fernando Prass. O Palmeiras perdeu o comando do jogo, que ficou muito perigoso. Cuca então trocou Guerra por Michel Bastos.

Aos 23, Egídio bateu uma falta frontal sofrida por Dudu, e a bola tinha o endereço – Fernando Miguel foi buscar na última gaveta da esquerda. E aos 25, Dudu puxou um contra-ataque de forma sensacional, contra dois adversários. Mesmo muito pressionado, ele conseguiu o cruzamento por baixo; Roger Guedes acreditou na jogada e se antecipou ao marcador, ganhando a dividida e fazendo a bola sobrar limpa para Willian, que bateu rasteiro, na trave; no rebote, Mayke encheu o pé e fez o terceiro gol, dissipando a nuvem negra de uma vez por todas. Sai zica!

Aos 30, Cuca sacou Felipe Melo, cansado, e colocou Zé Roberto em seu lugar. E um minuto depois, saiu a jogada do quarto gol: Mina conduziu aos trancos e barrancos e tocou para Michel Bastos, aberto pela direita. Ele evitou a saída e achou um cruzamento por baixo, com precisão milimétrica para a penetração de Dudu, que apenas esticou a perna para colocar no canto direito de Fernando Miguel. Estava desenhada a goleada.

O jogo naturalmente diminuiu de ritmo e aos 39, David recebeu uma bola na direita, deu um drible desmoralizante em Egídio e avançou; abriu na direita para André Lima e se projetou à frente, recebendo de volta – nossa defesa ficou na bola e ninguém marcou o jogador do passe – André Lima devolveu e David fuzilou Fernando Prass, diminuindo o placar.

Aos 41, Zé Roberto ligou com Michel Bastos, que rapidamente acionou Borja, do jeito que ele gosta, com a bola na frente e em condições de arremate; o camisa 9 tentou acertar o canto direito de Fernando Miguel mas errou o alvo. E com o placar definido, os dois times reduziram a marcha e esperaram pelo apito final do péssimo Bruno Arleu de Araújo.

FIM DE JOGO

Ufa! Mesmo saindo atrás no placar pela quarta vez seguida, desta vez o Palmeiras conseguiu a virada e voltou a ficar à frente no placar, o que nos devolve a perspectiva de ver o time criando jogadas com tranquilidade e usando toda a capacidade técnica dos jogadores. Ficou claro que o jogo tem que ser por baixo, ao menos enquanto Deyverson, um atacante com bom porte físico, não fica à disposição.

O palmeirense finalmente pôde curtir um macarrão de domingo feliz, relaxado, e volta a ter confiança no time. Quarta tem cheirinho. Pra cima deles! VAMOS PALMEIRAS!

Ficha Técnica

Escalações


Vitória

Fernando Miguel
Patric
Leandro Salino
Alan Costa
Wallace Reis
Geferson
René
Uillian Corrêa
Yago
David
Cleiton Xavier
André Lima
Neílton
Jhemerson
Alexandre Gallo

Notas

Jogador Descrição Nota
Fernando Prass
Voltou a fazer uma partida segura, sem culpa nos gols; sempre bem colocado e tirando as bolas por cima, sem socar para o chão.
7
Mayke
Marcou seu primeiro gol com a camisa do Verdão e fez uma partida consistente, equilibrado no apoio e na marcação.
7.5
Mina
Partida em alto nível prejudicada por um erro grosseiro que quase custou o empate no placar num momento crucial do jogo.
6
Edu Dracena
Discreto, manteve a regularidade sem correr riscos em disputas de velocidade.
6
Egídio
Apesar da humilhação no lance do segundo gol do Vitória, não fez má partida - e podia ter feito um gol histórico de falta não fosse a boa defesa do goleiro.
6
Felipe Melo
Volta em alto nível, dando mais personalidade e qualidade ao nosso meio de campo.
7.5
Zé Roberto
Entrou bem e participou de jogadas importantes que podiam ter dado em gol. Zé vai terminar a carreira jogando como volante!
6.5
Tchê Tchê
Inseguro, errando passes e sem a vitalidade que nos acostumamos a ver.
5.5
Róger Guedes
Mesmo numa partida abaixo do que vinha jogando, conseguiu se destacar com uma participação fundamental no terceiro gol - além do seu, de pênalti.
7
Guerra
Outro que teve atuação destacada, participando do segundo gol e dando um toque de categoria nas descidas do Verdão.
7
Michel Bastos
Entrou, meteu uma bolaça para o Dudu enão deixou o nível cair. Muito boa partida.
7.5
Dudu
Dois gols e aalma guerreira de sempre, não se abateu mesmo errando em lances importantes quando o time estava atrás no placar.
8
Borja
Jogou pouco tempo - e mesmoassim teve uma boa chance no final.
s/n
Willian
Desta vez não foi às redes, mas também teve participação importante no terceiro gol, além de sofrer um pênalti escandaloso que o juiz não marcou.
6

Melhores momentos