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O Palmeiras reagiu depois da desastrosa eliminação da Copa do Brasil, voltou a mostrar um futebol satisfatório, jogou melhor, mas não saiu do empate sem gols com o Inter, no Beira-Rio. A igualdade faz com que a diferença para o Botafogo chegue a enormes, quase inalcançáveis, 14 pontos; o time ocupa a sexta colocação na tabela, a apenas dois do vice-líder, mas a apenas três do 11° colocado, inserido num enorme bloco que tenta perseguir o ponteiro.

O resultado esbarrou apenas na chamada falta de eficácia nas finalizações. O Palmeiras alternou entre o equilíbrio e a superioridade clara diante de um rival historicamente complicado, em terreno hostil, e só não trouxe os três pontos de volta para a capital paulista porque falhou nas finalizações, criadas em bom número.

A opção por Flaco López no comando do ataque combinada com o jogo de ligação rápida não funcionou. O Inter manteve a bola mais sob seu controle na primeira meia hora de jogo e avançou suas linhas tentando nos agredir. Nosso sistema defensivo, com Zé Rafael de volta à melhor forma, não permitiu que o time da casa nos trouxesse perigo, mas a transição ofensiva não funcionava com Flaco fazendo exatamente o papel de Rony.

Raphael Veiga foi muito marcado por Aránguiz e não conseguia cadenciar o jogo. Mas aos poucos Jhon Jhon, Artur, Zé e Piquerez foram encontrando a velocidade certa para construir os ataques; o Verdão passou a ocupar o campo de ataque por mais tempo, e o domínio foi completo, com as melhores chances sendo defendidas por John, em noite inspirada.

Aránguiz saiu no intervalo sentindo desgaste e nossa missão ficou mais fácil ainda. O domínio do meio-campo, e consequentemente de todas as ações do jogo foi completo. Faltou apenas o poder de decisão.

Mesmo assim, John saiu de campo como o melhor jogador da partida, com defesas importantes, como no lance em que Gabriel Menino saiu cara a cara na pequena área. O camisa 25, aliás, teve mais uma partida bastante irregular, alternando momentos de brilho com apagões incompreensíveis.

Abel fez apenas três substituições, fugindo de seu padrão, o que alimenta as teorias de que ele está mandando recados cifrados para a diretoria: “não tenho peças!”

E não tem mesmo. O Brasileirão está muito complicado dada a distância que o Botafogo abriu de todo o bloco secundário, mas ainda há boas perspectivas na Libertadores e a forma como o time vai focar nas partidas que temos pela frente até o fim da temporada pode ser um facilitador. Mas, sem reforços, nosso time pode passar definitivamente de predador para presa.

A melhor notícia é que o time deu todos os sinais de que o ciclo ainda não terminou, de que ainda tem café nesse bule. Cabe a Abel, contando com o respaldo da diretoria, reorganizar as peças, conduzir o grupo para que a página da Copa do Brasil seja definitivamente virada, para que esta temporada nos renda ainda o mais importante de todos os títulos.

E se deixarem, ainda dá pra buscar o décimo-segundo. Tá bem difícil, mas ainda dá! VAMOS PALMEIRAS!

 

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo