Ponte Preta X Palmeiras

18/02/2018 - 19:30 Campeonato Paulista Moisés Lucarelli

Num campo encharcado, o Palmeiras ficou no empate sem gols contra a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, mas segue na liderança de seu grupo e do campeonato, com folga. O time agora volta as atenções para a preparação para o Derby, que acontece no próximo sábado, em Itaquera.

PRIMEIRO TEMPO

Borja acusou dores no joelho e nem viajou a Campinas. Roger Machado escalou Guerra aberto pela direita, colocando Willian Bigode como centroavante. Thiago Santos foi confirmado na frente da zaga, para poupar Felipe Melo para o Derby, já que o Pitbull está pendurado. E o jogo começou lento, com as equipes tentando compreender o estado do gramado, muito castigado pelas chuvas que caíram sobre Campinas em todo o final de semana.

Com dois minutos, um chutão de trás alcançou Felipe Cardoso, que ganhou na velocidade de Marcos Rocha e bateu por cima do gol de Jailson, que preferiu ficar sob as traves em vez de alcançar a bola antes do atacante.

O campo estava muito ruim pelo lado esquerdo de nosso ataque, e era natural que o time buscasse o lado direito, com Guerra e Marcos Rocha. As cobranças de lateral de nosso camisa 22 se tornaram uma arma bastante usada – na terceira tentativa, aos 13, ele achou Lucas Lima junto à linha de fundo, dentro da área – o camisa 20 deu o tapa de primeira para o meio e levou muito perigo para a zaga da Ponte, que aliviou.

A Ponte, por sua vez, preferia os arremates de longe – Orinho exigiu boa defesa de Jailson aos 14 minutos. Dois minutos depois, Lucas Lima lançou Dudu em velocidade; o goleiro Ivan se precipitou na saída e trombou com Emerson e a bola quase sobrou limpa para nossa capitão, sem goleiro, mas Renan Fonseca chegou bem na cobertura e tirou o perigo.

Aos 28, após roubada de bola de Willian e Marcos Rocha na saída da Ponte, Guerra acionou Tchê Tchê, que bateu forte de fora da área, e a bola passou muito próxima ao ângulo direito de Ivan, na melhor chance do jogo até então. O jogo seguia muito ruim, evidentemente prejudicado pelo estado do gramado; as ações do Palmeiras pareciam já predominar, mas insuficientes para tirar o zero do placar no primeiro tempo. Evidentemente o Verdão sentiu muita falta de Borja enfiado no meio dos zagueiros.

SEGUNDO TEMPO

Roger voltou do intervalo com Victor Luis no lugar de Michel Bastos, amarelado. A primeira finalização do segundo tempo, que começou bastante amarrado, foi da Ponte: Felipe Cardoso finalizou de longe, tentando surpreender Jailson, mas pegou muito embaixo da bola.

Aos 14, Guerra roubou a bola de Luan Peres na intermediária, entrou na área e meteu um canudo em cima de Ivan; Willian pegou o rebote de cabeça e golpeou torto, mas a bola ainda chegou em Guerra que teve nova chance de marcar, mas tocou para fora. Tchê Tchê, aos 20, finalizou de fora, mas Ivan defendeu em dois tempos. Um minuto depois, Léo Artur conseguiu dominar dentro da área e jogou no bololô; Thiago Martins tentou rebater e quase fez contra.

Keno entrou no lugar de Guerra; aos 22 a Ponte assustou num chute de fora de Orinho: a bomba chegou a resvalar a trave direita de Jailson, que estava na bola. Aos 25, após falta batida da direita, a zaga da Ponte afastou mal e a bola caiu no peito de Dudu, do lado esquerdo; ele cortou bem o primeiro marcador, puxou para dentro e bateu mal, para fora.

No lance seguinte, após contra-ataque puxado por Dudu, Lucas Lima sofreu falta na frente da meia-lua mas a bola sobrou para Dudu, que emendou de primeira, exigindo grande defesa de Ivan – mas o juiz já tinha apitado a falta. Dudu bateu e a bola resvalou na barreira, indo a escanteio.

Aos 35, Lucas Lima conduziu pela esquerda e acionou Dudu, na meia-lua, como um centroavante; o capitão matou a bola, que subiu um pouquinho, e ele girou o corpo, pegando a bola na queda, e fuzilando o canto direito de Ivan, que estava batido – ela saiu por muito pouco.

Dudu seguiu jogando por dentro e mais uma vez apareceu como centroavante aos 40, dominando um passe por baixo de Willian e sendo travado na hora do arremate. Lucas Lima deu lugar a Bruno Henrique. Dudu roubou de Luan Peres, entrou na área e conseguiu finalizar – Ivan colocou a escanteio.

Depois da pressão do Palmeiras, quase a Ponte fez aos 47: Orinho bateu duas vezes, na segunda a bola desviou em Marcos Rocha e pegou muito efeito, indo no canto esquerdo alto, mas Jailson não perde jogo e não permitiu o gol. Com o placar zerado, o juiz encerrou a partida.

FIM DE JOGO

Sem grandes destaques individuais – nem positivos, nem negativos – o Verdão lutou muito mais contra o gramado do que contra o adversário. Nivelado por baixo, o jogo teve poucas alternativas e ficou sujeito a chances criadas em erros individuais – ninguém aproveitou. Não foi possível avançar no desenvolvimento do time e a partida valeu mesmo apenas para ver como o time se comporta em situações anormais.

A semana que começa agora é de Derby. É necessário redobrar o cuidado nas declarações à imprensa, que virá cheia de vontade atrás de qualquer brecha que deflagre alguma polêmica ou mesmo que instale uma crise. Foco no inimigo, com todo o apoio de nossa torcida, e VAMOS PALMEIRAS!

Ficha Técnica

Escalações

Ponte Preta

Ivan
Emerson
Renan Fonseca
Luan Peres
Orinho
João Vitor
Ronaldo
Jeferson
Felipe Saraiva
Daniel
Léo Artur
Gabriel Vasconcelos
Marciel
Fellipe Cardoso
Eduardo Baptista

Notas

Jogador Descrição Nota
Jailson
Na bola que passou, ele estaria nela se fosse em direção ao gol - deu na trave.
7
Marcos Rocha
Continua em grande evolução ofensiva, mas ainda deixa algumas brechas na recomposição.
7
Antônio Carlos
Muito seguro. Vai crescendo na carreira.
7
Thiago Martins
Segue a sina de rebatedor. Mas hoje não havia algo muito diferente a se fazer.
6
Michel Bastos
Jogou num setor muito prejudicado pela água. Tomou amarelo e saiu no intervalo.
6
Victor Luis
Jogo para recuperar a confiança, depois de perder a posição. Mesmo assim, tomou uma ou outra nas costas.
6
Thiago Santos
Importantíssimo para bloquear as tentativas do adversário, perfeitamente adaptado às condições do jogo.
7.5
Guerra
Mostrou que vai ter sua utilidade na temporada jogando pelas beiradas.
7
Keno
Mesmo jogando no pedaçomais molhado de terreno, foi uma boa válvula de escape para o time e incomodou.
6.5
Tchê Tchê
Um dos que teve mais dificuldades com o gramado. É muito leve.
6
Lucas Lima
Mesmo com as condições adversas, achou os lugares no campo onde poderia fazer a diferença.
6.5
Bruno Henrique
Entrou mais avançado que sua função original sugere - e não foi mal.
s/n
Dudu
Jogou na pior faixa do campo no primeiro tempo; compensou no segundo, sobretudo nos últimos quinze minutos.
6.5
Willian
Não era jogo pra ele, mas não havia outra opção.
6

Melhores momentos