Palmeiras X Ponte Preta

19/10/2017 - 20:00 Campeonato Brasileiro Pacaembu

O Verdão fez a lição de casa e venceu a Ponte Preta no Pacaembu por 2 a 0, cortando a vantagem do rival para nove pontos e mantendo o campeonato aberto. Mesmo com a  classificação para a fase de grupos da Libertadores bem encaminhada, os nove jogos que restam no ano mantêm o interesse da torcida. Só precisamos que o rival continue tropeçando.

PRIMEIRO TEMPO

Alberto Valentim cumpriu o prometido e escalou pela segunda vez seguida o mesmo time – como referência, Keno começou do lado esquerdo e Dudu do lado direito, mas na verdade os dois, junto com Willian Bigode, se movimentavam e trocavam bastante de posição.

Aos seis minutos o Palmeiras deu o primeiro chute no gol, no cucabol: Moisés bateu o lateral da direita; Edu Dracena tirou a casquinha e Willian emendou de voleio, exigindo boa defesa de Aranha. Um minuto depois, Keno foi lançado em velocidade, invadiu a área em ótimas condições para abrir o placar, mas preferiu tocar para Willian e errou o passe, desperdiçando o lance.

A Ponte Preta, com dez minutos de jogo já tinha encaixado a marcação e o jogo do Palmeiras travou. Pior: com a última linha muito avançada, o Verdão permitiu ao adversário dois contra-ataques perigosíssimos: no primeiro, Naldo ficou cara a cara com Fernando Prass, que levou a melhor; no segundo, o bandeirinha quebrou nosso galho e deu impedimento inexistente de Claudinho – Prass defendeu a finalização novamente, para não deixar dúvidas.

Aos 16, Dudu cobrou rápido um lateral do lado esquerdo; Egídio cruzou e Moisés infiltrou na área e mergulhou de cabeça, exigindo ótima defesa de Aranha. Aos 22, mais uma chance: Dudu lançou Keno dentro da área, depois de um bate-rebate ele conseguiu rolar para Willian, que emendou por cima do gol. Pouco depois, Bruno Henrique enxergou Willian bem posicionado na esquerda e esticou; o camisa 29 cortou para dentro e bateu de curva, mas Aranha conseguiu a defesa sem maiores problemas.

O desenho do jogo era claro: o Palmeiras mantinha a posse da bola, rodava e tentava achar espaço; a Ponte saía rápido em contra-ataques pelos lados e alçava a bola para o miolo, por baixo, aproveitando a rapidez dos atacantes em cima principalmente de Juninho.

Foi recompensado o Verdão, por tomar mais a iniciativa: o lateral pela esquerda, aos 27 minutos, foi batido rápido; Willian enxergou Moisés fechando livre pelo meio e rolou;o camisa 10 bateu por baixo e Aranha fez uma defesa incrível; no rebote Keno ganhou de Rodrigo e, com muita frieza, rolou para o canto esquerdo, o único buraco que se ofereceu, e abriu o placar.

Aos 37, Willian sentiu uma fisgada na coxa e não teve condições de seguir no jogo – foi substituído por Borja. Depois disso o jogo foi interrompido mais duas vezes por lesões e o ritmo do jogo foi quebrado, ajudando os jogadores a descansar um pouco mais antes do intervalo.

SEGUNDO TEMPO

Com menos de um minuto, Egídio roubou a bola no campo de defesa e lançou para Keno, que só escorou para Borja dentro da área; com a bola pingando, o colombiano mandou na praça Charles Miller – quem quiser passar um pano pode dizer que caiu na canhota, a perna ruim. Pouco depois, após lateral pela direita, Keno rolou para Bruno Henrique que teve todas as condições, mas finalizou fraco e facilitou para Aranha.

O jogo seguiu em ritmo agradável, com a Ponte saindo um pouco mais para o jogo e dando mais espaços para o Verdão; os dois times, no entanto, tinham dificuldades em acertar o último passe e as poucas finalizações que passamos a acompanhar não levavam perigo aos goleiros.

O Verdão então aumentou a intensidade e voltou a ameaçar Aranha: aos 22, após escanteio da esquerda, Edu Dracena cabeceou na rede, por fora, assustando o goleiro da Ponte. Um minuto depois, Keno pegou um rebote após bola disputada entre Borja e Marllon e emendou de trivela, mandando à esquerda do gol.

A Ponte chegou de novo aos 26, numa triangulação entre Lucca, Naldo e Nino Paraíba, que envolveu nossa defesa pelo lado esquerdo; o lateral da Ponte chegou livre na área, mas tinha pouco ângulo e tentou bater pelo alto, encobrindo o travessão.

No lance seguinte, finalmente o que toda a torcida esperava: bola esticada para Keno, que escorou de cabeça para Borja;o colombiano partiu em velocidade, ganhou de Marllon na velocidade, chapelou Aranha e completou de cabeça para o gol vazio – a bola ainda bateu na trave antes de morrer no fundo das redes. De novo, aos 27 minutos.

A Ponte chegava devagar, sem forçar, e o Palmeiras só tentava fechar os espaços. Aos 35, Felipe Saraiva conseguiu a jogada pela direita e cruzou; Danilo Barcelos se atirou na bola e finalizou; a bola passou perto do gol de Fernando Prass, que estava inteiro no lance. Aos 37, Egídio lançou Dudu, que rabiscou e serviu Borja; o colombiano demorou para finalizar e acabou servindo Keno, que jogou pra dentro da pequena área buscando Moisés, mas a zaga afastou.

Aos 40, Arouca teve a chance de participar de mais uma partida, depois de nove meses, no lugar de Bruno Henrique. Pouco depois, Moisés deu lugar a Felipe Melo. Aos 43, novamente pelo lado esquerdo de nossa defesa, Lucca foi lançado em velocidade e conseguiu finalizar, novamente encobrindo o travessão de Prass. E já sem muitas razões para forçar,as duas equipes se contentaram com o placar e esperaram pelo apito final.

FIM DE JOGO

Fizemos a nossa parte. Faltam nove jogos, o time está razoavelmente bem encaixado – Alberto Valentim  vai conseguindo impor seu estilo pessoal e os jogadores estão assimilando. O clima parece leve e o resultado foi que a Ponte Preta não teve chances diante de nossa superioridade. Até Borja tirou o pé da lama.

A próxima rodada também nos parece favorável, nosso time está em evolução e o rival parece não saber como parar de patinar. Esqueçam os números: é hora de sonhar e continuar apoiando, uma partida de cada vez. Tem jogo ainda! VAMOS PALMEIRAS!

Ficha Técnica

Escalações


Ponte Preta

Aranha
Nino Paraíba
Marllon
Rodrigo
Jeferson
Elton
Jadson
Claudinho
Renato Cajá
Jean Patrick
Felipe Saraiva
Naldo
Danilo Barcelos
Lucca
Eduardo Baptista

Notas

Jogador Descrição Nota
Fernando Prass
Duas boas defesas e segurança nas bolas aéreas.
7
Mayke
Muito à vontade, parece pronto para assumir a posição definitivamente.
7
Edu Dracena
Jogou por ele e também por Juninho, que fez um péssimo início de jogo.
8.5
Juninho
Depois de várias falhas no primeiro tempo, estabilizou-se no segundo e deixou de comprometer.
5
Egídio
Partida tranquila, sem sobressaltos - o que, em se tratando de Egídio, é bem positivo.
6.5
Bruno Henrique
Defendeu, ocupou espaços e apoiou com competência.
7
Tchê Tchê
Vai voltando a elevar o nível de seu jogo, com um bom entrosamento com Bruno Henrique.
7
Arouca
Que bom vê-lo de volta. Boa sorte!
s/n
Moisés
Muito lúcido e aparentemente mais ágil. Mas perdeu um gol feito - sorte que Keno aproveitou.
7
Felipe Melo
Jogou pouco.
s/n
Keno
Um gol e alguns ótimos passespara finalizações. Vive grande fase.
8.5
Willian
PArticipou bastante do jogo, finalizando algumas vezes sem sucesso e sendo decisivo no lance do gol de Keno.
7
Borja
Com cerca de 60 minutos em campo, conseguiu mostrar um pouco mais de futebol e voltou às redes - fundamental para um atacante.
7
Dudu
Dominou as ações de ataque e deu tempo até de fazer uma gracinha.
7.5

Melhores momentos